Portos da Madeira investem 700 mil euros para estudar fornecimento de energia verde a navios atracados
A APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira vai arrancar com o projeto Green Ports Madeira para avaliar a viabilidade e o impacto do desenvolvimento de infraestruturas de Onshore Power Supply (OPS) e de descarbonização nos portos.

Publituris
Atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais afetaram perto de 2M de passageiros no 1.º trimestre, diz AirHelp
Frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, indica estudo
Zâmbia acolheu 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas
TAP distinguida pela experiência dos passageiros na Europa
Mais de 60 países e regiões presentes na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau
Unidades turísticas do Pacheca Group renovam certificação Biosphere para 2025
Quinta do Quetzal tem nova diretora de Enoturismo
Viagens e turismo criarão 4,5 milhões de novos empregos na UE até 2035
Barómetro do Turismo do IPDT antecipa uma Páscoa positiva
Turismo do Algarve e do Alentejo lançam campanha que reforça posicionamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
A APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira vai investir 700 mil euros para estudar o fornecimento de energia verde aos navios atracados, no projeto Green Ports Madeira, que é desenvolvido em parceria com a Empresa de Eletricidade da Madeira e co-financiado em 50% pela União Europeia.
A APRAM explica em comunicado que o “projeto Green Ports Madeira pretende avaliar a viabilidade e o impacto do desenvolvimento de infraestruturas de Onshore Power Supply (OPS) e de descarbonização nos portos, possibilitando, por exemplo, que os navios atracados desliguem os seus motores ligando-se à rede elétrica, sem interrupção do funcionamento das máquinas e dos serviços de bordo”.
“A energia a ser fornecida deve ser, preferencialmente, proveniente de fontes renováveis ou verdes, de modo a garantir reduções efetivas das emissões através da utilização das OPS. Aliás, o projeto não só vai investigar a possibilidade de utilizar energia de fontes renováveis para os navios atracados, como também de coproduzir energia nos portos para o autoconsumo das infraestruturas portuárias”, lê-se na informação divulgada.
A APRAM revela que “os trabalhos para a descarbonização dos portos da Madeira já arrancaram” e a empresa de engenharia portuguesa FUTURE-Proman está já “a assegurar a realização dos estudos de viabilidade na sequência do concurso público realizado pela APRAM”.
“O porto do Funchal prepara-se para receber brevemente o primeiro navio com 0% emissões”, acrescenta a APRAM, no comunicado enviado à imprensa.
Segundo Paul Cabaço, presidente do Conselho de Administração da APRAM, a empresa que gere os portos madeirenses aguarda “com expetativa” os resultados de “um conjunto de estudos específicos”, que vão permitir “desenvolver planos e iniciativas para a descarbonização dos portos da Madeira, através de novas soluções ambientais”.
“Apesar das emissões no cais representarem apenas uma pequena fração das emissões totais do transporte marítimo, são motivo de preocupação pela proximidade com as populações e devem ser avaliadas possíveis medidas para reduzir o seu impacto, sobretudo quando os portos de cruzeiros estão situados no centro das cidades como é o caso do Funchal. Acreditamos que este projeto vai possibilitar a redução significativa nas emissões locais”, explica a responsável.
Recorde-se que as infraestruturas de Onshore Power Supply (OPS) permitem que os navios, incluindo os cruzeiros, possam desligar os motores quando estão em terra, usando apenas a energia fornecida pelos portos, numa tecnologia que é apontada como fundamental para reduzir as emissões poluentes e contribuir para a descarbonização da indústria dos cruzeiros.