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Análise

Quanto vale o Turismo numas eleições?

A 10 de março disputam-se mais uma eleições legislativas. Ninguém esperava ir a votos tão cedo, existindo uma maioria absoluta no Parlamento que acabou por cair em novembro do ano passado. Todos os partidos que iremos encontrar nos boletins de voto possuem a sua estratégia para ganhar votos junto do eleitorado. Aqui deixamos a questão: quanto vale o turismo nos programas eleitorais?

Victor Jorge
Análise

Quanto vale o Turismo numas eleições?

A 10 de março disputam-se mais uma eleições legislativas. Ninguém esperava ir a votos tão cedo, existindo uma maioria absoluta no Parlamento que acabou por cair em novembro do ano passado. Todos os partidos que iremos encontrar nos boletins de voto possuem a sua estratégia para ganhar votos junto do eleitorado. Aqui deixamos a questão: quanto vale o turismo nos programas eleitorais?

Victor Jorge
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Análise

Neste primeiro texto, o jornal Publituris faz um resumo do que trazem os oito partidos/coligações políticos nos seus programas eleitorais no que diz respeito ao “Turismo”.

No PARTIDO SOCIALISTAS (PS), o Turismo aparece no programa eleitoral nos seguintes enquadramentos:

  • “Exportamos mais e melhor. As exportações de bens e serviços superaram, pela primeira vez na história, os 50% do PIB. Em 2015, representavam 40,6% e poucos anos antes apenas 35%. Hoje, são mais 46 mil milhões de euros exportados do que em 2015. E esta transformação não decorreu apenas do setor do turismo. Portugal soube abrir a economia a novas oportunidades de crescimento e de diversificação”.
  • “A CP deverá prosseguir e adaptar o seu Plano Estratégico 2030 preparando a operação de serviços ferroviários de Alta Velocidade e de turismo ferroviário”.
  • “O apoio público à captação de eventos desportivos internacionais deve, portanto, evoluir para uma ação coordenada entre o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e o Turismo de Portugal, ponderada em fatores como o impacto, retorno e territorialidade, bem como a sustentabilidade social e ambiental. A Conferência de Ministros do Desporto do Conselho da Europa 2024, que será realizada em Portugal, no Porto, protagonizará um dos mais relevantes momentos políticos do desporto internacional”.
  • “Concretizar a ‘Agenda do Turismo para o Interior’ promovendo um turismo mais equilibrado e uma transformação no modelo de desenvolvimento turístico do país, onde contam todas as geografias”.
  • “Apostar em ações de formação incentivando os residentes nas aldeias a investir no turismo, bem como em qualificação dos profissionais melhorando a qualidade dos serviços, informando os potenciais investidores dos apoios existentes”.
  • “Modernizar e internacionalizar as atividades tradicionais da economia do mar incluindo indústria dos produtos da pesca e aquicultura e o desenvolvimento de projetos de turismo costeiro e náutico sustentáveis e regenerativos”.
  • “Garantir a acessibilidade física, digital, de informação e comunicação, gerando mais inclusão e sustentabilidade, nos serviços públicos, infraestruturas, meios de transporte, parque habitacional, cultura, desporto, turismo e lazer”.
  • “No que respeita ao investimento e desenvolvimento de capacidades operacionais, com vista a garantir a manutenção de Portugal como um dos países mais seguros do Mundo como instrumento fundamental para a qualidade de vida dos portugueses, bem como para a atração de investimento estrangeiro e turismo”.

Na ALIANÇA DEMOCRÁTICA (AD), o Turismo é enquadrado nas seguintes formas:

  • “São atividades económicas centrais para o mundo rural contribuindo para a desejada coesão territorial, gerando dinâmicas que permitem dinamizar atividades de comércio, de turismo e de indústria”.
  • “Consolidar Portugal como destino turístico de excelência em tudo o que está ligado à economia azul, ao mar e às atividades náuticas, eixo fundamental para a nossa oferta”.
  • “Incentivar a criação de “Rota do Turismo Rural” em cada região, associando oferta
  • de dormidas, de experiências e de outras atividades em mundo rural”.
  • “Promover programas específicos de agroturismo em territórios de baixa densidade”.
  • “Compatibilizar a exploração racional dos recursos e usos do Espaço Marítimo Nacional com as atividades tradicionais existentes (pesca, turismo e outras) e respeitando a proteção do meio ambiente sob impacto e criando condições sustentáveis para a produção eólica offshore”.
  • “Para as empresas dos sectores transacionáveis como a indústria, agricultura ou turismo, é fundamental ganharem dimensão e aumentarem a sua presença em novos mercados e conseguirem integrar-se em cadeias de valor global, contribuindo para a internacionalização da economia e para o crescimento da produtividade”.
  • “Em termos de estrutura orgânica, reforçar a tutela do Ministério da Economia, de modo a agilizar decisões e facilitar a convergência nos processos e prazos com impacto nas empresas. Reforçar a articulação próxima com o Turismo de Portugal, nomeadamente no que toca a missões e ações externas”.
  • “Os setores do Turismo e Serviços em Portugal são fundamentais para a economia nacional. Em 2022, o peso do setor do Turismo na Economia atingiu 29,2 mil milhões de euros, 12,2% do PIB, um valor que representa um recorde em termos relativos e que conheceu novos aumentos”.
  • “No contexto de um conjunto de tendências no Turismo, Comércio e Serviços, as soluções de políticas públicas no Espaço Europeu, que Portugal deve acompanhar para ser competitivo, têm procurado acautelar modelos de crescimento de oferta turística que criem valor acrescentado, mas também integração com as economias locais”.
  • “Incrementar o valor das exportações associadas ao Turismo, Comércio e Serviços”.
  • “Incrementar o salário médio do setor Serviços, Comércio e Turismo, pelo aumento de produtividade e maior valor acrescentado”.
  • “Valorizar o ensino e formação contínua em Turismo e criar/consolidar uma rede nacional integrada de formação (hubs), com escala e qualidade, suportando conteúdos programáticos complementares que potenciam a oferta de qualidade”.

No CHEGA, o Turismo aparece da seguinte forma:

  • Turismo de Saúde. A permissividade da nossa Lei de Imigração e a gratuitidade do nosso Serviço Nacional de Saúde atraem cada vez mais grávidas estrangeiras que só se deslocam a Portugal para dar à luz”.
  • “Assumindo a nossa localização geográfica, a nossa especificidade, a nossa história e cultura, não podemos deixar de mencionar o turismo como uma das alavancas económicas de Portugal”.
  • “O turismo desempenha um papel fundamental na economia de Portugal e tem uma importância significativa para o país, representando perto de 12% no PIB, com elevada margem de progressão, sendo uma das principais fontes de receita nacional e empregando directa e indirectamente uma parcela considerável da população portuguesa”.
  • “Quando se pretende combater o êxodo rural, o turismo tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento regional ao atrair visitantes para regiões fora dos principais centros urbanos. O turismo contribui para a fixação das populações e para a criação de novos negócios e empregos, atrai investimentos em infra-estruturas e serviços, o que contribui para o desenvolvimento geral do país como um todo. Através do turismo promove-se a imagem de Portugal e o seu conhecimento no estrangeiro, o que beneficia a reputação e a atractividade do país”.
  • “Promover o turismo como factor de progresso e de correcção de assimetrias internas”.
  • “Promover o turismo sustentável, partindo do princípio que o turista além de visitar lugares, pretende viver experiências, respeitando o meio-ambiente e as comunidades locais”.
  • “O turismo pode ter um papel muito relevante nesse aspecto, devendo promover-se uma sinergia entre ambos os sectores, em que um alimenta o outro e vice-versa”.
  • “Aflorar sinergias entre o turismo e o património cultural por forma a que ambos se promovam um ao outro”.
  • “Conceder apoio financeiro e logístico para projectos artísticos que valorizem e interpretem o património cultural português, tanto material quanto imaterial, numa lógica de interação com a indústria do turismo”.

No LIVRE, é desta forma que o Turismo aparece no programa eleitoral:

  • “A dependência económica que o país tem em relação ao investimento estrangeiro nas áreas do imobiliário e do turismo, fomentado por um enquadramento legislativo criado para o efeito, é acompanhada de diversas formas de especulação imobiliária que estão a alterar radicalmente as nossas casas, ruas e bairros”.
  • “Reforçar a exigência legislativa de adequação de habitações utilizadas para fins turísticos, nomeadamente o alojamento local, na qual se deve diferenciar a atividade profissional e a dos pequenos proprietários, estabelecer parâmetros urbanísticos que promovam a diversidade de usos nas cidades no licenciamento dos estabelecimentos hoteleiros, em articulação entre o Turismo de Portugal e as autarquias”.
  • “Recuperar os comboios noturnos em Portugal e na Península Ibérica, reativando, em 2024, dos serviços ferroviários noturnos Lusitânia e Sud-Expresso e garantindo a adoção dos serviços ferroviários noturnos como parte da estratégia ferroviária nacional, ibérica e de ligação aos restantes países europeus, através da articulação da CP e a IP com a RENFE, SNCF e outros operadores públicos ou privados, providenciando uma alternativa ecológica e de baixas emissões comparativamente ao transporte aéreo; promovendo o turismo sustentável e ligando Portugal a outros destinos no centro da Europa”.
  • “Restringir o turismo massificado e destrutivo em áreas protegidas, prevendo a capacidade de carga de cada uma destas, e incentivando um turismo de acordo com princípios sustentáveis e que beneficia as populações locais”.
  • “Apoiar financeiramente os municípios na criação de meios de transporte público alternativos que tenham um impacto mínimo nos ecossistemas, fomentando um turismo de natureza mais sustentável”.
  • “Este programa [Revive Natureza} deverá ter o seu âmbito de ação ampliado para além da área do turismo, permitindo projetos associados à conservação da natureza, à educação ambiental e ao empreendedorismo rural”.
  • “Incentivar a criação de emprego nas Áreas Protegidas e sítios da Rede Natura 2000, privilegiando setores relacionados com a manutenção da bio e geodiversidade, turismo sustentável, entre outros que permitam concretizar os planos de gestão destas áreas”.
  • “Revisão do Programa ‘REVIVE’, para que os seus concursos tenham como objetivo principal a fruição do património cultural por todas as pessoas, em vez de serem subordinados ao seu aproveitamento turístico”.

Analisemos agora como o Turismo aparece no programa eleitoral do BLOCO DE ESQUERDA (BE):

  • “A estratégia de crescimento económico assente no turismo e no imobiliário provocou uma crise na habitação”.
  • “A escalada histórica dos preços da habitação foi potenciada, primeiro, pelo período de taxas de juro historicamente baixas que tornaram o imobiliário num ativo atrativo pela sua rentabilidade e, depois, pelo processo inflacionista, que aumentou os custos do endividamento. No entanto, se estas são causas transversais a vários países, há elementos que justificam a particular gravidade da situação em Portugal: a promoção do turismo de massas e do turismo habitacional de luxo, com o regime do Residente Não Habitual ou os Vistos Gold”.
  • “Para baixar os preços das casas, é necessária a intervenção do banco público na quebra dos juros, a fixação de tetos para baixar as rendas, a proibição da venda de casas a não residentes e a limitação do seu desvio para alojamento turístico”.
  • “Por outro lado, as casas disponíveis estão a ser afetas a outros fins, como o turismo, o turismo residencial de luxo, a obtenção de vistos gold e a especulação financeira, sem qualquer tipo de controlo ou limites”.
  • “Um artigo recente do Jornal A Mensagem de Lisboa resumia a saturação a que Lisboa chegou: ‘A Baixa conta, atualmente, com 31 hotéis, 1411 quartos e mais unidades de Alojamento Local (AL) do que residentes. São 977 unidades de AL para 969 residentes no perímetro da Baixa Pombalina. Os dados são do Turismo de Portugal e do Censos 2021, filtrados para um perímetro que considera a planta ortogonal da Baixa Pombalina’”.
  • “Moratória a novos empreendimentos turísticos – Suspensão da emissão de títulos para novos empreendimentos turísticos nas zonas de pressão habitacional até 2030”.
  • “Na maioria dos casos, o alegado interesse nacional tem pouca ou nenhuma justificação. Basta olhar para a destruição de habitats protegidos e de áreas sensíveis para a construção de imobiliário de luxo ou de turismo, como ocorre agora nos megaprojetos da península de Tróia”.
  • “Não surpreende que os transportes para Tróia tenham um preço elevado e que vários empreendimentos imobiliários para turismo de luxo tenham sido considerados projetos PIN”.
  • “O encarecimento brutal da travessia fluvial pela SONAE é uma forma ardilosa de afastar os setubalenses de Tróia, restringindo-a a uma elite endinheirada. A mesma SONAE promove o Troiaecoresort, um empreendimento turístico que pretende vedar o acesso dos pescadores à Caldeira a partir de 2024”.
  • “Requisição de imóveis afetos ao alojamento local ou alojamento utilizado com fins turísticos, priorizando as habitações detidas por proprietários com elevado número de imóveis em alojamento local/turístico”.

E no PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS (PCP), como e quantas vezes aparece o turismo no programa eleitoral?

  • “Aposta nos circuitos curtos de comercialização com a primazia no fornecimento às cantinas de entidades públicas, a promoção do agroturismo e do turismo rural e a divulgação da qualidade dos sabores, cultura e tradições”.
  • “O Turismo e a sua integração numa estratégia de desenvolvimento nacional”
  • “Portugal tem condições excepcionais, em todo o seu território, para o desenvolvimento do Turismo. O Turismo – cujo crescimento foi particularmente significativo nos últimos anos – tem sido determinante no saldo da balança de bens e serviços, com um peso equivalente a 50% de toda actividade industrial”.
  • “A valorização do papel das entidades regionais de turismo e da sua articulação com as autarquias locais, a promoção de uma estratégia voltada também para o mercado interno e para o direito do povo português ao lazer”.
  • “São necessárias políticas viradas para a actividade produtiva com criação de emprego estável, onde se poderão ancorar e ampliar, de forma sustentável, outras actividades, nomeadamente o turismo e outros serviços e defender o mundo rural”.

A INICIATIVA LIBERAL (IL) “trata” o turismo da seguinte forma:

  • “Reformar a Lei de Bases do Turismo
  • “Despenalizar o turismo de Alojamento Local”
  • “Portugal enfrenta o desafio de reformular a sua Lei de Bases do Turismo para aproveitar ao máximo o potencial do seu setor turístico. Nos últimos anos, o turismo tem sido o principal motor do crescimento económico em Portugal, representando cerca de 15,8% do PIB nacional em 2022. É, portanto, imperativo criar as condições para que o turismo não estagne, mas sim se reinvente, gerando ainda mais riqueza para o país”.
  • “Tal como se investiu na promoção do alojamento local, é importante também reavaliar outros modelos, desde o turismo rural no Alentejo ao timesharing no Algarve, passando pelo Ecoturismo no Gerês e pelos Design Hotels nas grandes cidades”.
  • “Deve apostar-se na formação e qualificação dos recursos humanos no setor do turismo, adaptando as competências às novas procuras do mercado. Finalmente, deve fortalecer-se a representação internacional de Portugal no turismo, destacando as novas políticas liberais e sustentáveis do país”.
  • “Este ataque [Programa ‘Mais Habitação’] tem consequências na economia: em 2019, só o turismo de alojamento local representou 8,5% das exportações portuguesas e 40% das estadias. Se se considera que a economia portuguesa é hoje demasiado dependente do turismo, então deve ser o resto da economia que tem de crescer, e não o turismo que tem de encolher. A Iniciativa Liberal defende a reversão do agravamento fiscal introduzido nos últimos anos, passando o coeficiente de tributação do AL de 0,5% para o anterior de 0,35 na modalidade de apartamento ou moradia, como estava em vigor anteriormente. A Iniciativa Liberal recusa liminarmente a diabolização de sectores como o AL que fizeram muito pela recuperação estética, habitacional e económica das cidades portuguesas, promovendo o turismo e criando riqueza”.
  • “A vasta maioria de casos de AL surgiram como uma forma empreendedora de tirar proveito da liberdade de escolha dos turistas, tendo acrescentado um elevadíssimo número de camas sem as quais haveria uma enorme limitação no turismo nacional”.
  • “A Iniciativa Liberal quer implementar uma legislação turística que seja moderna, eficiente e responsável ambientalmente, posicionando o país como um destino de referência no cenário turístico europeu e mundial”.
  • “Queremos simplificar procedimentos administrativos e reduzir a burocracia, bem como numa coordenação mais eficiente das competências entre variadas entidades públicas, visando atrair mais investimentos nacionais e internacionais no setor turístico”.
  • “Reativação de linhas com interesse económico, social e turístico, como é o caso da linha do Douro até Barca d’Alva, ramal de Monção, linha Régua–Vila Real, linha Beja–Ourique e linha Pampilhosa–Cantanhede”.

Finalmente, o turismo no programa no PESSOAS – ANIMAIS – NATUREZA (PAN).

  • “Combater a poluição do turismo de cruzeiro por via da rápida implementação em todos os portos nacionais das obrigações previstas no Regulamento relativo à criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos, no que se refere ao fornecimento de eletricidade da rede em terra aos navios de cruzeiro até 2030, e da inclusão dos scrubbers de circuito fechado no âmbito da proibição da utilização de scrubbers em vigor nos portos nacionais”.
  • “Garantir, em parceria com a academia e as ONGA, a elaboração de um estudo sobre a capacidade de carga do país relativamente ao turismo de cruzeiro, avaliando em função dos resultados a possibilidade de implementar limites à entrada de grandes navios de cruzeiro em portos nacionais, designadamente relativos ao número de navios cruzeiros que possam atracar anualmente”.
  • “Portugal vive uma grave crise habitacional, causada pelos baixos salários, pela ausência de mecanismos que contrariem a especulação, por uma política de aposta cega no turismo que não acautelou os impactos na habitação e por uma falta de investimento na habitação pública, e que foi agravada por um contexto de subida desenfreada das taxas de juro”.
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Ávoris reafirma intenção de “fortalecer e expandir operações em Portugal”

Numa reunião com Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), e Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal (TdP), os responsáveis da Ávoris Corporación Empresarial, parte do Grupo Barceló, manifestaram a “firme aposta” em Portugal.

Vicente Fenollar, presidente-executivo do grupo Ávoris, e António Loureiro, diretor-geral da Iberojet em Portugal, reuniram-se, recentemente, com Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, e Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, aproveitando a oportunidade para manifestarem a “firme aposta” em Portugal.

Em comunicado, a Ávoris Corporación Empresarial, parte do Grupo Barceló, refere que durante a reunião, foram discutidos “vários temas fundamentais para fortalecer a colaboração entre a Ávoris e as autoridades turísticas portuguesas”. Um dos principais temas abordados foi a ampliação da presença hoteleira do Grupo Barceló em Portugal, para ir mais além da sua atual operação no arquipélago da Madeira, com Vicente Fenollar a receber um “pedido explícito” para que o grupo aumente o seu investimento no setor hoteleiro português.

Outro ponto em destaque foi a intenção da Ávoris em expandir as operações da Iberojet nos aeroportos de Lisboa e Porto, consolidando assim a sua posição no mercado português, bem como promover a atividade dos operadores turísticos do grupo que operam em território português, como a Nortravel, a Travelplan, a Jolidey ou a Catai. Para tal, o presidente-executivo do grupo Ávoris colocou à disposição das autoridades de turismo portuguesas “toda a estrutura” da Ávoris em Espanha, com o objetivo de “dinamizar as vendas do mercado espanhol para Portugal”, oferecendo a “capacidade dos operadores turísticos e a extensa rede de agências de viagens do grupo para alcançar este objetivo”.

No final da reunião, Vicente Fenollar assinalou que “Portugal é um mercado estratégico para o nosso grupo. A procura de serviços turísticos de alta qualidade continua a crescer e estamos comprometidos em satisfazer essas necessidades com a nossa oferta de viagens”.

A concluir, o presidente-executivo do grupo Ávoris referiu que a reunião “reafirma a nossa intenção de fortalecer e expandir as nossas operações em Portugal, aproveitando as oportunidades que oferece o nosso mercado vizinho. Ampliar as nossas operações da Iberojet em Lisboa e no Porto é uma importante parte da nossa estratégia no país”, reafirmando querer oferecer “mais opções e melhorar as ligações entre Portugal e outros destinos chave”.

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Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, é capa da Nova Edição da Publituris Hotelaria

Os 70 anos da Relais & Châteaux merecem destaque de capa na nova edição da Publituris Hotelaria com entrevista a Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha. Mas há mais: “Indicadores” CLEVER, Turismo de Luxo, dossier Wellness and Spa e um especial dedicado aos têxteis, além de uma “inspeção” e sugestões gastronómicas.

Na edição de julho/agosto da Publituris Hotelaria, o destaque vai para os 70 anos da Relais & Châteaux. Com um percurso que começou em França e que se estende já por 65 países, a rede agrega 580 propriedades, entre hotéis e restaurantes. Com perspectivas de adicionar mais membros em território português, Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, fala-nos da evolução desta rede e do seu futuro, quer em Portugal, quer além-fronteiras, onde pretende fortalecer a sua presença em países como o Japão e a Índia.

Já nos “Indicadores”, a análise de Luís Brites, CEO da CLEVER Hospitality Analytics, dá conta das perspectivas turísticas para Portugal nos próximos meses, um destino que motivou cerca de seis milhões de pesquisas de voos por parte de turistas internacionais.

No segmento “Management”, María Dolores Martos Pérez, coordenadora do programa de mestrado em Marketing e Gestão de Turismo de Luxo na Les Roches, guia-nos sobre as especificidades do luxo e as estratégias que os hotéis devem adotar para melhor servir os hóspedes deste segmento. Com o perfil do cliente de luxo a transitar para um consumo mais consciente, a profissional aponta para o surgimento de um consumidor com mais tendência a gastar dinheiro em viagens, bem-estar e experiências, ao invés de bens de luxo tradicionais.

No dossier deste mês a edição explora a oferta atual do segmento de Wellness and Spa, com os profissionais do setor a apontar para a necessidade de uma maior regulamentação para credibilizar a área em Portugal e afirmar o segmento a nível nacional e internacional.

Segue-se um especial dedicado a têxteis, no qual ganha destaque a próxima edição da Texcare Internacional, um evento dedicado ao setor das lavandarias e limpeza de têxteis, e a mais recente oferta da Aldeco, Classytex, Dauti, Hotelar, Lameirinho, La Redoute, Lasa, Sampedro e Torres Novas 1845.

Na “Inspeção” deste mês abrimos as portas do Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa, a primeira unidade do grupo norte-americano em Portugal. Localizado no coração do Algarve, e após 17 anos de atividade, “há muito para fazer e descansar nesta unidade”.

A fechar, fica a sugestão de jantar no restaurante gastronómico da Fortaleza do Guincho, onde os sabores da comida de conforto portuguesa se juntam ao requinte do fine dining com vista para o Oceano Atlântico.

Por fim, brindamos com as escolhas de Josuel Calheiros, escanção no Bistro 100 Maneiras.

As opiniões desta edição são assinadas por Alexandra Ventura (NOVA SBE Westmont Institute of Tourism & Hospitality); Luís Pedro Carmo Costa (Neoturis); José Varela Gomes (ISAG); Maria João Pavão Serra (pet-friendly travel expert) e Alexandre Marto Pereira (United Hotels of Portugal).

Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

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EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo

A EGYPTAIR voltou esta terça-feira, 23 de julho, a voar entre Lisboa e o Cairo, capital do Egito, numa rota com duas ligações por semana, que vai impulsionar o turismo de lazer e negócios.

A EGYPTAIR voltou esta terça-feira, 23 de julho, a operar uma rota entre Lisboa e o Cairo, que conta com dois voos por semana num avião Airbus A321neo e que faz parte do plano de expansão da companhia aérea de bandeira do Egito.

“A nova operação para Lisboa faz parte do plano de expansão adotado pela EGYPTAIR. A companhia aérea adicionou recentemente mais destinos à sua extensa rede, servindo mais de 70 destinos em todo o mundo, como Zurique e Praga na Europa, Fujairah no Médio Oriente e Abidjan, Djibouti e Mogadíscio em África, oferecendo várias ligações aos passageiros de Lisboa para explorar o mundo com a EGYPTAIR”, afirma Amr Adawy, VP comercial da EGYPTAIR.

Já Francisco Pita, diretor Comercial da ANA|VINCI Airports, mostra-se satisfeito com o regresso da rota entre Lisboa e o Cairo, ligação que, segundo o responsável, “irá promover laços mais fortes” entre ambas as cidades, “encorajando tanto o turismo como as viagens de negócios”.

“Estou particularmente grato às nossas equipas, uma vez que esta nova rota é o resultado do seu trabalho em conjunto com a companhia aérea e outros parceiros”, acrescenta Francisco Pita.

Recorde-se que, a partir do Cairo, a EGYPTAIR oferece ligações para vários destinos no Egito, como Luxor, Assuão, Sharm El-Sheikh e Hurghada, assim como para outros países de África, Médio Oriente e Extremo Oriente.

Tal como a TAP, também a EGYPTAIR é membro da Star Alliance, pelo que esta nova rota vai “aumentar significativamente a conetividade com mercados para além de Lisboa e do Cairo”, com os passageiros a usufruírem de transferências sem sem problemas e de uma extensa rede de destinos, o que torna as viagens mais cómodas e eficientes.

 

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Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’

A ‘Qsuite Next Gen’ é a última versão da premiada Qsuite da Qatar Airways e foi apresentada durante o Farnborough International Airshow 2024, que termina sexta-feira, 26 de julho, no Reino Unido.

A Qatar Airways apresentou, durante o Farnborough International Airshow 2024, no Reino Unido, a nova ‘Qsuite Next Gen’, a última versão da premiada Qsuite da companhia aérea do Qatar.

A nova ‘Qsuite Next Gen’ foi apresentada por Badr Mohammed Al-Meer, CEO do Grupo Qatar Airways, numa sessão que contou com  a ajuda da Sama, a primeira tripulação virtual de cabina com IA do mundo.

“Durante a revelação, o Engº Al-Meer destacou as novas e melhoradas características da Qsuite Next Gen, incluindo as Quad Suites totalmente personalizáveis; as Companion Suites nos corredores das janelas; os ecrãs de entretenimento a bordo (IFE) manobráveis e com tecnologia OLED de 4K; juntamente com um maior espaço e privacidade em cada suíte”, refere a Qatar Airways, em comunicado.

Segundo Badr Mohammed Al-Meer, a Qatar Airways está entusiasmada com o lançamento da nova Qsuite, que vem “elevar a fasquia” a bordo dos aviões da companhia aérea.

“Esperamos receber os meios de comunicação social e os parceiros no nosso stand durante toda a semana para experimentarem o futuro das viagens em classe executiva com a Melhor Classe Executiva do Mundo a bordo da Melhor Companhia Aérea do Mundo”, acrescentou o responsável, durante a apresentação no Farnborough International Airshow 2024.

A ‘Qsuite Next Gen’ conta com ecrãs móveis 4K OLED Panasonic Astrova IFE, que representam uma estreia em qualquer companhia aérea do mundo e que podem “ser reposicionados para o lado para criar o maior espaço social e de produtividade a bordo para até quatro passageiros na Quad Suite e até dois passageiros na Companion Suite”.

A nova Qsuite permite também refeições em conjunto, assim como uma maior privacidade, devido às divisórias mais altas e que são controladas digitalmente, enquanto as cadeiras são reclináveis lie-flat e as camas de casal têm maiores dimensões, existindo igualmente o serviço de arrumação de cama com a funcionalidade dedicada “Make My Bed”.

“A nova Companion Suite tem características semelhantes às da Quad Suite, agora com uma notável remodelação que permite oferecer o mesmo espaço partilhado nos corredores das janelas”, refere ainda a Qatar Airways.

A Qsuite Next Gen oferece ainda uma vasta gama de opções de personalização, desde a iluminação ambiente aos controlos de privacidade, através das suas Unidades de Controlo de Passageiros com ecrã tátil atualizado, e vai passar a estar presente nos aviões Boeing B777-9 da Qatar Airways a partir de 2025.

Além da nova Qsuite, a Qatar Airways apresentou também o novo Boeing B787-9 Dreamliner de última geração e o Gulfstream G700 da Qatar Executive durante o Farnborough International Airshow 2024, que termina esta sexta-feira, 26 de julho.

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Turismo de Portugal apoia formação em Angola

O Turismo de Portugal e o Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo do Ministério do Turismo de Angola, acabam de formalizar, em Luanda, um protocolo que cria um modelo de gestão conjunta e partilhada da rede de escolas de hotelaria e turismo daquele país africano.

Em resultado deste protocolo, segundo revela o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, nas redes sociais, “daremos início, em setembro, à gestão conjunta e partilhada da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabinda e, em 2025, da Escola de Hotelaria e Turismo de Luanda.

Trata-se, segundo Carlos Abade, de um importante primeiro passo no processo de internacionalização das Escolas do Turismo de Portugal, uma das 60 medidas do programa Acelerar a Economia, e que reforça o papel desta rede de escolas como um poderoso instrumento de cooperação internacional e de ligação entre os povos.

Ainda nas redes sociais, o presidente do Turismo de Portugal deixa um agradecimento especial à equipa liderada por Afonso Vita, diretor do Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo do Ministério de Angola, e a toda a equipa da formação do Turismo de Portugal, liderada por Catarina Paiva, “pelo excelente trabalho desenvolvido e que permitiu a concretização hoje de tão importante passo”.

Entretanto, sobre este assunto, um comunicado emitido pelo Turismo de Portugal indica que, investir nas qualificações, valorizar as profissões, atrair e reter talento, capacitar empresas e dotar os profissionais de competências para uma intervenção responsável, sustentável e competitiva são objetivos essenciais abrangidos pelo protocolo.

A colaboração entre o Turismo de Portugal e o Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo inclui o apoio na implementação de um modelo de gestão de uma Escola de Hotelaria e Turismo, configurando-se como Escolas de Hotelaria e Turismo Co-branded com o Turismo de Portugal.

Reforça-se assim a estratégia de internacionalização da rede de escolas do Turismo de Portugal que passa, em grande medida, pela expansão para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da transferência de conhecimentos detidos pelo Turismo de Portugal e reconhecidos pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Este acordo destaca o importante papel que as pessoas e os profissionais de turismo têm para a atividade turística, investindo nas suas qualificações, na valorização das profissões, na atração e fidelização de talento, elevando a qualidade e a excelência da formação no setor.

Através desta parceria, serão inaugurados em Angola dois hotéis-escola, em 2024 na Província de Cabinda e, em 2025, em Luanda, tendo em vista melhorar a qualidade dos serviços turísticos no país. Os próximos passos incluem reuniões com a equipa da Direção-Geral de Capacitação e Cooperação (DGCC), do Turismo de Portugal, para definir os pontos de colaboração na nova Escola de Hotelaria e Turismo de Cabinda, incluindo protocolos e modelos de gestão conjunta.

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Aviação

Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF

Segundo a Airbus, este investimento na LanzaJet vai apoiar o desenvolvimento de Alcohol-to-Jet (ATJ), considerado fundamental para produzir SAF em larga escala e alcançar a meta de zero emissões de CO2, até 2050, na indústria da aviação.

A Airbus anunciou um investimento na LanzaJet, empresa produtora de tecnologia de combustíveis sustentáveis, com o objetivo de contribuir para aumentar a produção de SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

Segundo um comunicado da Airbus, este investimento na LanzaJet vai apoiar o desenvolvimento de Alcohol-to-Jet (ATJ), considerado fundamental para produzir SAF em larga escala e alcançar a meta de zero emissões de CO2 até 2050 na indústria da aviação.

“Os combustíveis de aviação sustentáveis ​​são uma das alavancas mais importantes disponíveis para descarbonizar a aviação, mas a sua produção ainda é limitada. A nossa parceria com a LanzaJet demonstra o compromisso da Airbus em trabalhar com os principais fornecedores de tecnologia de energia para explorar os caminhos de produção inovadores e dimensionar o SAF”, explica Julie Kitcher, diretora de Sustentabilidade da Airbus.

A Airbus explica que a tecnologia da LanzaJet utiliza “etanol de baixo carbono para criar SAF que reduz as emissões de gases com efeito de estufa em mais de 70% em comparação com os combustíveis fósseis numa base de ciclo de vida e pode diminuir ainda mais as emissões com um conjunto de tecnologias de redução de carbono”.

“O SAF produzido através da tecnologia ATJ da LanzaJet é um combustível drop-in aprovado, compatível com motores de aeronaves existentes e infraestrutura associada”, acrescenta o fabricante aeronáutico europeu.

A LanzaJet está atualmente a dar início à produção em larga escala de etanol para SAF nos EUA, numa unidade industrial que vai produzir SAF e diesel renovável a partir de etanol sustentável e de baixo carbono, que vai servir também como um modelo para escalar a produção de SAF.

A LanzaJet conta com projetos para aumentar a produção de SAF que envolvem 25 países e cinco continentes, e que contam com parceiros de toda a cadeia de valor da aviação.

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Emprego e Formação

Lusófona participa no projeto FUTOURWORK para promover bem-estar e melhores condições de trabalho no Turismo e Hospitalidade

A Universidade Lusófona, representada pelas investigadoras Tânia Gaspar do Hei-LAB: digital Human Environment Interaction Lab, e Mafalda Patuleia do Intrepid Lab|CETRAD, participa no projeto FUTOURWORK – Improving Tourism and Hospitality Worker Well-Being Through Social Dialogue, no âmbito do Programa Horizon CL2, constituído por um consórcio de diversos países europeus.

O projeto FUTOURWORK – Improving Tourism and Hospitality Worker Well-Being Through Social Dialogue, no âmbito do Programa Horizon CL2, vocacionado para um futuro sustentável na Europa, tem como objetivo estudar e promover um maior bem-estar e melhores condições de trabalho para os trabalhadores do Turismo e Hospitalidade (T&H). O projeto é constituído por um consórcio de diversos países europeus e a Universidade Lusófona está representada pelas investigadoras Tânia Gaspar do Hei-LAB: digital Human Environment Interaction Lab e Mafalda Patuleia do Intrepid Lab|CETRAD.

O T&H representa, atualmente, mais de 10% da economia europeia e 11,7% do emprego. Muitos dos 13 milhões destes trabalhadores na União Europeia pertencem a grupos mais vulneráveis: mulheres (54%), migrantes (16%) e jovens (30%), de acordo com dados da OIT referentes a 2022. O volume de negócios e as ofertas de emprego são elevados, com 1,2 milhões ofertas de emprego (11%) na UE. Estes trabalhadores realizam formas de trabalho não padronizadas, incluindo trabalho em plataformas digitais, que podem ser um fator de risco ao nível da concretização de um trabalho digno, da falta de proteção social, do aumento da precariedade e vulnerabilidade e do aumento da pobreza no trabalho.

O projeto terá um impacto transformador para os trabalhadores do Turismo e Hotelaria, promovendo um diálogo social mais inclusivo, equitativo e eficaz, através da análise das diversas realidades do trabalho no setor, tanto a nível da UE como a nível nacional. Permitirá avaliar a influência das organizações de empregadores e trabalhadores no setor, identificar a transformação digital, a inovação e o seu impacto nos trabalhadores de T&H, bem como o seu impacto em grupos particularmente vulneráveis. Incorpora a co-criação e métodos colaborativos para promover o diálogo entre múltiplos stakeholders e irá divulgar resultados que impulsionem políticas e práticas neste domínio.

O FUTOURWORK irá desenvolver um índice de bem-estar que poderá ser usado pelo setor do T&H para avaliar os seus trabalhadores. Sustentará também a criação de um observatório para integrar a informação produzida, que tem como objetivo a implementação de uma plataforma de diálogo para trabalhadores, empregadores e decisores políticos.

Para além dos parceiros sociais com atividade no sector do Turismo e da Hotelaria, o projeto integra a participação de entidades públicas como a ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho (enquanto ponto focal da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho), visando uma abrangência expressiva do domínio de intervenção.

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Destinos

Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024

De acordo com o mais recente GBTA Business Travel Index Report a indústria global das viagens de negócios deverá ficar perto dos 1,4 biliões de euros, estimando-se que, em 2028, possa ultrapassar os 1,8 biliões de euros.

Em 2024, a indústria das viagens de negócios deverá atingir os 1,48 biliões de dólares (1,360 biliões de euros), um aumento em relação a 2019, ano que constituiu um recorde com 1,43 biliões de dólares (1,313 biliões de euros). O último GBTA Business Travel Index Report, da Global Business Travel Association (GBTA), assinala ainda que, até 2028, prevê-se que esta indústria ultrapasse os 2 biliões de dólares (ligeiramente acima dos 1,8 biliões de euros).

“A relativa estabilidade da economia global continuou a impulsionar o crescimento, o que, juntamente com a persistente procura reprimida, deu garantias aos CEO e CFO para que os seus colaboradores regressassem à estrada para reuniões de negócios”, lê-se no relatório da GBTA.

Muitos dos principais mercados de viagens de negócios em todo o mundo voltaram aos níveis anteriores à pandemia ou estão próximos deles, reforçando a dinâmica da recuperação e aumentando as despesas. No entanto, as perspectivas de crescimento económico e das viagens de negócios apresentam um equilíbrio entre potenciais fatores positivos e riscos negativos.

“Estamos a assistir à esperada recuperação do sector, refletindo a resiliência e adaptabilidade das empresas e o valor das viagens de negócios em todo o mundo”, referiu Suzanne Neufang, CEO da GBTA, na 16.ª edição do evento anual da GBTA. “Com as despesas projetadas que deverão continuar a aumentar até 2028, o futuro das viagens de negócios parece promissor. No entanto, devemos permanecer vigilantes e adaptados a potenciais ventos contrários neste período de estabilização, uma vez que fatores como a mudança das condições económicas, avanços tecnológicos e desenvolvimentos de sustentabilidade também irão moldar o sector no futuro.”

Prevê-se que as despesas globais com viagens de negócios aumentem 11,1% em 2024, após anos significativos em 2022 e 2023 de crescimento anual de 30% a 47%, estimando-se que o crescimento continue a moderar-se gradualmente, resultando numa taxa de crescimento anual composta de 6,95% de 2025 a 2028.

Em 2023, o setor das viagens de negócios havia recuperado aproximadamente 675 mil milhões de dólares (cerca de 620 mil milhões de euros) dos 770 mil milhões de dólares (perto de 643 mil milhões de euros) perdidos em 2020, de acordo com a análise GBTA BTI, atingindo 93% do pico pré-pandêmico de 1,43 biliões de dólares. no final de 2023.

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Destinos

Porto recebe “Prides” europeus

De 13 a 15 de setembro o Porto Pride terá um programa diversificado que inclui conferências, atividades culturais e momentos de celebração, promovendo o encontro entre pessoas, instituições, empresas e ativistas.

A cidade do Porto volta a receber o Porto Pride, de 13 a 15 de setembro, num programa diversificado que inclui conferências, atividades culturais e momentos de celebração, promovendo o encontro entre pessoas, instituições, empresas e ativistas, encontrando-se a organização a desafiar as pessoas e agentes culturais da cidade a proporem e organizarem iniciativas durante os três dias do evento.

No primeiro dia, sexta-feira, 13 de setembro, o evento inicia com uma Conferência de Direitos Humanos – o Porto Pride Summit, a realizar-se durante a tarde na Porto Business School, com a presença de representantes governamentais, da EPOA – European Pride Organisers Association e de empresas parceiras do evento, com o intuito de promover locais de trabalho mais inclusivos para as pessoas LGBTI+.

De acordo com Diogo Vieira da Silva, coordenador geral do Porto Pride, “sempre que anunciamos as datas do evento, a quantidade de mensagens de pessoas internacionais que recebemos a questionar qual o melhor hotel ou a melhor forma de chegar ao Porto é avassaladora, principalmente dos nossos vizinhos de Espanha”.

O coordenador do Porto Pride, membro da European Pride Organisers Association (EPOA), a Unicorn Whisper – Associação Porto Pride, assinala que “o impacto socioeconómico do Porto Pride já não pode ser mais ignorado”.

Na edição de 2023, o Porto Pride contou com parceiros como IKEA, Durex, Lionesa, STCP, Revista LÍDER, Turismo do Porto e Norte, Rosário Duarte Associados, entre outros. Para a edição de 2024, já estão confirmados os seguintes: Porto Business School, Missão Continente, Blip.pt, Neva Films, The Queer Spot, entre muitos outros.

Embora a agenda completa ainda não esteja definida, as inscrições encontram-se abertas em https://forms.gle/mk9Q4XuTqkGULEfd8 e o novo website também já foi lançado, disponível em www.portopride.com.

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Análise

Quase 60% dos viajantes dizem sentir-se sobrecarregados pelo excesso de opções

Um relatório da Travelport revela que 58% dos viajantes sentem-se sobrecarregados pelo excesso de opções, enquanto 56% dizem que as ofertas das companhias aéreas são mais difíceis de entender agora do que eram há 10 anos.

A Travelport acaba de divulgar o seu relatório sobre o estado do retalho moderno em 2024. Integrando pesquisas internacionais independentes, comparações entre setores e perceções do consumidor, a manchete do estudo revela que pesquisar e reservar viagens diretamente com os agentes de viagens tornou-se mais demorado e complicado do que nunca.

“Apesar de os agentes de viagens privilegiarem as conexões diretas com o consumidor, o grande volume de opções é imenso para os viajantes, diminuindo a sua confiança no momento de fazer a reserva”, disse Jen Catto, diretora de marketing da Travelport, destacando que “a nossa pesquisa descobriu que, em vez de ficarem animados depois de reservar uma viagem, a maioria dos viajantes fica ansiosa, sem saber se conseguiu obter a melhor oferta. Para o setor de viagens, isso indica que as agências de viagens têm uma necessidade e uma oportunidade cada vez maiores. Sua expertise em comparação de compras ajuda os viajantes a reservar com confiança a melhor opção, de acordo com suas preferências pessoais.”

A Travelport estima que as opções de viagens aéreas passaram de cerca de 500 na classe econômica/executiva em 2010 para mais de 10.000 opções em 2024 (económica, económica plus, flexi-family, executiva, primeira classe etc.). Esse aumento é de 1.900%. Assim, 56% dos viajantes afirmam que as ofertas das companhias aéreas são mais difíceis de entender atualmente do que eram há 10 anos, enquanto 61% também acham que há mais penalidades atualmente ao alterar um voo do que havia há 10 anos, e 66% dizem que há muitas taxas ocultas.

A maioria dos viajantes (71%) às vezes fica ansiosa para saber se conseguiu a melhor oferta depois de reservar a sua viagem, e 42% acham que as ofertas das companhias aéreas ficaram “menos adequadas” ao longo do tempo em relação às suas preferências pessoais.

A maioria dos viajantes (80%) concorda que a comparação de tarifas entre diferentes companhias aéreas é muito demorada, sendo que mais de dois terços (69%) acham que as informações costumam ser restritas em alguns sites de reservas de voos.

Quando se trata de comprar todos os itens da viagem, 60% dos viajantes disseram que passam de uma a quatro horas, em média, planeando, enquanto mais de um terço (36%) passa mais de cinco horas a pesquisar e a comparar opções antes de fazer a reserva.

A maioria dos entrevistados (88%) concorda que seria mais conveniente visualizar todas as opções de voos e tarifas num único sítio, o que provavelmente é o motivo pelo qual mais da metade (54%) disse que normalmente usa um site de comparação para pesquisar informações antes de comprar a sua passagem.

A maioria dos viajantes da geração millennials (70%) e da geração X (64%) costuma recorrer a agências de viagens on-line (OTAs) para fazer reservas, citando como principais motivos as opções e a transparência de preços.

O documento indica ainda que os viajantes estão a recorrer à inteligência artificial (IA) para ter a ajuda de mais do que apenas um chatbot, e as agências dependerão cada vez mais dos seus parceiros de tecnologia para implementar IA e ML (aprendizado de máquina) de formas criativas, como foi o caso da camada de curadoria de conteúdo da Travelport.

Ao reservar voos, os entrevistados disseram que a franquia de bagagem (63%), as políticas de cancelamento e alteração (50%) e a escolha do assento (50%) são os fatores mais importantes na comparação.

“Os agentes de viagens estão continuamente a refinar e expandir as suas ofertas para atender às necessidades e preferências exclusivas dos seus clientes”, acrescentou Catto. “A priorização de parcerias com agências proporcionará um serviço verdadeiramente personalizado aos seus viajantes, e isso tornará a experiência de compra perfeita para todos”, ressalvou.

A amostra da pesquisa consistiu em 1.659 consumidores da Alemanha, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos que fizeram pelo menos um ou mais voos a negócios ou a lazer nos últimos 12 meses.

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