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“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

Victor Jorge
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“O setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais”

Na véspera de se comemorar mais um Dia Mundial do Turismo, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) coloca, na sua conferência anual, o ênfase na coesão territorial. Para Francisco Calheiros, presidente da CTP, “o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social”. Quanto à “velha questão” do aeroporto, “se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo”.

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“O Turismo como Fator de Coesão Nacional” é o tema central que a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) leva a debate, no próximo dia 27 de setembro, na Conferência do Dia Mundial do Turismo, que se realiza no Algarve.

O jornal PUBLITURIS falou com Francisco Calheiros, presidente da CTP, a propósito deste evento e tema, admitindo que “o Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona”.

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Com os dados referentes à atividade turística em Portugal a estarem “em linha com o que era expectável para este ano”, Francisco Calheiros pede uma “redução da carga fiscal existente” e “apoio à recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra”.

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Quanto ao novo aeroporto, “nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país”, frisa Francisco Calheiros.

A CTP celebra, mais uma vez, o Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 de setembro com a Conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”. Que importância tem, de facto, o turismo para uma maior coesão nacional e como poderá contribuir para essa coesão?
O Turismo continua a ser um importante motor da economia portuguesa, sendo mesmo a atividade económica mais exportadora de Portugal, representando cerca de 20% do total de exportações de bens e serviços. Isto deve-se em grande parte ao efeito multiplicador do Turismo, já que é uma atividade que fomenta o desenvolvimento de muitos outros setores espalhados pelo país, sendo gerador de desenvolvimento social e económico. E se antes o Turismo estava centralizado em algumas regiões específicas, atualmente a oferta turística é muito mais diversificada, abrangendo praticamente todo o território, sendo por isso fator de coesão nacional.

E de que forma é que um país mais coeso territorialmente poderá beneficiar o setor do turismo nacional?
O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona. Quando se fala de coesão territorial, deve ter-se em conta um acesso mais equilibrado aos instrumentos que permitam o desenvolvimento de uma região, neste caso turisticamente, que é aquilo a que já assistimos atualmente, nomeadamente como fruto do trabalho das Entidades Regionais de Turismo que têm feito um trabalho excelente na promoção dos produtos turísticos locais e regionais, assim como na captação de novos investimentos turísticos. Este é um trabalho que deve continuar a ser feito, com o recurso a apoios como aqueles que foram anunciados recentemente pelo secretário de Estado do Turismo. Estes apoios são necessários para ajudar o esforço de investimento que é feito pelos privados, mas deve ter-se em conta que, em relação aos apoios, se devem flexibilizar as regras de acesso e a utilização das verbas para que depois não fiquem por executar.

O Turismo ao gerar coesão territorial, beneficia dessa coesão, sobretudo da diversidade de recursos que Portugal proporciona

Em diversos fóruns temos ouvido que o importante é dar relevância à descentralização e levar o turismo para o Interior do país. A questão é saber se este Interior está preparado e tem as infraestruturas necessárias para receber os turistas no número que se pretende?
Há mais de um século que o Turismo tem vindo a promover e a desenvolver a sua organização administrativa, sendo a única atividade económica que se encontra descentralizada e regionalizada no nosso país, curiosamente no seu início até por iniciativa privada, a que mais tarde o Estado se vem associar. E hoje há como que uma parceria público-privada no terreno, e em todo o território nacional, através da articulação funcional e operacional entre as Entidades Regionais de Turismo (direito público) e as Agências Regionais de Promoção Turística (direito privado).

Especificamente, tal como pergunta, o interior está hoje muito mais preparado e a prova disso é a muita oferta e de qualidade que está a dar resposta à crescente apetência dos turistas por estas zonas do País. Veja-se também como para além do investimento de empresas locais, atualmente os grandes grupos hoteleiros estão cada vez mais a apostar no interior do país, o que claramente acrescenta valor a estas regiões e as aproxima dos índices daqueles que têm sido os destinos turísticos mais tradicionais. Ou seja, aqui está mais um fator de como o Turismo é promotor da coesão nacional, não só territorial como também económica e social.

Que infraestruturas ainda estão em falta para levar mais turistas para o Interior do país e obter a tal coesão territorial?
A questão que coloca não se resume exclusivamente às infraestruturas, mas estende-se também a equipamentos e às condições mobilidade e atratividade de recursos humanos.

Quanto às primeiras, diria que uma maior aposta e modernização da rede ferroviária que potencie a fluidez dos visitantes pelo território do interior em articulação com as portas aeroportuárias de entrada no país.

Relativamente aos equipamentos, a questão fundamental reside em disponibilizar mais e melhor oferta em termos de habitação para quem se desloque para trabalhar no interior, cujo único esforço de momento está a ser feito pelos privados na medida das suas possibilidades, sem qualquer apoio do Governo. Seria também necessário o reforço de equipamentos que permitam a deslocalização de grandes eventos.

Por último, no que aos recursos humanos diz respeito, será necessário acuar a nível da capacitação na mobilidade e atracção de talentos profissionais para o interior.

Esse desenvolvimento territorial está dependente de apoios ou existe capacidade para os privados liderarem esse processo?
Como é óbvio, há medidas estruturais que não dependem apenas dos privados, pelo que o poder central tem um papel importante no apoio ao reforço da atratividade do interior do país.

Em maio deste ano, o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, anunciou a Agenda do Turismo do Interior, no valor de 200 milhões de euros. Esperemos que exista, ao contrário de outros programas de apoio, noutros anos, uma maior flexibilização no acesso e na aplicação destas verbas, para que possam ser céleres e efetivos os investimentos realizados com o apoio dos valores deste programa de incentivo.

A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses

O que foi e será 2023
Estamos praticamente no final do verão de 2023. Como interpreta os números que têm sido divulgados relativamente ao turismo nacional?
As dormidas aumentaram 18,8% de janeiro a junho em relação ao 1.º semestre de 2022, aumentando 11% em relação ao 1.º semestre de 2019, ano antes da pandemia. Também no primeiro semestre tivemos um aumento das receitas, sendo que segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC), o Turismo deverá contribuir com perto de 40 mil milhões de euros para a economia portuguesa até ao final de 2023.

São dados que confirmam que a atividade turística continua a crescer de forma sustentável e o que faz antever que este será um dos melhores anos de sempre do Turismo em Portugal.

Estes têm estado em linha com o que era esperado?
Sim, são dados que estão em linha com o que era expectável para este ano.

Ao nível dos mercados, tem-se registado um aumento de alguns mercados externos (EUA, Canadá, Reino Unido), mas registam-se decréscimos de mercados como a Espanha, Finlândia, Bélgica, Alemanha, Brasil. A que se deve este facto?
Desde logo, o aumento de alguns mercados externos como os que refere deve-se por um lado à estratégia de promoção que tem sido seguida pelos privados, em linha com a estratégia nacional de promoção do Turismo português que tem sido realizada no exterior, assim como, por exemplo, em relação aos Estados Unidos, à estratégia de promoção da TAP.

Por outro lado, há que ter em conta a diversidade e qualidade da oferta turística nacional, que passou a ser apetecível por turistas que decidiram alterar os seus destinos de férias, nomeadamente porque desejaram encontrar uma alternativa a mercados para onde antes iam passar férias, mas que são atualmente destinos menos seguros ou que estão junto a zonas do globo próximas de conflitos, de instabilidade social ou que estão a sofrer mais consequências das alterações climáticas.

O que é certo é que estes turistas de mercados que não eram os tradicionais, começaram a vir para Portugal, gostaram, querem repetir a experiência e estão a aconselhar familiares e amigos a virem fazer férias para Portugal.

Os dados do INE mostram, igualmente, uma diminuição nas dormidas dos residentes. Esta realidade era já esperada, depois de alguns anos com as viagens limitadas?
A diminuição da dormida de portugueses é residual e deve-se, em grande parte, à perda de poder de compra dos portugueses.

Penso que estamos perante uma situação pontual e que não é tão grave como se está a querer fazer parecer. O que aconteceu este ano, e sobretudo no mês de junho, é que houve um pouco de menos dormidas de portugueses, mas isto tem várias razões.

Por um lado, pela coincidência com algumas alterações que houve no calendário escolar e, por outro lado, porque as dificuldades financeiras das famílias, sobretudo para fazer face aos créditos à habitação e aos maiores custos inerentes à subia da inflação, fizeram com que alguns portugueses optassem por não fazer férias fora de casa ou decidiram passar períodos de férias em estabelecimentos hoteleiros noutras regiões e por períodos de tempo menores do que fariam habitualmente.

Têm surgido algumas opiniões menos favoráveis relativamente aos preços praticados pelo turismo, nomeadamente, pela hotelaria nacional. Este aumento de preços não seria expectável, dada a atual conjuntura e aumento de preços de forma global?
O Turismo é uma indústria da paz, mas infelizmente depara-se ainda com uma conjuntura de guerra com os efeitos negativos que todos conhecemos, nomeadamente o aumento de custos com a energia, os combustíveis, a inflação em crescendo, os juros altos, pelo que era inevitável um aumento de preços.

A qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam

Portugal, se manter este aumento de preços poderá tornar-se num destino demasiado caro para o turista estrangeiro, capaz de fazer comparações com outros destinos e com outras ofertas existentes no mercado?
O que se verifica é que o aumento dos preços até não tem travado o número de turistas. Há um aspeto que temos de ter em conta, a qualidade paga-se e se queremos manter e até aumentar a qualidade dos serviços que oferecemos, se queremos manter o nível de Turismo que temos tido, então temos de ter preços competitivos, de forma a fazer face aos custos crescentes que as empresas enfrentam.

Desde o início da pandemia que os recursos humanos têm sido ponto central no desenvolvimento do turismo em Portugal. O que tem sido feito para colmatar esta lacuna? Fala-se muito em protocolos, inclusivamente, com outros países, mas, depois, na prática, o setor sofre com falta de pessoal. Tem sido dado passos para ultrapassar este desafio para os próximos tempos?
Sobre este tema, que nos continua a preocupar, referir-lhe o seguinte: há algo que não podemos esconder e é o facto de que é preciso criar melhores condições, desde logo em termos salariais, para atrair mão de obra. Não esquecer que o Turismo até tem sido dos setores que mais tem aumentado salários.

Mas sendo preciso oferecer ainda melhores salários, é também necessário que o Estado faça a sua parte reduzindo a carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho. Todos ganharíamos. É que se os portugueses sentirem que têm melhores salários, mais facilmente virão trabalhar numa profissão de tanto valor como é o Turismo. E se os portugueses sentirem que têm mais dinheiro disponível, também gastarão mais nas férias e isso será bom para o Turismo e para o país.

Seria importante também avançar mais rápida e concretamente com o programa de valorização das profissões anunciado pelo Governo e reforçar a aposta no ensino de qualidade nas Escolas de Turismo.

Por outro lado, complementariamente, para ter mais recursos humanos, neste caso no Turismo, é preciso continuar a apostar na imigração, mas através de uma maior agilização dos processos. É preciso que a contratação seja feita de forma mais organizada, controlada e que o País crie as condições e tenha a capacidade de incluir os imigrantes na sociedade, desde logo, em termos da habitação. O Governo já tornou mais ágil alguma da legislação relativamente aos vistos, mas em termos práticos continua a existir demasiada burocracia.

Uma bola de cristal com aeroporto
Importante, para a CTP, tem sido, também, o debate sobre uma nova infraestrutura aeroportuária para a região de Lisboa. Conta ter uma decisão até final do ano de 2023?
Sinceramente era bom que assim fosse. Como tenho dito, esta é uma decisão política, por isso era bom que se decidisse depressa. No entanto, continuamos a perder demasiado tempo com tantos estudos, com análise de tantas opções. Tínhamos de avançar, mas não vejo avanços. Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país. Entretanto, neste momento, o valor perdido pela não construção do novo aeroporto já ultrapassa em muito os mil milhões de euros, de acordo com o contador da CTP.

Há algo de que não abdicamos, se a escolha recair por uma solução mais demorada no tempo, há que avançar com uma solução intermédia, como é o Montijo.

Nem parece que ter um novo aeroporto é uma prioridade para o país

Muitos têm apontado para o facto de a indústria da aviação sofrer alterações no futuro, com possibilidade de menos voos, transferindo-os para a ferrovia. Veja-se o caso em França com os voos com uma duração inferior a duas horas e meia. É mesmo necessário um “grande” aeroporto para a região de Lisboa?
Claro que é mesmo necessário um novo aeroporto! Desde há anos que é necessário um novo aeroporto. Continuamos a recusar slots todos os dias e como já referi, os custos de não ternos um novo aeroporto continuam a acumular-se.

O Turismo, como principal atividade económica do país, tem ainda muito para dar. Há ainda muito por onde podemos crescer. Há uma procura crescente do destino Portugal, pelo que esperamos nos próximos anos muitos mais turistas a querer visitar-nos, mas para isso temos de ter as melhores condições de os receber e isso passa, inevitavelmente, por termos um aeroporto maior, mais moderno e adaptado aos novos tempos, que garanta a prestação de um muito melhor serviço.

E atenção que não se prevê que sejam apenas mais turistas a virem para Portugal nos próximos anos. Há também toda a atividade de negócios e de grandes eventos que tem todo o potencial para crescer. Somos muitos bons a receber e a organizar grandes eventos e isso está nos olhos do mundo. Veja-se o exemplo da Jornada Mundial da Juventude.

As outras regiões – Porto e Norte, Algarve, ilhas, Centro – não necessitariam, igualmente, de atualizações ou novas infraestruturas aeroportuárias, indo ao encontro do “desenvolvimento territorial”?
Penso sinceramente que, a esse nível, o melhor complemento internamente às infraestruturas aeroportuárias existentes, ao novo aeroporto e às acessibilidades rodoviárias que já temos, seria sem dúvida um crescimento e modernização do sistema ferroviário nacional.

Abordada que foi a questão da ferrovia, esta não podia ou devia ser uma alternativa viável para o turismo, agora que a sustentabilidade e as preocupações ambientais estão, como nunca, na ordem do dia?
Sem dúvida que é importante. Não como alternativa, mas como complemento.

O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros

O que é que o Governo podia fazer mais pelo setor do turismo português? E que papel terão os privados no desenvolvimento do setor do turismo em Portugal?
Tenho frisado já várias vezes, que o setor do Turismo será provavelmente a melhor Parceria Público Privada do nosso pais. Temos tido uma excelente parceria com as entidades públicas diretamente ligadas ao Turismo. O problema nunca tem sido, por exemplo, a Secretaria de Estado ou o Turismo de Portugal. Os entraves vêm, normalmente, de outras entidades governamentais, como sejam os Ministérios das Finanças, Administração Interna ou Negócios Estrangeiros.

Por outro lado, os privados têm demonstrado ter um papel essencial no crescimento e na sustentabilidade da atividade turística.

Em geral, o Governo tem feito um caminho, que tem de continuar a fazer, no sentido de fortalecer o Turismo como principal atividade económica, sendo que o poder central o que pode fazer mais neste momento, seja pelos turistas, por quem trabalha ou quer trabalhar no Turismo e pelas empresas que atuam na atividade turística, é sem dúvida, por exemplo, reduzir a carga fiscal existente e apoiar a recapitalização das empresas que ainda sentem os reflexos da pandemia e dos custos acrescidos motivados pelas consequências da guerra.

Olhando para uma bola de cristal, o que vê para o ano de 2023, em termos globais, sabendo-se que ainda faltam mais de três meses para o final?
Prevejo que este seja um ótimo ano para o Turismo em Portugal. Que esta atividade vai continuar a ser o motor da economia portuguesa e espero que alguns dos dossiers em aberto que têm implicações diretas e indiretas no Turismo vejam finalmente a luz do dia.

Usando as suas palavras, dentro da bola de cristal que se veja o novo aeroporto.

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Atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais afetaram perto de 2M de passageiros no 1.º trimestre, diz AirHelp

A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior. 

A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior.

De acordo com um novo relatório da empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, “durante os primeiros três meses do ano, mais de seis milhões de passageiros apanharam um voo a partir de um aeroporto português”, tendo a grande maioria das ligações aéreas, cerca de 70%, sido efetuadas à hora prevista.

No entanto, cerca de dois milhões de pessoas sofreram alguma perturbação no seu voo e, “embora na maioria dos casos se tratasse de atrasos menores e não dessem origem a uma compensação financeira, perto de 114 mil pessoas encontram-se elegíveis para receber uma indemnização por um atraso superior a três horas, pelo cancelamento do seu voo ou pela perda de uma ligação causada pelo atraso de um voo anterior”.

A AirHelp diz que, comparando com o mesmo período do ano passado, “verifica-se uma redução do número de voos e de passageiros”, uma vez que, nos três primeiros meses de 2025, registaram-se cerca de 47 mil voos contra 48 mil em 2024, o que significa menos 2% de voos e menos 4% de passageiros.

Apesar deste declínio, a taxa de perturbações de voos aumentou cerca de 13% em comparação com o ano anterior”, acrescenta a AirHelp, que diz também que “os passageiros com direito a indemnização aumentaram consideravelmente (48%)”, passando de de 75 mil em 2024 para quase 113 mil em 2025, o que se deveu “a um aumento dos voos com atrasos superiores a três horas”.

Aeroporto de Lisboa regista maioria dos atrasos

O relatório da AirHelp mostra também que a TAP foi a companhia aérea a operar em Portugal que registou a maioria dos atrasos, uma vez que, dos mais de dois milhões de passageiros transportados pela companhia aérea nacional até março, 38% registou alguma agitação com mais de 41 mil destes passageiros a estarem elegíveis para uma compensação financeira.

De seguida, surge a Ryanair, que transportou mais de um milhão de passageiros no primeiro trimestre, dos quais, refere a AirHelp, “apenas 26% dos passageiros sofreu alguma perturbação no seu voo”, pelo que pouco mais de sete mil têm direito a compensação financeira.

No que diz respeito a aeroportos, o destaque volta a recair em Lisboa, que se manteve como o aeroporto que registou “mais perturbações nos seus voos”, com 40% dos voos a registar algum atraso ou a ser cancelado, o que resulta em 39,5% dos passageiros aéreos a verem alguma perturbação nos seus voos.

Já o Aeroporto de Faro teve 84,5% dos voos sem qualquer perturbação, enquanto o Aeroporto do Porto registou 80% dos voos sem perturbações, pelo que 80,2% dos passageiros desta infraestrutura registaram “um voo tranquilo”.

 

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Frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, indica estudo

Segundo um relatório da empresa de consultoria e gestão Oliver Wyman, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, o que constitui um desafio para o setor da aviação comercial em todo o mundo.

A frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, passando de um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década, apurou o relatório ‘Global Fleet And MRO Market Forecast 2025-2035’, da Oliver Wyman, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, 10 de abril.

“A aviação comercial na Europa Ocidental encontra-se numa fase de crescimento sustentado, com uma previsão de aumento de 27% na sua frota até 2035, o que representa um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década”, avança a empresa de consultoria e gestão, em comunicado.

Segundo este estudo, que analisa as tendências do setor e oferece uma perspectiva a 10 anos sobre a evolução da frota de transporte aéreo comercial e as suas implicações no mercado de manutenção, reparação e revisão (MRO), na próxima década, o total de aeronaves comerciais vai passar de 29.000 em 2025 para 38.300 em 2035, com um crescimento anual de 2,8%.

O relatório realça, no entanto, que as limitações na produção de novas aeronaves e os problemas na cadeia de fornecimento estão a resultar num “atraso recorde nas entregas, dificultando a capacidade do setor de satisfazer a crescente procura”.

“Esta situação agrava-se pela escassez de mão-de-obra, que obriga a prolongar os tempos de manutenção e reparação, especialmente em regiões como a Europa Ocidental e a América do Norte”, acrescenta a informação divulgada.

Segundo Carlos García Martín, sócio de Transporte e Serviços e especialista em Aviação da Oliver Wyman, “o envelhecimento da frota, a escassez de mão-de-obra qualificada e as limitações na cadeia de fornecimento, aliados a uma forte procura de transporte aéreo, estão a gerar grandes desafios no setor aeronáutico”, motivo pelo qual, para sustentar o seu crescimento a longo prazo, “a indústria terá de implementar estratégias inovadoras que promovam uma maior eficiência operacional”.

De facto, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, uma vez que, atualmente, a carteira de encomendas ultrapassa as 17.000 unidades, o valor mais alto registado, pelo que, com o ritmo atual de fabrico, “esses pedidos levarão 14 anos a ser entregues, o dobro do tempo que as companhias aéreas tinham de esperar antes de 2019”.

“Desde 2018, quando a indústria alcançou um recorde de mais de 1.800 aeronaves fabricadas, a produção caiu significativamente. Em 2024, foram entregues menos de 1.300 unidades novas, o que representa uma redução de 30% face a seis anos antes, apesar de o número de passageiros ter atingido os 4.800 milhões em 2024, com previsão de ultrapassar os 5.000 milhões em 2025. Além disso, os passageiros por quilómetro transportado (RPK) aumentaram quase 4% em comparação com os níveis máximos de 2019”, refere o relatório.

A falta de renovação da frota também tem estagnado as melhorias na eficiência de combustível, que em 2024 não registaram avanços, ao contrário dos aumentos anuais de 1,5% a 2% observados nos anos anteriores.

“Estima-se que, a nível mundial, a produção anual de aviões será inferior às entregas até 2030, o que deverá gerar um défice de 2.000 aeronaves. Além disso, a idade média das aeronaves em serviço aumentou de 12,5 anos em 2023 para 13,4 anos em 2024, e projeta-se que atinja os 24 anos em 2035. Estes atrasos não afetarão apenas a rentabilidade das companhias aéreas, mas também aumentarão os custos de manutenção, reparação e operações”, considera a Oliver Wyman.

Contudo, o envelhecimento da frota, os problemas de durabilidade em aviões e o surgimento de motores de nova geração, assim como a crescente procura de manutenção estão a beneficiar o setor de manutenção, reparação e revisão (MRO), que deverá atingir 119.700 milhões de dólares este ano, impulsionado pela necessidade de manter operativas aeronaves mais antigas.

“Até 2035, espera-se que o setor MRO cresça a uma taxa composta de 2,7%, alcançando os 156.800 milhões de dólares, um aumento de 31% em relação a 2025”, acrescenta o relatório da Oliver Wyman.

Na Europa Ocidental, estima o relatório, o mercado MRO crescerá significativamente, passando de 25.000 milhões de dólares em 2025 para 30.000 milhões em 2035, impulsionado principalmente pela procura de manutenção de motores, que aumentará de 12.600 milhões em 2025 para 14.000 milhões em 2035.

Apesar destes desafios, a aviação comercial continua a ser um pilar-chave da economia global, pelo que a “expansão da frota, o crescimento do mercado MRO e a adaptação das companhias aéreas aos novos desafios operacionais serão fundamentais para garantir a competitividade do setor nos próximos anos”.

“Neste contexto, enquanto os mercados emergentes continuam a sua expansão, as regiões mais maduras terão de se concentrar na modernização das suas frotas e na otimização da eficiência operacional para enfrentar as exigências de um mercado em transformação”, conclui a informação divulgada.

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Zâmbia acolheu 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas

O 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas, que terminou esta quinta-feira, na Zâmbia, delineou planos concretos para alcançar objetivos comuns, com foco na inovação, cooperação técnica, conectividade , investimentos em turismo e confiança do turista através da segurança.

De acordo com dados da ONU Turismo, ambas as regiões recuperaram dos impactos da pandemia: em 2024, a África recebeu 74 milhões de chegadas internacionais, mais 7% face a 2019 e mais 12% em comparação com o 2023, enquanto as Américas acolheram 213 milhões, o que equivale a 97% das chegadas pré-pandemia. O encontro da Zâmbia deixou claros os fortes vínculos entre as duas regiões, tanto em termos de visitantes entre as regiões e dentro delas, como em termos de mercados de origem e destinatários de investimentos.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que este encontro “é prova do compromisso duradouro da África e das Américas com a cooperação além das fronteiras e dos oceanos”, para avançar que “o nosso propósito é promover o crescimento inclusivo e garantir que o turismo continue a ser um motor de prosperidade partilhada. Acima de tudo, ao focar em formação e desenvolvimento de competências, estamos a dar às pessoas, especialmente aos jovens, os meios para ter sucesso no mundo competitivo de hoje.”

Aumentar e direcionar o investimento para o turismo é um dos pilares fundamentais da Declaração de Punta Cana. Na Zâmbia, a ONU Turismo partilhou as suas conquistas nessa área prioritária. Até o momento, foram publicadas 18 edições das “Diretrizes para Negócios no Turismo ” para investimentos para destinos na África e nas Américas, enquanto outras 10 estão em desenvolvimento.

As diretrizes destacam o enorme potencial de investimento em turismo dentro e entre as regiões. Entre 2019 e 2024, a África investiu cerca de 3,9 milhões de dólares em 36 projetos nas Américas, enquanto a América Latina e as Caraíbas investiram o mesmo valor em 34 projetos na África. Com o objetivo de elevar esses níveis, a ONU Turismo anunciou planos para organizar uma Conferência Bienal de Investimento em Turismo África-Américas. A conferência reunirá governos, instituições financeiras, atores do setor privado e parceiros de desenvolvimento com o objetivo de impulsionar os fluxos de investimento intercontinentais e direcionar o investimento através de prioridades partilhadas.

Com mais de 50% da força de trabalho do turismo com menos de 25 anos, o setor oferece vastas oportunidades para os jovens, especialmente na África – o continente mais jovem do mundo – e nas Américas. Para colocar em prática os objetivos educacionais da Declaração de Punta Cana, a ONU Turismo está a promover ações de formação em ambas as regiões, pretendendo alcançar cerca de 2.000 beneficiários em África e nas Américas através dos seus novos cursos via WhatsApp para desenvolvimento profissional.

Em sintonia com a educação, a Declaração de Punta Cana coloca a inovação no centro da cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento do turismo. Em Livingstone, a ONU Turismo anunciou o lançamento de uma primeira Competição de Startups para as regiões. O desafio “Pontes de Inovação” procurará empresas prontas para enfrentar desafios nas áreas de sustentabilidade, inclusão e transformação digital, com foco nas comunidades locais.

O investimento também será o principal objetivo do primeiro Escritório Temático de Turismo da ONU em Marrocos. O escritório pretende ser um centro de inovação, com programas de aceleração para startups regionais, pesquisa e desenvolvimento, e para celebrar novos talentos através de Aventuras Tecnológicas no Turismo.

No que diz respeito à conetividade e segurança turística, refira-se que a 2ª Conferência Ministerial sobre Turismo e Transporte Aéreo em África, que terá lugar realizada em Angola em julho, terá como foco IA e inovação para conectividade, e na Zâmbia, o encontro destacou o progresso da ONU Turismo na elevação dos padrões de segurança para turistas, aumentando assim a confiança em viagens para ambas as regiões.

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TAP distinguida pela experiência dos passageiros na Europa

A distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

A TAP recebeu esta quarta-feira, 9 de abril, o prémio das revistas PAX International e PAX Tech de Best Overall Passenger Experience na Europa, distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e que foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

“Anualmente, a PAX convida os seus leitores e o setor da aviação a participar nos PAX Readership Awards, que pretendem distinguir as realizações das companhias aéreas em áreas como o serviço de catering, a inovação na área do entretenimento a bordo, a conectividade, a oferta em termos de lugares e tem em conta a experiência do passageiro no setor”, explica a TAP, em comunicado.

Segundo Jane Hobson, diretora das revistas PAX, estes prémios “são mais do que um simples reconhecimento; são um reflexo da forma como a indústria continua a evoluir e a exceder as expectativas dos passageiros”.

Já Robynne Trueman, editor da área de Business das revistas, acrescenta que “o que torna estes prémios tão especiais é o facto de serem orientados pelas pessoas que experimentam estas inovações em primeira mão”, ou seja, os leitores das revistas PAX International e PAX Tech.

Recorde-se que, em 2024, a TAP Air Portugal recebeu o prémio da PAX International na categoria de Best Cabin Interior Passenger Experience e, na categoria Outstanding Food Service by a Carrier, nas edições de 2019, 2020, 2022 e 2023.

As revistas PAX, do grupo Paramount Publishing Inc., dedicam-se ao setor da aviação e são publicadas cinco vezes por ano.

 

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Meeting Industry

Mais de 60 países e regiões presentes na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau abre 25 de Abril com a presença de empresários de mais de 60 países e regiões para exploração conjunta de oportunidades de negócios, avança a Direção dos Serviços de Turismo do território (DST).

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau terá lugar de 25 a 27 de abril, nos Pavilhões A, B, C e D da Cotai Expo, do The Venetian Macao. Sob o slogan “Explore a MITE, Experimente o Mundo”, o evento apresenta seis novos destaques, e reunirá a participação de um maior número de operadores turísticos e sectores relacionados nacionais e estrangeiros, de acordo com nota publicada na página oficial do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.

Até agora, o certame já atraiu a participação de aproximadamente 600 expositores provenientes de mais de 60 países e regiões, e de cerca de 500 compradores profissionais provenientes da Grande China e do exterior, tendo o número de stands internacionais aumentado em perto de 50%. Esta edição evidencia uma vez mais que a Expo de Turismo tem vindo a desempenhar, de forma eficaz, o seu papel de plataforma de oportunidades de negócios de turismo internacional, a destacar o seu efeito enquanto evento de marca, a promover o intercâmbio e a cooperação de turismo regional e internacional, e a contribuir para a construção de Macau como uma plataforma de alto nível de abertura ao exterior.

Com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China (RPC), do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM e do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, a 13.ª Expo de Turismo (Macao International Travel (Industry) Expo – MITE) conta a organização da Direção dos Serviços de Turismo (DST), e a coordenação da Associação das Agências de Viagens de Macau.

Em conferência de imprensa, que contou com a presença da diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, dos subdiretores da DST, Cheng Wai Tong e Ricky Hoi, e do presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau, Alex Lao, foram divulgados os pormenores do evento.

Na sua intervenção, a diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, referiu que a Expo de Turismo continua a elevar a qualidade e a inovação, a aumentar a eficácia, a atrair mais operadores turísticos nacionais e estrangeiros, e a impulsionar as oportunidades de cooperação intersectorial “turismo +”. Indicando que, até à data, existem mais de 300 stands internacionais, o que representa um aumento significativo de 50% em relação ao ano passado, e que compradores nacionais e estrangeiros também participam ativamente na expo, assinalou que tal demonstra o papel eficaz da Expo de Turismo como plataforma de oportunidades de negócios para o turismo internacional, beneficiando a expansão empresarial, promovendo o intercâmbio e a cooperação turística regional e internacional, e contribuindo para a construção de Macau como uma plataforma de abertura ao exterior de alto nível.

A DST volta a organizar este ano a participação de compradores convidados em visitas de familiarização em Macau e na Ilha de Hengqin. Durante as visitas, serão organizados passeios a diferentes bairros comunitários de Macau para experienciar os elementos de “turismo +”, incluindo dispositivos para tirar fotografias de grande escala de propriedade intelectual a nível internacional instalados na Zona Norte. Por outro lado, mais de uma centena de representantes de associações de agências de viagem locais e estrangeiras foram convidados a participar na Bolsa de Contactos para Operadores Turísticos, para contactos com operadores turísticos de Macau e exploração de oportunidades de negócio, e participação ainda em visitas de familiarização.

A 13.ª Expo de Turismo, que ocupa uma área de 30 mil metros quadrados, trará novas informações e produtos turísticos de Macau e do resto do mundo, incluindo ofertas especiais durante o período do evento, lançadas por vários expositores, e mais de 70 apresentações temáticas de turismo e fóruns, entre outros.

 

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Enoturismo

Unidades turísticas do Pacheca Group renovam certificação Biosphere para 2025

A Quinta da Pacheca, o Hotel Folgosa Douro, o Olive Nature Hotel & Spa e o Caminhos Cruzados, acabam de ser reconhecidos pelo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, com a renovação dos certificados Biosphere para 2025.

O compromisso do Pacheca Group com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, no âmbito da Agenda 2030, foi reconhecido com a renovação dos certificados ‘Biosphere’ das quatro unidades turísticas do grupo empresarial para 2025: Quinta da Pacheca, Hotel Folgosa Douro, Olive Nature Hotel & Spa e Caminhos Cruzados.

As unidades no Douro (Quinta da Pacheca e Hotel Folgosa Douro) e de Trás-os-Montes (Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos) obtiveram a primeira certificação em 2024, enquanto o produtor do Dão (Caminhos Cruzados) é certificado pela entidade internacional desde 2023.

A certificação da ‘Biosphere’, sistema desenvolvido pelo Instituto de Turismo Responsável (RTI), é concedida a destinos e empresas que garantam um equilíbrio adequado, a longo prazo, entre os aspetos económicos, socioculturais e ambientais.

A Quinta da Pacheca é elogiada pela “oferta gastronómica, preparada seguindo protocolos de segurança sanitária”, a criação de “emprego de qualidade, promovendo a contratação e a formação de profissionais locais” e o incentivo ao “uso responsável da água”, enquanto o Hotel Folgosa Douro promove “sistemas de gestão mais responsáveis e participativos”, fornece “informações sobre os recursos naturais do território” e incentiva o “planeamento, projeto e construção de infraestruturas sustentáveis”.

Por sua vez, a ‘Biosphere’ destaca a “notável contribuição” do Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos, em Trás-os-Montes, nos parâmetros de “água limpa e saneamento”, “energia acessível e não poluente” e “inovação e infraestrutura industrial”. A unidade hoteleira de Valpaços é ainda reconhecida por fornecer “informações sobre os recursos naturais do território” e por promover “a conservação do património cultural e natural local” e a “adoção de estilos de vida e hábitos mais saudáveis”.

A Caminhos Cruzados, por fim, vê a certificação renovada por participar, entre outros, no “desenvolvimento de projetos educacionais de outras entidades”, dar a conhecer “os compromissos, boas práticas e esforços sustentáveis” e tomar medidas “para evitar o desperdício de alimentos”.

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Enoturismo

Quinta do Quetzal tem nova diretora de Enoturismo

Joana Lança é a nova diretora de Enoturismo da Quinta do Quetzal, responsável por desenvolver e implementar estratégias inovadoras que visem aprimorar a experiência dos visitantes e promover a riqueza dos vinhos da herdade, além de coordenar visitas guiadas, degustações e eventos especiais.

A nova diretora de Enoturismo da Quinta do Quetzal, na Vidigueira, coração do Alentejo, é técnica superior de turismo pelo Instituto Politécnico de Beja, estagiou em Londres, em Roma e em Portugal passando pelo S. Lourenço do Barrocal, pelo departamento de reservas do Troia Resort e por fim pelo Convento do Espinheiro em Évora. Posteriormente passou para a Herdade dos Grous de onde transitou para este novo desafio.

Nas novas funções, trabalhará em estreita colaboração com o chefe João Mourato, o Sommelier João Santos e toda a sua equipa, para criar programas que destacam a singularidade dos vinhos produzidos na Quinta do Quetzal, assim como a beleza da região.

Joana Lança será responsável por desenvolver e implementar estratégias inovadoras que visem aprimorar a experiência dos visitantes e promover a riqueza dos vinhos da herdade, além de coordenar visitas guiadas, degustações e eventos especiais.

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Análise

Viagens e turismo criarão 4,5 milhões de novos empregos na UE até 2035

A pesquisa de Impacto Económico elaborado pelo WTTC estima que, até 2035, as viagens e turismo deverão gerar mais 4,5 milhões de empregos, para atingir mais de 30 milhões, o que reforça o papel do setor na União Europeia. Isto quer dizer que um em cada sete empregos será neste setor, tornando-a numa das indústrias estrategicamente mais importantes dentro da UE.

As previsões do WTTC mostram que a contribuição de viagens e turismo para o PIB aumentará para quase 2,3 biliões de euros, com sua participação económica subindo para pouco menos de 11%, no mesmo período. O setor continuará a superar o crescimento económico mais amplo, com um CAGR de 10 anos de 1,8%, em comparação com 1,3% para a economia da UE em geral, enquanto o setor contribuirá com mais de 900 mil milhões de euros anualmente para os governos da UE através de receitas fiscais.

Por outro lado, o WTTC estima que, na União Europeia, os gastos dos visitantes internacionais cheguem a 730 mil milhões de euros nos próximos 10 anos, enquanto os gastos dos visitantes nacionais devem ultrapassar 1,2 biliões de euros.

Com os olhos postos apenas neste ano, o organismo estima que o setor de viagens e turismo em toda a UE contribua com quase 1,9 biliões de euros para o PIB da região, representando 10,5% da economia da UE. Espera-se que o emprego atinja quase 26 milhões, representando 12% de todos os empregos da União Europeia, o que classifica como um sinal claro do crescente impacto do setor.

As previsões do WTTC é que os gastos dos visitantes internacionais atinjam 573 mil milhões de euros este ano, crescendo mais de 11% em relação a 2024, enquanto os gastos domésticos devem aumentar, atingindo 1,1 biliões, uma subida de 1,6% face ao ano anterior.

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Destinos

Barómetro do Turismo do IPDT antecipa uma Páscoa positiva

Além das expectativas para o período da Páscoa, a 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Turismo e Consultoria procurou também saber o impacto que os especialistas do setor esperam que as próximas eleições autárquicas tenham no turismo, assim como a importância do segmento MICE.

A 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Turismo e Consultoria traz expectativas positivas para o próximo período festivo da Páscoa, com a maioria dos inquiridos a anteciparem um aumento nas receitas do turismo do mercado interno, assim como do mercado externo.

“Relativamente aos indicadores analisados, verifica-se uma perspectiva de evolução positiva na rentabilidade dos negócios do turismo durante o período da Páscoa de 2025. Cerca de 56% dos membros do Barómetro do Turismo antecipam um aumento nas receitas do turismo do mercado interno, apontando para um desempenho superior face ao período homólogo de 2024”, lê-se na informação divulgada pelo IPDT.

Os membros do Barómetro do Turismo antecipam também que “o número de dormidas e de hóspedes no mercado interno apresentará um comportamento semelhante ao verificado na Páscoa de 2024”, com 61% dos inquiridos a defenderem que “estes indicadores deverão manter-se estáveis”.

O Barómetro do Turismo do IPDT apurou ainda que também em relação ao mercado externo as expectativas estão em alta, uma vez que “as previsões para o mercado externo revelam-se mais positivas do que as apresentadas para o mercado interno”.

“Cerca de 66% dos membros do Barómetro do Turismo antecipam um crescimento das receitas do turismo durante o período da Páscoa de 2025 face ao período homólogo de 2024”, acrescenta a informação divulgada.

Os resultados do Barómetro do Turismo mostram também que o “indicador número de dormidas verifica uma tendência de crescimento no mercado de externo, com cerca de 49% dos membros do painel a considerarem que este irá melhorar face ao ano transato”.

O inquérito que serve de base à 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT decorreu entre 19 a 27 de fevereiro de 2025, reunindo 46 respostas válidas.

Além das expectativas para a Páscoa, o estudo mostra também que, em fevereiro de 2025, o nível de confiança no setor turístico registou 85,2 pontos, naquele que é “o valor mais elevado da série histórica”, com um crescimento de 2,3 pontos face à última edição.

“Este valor indica que apesar dos fatores exógenos, como a instabilidade política global e os cenários de guerra, os membros do painel apresentam-se confiantes face ao crescimento positivo do turismo”, lê-se na informação divulgada.

O estudo procurou ainda avaliar o impacto que os membros do Barómetro do Turismo esperam que as eleições autárquicas, que vão decorrer no último semestre do ano, venham a ter no setor, apurando que 78% dos especialistas não preveem que as eleições autárquicas 2025 representem impacto para o turismo, ainda que “33% consideram que a colaboração entre as autarquias e os empresários é baixa, apontando para a necessidade de maior coordenação”.

Outro dos temas em destaque foi o MICE, com a pesquisa do IPDT a indicar que a “captação de grandes eventos é essencial para o crescimento do setor MICE em Portugal”.

“Os membros do Barómetro do Turismo destacam a segurança e a estabilidade política (23%) e a relação custo-benefício (19%) como os principais atrativos de Portugal para o turismo de negócios. Para impulsionar o setor MICE, 65% dos especialistas indicam a captação de grandes eventos e 63% o investimento em infraestruturas especializadas”, refere ainda o IPDT.

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Destinos

Turismo do Algarve e do Alentejo lançam campanha que reforça posicionamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

A nova campanha insere-se no Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, lançado pelo Turismo do Algarve e pela ERT do Alentejo para “regenerar, valorizar e promover os territórios de Aljezur, Monchique e Odemira”, que foram “severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023”.

O Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo lançaram o Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, iniciativa que visa “regenerar, valorizar e promover os territórios de Aljezur, Monchique e Odemira”, que foram “severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023”, no âmbito do qual se destaca a campanha “Ao Natural é melhor!” para reforçar o posicionamento destes territórios como destinos autênticos e sustentáveis.

“Financiado pelo Turismo de Portugal no âmbito da Linha + Interior Turismo – Aviso “Regenerar Territórios”, o programa estende-se até agosto de 2026 e representa uma aposta firme na coesão territorial, na sustentabilidade e na valorização da identidade local”, lê-se num comunicado conjunto do Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo.

A nova campanha de branding, que “posiciona o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina como um refúgio de autenticidade, onde a natureza dita o ritmo, e onde o essencial volta a ter protagonismo”, assenta num conjunto de mensagens que “convidam os visitantes a abrandar e reconectar-se com os valores mais simples e puros da vida”.

“Troca as notificações por sensações”, “Faz refresh com os dedos dos pés. Na relva e no mar” ou “Ver casas caiadas de branco, é natural” são as mensagens desta campanha que, segundo a informação divulgada, apresenta um “tom poético e provocador, promovendo uma nova forma de estar no território — descomplicada, presente e consciente”.

Este programa tem também associadas várias iniciativas, a exemplo da já executada reposição da ponte de madeira sobre a Ribeira de Seixe, que é vista como um “símbolo da união entre o Algarve e o Alentejo e que havia sido destruída pelos incêndios”.

“Esta intervenção é parte de um conjunto mais vasto de medidas de qualificação da oferta turística, que inclui também a recuperação de trilhos pedestres e cicláveis da Rota Vicentina, permitindo devolver aos residentes e visitantes o acesso seguro e sustentável à paisagem protegida”, acrescenta o mesmo comunicado.

O plano contempla igualmente a definição e implementação da imagem da campanha, a produção de conteúdos multimédia e materiais de suporte à promoção, bem como um vasto conjunto de ações de comunicação e relações públicas nos mercados nacional e espanhol.

“Entre estas ações destaca-se o evento promocional que terá lugar no Consulado de Portugal em Sevilha e um evento de animação dedicado ao turismo de natureza, a realizar-se em simultâneo nos dois territórios, no último trimestre de 2025. A promoção será reforçada através da participação em feiras internacionais, visitas de familiarização com operadores e jornalistas, e ações de comunicação dirigidas a diferentes públicos e plataformas, em Portugal e na Andaluzia”, referem as duas entidades.

Este programa, refere ainda o comunicado, “traduz uma resposta ambiciosa e estratégica à necessidade de regenerar o território, reposicionando-o como um destino de experiências genuínas, ancorado na natureza, na cultura local e na hospitalidade das suas gentes”, uma vez que, “mais do que um simples destino turístico, o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina apresenta-se como um lugar onde é possível viver devagar, saborear o tempo e recuperar a ligação com o mundo natural”.

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