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Foto: Victor Machado (Bluepeach)

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“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

Victor Jorge

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“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

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Análise

“O Turismo como Fator de Coesão Nacional” é o tema central que a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) leva a debate, no próximo dia 27 de setembro, na Conferência do Dia Mundial do Turismo, que se realiza no Algarve.

O jornal PUBLITURIS falou com Francisco Calheiros, presidente da CTP, a propósito deste evento e tema, admitindo que “o Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona”.

Com os dados referentes à atividade turística em Portugal a estarem “em linha com o que era expectável para este ano”, Francisco Calheiros pede uma “redução da carga fiscal existente” e “apoio à recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra”.

Quanto ao novo aeroporto, “nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país”, frisa Francisco Calheiros.

A CTP celebra, mais uma vez, o Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 de setembro com a Conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”. Que importância tem, de facto, o turismo para uma maior coesão nacional e como poderá contribuir para essa coesão?
O Turismo continua a ser um importante motor da economia portuguesa, sendo mesmo a atividade económica mais exportadora de Portugal, representando cerca de 20% do total de exportações de bens e serviços. Isto deve-se em grande parte ao efeito multiplicador do Turismo, já que é uma atividade que fomenta o desenvolvimento de muitos outros setores espalhados pelo país, sendo gerador de desenvolvimento social e económico. E se antes o Turismo estava centralizado em algumas regiões específicas, atualmente a oferta turística é muito mais diversificada, abrangendo praticamente todo o território, sendo por isso fator de coesão nacional.

E de que forma é que um país mais coeso territorialmente poderá beneficiar o setor do turismo nacional?
O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona. Quando se fala de coesão territorial, deve ter-se em conta um acesso mais equilibrado aos instrumentos que permitam o desenvolvimento de uma região, neste caso turisticamente, que é aquilo a que já assistimos atualmente, nomeadamente como fruto do trabalho das Entidades Regionais de Turismo que têm feito um trabalho excelente na promoção dos produtos turísticos locais e regionais, assim como na captação de novos investimentos turísticos. Este é um trabalho que deve continuar a ser feito, com o recurso a apoios como aqueles que foram anunciados recentemente pelo secretário de Estado do Turismo. Estes apoios são necessários para ajudar o esforço de investimento que é feito pelos privados, mas deve ter-se em conta que, em relação aos apoios, se devem flexibilizar as regras de acesso e a utilização das verbas para que depois não fiquem por executar.

O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona

Em diversos fóruns temos ouvido que o importante é dar relevância à descentralização e levar o turismo para o Interior do país. A questão é saber se este Interior está preparado e tem as infraestruturas necessárias para receber os turistas no número que se pretende?
Há mais de um século que o Turismo tem vindo a promover e a desenvolver a sua organização administrativa, sendo a única atividade económica que se encontra descentralizada e regionalizada no nosso país, curiosamente no seu início até por iniciativa privada, a que mais tarde o Estado se vem associar. E hoje há como que uma parceria público-privada no terreno, e em todo o território nacional, através da articulação funcional e operacional entre as Entidades Regionais de Turismo (direito público) e as Agências Regionais de Promoção Turística (direito privado).

Especificamente, tal como pergunta, o interior está hoje muito mais preparado e a prova disso é a muita oferta e de qualidade que está a dar resposta à crescente apetência dos turistas por estas zonas do País. Veja-se também como para além do investimento de empresas locais, atualmente os grandes grupos hoteleiros estão cada vez mais a apostar no interior do país, o que claramente acrescenta valor a estas regiões e as aproxima dos índices daqueles que têm sido os destinos turísticos mais tradicionais. Ou seja, aqui está mais um fator de como o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social.

Que infraestruturas ainda estão em falta para levar mais turistas para o Interior do país e obter a tal coesão territorial?
A questão que coloca não se resume exclusivamente às infraestruturas, mas estende-se também a equipamentos e às condições mobilidade e atratividade de recursos humanos.

Quanto às primeiras, diria que uma maior aposta e modernização da rede ferroviária que potencie a fluidez dos visitantes pelo território do interior em articulação com as portas aeroportuárias de entrada no país.

Relativamente aos equipamentos, a questão fundamental reside em disponibilizar mais e melhor oferta em termos de habitação para quem se desloque para trabalhar no interior, cujo único esforço de momento está a ser feito pelos privados na medida das suas possibilidades, sem qualquer apoio do Governo. Seria também necessário o reforço de equipamentos que permitam a deslocalização de grandes eventos.

Por último, no que aos recursos humanos diz respeito, será necessário acuar a nível da capacitação na mobilidade e atracção de talentos profissionais para o interior.

Esse desenvolvimento territorial está dependente de apoios ou existe capacidade para os privados liderarem esse processo?
Como é óbvio, há medidas estruturais que não dependem apenas dos privados, pelo que o poder central tem um papel importante no apoio ao reforço da atratividade do interior do país.

Em maio deste ano, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, anunciou a Agenda do Turismo do Interior, no valor de 200 milhões de euros. Esperemos que exista, ao contrário de outros programas de apoio, noutros anos, uma maior flexibilização no acesso e na aplicação destas verbas, para que possam ser céleres e efetivos os investimentos realizados com o apoio dos valores deste programa de incentivo.

A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses

O que foi e será 2023
Estamos praticamente no final do verão de 2023. Como interpreta os números que têm sido divulgados relativamente ao turismo nacional?
As dormidas aumentaram 18,8% de janeiro a junho em relação ao 1.º semestre de 2022, aumentando 11% em relação ao 1.º semestre de 2019, ano antes da pandemia. Também no primeiro semestre tivemos um aumento das receitas, sendo que segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC), o Turismo deverá contribuir com perto de 40 mil milhões de euros para a economia portuguesa até ao final de 2023.

São dados que confirmam que a atividade turística continua a crescer de forma sustentável e o que faz antever que este será um dos melhores anos de sempre do Turismo em Portugal.

Estes têm estado em linha com o que era esperado?
Sim, são dados que estão em linha com o que era expectável para este ano.

Ao nível dos mercados, tem-se registado um aumento de alguns mercados externos (EUA, Canadá, Reino Unido), mas registam-se decréscimos de mercados como a Espanha, Finlândia, Bélgica, Alemanha, Brasil. A que se deve este facto?
Desde logo, o aumento de alguns mercados externos como os que refere deve-se por um lado à estratégia de promoção que tem sido seguida pelos privados, em linha com a estratégia nacional de promoção do Turismo português que tem sido realizada no exterior, assim como, por exemplo, em relação aos Estados Unidos, à estratégia de promoção da TAP.

Por outro lado, há que ter em conta a diversidade e qualidade da oferta turística nacional, que passou a ser apetecível por turistas que decidiram alterar os seus destinos de férias, nomeadamente porque desejaram encontrar uma alternativa a mercados para onde antes iam passar férias, mas que são atualmente destinos menos seguros ou que estão junto a zonas do globo próximas de conflitos, de instabilidade social ou que estão a sofrer mais consequências das alterações climáticas.

O que é certo é que estes turistas de mercados que não eram os tradicionais, começaram a vir para Portugal, gostaram, querem repetir a experiência e estão a aconselhar familiares e amigos a virem fazer férias para Portugal.

Os dados do INE mostram, igualmente, uma diminuição nas dormidas dos residentes. Esta realidade era já esperada, depois de alguns anos com as viagens limitadas?
A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses.

Penso que estamos perante uma situação pontual e que não é tão grave como se está a querer fazer parecer. O que aconteceu este ano, e sobretudo no mês de junho, é que houve um pouco de menos dormidas de portugueses, mas isto tem várias razões.

Por um lado, pela coincidência com algumas alterações que houve no calendário escolar e, por outro lado, porque as dificuldades financeiras das famílias, sobretudo para fazer face aos créditos à habitação e aos maiores custos inerentes à subia da inflação, fizeram com que alguns portugueses optassem por não fazer férias fora de casa ou decidiram passar períodos de férias em estabelecimentos hoteleiros noutras regiões e por períodos de tempo menores do que fariam habitualmente.

Têm surgido algumas opiniões menos favoráveis relativamente aos preços praticados pelo turismo, nomeadamente, pela hotelaria nacional. Este aumento de preços não seria expectável, dada a atual conjuntura e aumento de preços de forma global?
O Turismo é uma indústria da paz, mas infelizmente depara-se ainda com uma conjuntura de guerra com os efeitos negativos que todos conhecemos, nomeadamente o aumento de custos com a energia, os combustíveis, a inflação em crescendo, os juros altos, pelo que era inevitável um aumento de preços.

A qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam

Portugal, se manter este aumento de preços poderá tornar-se num destino demasiado caro para o turista estrangeiro, capaz de fazer comparações com outros destinos e com outras ofertas existentes no mercado?
O que se verifica é que o aumento dos preços até não tem travado o número de turistas. Há um aspeto que temos de ter em conta, a qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam.

Desde o início da pandemia que os recursos humanos têm sido ponto central no desenvolvimento do turismo em Portugal. O que tem sido feito para colmatar esta lacuna? Fala-se muito em protocolos, inclusivamente, com outros países, mas, depois, na prática, o setor sofre com falta de pessoal. Tem sido dado passos para ultrapassar este desafio para os próximos tempos?
Sobre este tema, que nos continua a preocupar, referir-lhe o seguinte: há algo que não podemos esconder e é o facto de que é preciso criar melhores condições, desde logo em termos salariais, para atrair mão de obra. Não esquecer que o Turismo até tem sido dos setores que mais tem aumentado salários.

Mas sendo preciso oferecer ainda melhores salários, é também necessário que o Estado faça a sua parte reduzindo a carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. Todos ganharíamos. É que se os portugueses sentirem que têm melhores salários, mais facilmente virão trabalhar numa profissão de tanto valor como é o Turismo. E se os portugueses sentirem que têm mais dinheiro disponível, também gastarão mais nas férias e isso será bom para o Turismo e para o país.

Seria importante também avançar mais rápida e concretamente com o programa de valorização das profissões anunciado pelo Governo e reforçar a aposta no ensino de qualidade nas Escolas de Turismo.

Por outro lado, complementariamente, para ter mais recursos humanos, neste caso no Turismo, é preciso continuar a apostar na imigração, mas através de uma maior agilização dos processos. É preciso que a contratação seja feita de forma mais organizada, controlada e que o País crie as condições e tenha a capacidade de incluir os imigrantes na sociedade, desde logo, em termos da habitação. O Governo já tornou mais ágil alguma da legislação relativamente aos vistos, mas em termos práticos continua a existir demasiada burocracia.

Uma bola de cristal com aeroporto
Importante, para a CTP, tem sido, também, o debate sobre uma nova infraestrutura aeroportuária para a região de Lisboa. Conta ter uma decisão até final do ano de 2023?
Sinceramente era bom que assim fosse. Como tenho dito, esta é uma decisão política, por isso era bom que se decidisse depressa. No entanto, continuamos a perder demasiado tempo com tantos estudos, com análise de tantas opções. Tínhamos de avançar, mas não vejo avanços. Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país. Entretanto, neste momento, o valor perdido pela não construção do novo aeroporto já ultrapassa em muito os mil milhões de euros, de acordo com o contador da CTP.

Há algo de que não abdicamos, se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo.

Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país

Muitos têm apontado para o facto de a indústria da aviação sofrer alterações no futuro, com possibilidade de menos voos, transferindo-os para a ferrovia. Veja-se o caso em França com os voos com uma duração inferior a duas horas e meia. É mesmo necessário um “grande” aeroporto para a região de Lisboa?
Claro que é mesmo necessário um novo aeroporto! Desde há anos que é necessário um novo aeroporto. Continuamos a recusar slots todos os dias e como já referi, os custos de não ternos um novo aeroporto continuam a acumular-se.

O Turismo, como principal atividade económica do país, tem ainda muito para dar. Há ainda muito por onde podemos crescer. Há uma procura crescente do destino Portugal, pelo que esperamos nos próximos anos muitos mais turistas a querer visitar-nos, mas para isso temos de ter as melhores condições de os receber e isso passa, inevitavelmente, por termos um aeroporto maior, mais moderno e adaptado aos novos tempos, que garanta a prestação de um muito melhor serviço.

E atenção que não se prevê que sejam apenas mais turistas a virem para Portugal nos próximos anos. Há também toda a atividade de negócios e de grandes eventos que tem todo o potencial para crescer. Somos muitos bons a receber e a organizar grandes eventos e isso está nos olhos do mundo. Veja-se o exemplo da Jornada Mundial da Juventude.

As outras regiões – Porto e Norte, Algarve, ilhas, Centro – não necessitariam, igualmente, de atualizações ou novas infraestruturas aeroportuárias, indo ao encontro do “desenvolvimento territorial”?
Penso sinceramente que, a esse nível, o melhor complemento internamente às infraestruturas aeroportuárias existentes, ao novo aeroporto e às acessibilidades rodoviárias que já temos, seria sem dúvida um crescimento e modernização do sistema ferroviário nacional.

Abordada que foi a questão da ferrovia, esta não podia ou devia ser uma alternativa viável para o turismo, agora que a sustentabilidade e as preocupações ambientais estão, como nunca, na ordem do dia?
Sem dúvida que é importante. Não como alternativa, mas como complemento.

O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros

O que é que o Governo podia fazer mais pelo setor do turismo português? E que papel terão os privados no desenvolvimento do setor do turismo em Portugal?
Tenho frisado já várias vezes, que o setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais. Temos tido uma excelente parceria com as entidades públicas diretamente ligadas ao Turismo. O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros.

Por outro lado, os privados têm demonstrado ter um papel essencial no crescimento e na sustentabilidade da atividade turística.

Em geral, o Governo tem feito um caminho, que tem de continuar a fazer, no sentido de fortalecer o Turismo como principal atividade económica, sendo que o poder central o que pode fazer mais neste momento, seja pelos turistas, por quem trabalha ou quer trabalhar no Turismo e pelas empresas que atuam na atividade turística, é sem dúvida, por exemplo, reduzir a carga fiscal existente e apoiar a recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra.

Olhando para uma bola de cristal, o que vê para o ano de 2023, em termos globais, sabendo-se que ainda faltam mais de três meses para o final?
Prevejo que este seja um ótimo ano para o Turismo em Portugal. Que esta atividade vai continuar a ser o motor da economia portuguesa e espero que alguns dos dossiers em aberto que têm implicações diretas e indiretas no Turismo vejam finalmente a luz do dia.

Usando as suas palavras, dentro da bola de cristal que se veja o novo aeroporto.

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Ávoris reafirma intenção de “fortalecer e expandir operações em Portugal”

Numa reunião com Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), e Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal (TdP), os responsáveis da Ávoris Corporación Empresarial, parte do Grupo Barceló, manifestaram a “firme aposta” em Portugal.

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Vicente Fenollar, presidente-executivo do grupo Ávoris, e António Loureiro, diretor-geral da Iberojet em Portugal, reuniram-se, recentemente, com Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, e Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, aproveitando a oportunidade para manifestarem a “firme aposta” em Portugal.

Em comunicado, a Ávoris Corporación Empresarial, parte do Grupo Barceló, refere que durante a reunião, foram discutidos “vários temas fundamentais para fortalecer a colaboração entre a Ávoris e as autoridades turísticas portuguesas”. Um dos principais temas abordados foi a ampliação da presença hoteleira do Grupo Barceló em Portugal, para ir mais além da sua atual operação no arquipélago da Madeira, com Vicente Fenollar a receber um “pedido explícito” para que o grupo aumente o seu investimento no setor hoteleiro português.

Outro ponto em destaque foi a intenção da Ávoris em expandir as operações da Iberojet nos aeroportos de Lisboa e Porto, consolidando assim a sua posição no mercado português, bem como promover a atividade dos operadores turísticos do grupo que operam em território português, como a Nortravel, a Travelplan, a Jolidey ou a Catai. Para tal, o presidente-executivo do grupo Ávoris colocou à disposição das autoridades de turismo portuguesas “toda a estrutura” da Ávoris em Espanha, com o objetivo de “dinamizar as vendas do mercado espanhol para Portugal”, oferecendo a “capacidade dos operadores turísticos e a extensa rede de agências de viagens do grupo para alcançar este objetivo”.

No final da reunião, Vicente Fenollar assinalou que “Portugal é um mercado estratégico para o nosso grupo. A procura de serviços turísticos de alta qualidade continua a crescer e estamos comprometidos em satisfazer essas necessidades com a nossa oferta de viagens”.

A concluir, o presidente-executivo do grupo Ávoris referiu que a reunião “reafirma a nossa intenção de fortalecer e expandir as nossas operações em Portugal, aproveitando as oportunidades que oferece o nosso mercado vizinho. Ampliar as nossas operações da Iberojet em Lisboa e no Porto é uma importante parte da nossa estratégia no país”, reafirmando querer oferecer “mais opções e melhorar as ligações entre Portugal e outros destinos chave”.

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Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, é capa da Nova Edição da Publituris Hotelaria

Os 70 anos da Relais & Châteaux merecem destaque de capa na nova edição da Publituris Hotelaria com entrevista a Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha. Mas há mais: “Indicadores” CLEVER, Turismo de Luxo, dossier Wellness and Spa e um especial dedicado aos têxteis, além de uma “inspeção” e sugestões gastronómicas.

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Na edição de julho/agosto da Publituris Hotelaria, o destaque vai para os 70 anos da Relais & Châteaux. Com um percurso que começou em França e que se estende já por 65 países, a rede agrega 580 propriedades, entre hotéis e restaurantes. Com perspectivas de adicionar mais membros em território português, Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, fala-nos da evolução desta rede e do seu futuro, quer em Portugal, quer além-fronteiras, onde pretende fortalecer a sua presença em países como o Japão e a Índia.

Já nos “Indicadores”, a análise de Luís Brites, CEO da CLEVER Hospitality Analytics, dá conta das perspectivas turísticas para Portugal nos próximos meses, um destino que motivou cerca de seis milhões de pesquisas de voos por parte de turistas internacionais.

No segmento “Management”, María Dolores Martos Pérez, coordenadora do programa de mestrado em Marketing e Gestão de Turismo de Luxo na Les Roches, guia-nos sobre as especificidades do luxo e as estratégias que os hotéis devem adotar para melhor servir os hóspedes deste segmento. Com o perfil do cliente de luxo a transitar para um consumo mais consciente, a profissional aponta para o surgimento de um consumidor com mais tendência a gastar dinheiro em viagens, bem-estar e experiências, ao invés de bens de luxo tradicionais.

No dossier deste mês a edição explora a oferta atual do segmento de Wellness and Spa, com os profissionais do setor a apontar para a necessidade de uma maior regulamentação para credibilizar a área em Portugal e afirmar o segmento a nível nacional e internacional.

Segue-se um especial dedicado a têxteis, no qual ganha destaque a próxima edição da Texcare Internacional, um evento dedicado ao setor das lavandarias e limpeza de têxteis, e a mais recente oferta da Aldeco, Classytex, Dauti, Hotelar, Lameirinho, La Redoute, Lasa, Sampedro e Torres Novas 1845.

Na “Inspeção” deste mês abrimos as portas do Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa, a primeira unidade do grupo norte-americano em Portugal. Localizado no coração do Algarve, e após 17 anos de atividade, “há muito para fazer e descansar nesta unidade”.

A fechar, fica a sugestão de jantar no restaurante gastronómico da Fortaleza do Guincho, onde os sabores da comida de conforto portuguesa se juntam ao requinte do fine dining com vista para o Oceano Atlântico.

Por fim, brindamos com as escolhas de Josuel Calheiros, escanção no Bistro 100 Maneiras.

As opiniões desta edição são assinadas por Alexandra Ventura (NOVA SBE Westmont Institute of Tourism & Hospitality); Luís Pedro Carmo Costa (Neoturis); José Varela Gomes (ISAG); Maria João Pavão Serra (pet-friendly travel expert) e Alexandre Marto Pereira (United Hotels of Portugal).

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EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo

A EGYPTAIR voltou esta terça-feira, 23 de julho, a voar entre Lisboa e o Cairo, capital do Egito, numa rota com duas ligações por semana, que vai impulsionar o turismo de lazer e negócios.

Inês de Matos

A EGYPTAIR voltou esta terça-feira, 23 de julho, a operar uma rota entre Lisboa e o Cairo, que conta com dois voos por semana num avião Airbus A321neo e que faz parte do plano de expansão da companhia aérea de bandeira do Egito.

“A nova operação para Lisboa faz parte do plano de expansão adotado pela EGYPTAIR. A companhia aérea adicionou recentemente mais destinos à sua extensa rede, servindo mais de 70 destinos em todo o mundo, como Zurique e Praga na Europa, Fujairah no Médio Oriente e Abidjan, Djibouti e Mogadíscio em África, oferecendo várias ligações aos passageiros de Lisboa para explorar o mundo com a EGYPTAIR”, afirma Amr Adawy, VP comercial da EGYPTAIR.

Já Francisco Pita, diretor Comercial da ANA|VINCI Airports, mostra-se satisfeito com o regresso da rota entre Lisboa e o Cairo, ligação que, segundo o responsável, “irá promover laços mais fortes” entre ambas as cidades, “encorajando tanto o turismo como as viagens de negócios”.

“Estou particularmente grato às nossas equipas, uma vez que esta nova rota é o resultado do seu trabalho em conjunto com a companhia aérea e outros parceiros”, acrescenta Francisco Pita.

Recorde-se que, a partir do Cairo, a EGYPTAIR oferece ligações para vários destinos no Egito, como Luxor, Assuão, Sharm El-Sheikh e Hurghada, assim como para outros países de África, Médio Oriente e Extremo Oriente.

Tal como a TAP, também a EGYPTAIR é membro da Star Alliance, pelo que esta nova rota vai “aumentar significativamente a conetividade com mercados para além de Lisboa e do Cairo”, com os passageiros a usufruírem de transferências sem sem problemas e de uma extensa rede de destinos, o que torna as viagens mais cómodas e eficientes.

 

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Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’

A ‘Qsuite Next Gen’ é a última versão da premiada Qsuite da Qatar Airways e foi apresentada durante o Farnborough International Airshow 2024, que termina sexta-feira, 26 de julho, no Reino Unido.

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A Qatar Airways apresentou, durante o Farnborough International Airshow 2024, no Reino Unido, a nova ‘Qsuite Next Gen’, a última versão da premiada Qsuite da companhia aérea do Qatar.

A nova ‘Qsuite Next Gen’ foi apresentada por Badr Mohammed Al-Meer, CEO do Grupo Qatar Airways, numa sessão que contou com  a ajuda da Sama, a primeira tripulação virtual de cabina com IA do mundo.

“Durante a revelação, o Engº Al-Meer destacou as novas e melhoradas características da Qsuite Next Gen, incluindo as Quad Suites totalmente personalizáveis; as Companion Suites nos corredores das janelas; os ecrãs de entretenimento a bordo (IFE) manobráveis e com tecnologia OLED de 4K; juntamente com um maior espaço e privacidade em cada suíte”, refere a Qatar Airways, em comunicado.

Segundo Badr Mohammed Al-Meer, a Qatar Airways está entusiasmada com o lançamento da nova Qsuite, que vem “elevar a fasquia” a bordo dos aviões da companhia aérea.

“Esperamos receber os meios de comunicação social e os parceiros no nosso stand durante toda a semana para experimentarem o futuro das viagens em classe executiva com a Melhor Classe Executiva do Mundo a bordo da Melhor Companhia Aérea do Mundo”, acrescentou o responsável, durante a apresentação no Farnborough International Airshow 2024.

A ‘Qsuite Next Gen’ conta com ecrãs móveis 4K OLED Panasonic Astrova IFE, que representam uma estreia em qualquer companhia aérea do mundo e que podem “ser reposicionados para o lado para criar o maior espaço social e de produtividade a bordo para até quatro passageiros na Quad Suite e até dois passageiros na Companion Suite”.

A nova Qsuite permite também refeições em conjunto, assim como uma maior privacidade, devido às divisórias mais altas e que são controladas digitalmente, enquanto as cadeiras são reclináveis lie-flat e as camas de casal têm maiores dimensões, existindo igualmente o serviço de arrumação de cama com a funcionalidade dedicada “Make My Bed”.

“A nova Companion Suite tem características semelhantes às da Quad Suite, agora com uma notável remodelação que permite oferecer o mesmo espaço partilhado nos corredores das janelas”, refere ainda a Qatar Airways.

A Qsuite Next Gen oferece ainda uma vasta gama de opções de personalização, desde a iluminação ambiente aos controlos de privacidade, através das suas Unidades de Controlo de Passageiros com ecrã tátil atualizado, e vai passar a estar presente nos aviões Boeing B777-9 da Qatar Airways a partir de 2025.

Além da nova Qsuite, a Qatar Airways apresentou também o novo Boeing B787-9 Dreamliner de última geração e o Gulfstream G700 da Qatar Executive durante o Farnborough International Airshow 2024, que termina esta sexta-feira, 26 de julho.

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Turismo de Portugal apoia formação em Angola

O Turismo de Portugal e o Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo do Ministério do Turismo de Angola, acabam de formalizar, em Luanda, um protocolo que cria um modelo de gestão conjunta e partilhada da rede de escolas de hotelaria e turismo daquele país africano.

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Em resultado deste protocolo, segundo revela o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, nas redes sociais, “daremos início, em setembro, à gestão conjunta e partilhada da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabinda e, em 2025, da Escola de Hotelaria e Turismo de Luanda.

Trata-se, segundo Carlos Abade, de um importante primeiro passo no processo de internacionalização das Escolas do Turismo de Portugal, uma das 60 medidas do programa Acelerar a Economia, e que reforça o papel desta rede de escolas como um poderoso instrumento de cooperação internacional e de ligação entre os povos.

Ainda nas redes sociais, o presidente do Turismo de Portugal deixa um agradecimento especial à equipa liderada por Afonso Vita, diretor do Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo do Ministério de Angola, e a toda a equipa da formação do Turismo de Portugal, liderada por Catarina Paiva, “pelo excelente trabalho desenvolvido e que permitiu a concretização hoje de tão importante passo”.

Entretanto, sobre este assunto, um comunicado emitido pelo Turismo de Portugal indica que, investir nas qualificações, valorizar as profissões, atrair e reter talento, capacitar empresas e dotar os profissionais de competências para uma intervenção responsável, sustentável e competitiva são objetivos essenciais abrangidos pelo protocolo.

A colaboração entre o Turismo de Portugal e o Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo inclui o apoio na implementação de um modelo de gestão de uma Escola de Hotelaria e Turismo, configurando-se como Escolas de Hotelaria e Turismo Co-branded com o Turismo de Portugal.

Reforça-se assim a estratégia de internacionalização da rede de escolas do Turismo de Portugal que passa, em grande medida, pela expansão para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da transferência de conhecimentos detidos pelo Turismo de Portugal e reconhecidos pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Este acordo destaca o importante papel que as pessoas e os profissionais de turismo têm para a atividade turística, investindo nas suas qualificações, na valorização das profissões, na atração e fidelização de talento, elevando a qualidade e a excelência da formação no setor.

Através desta parceria, serão inaugurados em Angola dois hotéis-escola, em 2024 na Província de Cabinda e, em 2025, em Luanda, tendo em vista melhorar a qualidade dos serviços turísticos no país. Os próximos passos incluem reuniões com a equipa da Direção-Geral de Capacitação e Cooperação (DGCC), do Turismo de Portugal, para definir os pontos de colaboração na nova Escola de Hotelaria e Turismo de Cabinda, incluindo protocolos e modelos de gestão conjunta.

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Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF

Segundo a Airbus, este investimento na LanzaJet vai apoiar o desenvolvimento de Alcohol-to-Jet (ATJ), considerado fundamental para produzir SAF em larga escala e alcançar a meta de zero emissões de CO2, até 2050, na indústria da aviação.

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A Airbus anunciou um investimento na LanzaJet, empresa produtora de tecnologia de combustíveis sustentáveis, com o objetivo de contribuir para aumentar a produção de SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

Segundo um comunicado da Airbus, este investimento na LanzaJet vai apoiar o desenvolvimento de Alcohol-to-Jet (ATJ), considerado fundamental para produzir SAF em larga escala e alcançar a meta de zero emissões de CO2 até 2050 na indústria da aviação.

“Os combustíveis de aviação sustentáveis ​​são uma das alavancas mais importantes disponíveis para descarbonizar a aviação, mas a sua produção ainda é limitada. A nossa parceria com a LanzaJet demonstra o compromisso da Airbus em trabalhar com os principais fornecedores de tecnologia de energia para explorar os caminhos de produção inovadores e dimensionar o SAF”, explica Julie Kitcher, diretora de Sustentabilidade da Airbus.

A Airbus explica que a tecnologia da LanzaJet utiliza “etanol de baixo carbono para criar SAF que reduz as emissões de gases com efeito de estufa em mais de 70% em comparação com os combustíveis fósseis numa base de ciclo de vida e pode diminuir ainda mais as emissões com um conjunto de tecnologias de redução de carbono”.

“O SAF produzido através da tecnologia ATJ da LanzaJet é um combustível drop-in aprovado, compatível com motores de aeronaves existentes e infraestrutura associada”, acrescenta o fabricante aeronáutico europeu.

A LanzaJet está atualmente a dar início à produção em larga escala de etanol para SAF nos EUA, numa unidade industrial que vai produzir SAF e diesel renovável a partir de etanol sustentável e de baixo carbono, que vai servir também como um modelo para escalar a produção de SAF.

A LanzaJet conta com projetos para aumentar a produção de SAF que envolvem 25 países e cinco continentes, e que contam com parceiros de toda a cadeia de valor da aviação.

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Lusófona participa no projeto FUTOURWORK para promover bem-estar e melhores condições de trabalho no Turismo e Hospitalidade

A Universidade Lusófona, representada pelas investigadoras Tânia Gaspar do Hei-LAB: digital Human Environment Interaction Lab, e Mafalda Patuleia do Intrepid Lab|CETRAD, participa no projeto FUTOURWORK – Improving Tourism and Hospitality Worker Well-Being Through Social Dialogue, no âmbito do Programa Horizon CL2, constituído por um consórcio de diversos países europeus.

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O projeto FUTOURWORK – Improving Tourism and Hospitality Worker Well-Being Through Social Dialogue, no âmbito do Programa Horizon CL2, vocacionado para um futuro sustentável na Europa, tem como objetivo estudar e promover um maior bem-estar e melhores condições de trabalho para os trabalhadores do Turismo e Hospitalidade (T&H). O projeto é constituído por um consórcio de diversos países europeus e a Universidade Lusófona está representada pelas investigadoras Tânia Gaspar do Hei-LAB: digital Human Environment Interaction Lab e Mafalda Patuleia do Intrepid Lab|CETRAD.

O T&H representa, atualmente, mais de 10% da economia europeia e 11,7% do emprego. Muitos dos 13 milhões destes trabalhadores na União Europeia pertencem a grupos mais vulneráveis: mulheres (54%), migrantes (16%) e jovens (30%), de acordo com dados da OIT referentes a 2022. O volume de negócios e as ofertas de emprego são elevados, com 1,2 milhões ofertas de emprego (11%) na UE. Estes trabalhadores realizam formas de trabalho não padronizadas, incluindo trabalho em plataformas digitais, que podem ser um fator de risco ao nível da concretização de um trabalho digno, da falta de proteção social, do aumento da precariedade e vulnerabilidade e do aumento da pobreza no trabalho.

O projeto terá um impacto transformador para os trabalhadores do Turismo e Hotelaria, promovendo um diálogo social mais inclusivo, equitativo e eficaz, através da análise das diversas realidades do trabalho no setor, tanto a nível da UE como a nível nacional. Permitirá avaliar a influência das organizações de empregadores e trabalhadores no setor, identificar a transformação digital, a inovação e o seu impacto nos trabalhadores de T&H, bem como o seu impacto em grupos particularmente vulneráveis. Incorpora a co-criação e métodos colaborativos para promover o diálogo entre múltiplos stakeholders e irá divulgar resultados que impulsionem políticas e práticas neste domínio.

O FUTOURWORK irá desenvolver um índice de bem-estar que poderá ser usado pelo setor do T&H para avaliar os seus trabalhadores. Sustentará também a criação de um observatório para integrar a informação produzida, que tem como objetivo a implementação de uma plataforma de diálogo para trabalhadores, empregadores e decisores políticos.

Para além dos parceiros sociais com atividade no sector do Turismo e da Hotelaria, o projeto integra a participação de entidades públicas como a ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho (enquanto ponto focal da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho), visando uma abrangência expressiva do domínio de intervenção.

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Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024

De acordo com o mais recente GBTA Business Travel Index Report a indústria global das viagens de negócios deverá ficar perto dos 1,4 biliões de euros, estimando-se que, em 2028, possa ultrapassar os 1,8 biliões de euros.

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Em 2024, a indústria das viagens de negócios deverá atingir os 1,48 biliões de dólares (1,360 biliões de euros), um aumento em relação a 2019, ano que constituiu um recorde com 1,43 biliões de dólares (1,313 biliões de euros). O último GBTA Business Travel Index Report, da Global Business Travel Association (GBTA), assinala ainda que, até 2028, prevê-se que esta indústria ultrapasse os 2 biliões de dólares (ligeiramente acima dos 1,8 biliões de euros).

“A relativa estabilidade da economia global continuou a impulsionar o crescimento, o que, juntamente com a persistente procura reprimida, deu garantias aos CEO e CFO para que os seus colaboradores regressassem à estrada para reuniões de negócios”, lê-se no relatório da GBTA.

Muitos dos principais mercados de viagens de negócios em todo o mundo voltaram aos níveis anteriores à pandemia ou estão próximos deles, reforçando a dinâmica da recuperação e aumentando as despesas. No entanto, as perspectivas de crescimento económico e das viagens de negócios apresentam um equilíbrio entre potenciais fatores positivos e riscos negativos.

“Estamos a assistir à esperada recuperação do sector, refletindo a resiliência e adaptabilidade das empresas e o valor das viagens de negócios em todo o mundo”, referiu Suzanne Neufang, CEO da GBTA, na 16.ª edição do evento anual da GBTA. “Com as despesas projetadas que deverão continuar a aumentar até 2028, o futuro das viagens de negócios parece promissor. No entanto, devemos permanecer vigilantes e adaptados a potenciais ventos contrários neste período de estabilização, uma vez que fatores como a mudança das condições económicas, avanços tecnológicos e desenvolvimentos de sustentabilidade também irão moldar o sector no futuro.”

Prevê-se que as despesas globais com viagens de negócios aumentem 11,1% em 2024, após anos significativos em 2022 e 2023 de crescimento anual de 30% a 47%, estimando-se que o crescimento continue a moderar-se gradualmente, resultando numa taxa de crescimento anual composta de 6,95% de 2025 a 2028.

Em 2023, o setor das viagens de negócios havia recuperado aproximadamente 675 mil milhões de dólares (cerca de 620 mil milhões de euros) dos 770 mil milhões de dólares (perto de 643 mil milhões de euros) perdidos em 2020, de acordo com a análise GBTA BTI, atingindo 93% do pico pré-pandêmico de 1,43 biliões de dólares. no final de 2023.

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Porto recebe “Prides” europeus

De 13 a 15 de setembro o Porto Pride terá um programa diversificado que inclui conferências, atividades culturais e momentos de celebração, promovendo o encontro entre pessoas, instituições, empresas e ativistas.

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A cidade do Porto volta a receber o Porto Pride, de 13 a 15 de setembro, num programa diversificado que inclui conferências, atividades culturais e momentos de celebração, promovendo o encontro entre pessoas, instituições, empresas e ativistas, encontrando-se a organização a desafiar as pessoas e agentes culturais da cidade a proporem e organizarem iniciativas durante os três dias do evento.

No primeiro dia, sexta-feira, 13 de setembro, o evento inicia com uma Conferência de Direitos Humanos – o Porto Pride Summit, a realizar-se durante a tarde na Porto Business School, com a presença de representantes governamentais, da EPOA – European Pride Organisers Association e de empresas parceiras do evento, com o intuito de promover locais de trabalho mais inclusivos para as pessoas LGBTI+.

De acordo com Diogo Vieira da Silva, coordenador geral do Porto Pride, “sempre que anunciamos as datas do evento, a quantidade de mensagens de pessoas internacionais que recebemos a questionar qual o melhor hotel ou a melhor forma de chegar ao Porto é avassaladora, principalmente dos nossos vizinhos de Espanha”.

O coordenador do Porto Pride, membro da European Pride Organisers Association (EPOA), a Unicorn Whisper – Associação Porto Pride, assinala que “o impacto socioeconómico do Porto Pride já não pode ser mais ignorado”.

Na edição de 2023, o Porto Pride contou com parceiros como IKEA, Durex, Lionesa, STCP, Revista LÍDER, Turismo do Porto e Norte, Rosário Duarte Associados, entre outros. Para a edição de 2024, já estão confirmados os seguintes: Porto Business School, Missão Continente, Blip.pt, Neva Films, The Queer Spot, entre muitos outros.

Embora a agenda completa ainda não esteja definida, as inscrições encontram-se abertas em https://forms.gle/mk9Q4XuTqkGULEfd8 e o novo website também já foi lançado, disponível em www.portopride.com.

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Quase 60% dos viajantes dizem sentir-se sobrecarregados pelo excesso de opções

Um relatório da Travelport revela que 58% dos viajantes sentem-se sobrecarregados pelo excesso de opções, enquanto 56% dizem que as ofertas das companhias aéreas são mais difíceis de entender agora do que eram há 10 anos.

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A Travelport acaba de divulgar o seu relatório sobre o estado do retalho moderno em 2024. Integrando pesquisas internacionais independentes, comparações entre setores e perceções do consumidor, a manchete do estudo revela que pesquisar e reservar viagens diretamente com os agentes de viagens tornou-se mais demorado e complicado do que nunca.

“Apesar de os agentes de viagens privilegiarem as conexões diretas com o consumidor, o grande volume de opções é imenso para os viajantes, diminuindo a sua confiança no momento de fazer a reserva”, disse Jen Catto, diretora de marketing da Travelport, destacando que “a nossa pesquisa descobriu que, em vez de ficarem animados depois de reservar uma viagem, a maioria dos viajantes fica ansiosa, sem saber se conseguiu obter a melhor oferta. Para o setor de viagens, isso indica que as agências de viagens têm uma necessidade e uma oportunidade cada vez maiores. Sua expertise em comparação de compras ajuda os viajantes a reservar com confiança a melhor opção, de acordo com suas preferências pessoais.”

A Travelport estima que as opções de viagens aéreas passaram de cerca de 500 na classe econômica/executiva em 2010 para mais de 10.000 opções em 2024 (económica, económica plus, flexi-family, executiva, primeira classe etc.). Esse aumento é de 1.900%. Assim, 56% dos viajantes afirmam que as ofertas das companhias aéreas são mais difíceis de entender atualmente do que eram há 10 anos, enquanto 61% também acham que há mais penalidades atualmente ao alterar um voo do que havia há 10 anos, e 66% dizem que há muitas taxas ocultas.

A maioria dos viajantes (71%) às vezes fica ansiosa para saber se conseguiu a melhor oferta depois de reservar a sua viagem, e 42% acham que as ofertas das companhias aéreas ficaram “menos adequadas” ao longo do tempo em relação às suas preferências pessoais.

A maioria dos viajantes (80%) concorda que a comparação de tarifas entre diferentes companhias aéreas é muito demorada, sendo que mais de dois terços (69%) acham que as informações costumam ser restritas em alguns sites de reservas de voos.

Quando se trata de comprar todos os itens da viagem, 60% dos viajantes disseram que passam de uma a quatro horas, em média, planeando, enquanto mais de um terço (36%) passa mais de cinco horas a pesquisar e a comparar opções antes de fazer a reserva.

A maioria dos entrevistados (88%) concorda que seria mais conveniente visualizar todas as opções de voos e tarifas num único sítio, o que provavelmente é o motivo pelo qual mais da metade (54%) disse que normalmente usa um site de comparação para pesquisar informações antes de comprar a sua passagem.

A maioria dos viajantes da geração millennials (70%) e da geração X (64%) costuma recorrer a agências de viagens on-line (OTAs) para fazer reservas, citando como principais motivos as opções e a transparência de preços.

O documento indica ainda que os viajantes estão a recorrer à inteligência artificial (IA) para ter a ajuda de mais do que apenas um chatbot, e as agências dependerão cada vez mais dos seus parceiros de tecnologia para implementar IA e ML (aprendizado de máquina) de formas criativas, como foi o caso da camada de curadoria de conteúdo da Travelport.

Ao reservar voos, os entrevistados disseram que a franquia de bagagem (63%), as políticas de cancelamento e alteração (50%) e a escolha do assento (50%) são os fatores mais importantes na comparação.

“Os agentes de viagens estão continuamente a refinar e expandir as suas ofertas para atender às necessidades e preferências exclusivas dos seus clientes”, acrescentou Catto. “A priorização de parcerias com agências proporcionará um serviço verdadeiramente personalizado aos seus viajantes, e isso tornará a experiência de compra perfeita para todos”, ressalvou.

A amostra da pesquisa consistiu em 1.659 consumidores da Alemanha, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos que fizeram pelo menos um ou mais voos a negócios ou a lazer nos últimos 12 meses.

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