Tarifas aéreas com preços estabilizados em 2024, antecipa estudo da Amex GBT
Apesar da forte procura por voos, o “Air Monitor 2024” da American Express Global Business Travel estima que os preços deverão manter-se estáveis no próximo ano.
Publituris
Estratégia de consultoria da GEA Portugal assume maior dimensão
GEA Portugal passou a integrar 40% do capital social da GEA Brasil
Vila Galé inaugura oficialmente o primeiro hotel Collection no Brasil
Ultrapassados os 27,5 milhões de hóspedes e 71 milhões de dormidas até outubro
Aeroportos apelam a revisão urgente das regras europeias em matéria de ‘slots’
Plataforma digital “Turismo Fora d’Horas”
Governo estabelece novo limite de idade para controladores de tráfego aéreo
Eurocontrol espera 12 milhões de voos em 2030 na Europa
Solférias reforça programação para a Tunísia
Redução da carga fiscal é prioritária para empresários para crescimento económico em Portugal
As tarifas aéreas parecem destinadas a uma estabilização nas principais rotas mundiais em 2024, de acordo com novas previsões da American Express Global Business Travel (Amex GBT), indicando no seu “Air Monitor 2024” aumentos marginais de preços, e algumas quedas, nas rotas de viagens de negócios regionais e internacionais, face a 2023.
Em todas as regiões, as flutuações nas tarifas aéreas revelam tendências mistas – com uma perspetiva ampla de maior estabilidade de preços em 2024. Espera-se que a América do Norte registe pequenas alterações nas tarifas dentro da região (menos de 1%) e para a Europa (+0,3% na classe executiva, -2,5% economia), enquanto as tarifas aéreas para a Ásia deverão diminuir em 2024. Os voos dentro da Europa deverão aumentar cerca de 1%, com descidas de preços entre a Europa e o Médio Oriente (-3,5% classe executiva, -2,8% economia) e América do Sul (-3,9% classe executiva, -10,4% economia).
Cenário em 2024
O estudo da Amex GBT destaca os ganhos recordes das companhias aéreas, em 2023, resultantes da procura robusta, tarifas altas e queda no preço do combustível de aviação. No entanto, as viagens de lazer, que impulsionaram as receitas em 2023 graças ao “turismo de vingança”, deverão abrandar em áreas específicas, à medida que as preferências dos consumidores são vítimas de taxas de juro elevadas. Simultaneamente, o aumento dos preços do petróleo e do combustível de aviação, desde junho de 2023, está a exercer pressão sobre as transportadoras e a aumentar os custos.
Apesar dos avanços na reconstrução dos balanços até 2023, a indústria da aviação “continua a debater-se com encargos de dívida substanciais”, considera a Amex GBT na sua análise. O aumento das despesas laborais em todo o mundo está associado à escassez de talentos em áreas específicas, prevendo-se que “os problemas contínuos da cadeia de abastecimento persistam, potencialmente atrasando a produção de novas aeronaves e impactando os planos de expansão”.
Impacto ambiental
Espera-se que a sustentabilidade seja uma prioridade crescente para empresas e viajantes, exigindo uma rápida integração de métricas de sustentabilidade no abastecimento aéreo. O “Air Monitor 2024” destaca o impacto da transferência modal do transporte aérea para o ferroviário sempre que viável em rotas competitivas. “Os clientes estão a reportar reduções significativas nas emissões de carbono quando os seus viajantes mudam de avião para comboio”, refere o estudo.
“Embora a esperada redução dos aumentos de tarifas seja uma boa notícia, a contratação de programas de viagens corporativas continua a viver um ambiente desafiador”, admite Dan Beauchamp, chefe de consultoria da Amex GBT.
Transformação via NDC
Segundo avança o “Air Monitor 2024” da Amex GBT, a New Distribution Capability (NDC) promete “transformar” a forma como as companhias aéreas vendem, trazendo conteúdo mais rico e dinâmico. “Para as empresas, deverá significar uma escolha mais ampla de serviços, mais preços e ofertas potencialmente mais personalizadas”, considera a análise.
“Preços dinâmicos significam que os preços podem mudar”, indica a Amex GBT, salientando que algumas companhias aéreas estão a optar por colocar as tarifas mais competitivas em canais NDC. Contudo, a natureza dos NDC significa que estes são “dinâmicas e sujeitas a alterações”. Por isso, as tarifas podem ter preços baixos para impulsionar a adoção antecipada, mas as companhias aéreas podem optar por evoluir as suas estratégias de preços.
Além disso, as companhias aéreas “podem estar a reduzir os descontos, mas não esperamos que desapareçam no curto prazo”, antecipa a Amex GBT, frisando que “a tarifa deve continuar vinculada à classe de reserva nos próximos anos”.