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Portugal tem vasta oferta e aposta na autenticidade no Turismo Rural e Experiências

Com as mudanças no modelo de consumo ocorridas a partir da globalização, quando o consumidor passou a ter acesso a qualquer produto de qualquer lugar, a sua necessidade se voltou para a satisfação de novidades que estimulem seus sentidos e sentimentos. Hoje produtos e serviços precisam de despertar emoções únicas e fazer sentido. É aqui que surge um turismo baseado na experiência, que proporciona momentos de prazer que permanecerão na memória, fazendo com que o cliente desenvolva uma ligação emocional com o serviço, com o destino e permita que quem o proporciona se diferencie da concorrência aos olhos do consumidor.

Carolina Morgado
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Portugal tem vasta oferta e aposta na autenticidade no Turismo Rural e Experiências

Com as mudanças no modelo de consumo ocorridas a partir da globalização, quando o consumidor passou a ter acesso a qualquer produto de qualquer lugar, a sua necessidade se voltou para a satisfação de novidades que estimulem seus sentidos e sentimentos. Hoje produtos e serviços precisam de despertar emoções únicas e fazer sentido. É aqui que surge um turismo baseado na experiência, que proporciona momentos de prazer que permanecerão na memória, fazendo com que o cliente desenvolva uma ligação emocional com o serviço, com o destino e permita que quem o proporciona se diferencie da concorrência aos olhos do consumidor.

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Com a globalização e os avanços tecnológicos, ficou fácil ter acesso a informações de qualquer natureza. É possível visitar os destinos antes mesmo de chegar. Todos os serviços podem ser vistos e avaliados antes de serem usados, uma vez que as escolhas são totalmente influenciadas pelas opiniões de outros turistas que já os utilizaram. Neste cenário, é fundamental se diferenciar através de ofertas de vivências exclusivas e memoráveis.

Esta mudança no comportamento do consumidor deu origem à economia da experiência, quando o serviço deixa de ser apenas a prestação de um serviço comum como uma refeição ou um passeio turístico para ser a oferta de uma experiência memorável que gera emoção.

No litoral ou no interior, nos centros urbanos ou nos territórios de baixa densidade, com mais ou menos adrenalina, esta forma de o turismo se diferenciar pelo envolvimento do cliente a partir de experiências significativas, permite não só atraí-lo como fidelizá-lo.

A Organização Mundial do Turismo (OMT) destacou, numa das suas análises que o turista de hoje deseja “viajar para destinos onde mais do que visitar e contemplar fosse possível também sentir, viver, emocionar-se e ser personagem de sua própria viagem”.

Este conselho visa orientar os empreendedores da cadeia produtiva do turismo a adaptarem-se a essa tendência mundial, pensarem nas suas práticas e identificarem como incrementar os seus negócios, transformando os seus serviços em experiências memoráveis para o cliente.

Assim, o turismo de experiência é um nicho de mercado que apresenta uma nova forma de fazer turismo, onde existe interação real com o espaço visitado. Esta prática turística está relacionada com as aspirações do homem moderno, cada vez mais conectado e em busca de experiências que façam sentido. É uma maneira de atingir o consumidor de forma mais emocional.

A ideia é estimular vivências e o engajamento em comunidades locais que geram aprendizados significativos e memoráveis, por colocar o foco na riqueza de emoções, proporcionadas que pelo lado mais genuíno das coisas, lugares e povos. Não se trata apenas de seguir o mapa, mas encontrar tesouros.

“Experiências by…”Centro
O “Experiências by…” é um projeto que foi apresentado pela Turismo Centro de Portugal há cerca de dois anos, mais concretamente em julho de 2021. Trata-se de um projeto editorial, em que seis figuras reconhecidas dos portugueses assumem o papel de curadores em várias áreas. Dessa forma, dão a conhecer percursos, viagens, memórias e recordações pelo território do Centro de Portugal.

“É um projeto de sedução, que pretende seduzir os portugueses através dos olhos dos curadores, mas é também um projeto de posicionamento e divulgação daquilo que é o Centro de Portugal”, destacou Pedro Machado, presidente da TCP, para esclarecer que o conceito surgiu no seguimento do trabalho desenvolvido pela entidade turística regional, “de afirmação desta região como destino de primeira escolha para os portugueses e de referência para os turistas internacionais”.

O “Experiências by…” consiste em sugestões de experiências, percursos, viagens, memórias e recordações. São roteiros únicos, construídos por cada um dos curadores, por segredos e encantos da região Centro de Portugal.

O conceito, de acordo com Pedro Machado, foi construído em redor de seis eixos agregadores: Gastronomia e Vinhos; Turismo Espiritual; Lifestyle e Inspiracional; Cultura; Natureza e Bem-Estar; e Turismo Desportivo e Ativo.

Neste caso, a Turismo do Centro desafios os seis curadores, todos com ligação à região, a escolherem os locais que consideram mais marcantes, em cada uma das áreas. São escolhas pessoais, que refletem a sensibilidade dos respetivos curadores, e que se afastam assim dos tradicionais roteiros normalizados.

Com as sugestões dos curadores foram criados vários instrumentos de comunicação: seis roteiros temáticos e seis vídeos.

Os roteiros e vídeos que resultaram deste processo foram disponibilizados gratuitamente nas várias plataformas da Turismo Centro de Portugal, através do site da entidade, das suas redes sociais, do seu podcast “Aqui Entre Nós”, mas também com brochuras individuais para publicação online e impressa.

O responsável regional explicou que os curadores foram escolhidos “por terem origem ou conexões familiares e/ou sentimentais à região Centro de Portugal – e também por serem especializados em cada um dos vários produtos turísticos”.

No que diz respeito à Gastronomia o curador escolhido foi o Chef Diogo Rocha, detentor da única Estrela Michelin da região, atribuída ao restaurante Mesa de Lemos. No projeto “Experiências By…”, Diogo Rocha focou-se nas tradições gastronómicas e produtos-chave das oito sub-regiões do Centro de Portugal, propondo um percurso relacionado com produtos certificados, receituário tradicional, mercados municipais, locais de comércio tradicional local, eventos associados à temática e restaurantes de referência.

Na apresentação do projeto, Diogo Rocha explicou que tentou “selecionar comidas e vinhos que sejam representativos da região Centro”, embora sabendo que “esta é uma região que tem muita coisa, especialmente no que toca à mesa”. “Com o roteiro que proponho, quero provocar em que nos visita a vontade de conhecer. Estou muito entusiasmado com a oportunidade de apresentar um projeto que orgulhe a região”, disse.

No âmbito da participação de Diogo Rocha, foi também publicado o livro “Uma Viagem-Romance pela Gastronomia e Vinhos do Centro de Portugal” e foi produzido um documentário com o mesmo título.

Como o título do livro e do documentário indica, o chef Diogo Rocha presenteia-nos com um percurso pelo melhor que a região Centro de Portugal tem para oferecer a nível da gastronomia e dos vinhos.

Na temática do Turismo Espiritual o curador escolhido foi o escritor Afonso Cruz, que propõe um percurso relacionado com percursos de peregrinação, lugares de culto e lugares que convocam à espiritualidade, enquanto para o Turismo Lifestyle e Inspiracional a curadora é a modelo e apresentadora Iva Lamarão, que convida para um percurso relacionado com as tendências da vida contemporânea.

“É um privilégio integrar este projeto, porque a região Centro diz-me muito. Fiquei muito feliz por poder dar o meu contributo para um roteiro que entusiasme as pessoas a visitar a região e a conhecer alguns cantinhos que me são queridos. É um roteiro agradável e que espero que desperte a curiosidade para que quem não conhece vir descobrir esta zona tão bonita do país”, sublinhou Iva Lamarão.

No que se refere ao Turismo Cultural a cantora e compositora Rita Redshoes foi a curadora escolhida e apresenta um percurso relacionado com a oferta cultural da região.

“As minhas sugestões são pontos estratégicos, com os quais tenho uma ligação emocional e cultural, pois contribuíram para a munha carreira artística. Penso que vão aguçar a curiosidade das pessoas em visitarem um território tão bonito como este”, disse Rita Redshoes na apresentação.

O quinto tema tem a ver com Turismo de Natureza e Bem-Estar da responsabilidade de Pedro Pedrosa, empresário especializado em desporto de natureza. Como curador, sugere um percurso relacionado com o património natural com condições de visitação, paisagens e lugares que convocam à contemplação, a prática de trilhos e percursos.

“É difícil fazer escolhas, uma vez que o Centro de Portugal tem tudo numa só região. Somos privilegiados, porque em duas horas vamos do mar até ao ponto mais alto de Portugal continental e temos uma diversidade de paisagens e uma autenticidade das pessoas que já é rara. Vale mesmo a pena pegar numa bicicleta ou numas botas, deixar o carro e deixar-se levar pela natureza no Centro de Portugal e é isso que proponho no roteiro”, explicou Pedro Pedrosa.

Finalmente, Turismo Desportivo e Ativo, Teresa Almeida, ex-campeã mundial de bodyboard, é a curadora deste produto e desafia para um percurso relacionado com o património natural, associado à oferta de atividades desportivas.

“Este projeto permite dar sugestões especializadas aos potenciais visitantes da região, permitindo assim promover especificamente determinados produtos turísticos e potenciando a circulação das pessoas pelo território do Centro de Portugal”, apontou Pedro Machado, reforçando que, como, em muitos casos, são sugestões menos óbvias, “o projeto cumpre a função de promover destinos menos conhecidos, mas que reúnem potencial de atratividade turística”. Por outro lado, por não se cingir a apenas uma temática, o projeto “Experiências By…” comprova que “a diversidade de oferta é um dos grandes trunfos do Centro de Portugal. Esta região tem muito para oferecer na Gastronomia, no Turismo Espiritual, no Lifestyle e Inspiracional, na Cultura, na Natureza e Bem-Estar e no Turismo Desportivo e Ativo”, reconheceu.

Este produto tem como público-alvo “todos aqueles que querem conhecer e visitar a região Centro de Portugal, a maior e mais diversificada região turística nacional. Mais concretamente, o projeto é direcionado para o mercado nacional”, defendeu.

Picos de Aventura
Tiago Botelho, coordenador comercial da Picos de Aventura revelou-nos que o ano passado começou de forma positiva, mas sempre com um pouco de incerteza, uma vez que ainda estávamos em contexto de pandemia. No entanto, com a chegada da primavera e com o abrandamento das medidas relacionadas com a Covid-19, “começamos a notar um aumento da procura dos nossos serviços e das viagens. Podemos dizer que, a partir desse momento, foi o nosso melhor ano de sempre, em termos de resultados da empresa”.

Para este ano de 2023, “já estamos a ter indícios de que será igualmente positivo a nível de procura e de resultados. Toda a tendência de procura indica esse caminho e estamos confiantes”, disse.

2022 foi um ano muito especial na história da Picos de Aventura, por coincidir com o seu vigésimo aniversário. Tiago Botelho faz um balanço deste percurso de 20 anos, que considera “bastante positivo”. No contexto do arquipélago Açores, “são poucas as empresas de animação turística que alcançaram esta longevidade e tem o legado da Picos de Aventura”, refere, para destacar que “desde o nosso início e até ao presente, passamos várias fases e por vários desafios, os quais tentamos sempre superar e fazer mais e melhor”.

O responsável aponta que “a Picos de Aventura é mais que uma empresa de animação turística, é um motor de partilha e atuação local, seja pelas nossas parcerias com as entidades ligadas a nossa atividade, à sustentabilidade e preservação das espécies, à comunidade local, através dos nossos programas cientifico-pedagógicos. Acima de tudo, sentimos que, atualmente, a Picos de Aventura é uma referência no mercado do turismo dos Açores”.

A Picos de Aventura encontra-se a operar em duas ilhas dos Açores, São Miguel e Terceira, oferecendo várias atividades, de mar e de terra, para todos os gostos e idades. As atividades que têm mais procura, segundo o seu coordenador comercial, são o whale watching, a natação com golfinhos, o canyoning, os passeios guiados em carrinha e os trilhos. “As pessoas que nos procuram são, essencialmente, aquelas que desejam conhecer as nossas ilhas de forma mais ativa, e sim, fazer atividades à medida, sendo que somos especialistas em grupos e incentivos”, revelou.

Acrescentou que oferecem um vasto leque de atividades que se desenrolam durante todo o ano. No entanto, a sazonalidade é inerente ao destino e à própria atividade turística. “Durante a época mais baixa, procuramos ter sempre alternativas e soluções que vão ao encontro das necessidades dos nossos clientes”.

Face à grande concorrência que existe nos Açores para este tipo de atividades, Tiago Botelho realça que “estamos atentos, mas não é o nosso foco. O nosso foco é o nosso cliente e a experiência que este tem com a Picos de Aventura e com os Açores, que queremos que seja memorável e única. Estamos empenhados em fazer o nosso trabalho dentro dos padrões de excelência que a Picos de Aventura definiu para si própria e que vão muito além do que é a norma nos Açores. A Picos de Aventura diferencia-se pela qualidade do serviço prestado ao cliente e o conhecimento e profissionalismo da nossa equipa”.

Este ano de 2023 a perspetiva é continuar a rota de crescimento, que passa também pela “aposta na melhoria continua dos nossos canais de venda para que possamos sempre criar mais valor aos nossos clientes”.

Em termos de novos projetos, o coordenador comercial da Picos de Aventura avançou que “estamos a finalizar um projeto de investimento que visa a renovação de frota de barcos e equipamentos de canyoning, duas atividades do nosso portefólio com grande procura em mar e terra, respetivamente. Investiremos também em novos equipamentos de paddle e bicicletas, bem como um barco de apoio para reforçar o nosso centro de atividades das Furnas e dotar as operações de equipamentos mais modernos, mas também de maior segurança”.

A empresa vai investir na primeira carrinha elétrica “para assim iniciarmos um processo de teste da operacionalidade e transformação de frota. Simultaneamente, iremos reforçar a aposta na imagem da empresa, com novo fardamento e equipamentos de captação fotográfica e de vídeo, que melhor retratem o serviço que prestamos. Adicionalmente, apostamos em hidrofones para melhorar a experiência do cliente durante as atividades de whale watching”.

Em conjunto, todos estes projetos de investimento permitirão, conforme disse o responsável, que “terminaremos 2023 com fortes melhorias a nível de qualidade e serviço de excelência pelo qual somos reconhecidos. Estamos a encerrar um ciclo e, no final do presente ano, iniciaremos uma nova fase com discussão interna de onde queremos posicionar e que projetos queremos desenvolver num horizonte 2030”.

HIPPOtrip
As experiências que o HIPPOtrip oferece são, de facto, três em um, como realça a sua coordenadora operacional, Alexandra Silvestre, pois trata-se de “um autocarro que se transforma em barco com muita animação a bordo durante o percurso, acrescentando que “o humor e boa disposição são sempre uma boa maneira de quebrar barreiras e passar mensagens” sobre a cidade de Lisboa. “De forma leve e simples”, disse.

Quando esta empresa de animação turística estava em velocidade de cruzeiro, “a pandemia obrigou a um exercício muito difícil de redução de pessoal e de custos”, explicou a responsável, para contar que “o recomeço embora não tivesse sido do zero, obrigou a um esforço bastante complexo, mas ao mesmo tempo trouxe novos procedimentos internos e formas de olhar o negócio que acabaram por beneficiar tanto o cliente como os funcionários”.

Chegados a maio de 2023, Alexandra Silvestre confessa que já se pode falar em recuperação, mas “ficou a fatura por pagar. O que levará o seu tempo”.

Quem procura mais esta empresa que anima diariamente a cidade de Lisboa nos seus percursos que percorrem as principais artérias da capital e depois desce com alguma adrenalina para as águas do Tejo, num passeio bem diferente? A responsável disse-nos que, “felizmente temos um tecido nacional muito curioso e fiel. Estamos perto dos 55% de estrangeiros, 45% de nacionais”.

O HIPPOtrip trabalha o ano inteiro, parando apenas no dia 25 de dezembro e 1 de janeiro, com viagens regulares às 10h, 12h, 14h e 16h (acrescentando as 18h durante o verão). Os adultos pagam 30 euros e as crianças e seniores 18 euros.  Trabalha com muitas agências de viagens e diferentes parceiros preferenciais. Atualmente, e para já, mantendo o foco em Lisboa, estão três anfíbios a circular e mais dois em fase de homologação.

Além disso a empresa disponibiliza, também na capital, o conceito “HippoSpeed”, passeios de lancha rápida, de margem a margem, em 50 minutos de pura adrenalina, que funciona de junho a outubro com saídas regulares da Estação Fluvial Sul e Sueste assim como das Docas, oferecendo também passeios personalizados mediante marcação.

JustCome
Toda a oferta da JustCome está disponível no site da empresa, que oferece cerca de 20 atividades diferentes, trabalhando em exclusividade no território das Montanhas Mágicas, com enfoque no Arouca Geopark.

O proprietário da empresa, Pedro Teixeira, explicou que “dividimos as nossas atividades em dois grupos – de touring cultural e paisagístico, seja a pé ou em jeep, e dentro desta área tentamos cobrir aquilo que são os principais locais de interesse neste território. Em todos estes tours criamos interesses em vários temas, desde história, biodiversidade, fenómenos geológicos, e juntamos a gastronomia local”.

A outra atividade é na área da aventura “em que ao longo do ano vão diferenciando. Somos referência no rafting no Rio Paiva, uma atividade que acontece só durante o inverno, e que é a nossa génese”, destacou Pedro Teixeira, acrescentando que, depois, “durante o verão a oferta aumenta, em termos de caminhada aquática e canyoning”.

Quem procura este operador turístico recetivo e agente de animação turística “é um pouco de tudo. Diria que 50% de nacionais e 50% de estrangeiros”, revelou o responsável, indicando que apesar de haver uma grande concorrência na região, lida com isso de forma pacífica, mas “o conceito da nossa empresa é muito específico porque vamos para além da animação turística, ou seja, agregamos serviços para além das nossas atividades, como alojamento, experiências gastronómicas, visitas a centros de interpretação ou a museus. Assim, tentamos sempre que os nossos clientes, consoante o seu perfil, escolham mais do que uma atividade. Neste conceito, somos diferenciadores, mas trabalhamos com várias empresas do ramo e vice-versa”.

A JustCome dá-se a conhecer de diversas formas, quer através da internet ou de parceiros, informando que as atividades que desenvolve foram desenhadas para serem operacionalizadas a partir de duas pessoas, depois podem ir às 50/60, tendo já tido grupos de mais de 100 pessoas, nas áreas do incentivo e do teambuilding.

Sobre os constrangimentos e desafios que se colocam a uma empresa deste género, Pedro Teixeira realçou que “na nossa atividade temos por vezes algumas necessidades de infraestruturas como balneários e facilidades de acesso por uma questão de segurança, porque trabalhamos ligados à natureza dispersa no território, o que não é a mesma coisa que num parque de aventura onde se constroem as infraestruturas para aquele determinado local”.

Outro desafio é a mão-de-obra que é muito específica. “A maior parte da nossa mão-de-obra somos nós que a formamos internamente e é um processo longo”, referiu o proprietário da empresa, que faz um balanço positivo do ano passado. Depois do Covid, e assim que “voltámos a poder trabalhar, a trajetória de crescimento tem acontecido e com aumento do público internacional, nomeadamente do centro da Europa, dos EUA e do Brasil, gente de todas as idades. O inverno foi interessante, uma época pouco baixa e muito associada ao rafting, porque foi um ano bom de caudais, e que a procura existiu. Portanto, vamos ter um ano positivo”.

Em termos de novidades, Pedro Teixeira destaca o lançamento, o ano passado, do river tubing, que consiste em descer o rio numa boia insuflável, própria para o efeito que dá a sensação de parque aquático, e que tem tido “uma adesão fantástica”.

 

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Atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais afetaram perto de 2M de passageiros no 1.º trimestre, diz AirHelp

A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior. 

A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior.

De acordo com um novo relatório da empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, “durante os primeiros três meses do ano, mais de seis milhões de passageiros apanharam um voo a partir de um aeroporto português”, tendo a grande maioria das ligações aéreas, cerca de 70%, sido efetuadas à hora prevista.

No entanto, cerca de dois milhões de pessoas sofreram alguma perturbação no seu voo e, “embora na maioria dos casos se tratasse de atrasos menores e não dessem origem a uma compensação financeira, perto de 114 mil pessoas encontram-se elegíveis para receber uma indemnização por um atraso superior a três horas, pelo cancelamento do seu voo ou pela perda de uma ligação causada pelo atraso de um voo anterior”.

A AirHelp diz que, comparando com o mesmo período do ano passado, “verifica-se uma redução do número de voos e de passageiros”, uma vez que, nos três primeiros meses de 2025, registaram-se cerca de 47 mil voos contra 48 mil em 2024, o que significa menos 2% de voos e menos 4% de passageiros.

Apesar deste declínio, a taxa de perturbações de voos aumentou cerca de 13% em comparação com o ano anterior”, acrescenta a AirHelp, que diz também que “os passageiros com direito a indemnização aumentaram consideravelmente (48%)”, passando de de 75 mil em 2024 para quase 113 mil em 2025, o que se deveu “a um aumento dos voos com atrasos superiores a três horas”.

Aeroporto de Lisboa regista maioria dos atrasos

O relatório da AirHelp mostra também que a TAP foi a companhia aérea a operar em Portugal que registou a maioria dos atrasos, uma vez que, dos mais de dois milhões de passageiros transportados pela companhia aérea nacional até março, 38% registou alguma agitação com mais de 41 mil destes passageiros a estarem elegíveis para uma compensação financeira.

De seguida, surge a Ryanair, que transportou mais de um milhão de passageiros no primeiro trimestre, dos quais, refere a AirHelp, “apenas 26% dos passageiros sofreu alguma perturbação no seu voo”, pelo que pouco mais de sete mil têm direito a compensação financeira.

No que diz respeito a aeroportos, o destaque volta a recair em Lisboa, que se manteve como o aeroporto que registou “mais perturbações nos seus voos”, com 40% dos voos a registar algum atraso ou a ser cancelado, o que resulta em 39,5% dos passageiros aéreos a verem alguma perturbação nos seus voos.

Já o Aeroporto de Faro teve 84,5% dos voos sem qualquer perturbação, enquanto o Aeroporto do Porto registou 80% dos voos sem perturbações, pelo que 80,2% dos passageiros desta infraestrutura registaram “um voo tranquilo”.

 

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Frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, indica estudo

Segundo um relatório da empresa de consultoria e gestão Oliver Wyman, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, o que constitui um desafio para o setor da aviação comercial em todo o mundo.

A frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, passando de um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década, apurou o relatório ‘Global Fleet And MRO Market Forecast 2025-2035’, da Oliver Wyman, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, 10 de abril.

“A aviação comercial na Europa Ocidental encontra-se numa fase de crescimento sustentado, com uma previsão de aumento de 27% na sua frota até 2035, o que representa um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década”, avança a empresa de consultoria e gestão, em comunicado.

Segundo este estudo, que analisa as tendências do setor e oferece uma perspectiva a 10 anos sobre a evolução da frota de transporte aéreo comercial e as suas implicações no mercado de manutenção, reparação e revisão (MRO), na próxima década, o total de aeronaves comerciais vai passar de 29.000 em 2025 para 38.300 em 2035, com um crescimento anual de 2,8%.

O relatório realça, no entanto, que as limitações na produção de novas aeronaves e os problemas na cadeia de fornecimento estão a resultar num “atraso recorde nas entregas, dificultando a capacidade do setor de satisfazer a crescente procura”.

“Esta situação agrava-se pela escassez de mão-de-obra, que obriga a prolongar os tempos de manutenção e reparação, especialmente em regiões como a Europa Ocidental e a América do Norte”, acrescenta a informação divulgada.

Segundo Carlos García Martín, sócio de Transporte e Serviços e especialista em Aviação da Oliver Wyman, “o envelhecimento da frota, a escassez de mão-de-obra qualificada e as limitações na cadeia de fornecimento, aliados a uma forte procura de transporte aéreo, estão a gerar grandes desafios no setor aeronáutico”, motivo pelo qual, para sustentar o seu crescimento a longo prazo, “a indústria terá de implementar estratégias inovadoras que promovam uma maior eficiência operacional”.

De facto, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, uma vez que, atualmente, a carteira de encomendas ultrapassa as 17.000 unidades, o valor mais alto registado, pelo que, com o ritmo atual de fabrico, “esses pedidos levarão 14 anos a ser entregues, o dobro do tempo que as companhias aéreas tinham de esperar antes de 2019”.

“Desde 2018, quando a indústria alcançou um recorde de mais de 1.800 aeronaves fabricadas, a produção caiu significativamente. Em 2024, foram entregues menos de 1.300 unidades novas, o que representa uma redução de 30% face a seis anos antes, apesar de o número de passageiros ter atingido os 4.800 milhões em 2024, com previsão de ultrapassar os 5.000 milhões em 2025. Além disso, os passageiros por quilómetro transportado (RPK) aumentaram quase 4% em comparação com os níveis máximos de 2019”, refere o relatório.

A falta de renovação da frota também tem estagnado as melhorias na eficiência de combustível, que em 2024 não registaram avanços, ao contrário dos aumentos anuais de 1,5% a 2% observados nos anos anteriores.

“Estima-se que, a nível mundial, a produção anual de aviões será inferior às entregas até 2030, o que deverá gerar um défice de 2.000 aeronaves. Além disso, a idade média das aeronaves em serviço aumentou de 12,5 anos em 2023 para 13,4 anos em 2024, e projeta-se que atinja os 24 anos em 2035. Estes atrasos não afetarão apenas a rentabilidade das companhias aéreas, mas também aumentarão os custos de manutenção, reparação e operações”, considera a Oliver Wyman.

Contudo, o envelhecimento da frota, os problemas de durabilidade em aviões e o surgimento de motores de nova geração, assim como a crescente procura de manutenção estão a beneficiar o setor de manutenção, reparação e revisão (MRO), que deverá atingir 119.700 milhões de dólares este ano, impulsionado pela necessidade de manter operativas aeronaves mais antigas.

“Até 2035, espera-se que o setor MRO cresça a uma taxa composta de 2,7%, alcançando os 156.800 milhões de dólares, um aumento de 31% em relação a 2025”, acrescenta o relatório da Oliver Wyman.

Na Europa Ocidental, estima o relatório, o mercado MRO crescerá significativamente, passando de 25.000 milhões de dólares em 2025 para 30.000 milhões em 2035, impulsionado principalmente pela procura de manutenção de motores, que aumentará de 12.600 milhões em 2025 para 14.000 milhões em 2035.

Apesar destes desafios, a aviação comercial continua a ser um pilar-chave da economia global, pelo que a “expansão da frota, o crescimento do mercado MRO e a adaptação das companhias aéreas aos novos desafios operacionais serão fundamentais para garantir a competitividade do setor nos próximos anos”.

“Neste contexto, enquanto os mercados emergentes continuam a sua expansão, as regiões mais maduras terão de se concentrar na modernização das suas frotas e na otimização da eficiência operacional para enfrentar as exigências de um mercado em transformação”, conclui a informação divulgada.

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Zâmbia acolheu 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas

O 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas, que terminou esta quinta-feira, na Zâmbia, delineou planos concretos para alcançar objetivos comuns, com foco na inovação, cooperação técnica, conectividade , investimentos em turismo e confiança do turista através da segurança.

De acordo com dados da ONU Turismo, ambas as regiões recuperaram dos impactos da pandemia: em 2024, a África recebeu 74 milhões de chegadas internacionais, mais 7% face a 2019 e mais 12% em comparação com o 2023, enquanto as Américas acolheram 213 milhões, o que equivale a 97% das chegadas pré-pandemia. O encontro da Zâmbia deixou claros os fortes vínculos entre as duas regiões, tanto em termos de visitantes entre as regiões e dentro delas, como em termos de mercados de origem e destinatários de investimentos.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que este encontro “é prova do compromisso duradouro da África e das Américas com a cooperação além das fronteiras e dos oceanos”, para avançar que “o nosso propósito é promover o crescimento inclusivo e garantir que o turismo continue a ser um motor de prosperidade partilhada. Acima de tudo, ao focar em formação e desenvolvimento de competências, estamos a dar às pessoas, especialmente aos jovens, os meios para ter sucesso no mundo competitivo de hoje.”

Aumentar e direcionar o investimento para o turismo é um dos pilares fundamentais da Declaração de Punta Cana. Na Zâmbia, a ONU Turismo partilhou as suas conquistas nessa área prioritária. Até o momento, foram publicadas 18 edições das “Diretrizes para Negócios no Turismo ” para investimentos para destinos na África e nas Américas, enquanto outras 10 estão em desenvolvimento.

As diretrizes destacam o enorme potencial de investimento em turismo dentro e entre as regiões. Entre 2019 e 2024, a África investiu cerca de 3,9 milhões de dólares em 36 projetos nas Américas, enquanto a América Latina e as Caraíbas investiram o mesmo valor em 34 projetos na África. Com o objetivo de elevar esses níveis, a ONU Turismo anunciou planos para organizar uma Conferência Bienal de Investimento em Turismo África-Américas. A conferência reunirá governos, instituições financeiras, atores do setor privado e parceiros de desenvolvimento com o objetivo de impulsionar os fluxos de investimento intercontinentais e direcionar o investimento através de prioridades partilhadas.

Com mais de 50% da força de trabalho do turismo com menos de 25 anos, o setor oferece vastas oportunidades para os jovens, especialmente na África – o continente mais jovem do mundo – e nas Américas. Para colocar em prática os objetivos educacionais da Declaração de Punta Cana, a ONU Turismo está a promover ações de formação em ambas as regiões, pretendendo alcançar cerca de 2.000 beneficiários em África e nas Américas através dos seus novos cursos via WhatsApp para desenvolvimento profissional.

Em sintonia com a educação, a Declaração de Punta Cana coloca a inovação no centro da cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento do turismo. Em Livingstone, a ONU Turismo anunciou o lançamento de uma primeira Competição de Startups para as regiões. O desafio “Pontes de Inovação” procurará empresas prontas para enfrentar desafios nas áreas de sustentabilidade, inclusão e transformação digital, com foco nas comunidades locais.

O investimento também será o principal objetivo do primeiro Escritório Temático de Turismo da ONU em Marrocos. O escritório pretende ser um centro de inovação, com programas de aceleração para startups regionais, pesquisa e desenvolvimento, e para celebrar novos talentos através de Aventuras Tecnológicas no Turismo.

No que diz respeito à conetividade e segurança turística, refira-se que a 2ª Conferência Ministerial sobre Turismo e Transporte Aéreo em África, que terá lugar realizada em Angola em julho, terá como foco IA e inovação para conectividade, e na Zâmbia, o encontro destacou o progresso da ONU Turismo na elevação dos padrões de segurança para turistas, aumentando assim a confiança em viagens para ambas as regiões.

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Aviação

TAP distinguida pela experiência dos passageiros na Europa

A distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

A TAP recebeu esta quarta-feira, 9 de abril, o prémio das revistas PAX International e PAX Tech de Best Overall Passenger Experience na Europa, distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e que foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

“Anualmente, a PAX convida os seus leitores e o setor da aviação a participar nos PAX Readership Awards, que pretendem distinguir as realizações das companhias aéreas em áreas como o serviço de catering, a inovação na área do entretenimento a bordo, a conectividade, a oferta em termos de lugares e tem em conta a experiência do passageiro no setor”, explica a TAP, em comunicado.

Segundo Jane Hobson, diretora das revistas PAX, estes prémios “são mais do que um simples reconhecimento; são um reflexo da forma como a indústria continua a evoluir e a exceder as expectativas dos passageiros”.

Já Robynne Trueman, editor da área de Business das revistas, acrescenta que “o que torna estes prémios tão especiais é o facto de serem orientados pelas pessoas que experimentam estas inovações em primeira mão”, ou seja, os leitores das revistas PAX International e PAX Tech.

Recorde-se que, em 2024, a TAP Air Portugal recebeu o prémio da PAX International na categoria de Best Cabin Interior Passenger Experience e, na categoria Outstanding Food Service by a Carrier, nas edições de 2019, 2020, 2022 e 2023.

As revistas PAX, do grupo Paramount Publishing Inc., dedicam-se ao setor da aviação e são publicadas cinco vezes por ano.

 

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Meeting Industry

Mais de 60 países e regiões presentes na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau abre 25 de Abril com a presença de empresários de mais de 60 países e regiões para exploração conjunta de oportunidades de negócios, avança a Direção dos Serviços de Turismo do território (DST).

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau terá lugar de 25 a 27 de abril, nos Pavilhões A, B, C e D da Cotai Expo, do The Venetian Macao. Sob o slogan “Explore a MITE, Experimente o Mundo”, o evento apresenta seis novos destaques, e reunirá a participação de um maior número de operadores turísticos e sectores relacionados nacionais e estrangeiros, de acordo com nota publicada na página oficial do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.

Até agora, o certame já atraiu a participação de aproximadamente 600 expositores provenientes de mais de 60 países e regiões, e de cerca de 500 compradores profissionais provenientes da Grande China e do exterior, tendo o número de stands internacionais aumentado em perto de 50%. Esta edição evidencia uma vez mais que a Expo de Turismo tem vindo a desempenhar, de forma eficaz, o seu papel de plataforma de oportunidades de negócios de turismo internacional, a destacar o seu efeito enquanto evento de marca, a promover o intercâmbio e a cooperação de turismo regional e internacional, e a contribuir para a construção de Macau como uma plataforma de alto nível de abertura ao exterior.

Com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China (RPC), do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM e do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, a 13.ª Expo de Turismo (Macao International Travel (Industry) Expo – MITE) conta a organização da Direção dos Serviços de Turismo (DST), e a coordenação da Associação das Agências de Viagens de Macau.

Em conferência de imprensa, que contou com a presença da diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, dos subdiretores da DST, Cheng Wai Tong e Ricky Hoi, e do presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau, Alex Lao, foram divulgados os pormenores do evento.

Na sua intervenção, a diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, referiu que a Expo de Turismo continua a elevar a qualidade e a inovação, a aumentar a eficácia, a atrair mais operadores turísticos nacionais e estrangeiros, e a impulsionar as oportunidades de cooperação intersectorial “turismo +”. Indicando que, até à data, existem mais de 300 stands internacionais, o que representa um aumento significativo de 50% em relação ao ano passado, e que compradores nacionais e estrangeiros também participam ativamente na expo, assinalou que tal demonstra o papel eficaz da Expo de Turismo como plataforma de oportunidades de negócios para o turismo internacional, beneficiando a expansão empresarial, promovendo o intercâmbio e a cooperação turística regional e internacional, e contribuindo para a construção de Macau como uma plataforma de abertura ao exterior de alto nível.

A DST volta a organizar este ano a participação de compradores convidados em visitas de familiarização em Macau e na Ilha de Hengqin. Durante as visitas, serão organizados passeios a diferentes bairros comunitários de Macau para experienciar os elementos de “turismo +”, incluindo dispositivos para tirar fotografias de grande escala de propriedade intelectual a nível internacional instalados na Zona Norte. Por outro lado, mais de uma centena de representantes de associações de agências de viagem locais e estrangeiras foram convidados a participar na Bolsa de Contactos para Operadores Turísticos, para contactos com operadores turísticos de Macau e exploração de oportunidades de negócio, e participação ainda em visitas de familiarização.

A 13.ª Expo de Turismo, que ocupa uma área de 30 mil metros quadrados, trará novas informações e produtos turísticos de Macau e do resto do mundo, incluindo ofertas especiais durante o período do evento, lançadas por vários expositores, e mais de 70 apresentações temáticas de turismo e fóruns, entre outros.

 

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Enoturismo

Unidades turísticas do Pacheca Group renovam certificação Biosphere para 2025

A Quinta da Pacheca, o Hotel Folgosa Douro, o Olive Nature Hotel & Spa e o Caminhos Cruzados, acabam de ser reconhecidos pelo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, com a renovação dos certificados Biosphere para 2025.

O compromisso do Pacheca Group com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, no âmbito da Agenda 2030, foi reconhecido com a renovação dos certificados ‘Biosphere’ das quatro unidades turísticas do grupo empresarial para 2025: Quinta da Pacheca, Hotel Folgosa Douro, Olive Nature Hotel & Spa e Caminhos Cruzados.

As unidades no Douro (Quinta da Pacheca e Hotel Folgosa Douro) e de Trás-os-Montes (Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos) obtiveram a primeira certificação em 2024, enquanto o produtor do Dão (Caminhos Cruzados) é certificado pela entidade internacional desde 2023.

A certificação da ‘Biosphere’, sistema desenvolvido pelo Instituto de Turismo Responsável (RTI), é concedida a destinos e empresas que garantam um equilíbrio adequado, a longo prazo, entre os aspetos económicos, socioculturais e ambientais.

A Quinta da Pacheca é elogiada pela “oferta gastronómica, preparada seguindo protocolos de segurança sanitária”, a criação de “emprego de qualidade, promovendo a contratação e a formação de profissionais locais” e o incentivo ao “uso responsável da água”, enquanto o Hotel Folgosa Douro promove “sistemas de gestão mais responsáveis e participativos”, fornece “informações sobre os recursos naturais do território” e incentiva o “planeamento, projeto e construção de infraestruturas sustentáveis”.

Por sua vez, a ‘Biosphere’ destaca a “notável contribuição” do Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos, em Trás-os-Montes, nos parâmetros de “água limpa e saneamento”, “energia acessível e não poluente” e “inovação e infraestrutura industrial”. A unidade hoteleira de Valpaços é ainda reconhecida por fornecer “informações sobre os recursos naturais do território” e por promover “a conservação do património cultural e natural local” e a “adoção de estilos de vida e hábitos mais saudáveis”.

A Caminhos Cruzados, por fim, vê a certificação renovada por participar, entre outros, no “desenvolvimento de projetos educacionais de outras entidades”, dar a conhecer “os compromissos, boas práticas e esforços sustentáveis” e tomar medidas “para evitar o desperdício de alimentos”.

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Enoturismo

Quinta do Quetzal tem nova diretora de Enoturismo

Joana Lança é a nova diretora de Enoturismo da Quinta do Quetzal, responsável por desenvolver e implementar estratégias inovadoras que visem aprimorar a experiência dos visitantes e promover a riqueza dos vinhos da herdade, além de coordenar visitas guiadas, degustações e eventos especiais.

A nova diretora de Enoturismo da Quinta do Quetzal, na Vidigueira, coração do Alentejo, é técnica superior de turismo pelo Instituto Politécnico de Beja, estagiou em Londres, em Roma e em Portugal passando pelo S. Lourenço do Barrocal, pelo departamento de reservas do Troia Resort e por fim pelo Convento do Espinheiro em Évora. Posteriormente passou para a Herdade dos Grous de onde transitou para este novo desafio.

Nas novas funções, trabalhará em estreita colaboração com o chefe João Mourato, o Sommelier João Santos e toda a sua equipa, para criar programas que destacam a singularidade dos vinhos produzidos na Quinta do Quetzal, assim como a beleza da região.

Joana Lança será responsável por desenvolver e implementar estratégias inovadoras que visem aprimorar a experiência dos visitantes e promover a riqueza dos vinhos da herdade, além de coordenar visitas guiadas, degustações e eventos especiais.

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Análise

Viagens e turismo criarão 4,5 milhões de novos empregos na UE até 2035

A pesquisa de Impacto Económico elaborado pelo WTTC estima que, até 2035, as viagens e turismo deverão gerar mais 4,5 milhões de empregos, para atingir mais de 30 milhões, o que reforça o papel do setor na União Europeia. Isto quer dizer que um em cada sete empregos será neste setor, tornando-a numa das indústrias estrategicamente mais importantes dentro da UE.

As previsões do WTTC mostram que a contribuição de viagens e turismo para o PIB aumentará para quase 2,3 biliões de euros, com sua participação económica subindo para pouco menos de 11%, no mesmo período. O setor continuará a superar o crescimento económico mais amplo, com um CAGR de 10 anos de 1,8%, em comparação com 1,3% para a economia da UE em geral, enquanto o setor contribuirá com mais de 900 mil milhões de euros anualmente para os governos da UE através de receitas fiscais.

Por outro lado, o WTTC estima que, na União Europeia, os gastos dos visitantes internacionais cheguem a 730 mil milhões de euros nos próximos 10 anos, enquanto os gastos dos visitantes nacionais devem ultrapassar 1,2 biliões de euros.

Com os olhos postos apenas neste ano, o organismo estima que o setor de viagens e turismo em toda a UE contribua com quase 1,9 biliões de euros para o PIB da região, representando 10,5% da economia da UE. Espera-se que o emprego atinja quase 26 milhões, representando 12% de todos os empregos da União Europeia, o que classifica como um sinal claro do crescente impacto do setor.

As previsões do WTTC é que os gastos dos visitantes internacionais atinjam 573 mil milhões de euros este ano, crescendo mais de 11% em relação a 2024, enquanto os gastos domésticos devem aumentar, atingindo 1,1 biliões, uma subida de 1,6% face ao ano anterior.

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Destinos

Barómetro do Turismo do IPDT antecipa uma Páscoa positiva

Além das expectativas para o período da Páscoa, a 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Turismo e Consultoria procurou também saber o impacto que os especialistas do setor esperam que as próximas eleições autárquicas tenham no turismo, assim como a importância do segmento MICE.

A 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Turismo e Consultoria traz expectativas positivas para o próximo período festivo da Páscoa, com a maioria dos inquiridos a anteciparem um aumento nas receitas do turismo do mercado interno, assim como do mercado externo.

“Relativamente aos indicadores analisados, verifica-se uma perspectiva de evolução positiva na rentabilidade dos negócios do turismo durante o período da Páscoa de 2025. Cerca de 56% dos membros do Barómetro do Turismo antecipam um aumento nas receitas do turismo do mercado interno, apontando para um desempenho superior face ao período homólogo de 2024”, lê-se na informação divulgada pelo IPDT.

Os membros do Barómetro do Turismo antecipam também que “o número de dormidas e de hóspedes no mercado interno apresentará um comportamento semelhante ao verificado na Páscoa de 2024”, com 61% dos inquiridos a defenderem que “estes indicadores deverão manter-se estáveis”.

O Barómetro do Turismo do IPDT apurou ainda que também em relação ao mercado externo as expectativas estão em alta, uma vez que “as previsões para o mercado externo revelam-se mais positivas do que as apresentadas para o mercado interno”.

“Cerca de 66% dos membros do Barómetro do Turismo antecipam um crescimento das receitas do turismo durante o período da Páscoa de 2025 face ao período homólogo de 2024”, acrescenta a informação divulgada.

Os resultados do Barómetro do Turismo mostram também que o “indicador número de dormidas verifica uma tendência de crescimento no mercado de externo, com cerca de 49% dos membros do painel a considerarem que este irá melhorar face ao ano transato”.

O inquérito que serve de base à 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT decorreu entre 19 a 27 de fevereiro de 2025, reunindo 46 respostas válidas.

Além das expectativas para a Páscoa, o estudo mostra também que, em fevereiro de 2025, o nível de confiança no setor turístico registou 85,2 pontos, naquele que é “o valor mais elevado da série histórica”, com um crescimento de 2,3 pontos face à última edição.

“Este valor indica que apesar dos fatores exógenos, como a instabilidade política global e os cenários de guerra, os membros do painel apresentam-se confiantes face ao crescimento positivo do turismo”, lê-se na informação divulgada.

O estudo procurou ainda avaliar o impacto que os membros do Barómetro do Turismo esperam que as eleições autárquicas, que vão decorrer no último semestre do ano, venham a ter no setor, apurando que 78% dos especialistas não preveem que as eleições autárquicas 2025 representem impacto para o turismo, ainda que “33% consideram que a colaboração entre as autarquias e os empresários é baixa, apontando para a necessidade de maior coordenação”.

Outro dos temas em destaque foi o MICE, com a pesquisa do IPDT a indicar que a “captação de grandes eventos é essencial para o crescimento do setor MICE em Portugal”.

“Os membros do Barómetro do Turismo destacam a segurança e a estabilidade política (23%) e a relação custo-benefício (19%) como os principais atrativos de Portugal para o turismo de negócios. Para impulsionar o setor MICE, 65% dos especialistas indicam a captação de grandes eventos e 63% o investimento em infraestruturas especializadas”, refere ainda o IPDT.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Destinos

Turismo do Algarve e do Alentejo lançam campanha que reforça posicionamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

A nova campanha insere-se no Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, lançado pelo Turismo do Algarve e pela ERT do Alentejo para “regenerar, valorizar e promover os territórios de Aljezur, Monchique e Odemira”, que foram “severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023”.

O Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo lançaram o Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, iniciativa que visa “regenerar, valorizar e promover os territórios de Aljezur, Monchique e Odemira”, que foram “severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023”, no âmbito do qual se destaca a campanha “Ao Natural é melhor!” para reforçar o posicionamento destes territórios como destinos autênticos e sustentáveis.

“Financiado pelo Turismo de Portugal no âmbito da Linha + Interior Turismo – Aviso “Regenerar Territórios”, o programa estende-se até agosto de 2026 e representa uma aposta firme na coesão territorial, na sustentabilidade e na valorização da identidade local”, lê-se num comunicado conjunto do Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo.

A nova campanha de branding, que “posiciona o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina como um refúgio de autenticidade, onde a natureza dita o ritmo, e onde o essencial volta a ter protagonismo”, assenta num conjunto de mensagens que “convidam os visitantes a abrandar e reconectar-se com os valores mais simples e puros da vida”.

“Troca as notificações por sensações”, “Faz refresh com os dedos dos pés. Na relva e no mar” ou “Ver casas caiadas de branco, é natural” são as mensagens desta campanha que, segundo a informação divulgada, apresenta um “tom poético e provocador, promovendo uma nova forma de estar no território — descomplicada, presente e consciente”.

Este programa tem também associadas várias iniciativas, a exemplo da já executada reposição da ponte de madeira sobre a Ribeira de Seixe, que é vista como um “símbolo da união entre o Algarve e o Alentejo e que havia sido destruída pelos incêndios”.

“Esta intervenção é parte de um conjunto mais vasto de medidas de qualificação da oferta turística, que inclui também a recuperação de trilhos pedestres e cicláveis da Rota Vicentina, permitindo devolver aos residentes e visitantes o acesso seguro e sustentável à paisagem protegida”, acrescenta o mesmo comunicado.

O plano contempla igualmente a definição e implementação da imagem da campanha, a produção de conteúdos multimédia e materiais de suporte à promoção, bem como um vasto conjunto de ações de comunicação e relações públicas nos mercados nacional e espanhol.

“Entre estas ações destaca-se o evento promocional que terá lugar no Consulado de Portugal em Sevilha e um evento de animação dedicado ao turismo de natureza, a realizar-se em simultâneo nos dois territórios, no último trimestre de 2025. A promoção será reforçada através da participação em feiras internacionais, visitas de familiarização com operadores e jornalistas, e ações de comunicação dirigidas a diferentes públicos e plataformas, em Portugal e na Andaluzia”, referem as duas entidades.

Este programa, refere ainda o comunicado, “traduz uma resposta ambiciosa e estratégica à necessidade de regenerar o território, reposicionando-o como um destino de experiências genuínas, ancorado na natureza, na cultura local e na hospitalidade das suas gentes”, uma vez que, “mais do que um simples destino turístico, o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina apresenta-se como um lugar onde é possível viver devagar, saborear o tempo e recuperar a ligação com o mundo natural”.

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