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Transportes

Governo neerlandês dá passo atrás na redução de voos no aeroporto de Schiphol

Depois de no ano passado ter anunciado uma redução do número de voos no Aeroporto Schiphol de Amsterdão, de 500 mil para 460 mil, o Governo neerlandês recuou na decisão.

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Governo neerlandês dá passo atrás na redução de voos no aeroporto de Schiphol

Depois de no ano passado ter anunciado uma redução do número de voos no Aeroporto Schiphol de Amsterdão, de 500 mil para 460 mil, o Governo neerlandês recuou na decisão.

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O Governo neerlandês anunciou o abandono temporário dos planos para reduzir os voos no Aeroporto Schiphol de Amsterdão, citando objeções de vários países, incluindo os Estados Unidos da América, e preocupações sobre potenciais violações da legislação europeia e dos acordos de aviação.

No ano passado, o Governo revelou a sua intenção de diminuir o número de voos em Schiphol de 500.000 para 460.000, um movimento significativo para um dos hubs mais movimentados da Europa.

Numa carta dirigida aos legisladores, o ministro das Infraestruturas e Águas, Mark Harbers, revelou que a fase inicial do plano, prevista para 2024, foi adiada “até novo aviso”, enquanto se aguarda uma decisão do Supremo Tribunal do país.

Embora um tribunal de primeira instância tenha bloqueado os planos de redução em maio, um tribunal de recurso em Amsterdão anulou posteriormente esta decisão. Uma decisão final do Supremo Tribunal está prevista para o segundo trimestre de 2024.

Os responsáveis do Aeroporto de Schiphol expressaram desapontamento numa declaração, afirmando que os residentes locais estão em desvantagem devido a estes desenvolvimentos recentes.

Os cortes de voos propostos visavam mitigar a poluição sonora para os residentes próximos ao aeroporto, situado na periferia sul de Amsterdão, argumentando que esta decisão introduziria mais incerteza, especialmente para o setor da aviação, enfatizando a necessidade de reduzir visivelmente os distúrbios para os residentes locais.

Na carta aos legisladores, Harbers revelou que as autoridades dos EUA consideraram a redução de voos “injusta, discriminatória e anticompetitiva para as companhias aéreas”.

A Airlines for America, um grupo de aviação, saudou a decisão e agradeceu ao Governo dos EUA por emitir uma “ordem muito forte descrevendo as violações do Acordo de Transporte Aéreo EUA-UE”. O grupo enfatizou o seu compromisso em atender às necessidades dos passageiros, ao mesmo tempo que trabalha ativamente para atingir os objetivos climáticos globais na aviação, incluindo a redução da poluição sonora.

A companhia aérea holandesa KLM aplaudiu a decisão de arquivar o plano, considerando-o “um passo importante para evitar retaliações e continuar a voar para os EUA”. A KLM afirmou ter concordado com várias medidas anunciadas, incluindo um plano mais limpo, silencioso e económico para acelerar a redução da poluição sonora, alinhando-se com as preocupações ambientais do Governo.

No entanto, grupos ambientalistas nos Países Baixos, incluindo a Greenpeace e o Friends of the Earth, expressaram contrários à decisão, enfatizando os riscos significativos envolvidos, deixando os residentes locais numa posição difícil e exacerbando a crise climática. Apesar deste revés, os grupos insistiram que o número de voos deve ser reduzido para tornar os Países Baixos mais habitáveis e enfrentar eficazmente a crise climática.

Foto crédito: Depositphotos.com
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Azores Airlines antecipa voos diretos entre os Açores e Montreal

A operação aérea direta entre Ponta Delgada e Montreal arranca a 4 de abril de 2024, dois meses mais cedo do que o inicialmente previsto.

A SATA Azores Airlines irá antecipar o início da operação direta entre Montreal e Ponta Delgada para o dia 4 de abril de 2024, dois meses antes do inicialmente previsto, com a oferta de uma ligação semanal, à quinta-feira.

“Ao anteciparmos a data de início desta operação procuramos melhorar o serviço prestado às comunidades açorianas residentes no Canadá e corresponder à procura que já sentimos”, refere Teresa Gonçalves, CEO do Grupo SATA.

Segundo a mesma, “o arranque desta operação também representa uma conquista importante para a Azores Airlines, que passou a poder contar com uma faixa horária noturna no aeroporto Internacional de Montreal, algo que procurávamos alcançar há algum tempo e que já havia sido identificado como sendo da preferência dos nossos clientes. A antecipação vem igualmente dar resposta adicional aos passageiros que estão a utilizar, de forma crescente e consistente, as ligações da Azores Airlines para chegar aos Açores e a outros destinos europeus para os quais a companhia aérea voa”.

A ligação semanal direta entre os Açores e Montreal ocorre à quinta-feira, entre 4 de abril e até 30 de maio, sendo depois incrementada com a oferta de mais três ligações por semana. Assim, entre junho a setembro, a companhia aérea vai operar quatro ligações semanais, à segunda, terça, quinta e sábado.

A operação entre Montreal e Ponta Delgada, ocorre em faixa horária noturna, “o que é mais confortável para os passageiros e aumenta o potencial de conectividade à chegada aos Açores, através de voos de ligação na SATA Air Açores, que chegam às restantes ilhas do Arquipélago, bem como a outros destinos da Europa operados pela Azores Airlines”, reconhece a companha aérea.

Os voos partem de Ponta Delgada às 18h15 e chegam a Montreal às 20h10 (locais). No sentido inverso, a partida de Montreal será às 21h30 e chegada a Ponta Delgada às 06h30 (locais) do dia seguinte.

Em época alta, a Azores Airlines passa a ter 15 ligações semanais entre Portugal (Ilhas de São Miguel e da Terceira, Porto e Funchal) e o Canadá (Toronto e Montreal). (Nota: cada ligação representa dois voos – ida e volta).

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Airmet ultrapassa as 400 agências de viagens em Portugal

Um ano depois de ter atingido as 300 agências, o Grupo Airmet ultrapassou, recentemente, a marca das 400 agências de viagens na rede.

O Grupo Airmet atingiu o patamar das 400 agências de viagens em Portugal, contando de momento com 404 agências na sua rede.

O grupo de gestão tinha anunciado, a 30 de novembro de 2022, ter atingido 300 agências de viagens em Portugal aumentando assim a sua rede em mais de 100 pontos de venda em pouco mais de um ano, o que representa um crescimento de mais de 30%.

Luís Henriques, diretor-geral do grupo afirma que “a Airmet é o grupo que mais cresce em Portugal. É um sinal claro que para crescer estruturalmente é fundamental criar valor acrescentado para as agências de viagens e nesta vertente, tenho a certeza de que somos o melhor grupo de gestão em Portugal.”

O diretor-geral adianta ainda que “este crescimento é resultado de um trabalho consistente de toda a equipa que continua a acreditar na estratégia que tem sido implementada, tanto ao nível do aumento do apoio e assessoria à rede como também no modelo de contratação comercial implementado desde 2021 que visa o aumento da rentabilidade das agências”.

 

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Lusanova já permite reservas online da programação para 2024

A programação da Lusanova para 2024 já está disponível para reserva no website do operador turístico, disponibilizando uma ampla gama de destinos, assim como de datas para as épocas festivas do Carnaval e da Páscoa.

A programação da Lusanova para 2024 já se encontra disponível para reserva online no website do operador turístico, disponibilizando uma ampla gama de destinos, assim como de datas para as épocas festivas do Carnaval e da Páscoa.

“Da Europa às Américas, passando por África e Ásia, a programação da Lusanova para 2024 abrange os mais diversos destinos internacionais. Para o próximo ano, a Lusanova já tem disponível com reservas online vários destinos fora da Europa”, lê-se num comunicado enviado à imprensa pelo operador turístico.

Em África, o destaque vai para Marrocos enquanto destino de city-breaks, com a Lusanova a propor “estadas curtas de duas noites em cidades como Casablanca ou Marraquexe”, assim como programas mais extensos, nas opções “Marrocos – Cidades Imperiais” ou “Marrocos Imperial com Chefchaouen”.

Em África, a Lusanova disponibiliza também opções para safaris no Quénia e Tanzânia, mas também o “Safari Maasai”, de quatro noites para conhecer Nairobi, Maasai Mara, Lago Nakuru ou Lago Elementaita, ou o “Safari Karibu”, que inclui ainda visitas aos lagos de Nakuru e Naivasha, mas também a Amboseli, programas que também podem ser combinados com destinos como o Dubai, Maurícias ou Zanzibar.

Já na América do Norte, a Lusanova apresenta uma programação diversificada para o Canadá e os Estados Unidos da América, a exemplo dos programas “Canadá de Mar a Mar”, “Toronto e Cataratas do Niágara” ou “Canadá – Vida Selvagem”, no Canadá, e  “Grandes Parques Nacionais Americanos”, “Maravilhas do Oeste Americano”, “Nova Iorque – A Grande Maçã” ou “Triângulo do Leste Americano”, nos EUA.

Além destes destaques, a Lusanova conta ainda, para o próximo ano, com propostas para a Costa Rica, para os Emirados Árabes Unidos, para a Jordânia e ainda para o Japão.

As reservas podem ser realizadas aqui, com o operador turístico a indicar que, nas próximas semanas, esta programação vai ser ampliada com a introdução dos Circuitos Ibéricos e Europeus com novos itinerários e destinos.

 

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Produção de SAF representa 0,53% das necessidades do setor da aviação em 2024

A IATA anunciou estimativas para a produção de Combustível de Aviação Sustentável (SAF), prevendo que, em 2024, represente somente 0,53% das necessidades globais do setor da aviação.

A International Air Transport Association (IATA) revelou, recentemente, que a produção de SAF (Combustível de Aviação Sustentável) atingiu, em 2023, 600 milhões de litros, correspondendo ao dobro dos 300 milhões de litros produzidos em 2022.

Com o setor da aviação a ser pressionado para chegar o net zero, em 2050, a IATA estima que, em 2024, a produção de SAF triplique para 1,875 mil milhões de litros, representando 0,53% da necessidade de combustível da aviação e 6% da capacidade de combustível renovável. A pequena percentagem da produção de SAF em relação ao combustível renovável total deve-se principalmente à nova capacidade que entrará em funcionamento em 2023 e será atribuída a outros combustíveis renováveis.

A IATA alerta, de resto, que o SAF representou 3% de todos os combustíveis renováveis produzidos, com 97% da produção de combustíveis renováveis indo para outros setores.

“A duplicação da produção de SAF em 2023 foi encorajadora, assim como a esperada triplicação da produção em 2024”, considera Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Contudo, Walsh considera que “mesmo com esse crescimento impressionante, o SAF, como parte de toda a produção de combustíveis renováveis, crescerá apenas de 3% este ano para 6% em 2024”, assinalando que esta alocação “limita a oferta de SAF e mantém os preços elevados”.

Certo é que o setor da aviação necessita entre 25% e 30% da capacidade de produção de combustíveis renováveis para SAF. Nesses níveis, a aviação estará na trajetória necessária para atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050. “Até que esses níveis sejam alcançados, continuaremos a perder enormes oportunidades para avançar na descarbonização da aviação”, admitindo Willie Walsh que “é a política governamental que fará a diferença. Os governos devem priorizar políticas para incentivar o aumento da produção de SAF e diversificar as matérias-primas com as disponíveis localmente”, conclui o diretor-geral da IATA.

Na 3.ª Conferência sobre Combustíveis Alternativos para a Aviação (CAAF/3), organizada pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), foi abordado um quadro global para promover a produção de SAF em todas as geografias para que os combustíveis utilizados na aviação internacional sejam 5% menos intensivos em carbono até 2030, alertando-se que, para atingir esse nível, serão necessários cerca de 17,5 bilhões de litros de SAF.

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Zoomarine reabre a 7 de março para temporada de 2024

Na próxima temporada, o Zoomarine vai reabrir a 7 de março e promete “novidades surpreendentes” que vão chegar ao longo da época de 2024.

Na próxima temporada, o Zoomarine vai reabrir a 7 de março e promete “novidades surpreendentes” que vão chegar ao longo da época de 2024, anunciou o parque temático algarvio em comunicado.

“O parque anuncia as datas de reabertura para a próxima temporada, de 7 de março a 30 de novembro de 2024, com novidades surpreendentes que chegarão ao longo da época, desde uma emocionante nova atração familiar e duas inéditas apresentações temáticas”, lê-se na nota divulgada esta quarta-feira, 6 de dezembro, pelo Zoomarine.

Para assinalar o Natal, o Zoomarine lançou uma campanha que oferece um desconto de 25% nas entradas para 2024 adquiridas, até 16 de janeiro, através do site oficial do parque, que pode ser consultado aqui.

Na informação divulgada, o Zoomarine faz também um balanço positivo da atividade de 2023, destacando “o sucesso arrebatador do escorrega Quetzal”, e as “inúmeras melhorias” que foram realizadas este ano e que “refletiram o compromisso constante com a satisfação do visitante”.

O Zoomarine recorda que, em 2023, reforçou, ainda mais, “o foco na sustentabilidade ambiental, com a utilização de águas residuais recicladas para a rega de espaços verdes, expandindo ainda mais o pulmão verde no parque, instalando mais painéis fotovoltaicos, reforçando a frota elétrica e implementando mais mecanismos de economia verde”.

“A prioridade inabalável do Zoomarine permanece no bem-estar animal das espécies que compõem a família zoológica, cuidado esse que se mantém durante os meses de inverno. Também a educação ambiental é indissociável da missão do parque, através das diversas apresentações zoológicas para os visitantes, das inúmeras parcerias científicas locais, nacionais e internacionais, passando pelo incrível trabalho do Porto d’Abrigo do Zoomarine no salvamento, reabilitação e devolução ao meio selvagem de várias espécies aquáticas e marinhas”, acrescenta o parque.

 

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Câmara de Lisboa ameaça dificultar entrada de passageiros de cruzeiros se não pagarem taxa turística

O presidente da Câmara de Lisboa lamentou a resistência dos operadores de cruzeiros na cobrança da taxa turística aos passageiros que desembarcam na cidade e anunciou que, se não o fizerem, vai dificultar as entradas.

“É realmente vergonhoso que haja uma resistência tão grande por parte dos operadores a não pagar essa taxa turística”, afirmou Carlos Moedas, referindo-se ao turismo de cruzeiros em Lisboa.

Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, para apresentar e responder sobre o trabalho do executivo camarário entre setembro e outubro, o autarca foi questionado pela deputada do PS Simonetta Luz Afonso sobre a cobrança da taxa turística aos passageiros de cruzeiros.

Em resposta, o presidente da câmara disse que é “uma luta comum a todos” para que os cruzeiros paguem a taxa turística, de dois euros por noite, indicando que o valor anual a arrecadar rondará um milhão de euros.

“A partir de janeiro, já anunciei que, se [os operadores de cruzeiros] não o fizerem, eu vou fazer aquilo que tenho no meu poder que é dificultar de certa forma as entradas. Não posso ir para lá à porta a receber dinheiro das pessoas, obviamente isso não faria sentido. Posso dificultar a mobilidade dos próprios autocarros e vou fazê-lo se eles não pagarem”, declarou Carlos Moedas.

Na cidade de Lisboa, a taxa turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local. Inicialmente era de um euro por noite, mas a partir de janeiro de 2019 aumentou para dois euros.

Relativamente à eletrificação do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, para minimizar a poluição causada pelo transporte marítimo, o social-democrata indicou que o município está a colaborar com o Governo e explicou que o processo demora porque há muitas instituições à volta da mesa.

A deputada do PS Simonetta Luz Afonso questionou também sobre mobilidade, ação social, cultura, educação e habitação, concluindo a intervenção com palavras de apoio a Carlos Moedas: “Acreditamos no seu empenho e da sua equipa, partilhado connosco [PS] em prol da nossa Lisboa”.

“O Partido Socialista, como vossa excelência, senhor presidente, quer uma Lisboa inclusiva, multicultural, cosmopolita e solidária, e como oposição responsável apresentaremos alternativas viáveis e consistentes que respeitem as regras democráticas e as instituições e contribuam para um objetivo comum, que é melhor cidade para todos e para todas”, disse Simonetta Luz Afonso.

Em resposta, Carlos Moedas agradeceu a intervenção da deputada do PS e destacou o “tom de capacidade de falar”, considerando que “é uma das primeiras vezes que isso acontece”.

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APG-IET passa a incluir CM Airlines

A CM Airlines é uma companhia aérea com sede em Tegucigalpa, nas Honduras, que foi fundada em 2008 e opera maioritariamente voos domésticos.

A APG Portugal anunciou a integração da companhia aérea CM Airlines no programa APG-IET, passando a oferta desta transportadora a estar disponível para emissões interline com a chapa GP.

De acordo com a APG Portugal, a CM Airlines é uma companhia aérea com sede em Tegucigalpa, nas Honduras, que foi fundada em 2008 e opera maioritariamente voos domésticos.

Catacamas (CAA), Guanaja (GJA), La Ceiba (LCE), San Pedro Sula (SAP) e Tegucigalpa (TGU), entre outros, são alguns dos destinos para onde a CM Airlines voa nas Honduras, contando com uma frota de 15 aviões.

Com a integração da CM Airlines, o programa APG-IET passa a contar com 140 companhias aéreas, cuja oferta já está disponível para emissões interline com a chapa GP-275, através dos sistemas Galileo, Sabre, Amadeus e Worldspan.

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IATA: Transporte aéreo de outubro chega a 98,2% dos níveis de 2019 mesmo com lenta recuperação do tráfego internacional

Segundo os dados revelados pela IATA esta terça-feira, 5 de dezembro, a subida do tráfego global foi ditada por uma forte recuperação do tráfego doméstico, que aumentou 33,7% face a outubro de 2022, enquanto o tráfego internacional continuou a apresentar uma recuperação mais “lenta”.

Em outubro, o tráfego aéreo global ficou em 98,2% dos níveis pré-pandemia, depois de um crescimento de 31,2% face a mês homólogo de 2022, o que leva a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo a afirmar que “a recuperação em curso na procura de passageiros continuou em outubro”.

Segundo os dados revelados pela IATA esta terça-feira, 5 de dezembro, a subida do tráfego global foi ditada por uma forte recuperação do tráfego doméstico, que aumentou 33,7% face a outubro de 2022, impulsionado por um crescimento a três dígitos registado na China, que levou a que o transporte aéreo doméstico ficasse 4,8% acima do resultado de outubro de 2019.

Para a recuperação registada em outubro contribuiu também o tráfego internacional, que registou, no 10.º mês do ano, uma subida de 29,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado, ficando a 94,4% dos níveis de outubro de 2019, o último ano antes da pandemia da COVID-19.

“O forte resultado de outubro aproxima a indústria cada vez mais da conclusão da recuperação do tráfego pós-pandemia”, congratula-se Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Apesar dos bens resultados, o responsável da IATA sublinha que, apesar do tráfego internacional também estar a recuperar, o crescimento está a acontecer “de forma mais lenta”, o que se atribui, em grande parte, à menor procura internacional registada pelas companhias aérea da Ásia-Pacífico.

“A procura internacional das transportadoras da Ásia-Pacífico está 19,5% atrás de 2019. Isto pode refletir o levantamento tardio das restrições da COVID em partes da região, bem como desenvolvimentos comerciais e tensões políticas”, acrescenta o responsável.

Apesar do atraso, os dados da IATA mostram que, no que diz respeito ao tráfego internacional, foi nas companhias aéreas da Ásia-Pacífico que este indicador mais aumentou em outubro, subindo 80.3% face ao mesmo mês do ano passado, enquanto a capacidade cresceu 72.5% e o load factor 3.6 pontos percentuais, fixando-se nos 82.9%.

Já as transportadoras africanas viram o tráfego internacional subir 25.3% em outubro, enquanto a capacidade cresceu 32.4%, o que provocou uma descida de quatro pontos percentuais no load factor, que passou para 70.3%, o mais baixo entre todas as regiões do mundo.

No Médio Oriente, o tráfego internacional das companhias aéreas aumentou 24.1%, tendo-se registado também uma subida de 22.2% na capacidade e de 1.2 pontos percentuais no load factor, que passou para 80.6%, com a IATA a indicar que, nesta região, o conflito entre Israel e o Hamas parece estar a causar um reduzido impacto, apesar das companhias aéreas terem reduzido as suas operações nesta região.

Na América Latina, o tráfego internacional cresceu ainda 21.2% em outubro, enquanto a capacidade cresceu a um nível superior e aumentou 22.3%, o que empurrou o load factor para baixo em 0.8 pontos percentuais, fixando-se nos 85.3%, o mais elevado entre todas as regiões.

Já na América do Norte, o tráfego internacional subiu 17.5%, exatamente a mesma percentagem em que aumentou também a capacidade, o que resultou num load factor estável de 83.9%.

Na Europa, onde o tráfego internacional já tinha recuperado grande parte dos níveis de 2019, as companhias aéreas registaram o menor crescimento e o tráfego internacional subiu apenas 16.1% face ao ano passado, enquanto a capacidade subiu 14.5% e o load factor disparou 1.2 pontos percentuais, fixando-se nos 85.1%.

 

 

 

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Primeiro-ministro aponta para “início imediato das obras” por parte da ANA na Portela

Presente na apresentação do relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, o primeiro-ministro, António Costa, admitiu que não será ele o decisor político nesta matéria. Contudo, vai levar as obras na Portela, a cargo da ANA, ao próximo Conselho de Ministro, já na próxima quinta-feira, 7 de dezembro. Até porque, as obras “podem avançar já”.

Victor Jorge

“Tenho inveja de não ser o decisor político”. Foi desta forma que o primeiro-ministro, António Costa, se referiu à decisão sobre a nova infraestrutura aeroportuária e o longo período de espera, admitindo que “este Governo não tem, obviamente, legitimidade para tomar uma decisão nesta matéria”.

António Costa, que se fez acompanhar o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, também aproveitou a oportunidade para elogiar o acordo feito com o Luís Montenegro, presidente do PSD, relativamente à metodologia encontrada para a constituição da CTI. Além disso, admitiu que “existem dois consensos importantes. Ninguém discute em Portugal a necessidade do aumento da capacidade aeroportuária em Lisboa e que o atual aeroporto está esgotado”. Já quanto ao segundo consenso, António Costa assinalou que “nunca haverá unanimidade, já que qualquer das soluções não terá mais de 20% de apoiantes, ou seja, existirá 80% de opositores”. E por isso, “tínhamos de acordar uma metodologia e uma decisão que não vincule só uma geração”.

O primeiro-ministro, António Costa, durante a apresentação do relatório da CTI
Foto: Frame It

Quanto às indicações dadas pela CTI nesta apresentação, o primeiro-ministro “subentendeu” que Alcochete será a decisão mais correta, confirmando que “o Montijo é uma das opções com mais critérios negativos”.

Certo é que as obras na Portela são para avançar, reconhecendo António Costa que “não há razões para que a ANA não avance com as obras previstas para o alargamento do Terminal 1 no Aeroporto Humberto Delgado”, confirmando o primeiro-ministro que o tema das obras, a fazer pela ANA, vai levado esta quinta-feira ao Conselho de Ministros, destacando, ainda que as obras planeadas pela ANA “podem avançar já”, não precisando de ficar à espera da Comissão de Negociação do Contrato de Concessão.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Maria do Rosário Partidário, coordenadora da Comissão Técnica Independente (CTI)
Foto: Frame It

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CTI faz solução sobre novo aeroporto “aterrar” em Alcochete

Numa sessão muito aguardada, a Comissão Técnica Independente (CTI) apresentou o Campo de Tiro de Alcochete como a solução mais viável para o aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, indicando Vendas Novas como outra das alternativas a considerar.

Victor Jorge

O tão aguardado “Relatório de Avaliação de Opções Estratégicas para o Aumento da Capacidade Aeroportuária da Região de Lisboa”, ou seja, a solução apresentada pela Comissão Técnica Independente (CTI) chegou esta terça-feira, 5 de dezembro, e apontou Alcochete como a localização com mais vantagens para a construção do novo Aeroporto de Lisboa.

Maria do Rosário Partidário, coordenadora da CTI, começou por salientar a “total independência e transparência em todo o processo”, bem como a “liberdade dada pelo Governo, numa clara demonstração que a Comissão não está sujeita a orientações de qualquer tutela política ou administrativa”. Rosário Partidário não deixou, no entanto, de frisar que a Comissão esteve “no centro de múltiplos interesses políticos e económicos, reconhecendo esses interesses, estudando-os e considerou-os sem se deixar influenciar por nenhum em particular”. Assim, destacou, “os resultados apresentados decorrem da credibilidade, conhecimento pericial e experiência dos seus membros, possuindo uma solidez e força técnica, sendo também fruto de integração e de uma transdisciplinaridade de várias áreas do saber, trabalhadas e conjugadas de forma interativa e integrada”.

Concluída a fase de avaliação, a CTI apontou caminhos possíveis para resolver o problema da decisão política, considerando como “inviáveis” para um hub intercontinental as soluções Aeroporto Humberto Delgado (AHD) + Montijo ou Montijo principal + AHD complementar (com evolução para o Montijo substituir integralmente o AHD) por razões aeronáuticas e ambientais, bem como por razões económico-financeiras, devido à sua capacidade limitada. Neste capítulo foram indicadas ainda as soluções AHD principal + Santarém complementar e Santarém (que substitua integralmente o AHD) por razões aeronáuticas (de navegação aérea).

Apresentada como solução com mais vantagem para um hub intercontinental aparece AHD + Campo de Tiro de Alcochete complementar até abrir Alcochete único com o mínimo de duas pistas.

Entre as outras soluções viáveis para a CTI aparecem AHD + Vendas Novas complementar, até abrir Vendas Novas único, também aqui, com o mínimo de duas pistas.

Desde logo Rosário Partidário afirmou na apresentação do relatório que o que está em causa é o “primado do interesse nacional”, a relevância do hub intercontinental para Portugal, necessitando este de espaço, indicando que este funcionará melhor como aeroporto único e não num modelo dual, salientando que “não se deve fazer um aeroporto para 10 ou 20 anos”.

Partindo da premissa que o Aeroporto Humberto Delgado “não tem capacidade para crescer e está fora do eixo principal da rede transeuropeia, em que Lisboa é um dos polos principais”, Rosário Partidário afirmou que “é importante que haja uma alternativa ao Aeroporto Humberto Delgado”.

Enumerando várias oportunidades e riscos para o ambiente e a sustentabilidade (ver gráfico), foram estas mesmas que fizeram com que a solução Rio Frio/Poceirão nem fizesse parte deste relatório, assegurando a coordenadora da CTI que esta solução “não tem condições ambientais para ser uma opção”.

No final, Rosário Partidário respondeu ainda a três recomendações para a decisão: (i) Como aumentar a capacidade aeroportuária da Região de Lisboa, em modelo dual ou único?; (ii) Como evoluir para um hub intercontinental?; e (iii) Se será necessário desativar, ou não, o Aeroporto Humberto Delgado (AHD)?.

Na primeira, a CTI sugere que se selecione um modelo dual, que permita a evolução para um modelo único no médio/longo prazo, quando tiver sido criada suficiente massa crítica, com densificação de atividades e recursos humanos. No entender da CTI, o novo aeroporto deverá ter condições para, no futuro, tendo em conta as condições de evolução da procura e da economia nacional, “poder funcionar como aeroporto único, dado que esse é o modelo mais favorável para o desenvolvimento de um hub intercontinental”. Na escolha da localização do novo aeroporto, dado que deverá ter condições para poder vir a ser aeroporto único, deve ser tida em conta “a proximidade ao centro de Lisboa”, de forma a potenciar as economias de aglomeração da região.

Na segunda recomendação, a CTI considera que um hub intercontinental “funcionará melhor num aeroporto único, partindo de uma solução dual, com o novo aeroporto a reunir todas as condições para vir a funcionar como hub intercontinental”.

Quanto à questão do encerramento do AHD, “as razões ambientais e de saúde pública justificam o fecho ou uma redução significativa de movimentos no AHD, admitindo que a evolução tecnológica permitirá mitigar, a prazo, os atuais efeitos mais negativos do aeroporto”, diz a CTI.

Contudo, “por razões de acessibilidade, menores distâncias e, portanto, menor pegada carbónica, e por razões económicas e financeiras, uma vez que se trata de uma infraestrutura já existente, poderá fazer sentido prolongar a vida útil do AHD no curto/médio prazo”.

Já contratualmente, a previsão do procedimento do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), sendo seguida, “conduz ao fecho do AHD, porque o NAL está concebido como aeroporto de substituição do AHD”, refere a CIT, assinalando que “esta decisão terá que ser tomada no futuro, quando existirem condições para o encerramento do AHD, o que obriga a que a nova infraestrutura esteja então a funcionar em pleno”.

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP)
Foto: Frame It

No final, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), questionou a CTI relativamente “ao curto prazo”, apontando que o médio ou longo prazo “significam 10 ou 15 anos de espera”, lembrando, mais uma vez, que o turismo não pode esperar este tempo, e considerando que “as obras na Portela são urgentes”.

Em resposta, Rosário Macário, coordenadora da área dedicada ao Planeamento Aeroportuário, respondeu que o AHD “não tem capacidade de expansão para aeronaves” e o que se poderá fazer “são melhoramentos a nível operacional e de serviços aos passageiros”. No entanto, referiu ainda que “não vamos esperar 15 anos, mas também não fazemos milagres”, explicando que a primeira pista deverá estar operacional em “sete anos”.

A Avaliação das opções estratégicas para aumento da capacidade aeroportuária da Região de Lisboa está, de novo aberto na https://aeroparticipa.pt/ nos próximos 30 dias úteis, até 19 de janeiro de 2024 –, agora sobre os resultados preliminares da avaliação.

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