O que foi 2023 e o que será 2024 – Carla Salsinha (Lisboa)
Constituindo a porta principal de entrada para os turistas a nível internacional, a presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, Carla Salsinha, coloca a tónica na necessidade de uma decisão para o novo aeroporto, bem como o arranque das obras de requalificação e de melhoria da atual infraestrutura aeroportuária.
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Victor Jorge
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Findo o exercício de 2023, que balanço faz deste ano?
2023 foi um excelente ano. Apesar das incertezas que mundo enfrentou fruto de uma desgastante guerra na Europa Rússia/Ucrânia e do surgimento de um novo conflito mundial que todos desconhecemos virem a ser as suas repercussões e o seu términus, o Turismo conseguiu superar. Será segundo todos os indicadores, quer em número de dormidas e de turistas quer em número de receitas o melhor ano de sempre. Superando o 2019 que antes da pandemia tinha sido o melhor de sempre.
Na sua perspectiva, o que faltou concretizar no setor do turismo neste ano de 2023?
Em termos da Região o desafio a superar é a transversalidade, isto é, a possibilidade de nos milhares de turistas que visitam a região ter a capacidade de possibilitar a sua dispersão pelos diferentes concelhos que compõem a Região de Turismo de Lisboa.
Divulgar os diversos produtos emergentes e o que cada município poderá oferecer de diferente em termos de experiência turística de forma que quem nos visite não só permaneça mais tempo, mas seja impulsionado a uma nova visita para conhecer essa oferta diferenciadora e ainda não tão divulgada. É imperativo que os municípios comecem a ter esta visão de um trabalho concertado e em conjunto, pois não estão a competir entre si, mas sim em apresentar uma oferta agregadora. A nossa dimensão, pequena dimensão, para muitas das nacionalidades que são as nossas apostas, EUA-Canadá-China-Brasil são um dos nossos fatores de valor acrescentado.
Como antevê o ano de 2024 em termos económicos?
A nível mundial será um ano de incerteza fruto dos conflitos a nível mundial. Em termos nacionais os primeiros seis meses serão de alguma instabilidade e indefinição face ao momento político que vivemos. Se tudo correr sem sobressaltos só teremos um novo Governo a partir de maio e apesar do Orçamento aprovado, não nos podemos esquecer que teremos uma Governo de Gestão.
E que desafios terá o setor do turismo em 2024?
Os desafios consistem na diferenciação dos produtos, na oferta conjugada de experiências, e em novas experiências, na qualificação da nossa oferta, mais que destino de massas a nossa aposta deverá ser em nichos, em mercados de consumidores exigentes e que procuram qualidade/diferenciação. Apostar na qualidade para um público que busca o premium.
Outro grande desafio é o equilíbrio entre uma das atividades que tem permitido a sustentabilidade de milhares de empresas e de empregos, e que muito tem contribuído para a requalificação das nossas cidades e o respeito e a qualidade de vida de quem aqui vive.
O que gostaria de ver ser concretizado nos próximos 12 meses?
Para o sector seria a decisão da localização do novo aeroporto. o País já perdeu demasiado tempo e dinheiro em estudos, em avanços e recuos, e como a CTP já demonstrou está diariamente a perder muito dinheiro por não tomarmos uma decisão. Por outro lado, o arranque das obras de requalificação e de melhoria do atual aeroporto, medidas que em conjunto com outras foram apresentadas pela CTI para o curto prazo, e que ajudariam a alterar a perceção de que o nosso aeroporto é um dos piores do mundo.
A fazer um pedido ao Governo que sairá das eleições de 10 de março de 2024, qual seria?
Decisão sobre o aeroporto, fulcral para o Turismo.