Portugueses viajaram mais no verão de 2023, sobretudo para o estrangeiro, aponta INE
Segundo o INE, no verão do ano passado, os residentes em Portugal realizaram 8,0 milhões de viagens, num crescimento de 0,7% que se deve, essencialmente, à subida das viagens ao estrangeiro, que cresceram 30,3%, representando já 14,8% do total.
Inês de Matos
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No terceiro trimestre do ano passado, os portugueses viajaram mais, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE), que aponta um crescimento de 0,7% nas viagens dos residentes entre julho e setembro de 2023, com destaque para as deslocações ao estrangeiro.
“No 3º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 8,0 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 0,7% (após +6,1% no 2ºT 2023). As viagens em território nacional registaram uma diminuição de 3,1%, totalizando 6,8 milhões (85,2% do total de deslocações), enquanto as viagens com destino ao
estrangeiro cresceram 30,3%, atingindo 1,2 milhões (14,8% do total)”, lê-se no comunicado do INE, divulgado esta sexta-feira, 26 de janeiro.
Os dados divulgados pelo INE mostram que, em julho, o número de viagens desceu 1,6%, mas subiu 2,0% em agosto e 1,6% em setembro, ainda que, numa comparação com o mesmo período de 2019, se tenham registado descidas em todos os meses, com uma descida de 3,2% em julho, 10,6% em agosto, e 6,8% em setembro.
As viagens em território nacional somaram, no terceiro trimestre do ano passado, 6,8 milhões, representando 85,2% das deslocações, enquanto as deslocações ao estrangeiro totalizaram 1,2 milhões, o que significa 14,8% do total.
Face a 2019, as viagens ao estrangeiro ganharam representatividade, uma vez que, no terceiro trimestre desse ano, as deslocações para fora do país representavam 12,3% do total, enquanto as viagens em território nacional perderam alguma percentagem, pois nesses três meses de 2019 significavam 87,7% do total.
De acordo com o INE, a principal motivação de viagem foi o “lazer, recreio ou férias”, tal como já tinha acontecido nos períodos homólogos de 2019 e 2022, representando 5,3 milhões de viagens, o que traduz um aumento de 0,6% face ao mesmo período do ano anterior mas uma descida de 6,9% em comparação com 2019.
O INE diz ainda que esta foi a motivação de 2/3 das viagens realizadas no terceiro trimestre de 2023, o que equivale a 66,6% do total, o que traduz uma descida de 0,1 p.p. face ao mesmo período de 2022 mas um aumento de 0,4 p.p. em comparação com os mesmos três meses de 2019.
O “lazer, recreio ou férias” motivou 64,0% das deslocações nacionais, num total de 4,4 milhões de viagens, bem como 81,6% das viagens ao estrangeiro, que somaram 965,4 mil deslocações.
Já a “visita a familiares ou amigos” foi a segunda motivação de viagem, ainda assim com uma descida de 2,6% face ao mesmo período de 2022 e de 10,5% comparativamente aos meses de julho, agosto e setembro de 2019.
As viagens para “visita a familiares ou amigos” totalizaram, no terceiro trimestre do ano passado, 2,1 milhões de deslocações, ou seja, 25,7% do total, o que indica uma diminuição de 0,9 p.p. face ao terceiro trimestre de 2022 e de 0,8 p.p. face ao mesmo período de 2019.
As visitas a familiares ou amigos foram também o segundo motivo para as deslocações nacionais, representando 28,4% do total, com 1,9 milhões de
viagens, bem como ao estrangeiro, em que representaram 10,0% do total, somando 118,5 mil viagens.
As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” somaram ainda 315,2 mil deslocações, traduzindo quebras de 1,8% face ao terceiro trimestre de 2022 e de 9,5% em comparação com período homólogo de 2019, o que representou 3,9% do total, depois de uma descida de 0,1 p.p. face ao mesmo período de 2022 e de 2019.
Já os motivos “profissionais ou de negócios” foram a terceira principal razão dos residentes para viajar, quer nas deslocações nacionais (3,4% do total, 235,1 mil viagens) quer nas deslocações ao estrangeiro (6,8%, 80,1 mil viagens).
O INE indica que, em 46,0% das deslocações, foram usados serviços marcados previamente, condição que foi “dominante nas deslocações com destino ao estrangeiro (92,3%; -1,2 p.p.), ao contrário das viagens nacionais (38,0%; -0,2 p.p.)”.
Já o recurso à internet para organizar as viagens foi utilizado em 28,5% das deslocações (-0,5 p.p.), “tendo maior representatividade na organização de viagens ao estrangeiro (63,8% do total, -1,8 p.p.) do que nas viagens território nacional, em que a utilização deste recurso representou 22,4% do total (-1,8 p.p.)”.
A principal opção de alojamento foi o “alojamento particular gratuito”, que representou 55,4% do total e 26,2 milhões de dormidas nas viagens de residentes, com “maior prevalência nas viagens motivadas pela “visita a familiares ou amigos” (92,1% do total), nas deslocações em “lazer, recreio ou férias” (46,4%) e nas deslocações por motivos “profissionais ou de negócios (38,7%)”.
Os “hotéis e similares” foram a “segunda principal opção de alojamento”, refere o INE, que diz que esta opção concentrou 24,2% das dormidas (11,4 milhões), com destaque para as viagens por “motivos profissionais ou de negócios”, em que representou 36,4%, e para as deslocações “lazer, recreio ou férias”, onde a representação foi de 28,9%.
No terceiro trimestre de 2023, a duração média de cada viagem foi de 5,90 noites, ligeiramente abaixo das seis noites registadas no terceiro trimestre de 2022 mas acima das 5,76 noites apuradas no mesmo período de 2019.
Relativamente à duração da viagem, o INE acrescenta que “a duração média mais longa foi registada em agosto (6,62 noites; 6,76 em agosto de 2022) e a mais baixa
em setembro (4,19 noites; 4,00 em setembro de 2022)”.
A concluir, o INE refere também que, no terceiro trimestre do ano passado, 40,8% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística, o que representa um aumento de 1,6 p.p. face ao mesmo período do ano anterior, mas “ainda abaixo dos níveis de 2019 (-1,5 p.p.)”.
“Numa análise mensal, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma viagem aumentou em agosto e setembro (+0,4 p.p. e +0,3 p.p., respetivamente), tendo diminuído ligeiramente em julho (-0,1 p.p.). Comparando com 2019, registaram-se diminuições na proporção de turistas residentes em todos os meses (-1,1 p.p., -2,1 p.p. e -1,2 p.p., face aos meses de julho a setembro, respetivamente)”, conclui o INE.