Edição digital
Assine já
PUB
Destinos

Portugal tem vasta oferta e aposta na autenticidade no Turismo Rural e Experiências

Com as mudanças no modelo de consumo ocorridas a partir da globalização, quando o consumidor passou a ter acesso a qualquer produto de qualquer lugar, a sua necessidade se voltou para a satisfação de novidades que estimulem seus sentidos e sentimentos. Hoje produtos e serviços precisam de despertar emoções únicas e fazer sentido. É aqui que surge um turismo baseado na experiência, que proporciona momentos de prazer que permanecerão na memória, fazendo com que o cliente desenvolva uma ligação emocional com o serviço, com o destino e permita que quem o proporciona se diferencie da concorrência aos olhos do consumidor.

Carolina Morgado
Destinos

Portugal tem vasta oferta e aposta na autenticidade no Turismo Rural e Experiências

Com as mudanças no modelo de consumo ocorridas a partir da globalização, quando o consumidor passou a ter acesso a qualquer produto de qualquer lugar, a sua necessidade se voltou para a satisfação de novidades que estimulem seus sentidos e sentimentos. Hoje produtos e serviços precisam de despertar emoções únicas e fazer sentido. É aqui que surge um turismo baseado na experiência, que proporciona momentos de prazer que permanecerão na memória, fazendo com que o cliente desenvolva uma ligação emocional com o serviço, com o destino e permita que quem o proporciona se diferencie da concorrência aos olhos do consumidor.

Sobre o autor
Carolina Morgado
Artigos relacionados
Albufeira promove sessões de esclarecimento sobre aplicação da taxa turística
Destinos
Guimarães volta a concorrer a Capital Verde Europeia 2026
Destinos
Guimarães
Enoturismo do Alentejo cresce 27% em 2023
Destinos
Legacy Hotel Cascais abre oficialmente portas no antigo Cidadela Cascais
Hotelaria
Academia GEA faz balanço positivo de primeiro ano de formação
Emprego e Formação
Azores Airlines com prejuízo de 25,6M€ no 1.º trimestre de 2024
Aviação
SAS assina acordo de adesão à SkyTeam
Aviação
TAAG e AFI KLM E&M em parceria para suporte e reparação de B777
Aviação
Living Tours volta a pagar 15.º mês de salário aos colaboradores
Destinos
Airbus Atlantic Portugal recruta mais 50 colaboradores
Aviação

Com a globalização e os avanços tecnológicos, ficou fácil ter acesso a informações de qualquer natureza. É possível visitar os destinos antes mesmo de chegar. Todos os serviços podem ser vistos e avaliados antes de serem usados, uma vez que as escolhas são totalmente influenciadas pelas opiniões de outros turistas que já os utilizaram. Neste cenário, é fundamental se diferenciar através de ofertas de vivências exclusivas e memoráveis.

Esta mudança no comportamento do consumidor deu origem à economia da experiência, quando o serviço deixa de ser apenas a prestação de um serviço comum como uma refeição ou um passeio turístico para ser a oferta de uma experiência memorável que gera emoção.

No litoral ou no interior, nos centros urbanos ou nos territórios de baixa densidade, com mais ou menos adrenalina, esta forma de o turismo se diferenciar pelo envolvimento do cliente a partir de experiências significativas, permite não só atraí-lo como fidelizá-lo.

A Organização Mundial do Turismo (OMT) destacou, numa das suas análises que o turista de hoje deseja “viajar para destinos onde mais do que visitar e contemplar fosse possível também sentir, viver, emocionar-se e ser personagem de sua própria viagem”.

Este conselho visa orientar os empreendedores da cadeia produtiva do turismo a adaptarem-se a essa tendência mundial, pensarem nas suas práticas e identificarem como incrementar os seus negócios, transformando os seus serviços em experiências memoráveis para o cliente.

Assim, o turismo de experiência é um nicho de mercado que apresenta uma nova forma de fazer turismo, onde existe interação real com o espaço visitado. Esta prática turística está relacionada com as aspirações do homem moderno, cada vez mais conectado e em busca de experiências que façam sentido. É uma maneira de atingir o consumidor de forma mais emocional.

A ideia é estimular vivências e o engajamento em comunidades locais que geram aprendizados significativos e memoráveis, por colocar o foco na riqueza de emoções, proporcionadas que pelo lado mais genuíno das coisas, lugares e povos. Não se trata apenas de seguir o mapa, mas encontrar tesouros.

“Experiências by…”Centro
O “Experiências by…” é um projeto que foi apresentado pela Turismo Centro de Portugal há cerca de dois anos, mais concretamente em julho de 2021. Trata-se de um projeto editorial, em que seis figuras reconhecidas dos portugueses assumem o papel de curadores em várias áreas. Dessa forma, dão a conhecer percursos, viagens, memórias e recordações pelo território do Centro de Portugal.

“É um projeto de sedução, que pretende seduzir os portugueses através dos olhos dos curadores, mas é também um projeto de posicionamento e divulgação daquilo que é o Centro de Portugal”, destacou Pedro Machado, presidente da TCP, para esclarecer que o conceito surgiu no seguimento do trabalho desenvolvido pela entidade turística regional, “de afirmação desta região como destino de primeira escolha para os portugueses e de referência para os turistas internacionais”.

O “Experiências by…” consiste em sugestões de experiências, percursos, viagens, memórias e recordações. São roteiros únicos, construídos por cada um dos curadores, por segredos e encantos da região Centro de Portugal.

O conceito, de acordo com Pedro Machado, foi construído em redor de seis eixos agregadores: Gastronomia e Vinhos; Turismo Espiritual; Lifestyle e Inspiracional; Cultura; Natureza e Bem-Estar; e Turismo Desportivo e Ativo.

Neste caso, a Turismo do Centro desafios os seis curadores, todos com ligação à região, a escolherem os locais que consideram mais marcantes, em cada uma das áreas. São escolhas pessoais, que refletem a sensibilidade dos respetivos curadores, e que se afastam assim dos tradicionais roteiros normalizados.

Com as sugestões dos curadores foram criados vários instrumentos de comunicação: seis roteiros temáticos e seis vídeos.

Os roteiros e vídeos que resultaram deste processo foram disponibilizados gratuitamente nas várias plataformas da Turismo Centro de Portugal, através do site da entidade, das suas redes sociais, do seu podcast “Aqui Entre Nós”, mas também com brochuras individuais para publicação online e impressa.

O responsável regional explicou que os curadores foram escolhidos “por terem origem ou conexões familiares e/ou sentimentais à região Centro de Portugal – e também por serem especializados em cada um dos vários produtos turísticos”.

No que diz respeito à Gastronomia o curador escolhido foi o Chef Diogo Rocha, detentor da única Estrela Michelin da região, atribuída ao restaurante Mesa de Lemos. No projeto “Experiências By…”, Diogo Rocha focou-se nas tradições gastronómicas e produtos-chave das oito sub-regiões do Centro de Portugal, propondo um percurso relacionado com produtos certificados, receituário tradicional, mercados municipais, locais de comércio tradicional local, eventos associados à temática e restaurantes de referência.

Na apresentação do projeto, Diogo Rocha explicou que tentou “selecionar comidas e vinhos que sejam representativos da região Centro”, embora sabendo que “esta é uma região que tem muita coisa, especialmente no que toca à mesa”. “Com o roteiro que proponho, quero provocar em que nos visita a vontade de conhecer. Estou muito entusiasmado com a oportunidade de apresentar um projeto que orgulhe a região”, disse.

No âmbito da participação de Diogo Rocha, foi também publicado o livro “Uma Viagem-Romance pela Gastronomia e Vinhos do Centro de Portugal” e foi produzido um documentário com o mesmo título.

Como o título do livro e do documentário indica, o chef Diogo Rocha presenteia-nos com um percurso pelo melhor que a região Centro de Portugal tem para oferecer a nível da gastronomia e dos vinhos.

Na temática do Turismo Espiritual o curador escolhido foi o escritor Afonso Cruz, que propõe um percurso relacionado com percursos de peregrinação, lugares de culto e lugares que convocam à espiritualidade, enquanto para o Turismo Lifestyle e Inspiracional a curadora é a modelo e apresentadora Iva Lamarão, que convida para um percurso relacionado com as tendências da vida contemporânea.

“É um privilégio integrar este projeto, porque a região Centro diz-me muito. Fiquei muito feliz por poder dar o meu contributo para um roteiro que entusiasme as pessoas a visitar a região e a conhecer alguns cantinhos que me são queridos. É um roteiro agradável e que espero que desperte a curiosidade para que quem não conhece vir descobrir esta zona tão bonita do país”, sublinhou Iva Lamarão.

No que se refere ao Turismo Cultural a cantora e compositora Rita Redshoes foi a curadora escolhida e apresenta um percurso relacionado com a oferta cultural da região.

“As minhas sugestões são pontos estratégicos, com os quais tenho uma ligação emocional e cultural, pois contribuíram para a munha carreira artística. Penso que vão aguçar a curiosidade das pessoas em visitarem um território tão bonito como este”, disse Rita Redshoes na apresentação.

O quinto tema tem a ver com Turismo de Natureza e Bem-Estar da responsabilidade de Pedro Pedrosa, empresário especializado em desporto de natureza. Como curador, sugere um percurso relacionado com o património natural com condições de visitação, paisagens e lugares que convocam à contemplação, a prática de trilhos e percursos.

“É difícil fazer escolhas, uma vez que o Centro de Portugal tem tudo numa só região. Somos privilegiados, porque em duas horas vamos do mar até ao ponto mais alto de Portugal continental e temos uma diversidade de paisagens e uma autenticidade das pessoas que já é rara. Vale mesmo a pena pegar numa bicicleta ou numas botas, deixar o carro e deixar-se levar pela natureza no Centro de Portugal e é isso que proponho no roteiro”, explicou Pedro Pedrosa.

Finalmente, Turismo Desportivo e Ativo, Teresa Almeida, ex-campeã mundial de bodyboard, é a curadora deste produto e desafia para um percurso relacionado com o património natural, associado à oferta de atividades desportivas.

“Este projeto permite dar sugestões especializadas aos potenciais visitantes da região, permitindo assim promover especificamente determinados produtos turísticos e potenciando a circulação das pessoas pelo território do Centro de Portugal”, apontou Pedro Machado, reforçando que, como, em muitos casos, são sugestões menos óbvias, “o projeto cumpre a função de promover destinos menos conhecidos, mas que reúnem potencial de atratividade turística”. Por outro lado, por não se cingir a apenas uma temática, o projeto “Experiências By…” comprova que “a diversidade de oferta é um dos grandes trunfos do Centro de Portugal. Esta região tem muito para oferecer na Gastronomia, no Turismo Espiritual, no Lifestyle e Inspiracional, na Cultura, na Natureza e Bem-Estar e no Turismo Desportivo e Ativo”, reconheceu.

Este produto tem como público-alvo “todos aqueles que querem conhecer e visitar a região Centro de Portugal, a maior e mais diversificada região turística nacional. Mais concretamente, o projeto é direcionado para o mercado nacional”, defendeu.

Picos de Aventura
Tiago Botelho, coordenador comercial da Picos de Aventura revelou-nos que o ano passado começou de forma positiva, mas sempre com um pouco de incerteza, uma vez que ainda estávamos em contexto de pandemia. No entanto, com a chegada da primavera e com o abrandamento das medidas relacionadas com a Covid-19, “começamos a notar um aumento da procura dos nossos serviços e das viagens. Podemos dizer que, a partir desse momento, foi o nosso melhor ano de sempre, em termos de resultados da empresa”.

Para este ano de 2023, “já estamos a ter indícios de que será igualmente positivo a nível de procura e de resultados. Toda a tendência de procura indica esse caminho e estamos confiantes”, disse.

2022 foi um ano muito especial na história da Picos de Aventura, por coincidir com o seu vigésimo aniversário. Tiago Botelho faz um balanço deste percurso de 20 anos, que considera “bastante positivo”. No contexto do arquipélago Açores, “são poucas as empresas de animação turística que alcançaram esta longevidade e tem o legado da Picos de Aventura”, refere, para destacar que “desde o nosso início e até ao presente, passamos várias fases e por vários desafios, os quais tentamos sempre superar e fazer mais e melhor”.

O responsável aponta que “a Picos de Aventura é mais que uma empresa de animação turística, é um motor de partilha e atuação local, seja pelas nossas parcerias com as entidades ligadas a nossa atividade, à sustentabilidade e preservação das espécies, à comunidade local, através dos nossos programas cientifico-pedagógicos. Acima de tudo, sentimos que, atualmente, a Picos de Aventura é uma referência no mercado do turismo dos Açores”.

A Picos de Aventura encontra-se a operar em duas ilhas dos Açores, São Miguel e Terceira, oferecendo várias atividades, de mar e de terra, para todos os gostos e idades. As atividades que têm mais procura, segundo o seu coordenador comercial, são o whale watching, a natação com golfinhos, o canyoning, os passeios guiados em carrinha e os trilhos. “As pessoas que nos procuram são, essencialmente, aquelas que desejam conhecer as nossas ilhas de forma mais ativa, e sim, fazer atividades à medida, sendo que somos especialistas em grupos e incentivos”, revelou.

Acrescentou que oferecem um vasto leque de atividades que se desenrolam durante todo o ano. No entanto, a sazonalidade é inerente ao destino e à própria atividade turística. “Durante a época mais baixa, procuramos ter sempre alternativas e soluções que vão ao encontro das necessidades dos nossos clientes”.

Face à grande concorrência que existe nos Açores para este tipo de atividades, Tiago Botelho realça que “estamos atentos, mas não é o nosso foco. O nosso foco é o nosso cliente e a experiência que este tem com a Picos de Aventura e com os Açores, que queremos que seja memorável e única. Estamos empenhados em fazer o nosso trabalho dentro dos padrões de excelência que a Picos de Aventura definiu para si própria e que vão muito além do que é a norma nos Açores. A Picos de Aventura diferencia-se pela qualidade do serviço prestado ao cliente e o conhecimento e profissionalismo da nossa equipa”.

Este ano de 2023 a perspetiva é continuar a rota de crescimento, que passa também pela “aposta na melhoria continua dos nossos canais de venda para que possamos sempre criar mais valor aos nossos clientes”.

Em termos de novos projetos, o coordenador comercial da Picos de Aventura avançou que “estamos a finalizar um projeto de investimento que visa a renovação de frota de barcos e equipamentos de canyoning, duas atividades do nosso portefólio com grande procura em mar e terra, respetivamente. Investiremos também em novos equipamentos de paddle e bicicletas, bem como um barco de apoio para reforçar o nosso centro de atividades das Furnas e dotar as operações de equipamentos mais modernos, mas também de maior segurança”.

A empresa vai investir na primeira carrinha elétrica “para assim iniciarmos um processo de teste da operacionalidade e transformação de frota. Simultaneamente, iremos reforçar a aposta na imagem da empresa, com novo fardamento e equipamentos de captação fotográfica e de vídeo, que melhor retratem o serviço que prestamos. Adicionalmente, apostamos em hidrofones para melhorar a experiência do cliente durante as atividades de whale watching”.

Em conjunto, todos estes projetos de investimento permitirão, conforme disse o responsável, que “terminaremos 2023 com fortes melhorias a nível de qualidade e serviço de excelência pelo qual somos reconhecidos. Estamos a encerrar um ciclo e, no final do presente ano, iniciaremos uma nova fase com discussão interna de onde queremos posicionar e que projetos queremos desenvolver num horizonte 2030”.

HIPPOtrip
As experiências que o HIPPOtrip oferece são, de facto, três em um, como realça a sua coordenadora operacional, Alexandra Silvestre, pois trata-se de “um autocarro que se transforma em barco com muita animação a bordo durante o percurso, acrescentando que “o humor e boa disposição são sempre uma boa maneira de quebrar barreiras e passar mensagens” sobre a cidade de Lisboa. “De forma leve e simples”, disse.

Quando esta empresa de animação turística estava em velocidade de cruzeiro, “a pandemia obrigou a um exercício muito difícil de redução de pessoal e de custos”, explicou a responsável, para contar que “o recomeço embora não tivesse sido do zero, obrigou a um esforço bastante complexo, mas ao mesmo tempo trouxe novos procedimentos internos e formas de olhar o negócio que acabaram por beneficiar tanto o cliente como os funcionários”.

Chegados a maio de 2023, Alexandra Silvestre confessa que já se pode falar em recuperação, mas “ficou a fatura por pagar. O que levará o seu tempo”.

Quem procura mais esta empresa que anima diariamente a cidade de Lisboa nos seus percursos que percorrem as principais artérias da capital e depois desce com alguma adrenalina para as águas do Tejo, num passeio bem diferente? A responsável disse-nos que, “felizmente temos um tecido nacional muito curioso e fiel. Estamos perto dos 55% de estrangeiros, 45% de nacionais”.

O HIPPOtrip trabalha o ano inteiro, parando apenas no dia 25 de dezembro e 1 de janeiro, com viagens regulares às 10h, 12h, 14h e 16h (acrescentando as 18h durante o verão). Os adultos pagam 30 euros e as crianças e seniores 18 euros.  Trabalha com muitas agências de viagens e diferentes parceiros preferenciais. Atualmente, e para já, mantendo o foco em Lisboa, estão três anfíbios a circular e mais dois em fase de homologação.

Além disso a empresa disponibiliza, também na capital, o conceito “HippoSpeed”, passeios de lancha rápida, de margem a margem, em 50 minutos de pura adrenalina, que funciona de junho a outubro com saídas regulares da Estação Fluvial Sul e Sueste assim como das Docas, oferecendo também passeios personalizados mediante marcação.

JustCome
Toda a oferta da JustCome está disponível no site da empresa, que oferece cerca de 20 atividades diferentes, trabalhando em exclusividade no território das Montanhas Mágicas, com enfoque no Arouca Geopark.

O proprietário da empresa, Pedro Teixeira, explicou que “dividimos as nossas atividades em dois grupos – de touring cultural e paisagístico, seja a pé ou em jeep, e dentro desta área tentamos cobrir aquilo que são os principais locais de interesse neste território. Em todos estes tours criamos interesses em vários temas, desde história, biodiversidade, fenómenos geológicos, e juntamos a gastronomia local”.

A outra atividade é na área da aventura “em que ao longo do ano vão diferenciando. Somos referência no rafting no Rio Paiva, uma atividade que acontece só durante o inverno, e que é a nossa génese”, destacou Pedro Teixeira, acrescentando que, depois, “durante o verão a oferta aumenta, em termos de caminhada aquática e canyoning”.

Quem procura este operador turístico recetivo e agente de animação turística “é um pouco de tudo. Diria que 50% de nacionais e 50% de estrangeiros”, revelou o responsável, indicando que apesar de haver uma grande concorrência na região, lida com isso de forma pacífica, mas “o conceito da nossa empresa é muito específico porque vamos para além da animação turística, ou seja, agregamos serviços para além das nossas atividades, como alojamento, experiências gastronómicas, visitas a centros de interpretação ou a museus. Assim, tentamos sempre que os nossos clientes, consoante o seu perfil, escolham mais do que uma atividade. Neste conceito, somos diferenciadores, mas trabalhamos com várias empresas do ramo e vice-versa”.

A JustCome dá-se a conhecer de diversas formas, quer através da internet ou de parceiros, informando que as atividades que desenvolve foram desenhadas para serem operacionalizadas a partir de duas pessoas, depois podem ir às 50/60, tendo já tido grupos de mais de 100 pessoas, nas áreas do incentivo e do teambuilding.

Sobre os constrangimentos e desafios que se colocam a uma empresa deste género, Pedro Teixeira realçou que “na nossa atividade temos por vezes algumas necessidades de infraestruturas como balneários e facilidades de acesso por uma questão de segurança, porque trabalhamos ligados à natureza dispersa no território, o que não é a mesma coisa que num parque de aventura onde se constroem as infraestruturas para aquele determinado local”.

Outro desafio é a mão-de-obra que é muito específica. “A maior parte da nossa mão-de-obra somos nós que a formamos internamente e é um processo longo”, referiu o proprietário da empresa, que faz um balanço positivo do ano passado. Depois do Covid, e assim que “voltámos a poder trabalhar, a trajetória de crescimento tem acontecido e com aumento do público internacional, nomeadamente do centro da Europa, dos EUA e do Brasil, gente de todas as idades. O inverno foi interessante, uma época pouco baixa e muito associada ao rafting, porque foi um ano bom de caudais, e que a procura existiu. Portanto, vamos ter um ano positivo”.

Em termos de novidades, Pedro Teixeira destaca o lançamento, o ano passado, do river tubing, que consiste em descer o rio numa boia insuflável, própria para o efeito que dá a sensação de parque aquático, e que tem tido “uma adesão fantástica”.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Artigos relacionados
Albufeira promove sessões de esclarecimento sobre aplicação da taxa turística
Destinos
Guimarães
Guimarães volta a concorrer a Capital Verde Europeia 2026
Destinos
Enoturismo do Alentejo cresce 27% em 2023
Destinos
Legacy Hotel Cascais abre oficialmente portas no antigo Cidadela Cascais
Hotelaria
Academia GEA faz balanço positivo de primeiro ano de formação
Emprego e Formação
Azores Airlines com prejuízo de 25,6M€ no 1.º trimestre de 2024
Aviação
SAS assina acordo de adesão à SkyTeam
Aviação
TAAG e AFI KLM E&M em parceria para suporte e reparação de B777
Aviação
Living Tours volta a pagar 15.º mês de salário aos colaboradores
Destinos
Airbus Atlantic Portugal recruta mais 50 colaboradores
Aviação
PUB
Destinos

Albufeira promove sessões de esclarecimento sobre aplicação da taxa turística

A taxa turística em Albufeira começa a ser aplicada a partir do dia 21 de maio, mas antes disso, a Câmara Municipal vai levar a cabo ações de esclarecimento para os detentores dos cerca de nove mil alojamentos locais e responsáveis pelas cerca de 150 unidades hoteleiras existentes no concelho. Ao todo serão seis ações, divididas pelos dias 10 e 14 de maio.

Publituris

O município de Albufeira agendou seis sessões de esclarecimento para os dias 10 e 14 de maio, acerca da taxa turística que começa a ser aplicada no concelho a 21 de maio, nomeadamente quanto à forma de cobrança e pagamento da mesma, anuncia a autarquia em comunicado.

As ações da manhã arrancam às 11h00 e decorrem até à 13h00, para os responsáveis pelos hotéis. À tarde, os responsáveis pelos alojamentos locais serão divididos em dois grupos, um para a sessão das 14h00 às 16h00 e outro das 18h00 às 20h00, todas no Auditório Municipal de Albufeira.

As sessões de esclarecimento são gratuitas, mas carecem de inscrição para efeitos de organização, pelo que a autarquia solicita a confirmação e escolha do dia e hora da sessão através do email: [email protected].

O regulamento da taxa turística do município de Albufeira visa, conforme avança nota publicada no site oficial da Câmara Municipal, assegurar que os recursos necessários ao desenvolvimento do turismo no concelho sejam também assegurados pela própria atividade turística, através da contribuição dos próprios turistas, assegurando uma base de proporcionalidade, ponderação e equilíbrio, com o objetivo de preservar a competitividade do município no contexto nacional e internacional de destinos turísticos de referência.

De acordo ainda com o regulamento, a taxa tem um valor de dois euros entre 1 de abril e 31 de outubro (época alta) e será cobrada até ao máximo de sete noites seguidas a todos os hóspedes com idade igual ou superior a 13 anos.

Refira-se que foi publicado em Diário da República, de 30 de abril, que a entrada em vigor da taxa turística seria no dia 2 de maio, contudo, no que concerne a Albufeira, “encontra-se suspensa até ao dia 20 de maio, dado terem surgido alguns constrangimentos na utilização da aplicação informática de pagamento, prevendo-se como data de início da cobrança, o dia 21 de maio”, esclarece o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo.

Segundo o autarca, embora o turismo promova o desenvolvimento económico e social, “ele implica também uma sobrecarga da atuação pública e na própria prestação de serviços municipais, pelo que se torna essencial termos uma capacidade de resposta na medida do crescimento da procura, bem como assumir as melhores estratégias para permitir o desenvolvimento de um ambiente sustentável, adequado e infraestruturado”.

José Carlos Rolo adianta que Albufeira pretende investir em projetos referentes às seguintes áreas de atuação: acessibilidades e valorização da orla costeira, ações no âmbito das alterações climáticas, sustentabilidade e mobilidade, apoio às forças de socorro e emergência, apoio à saúde, património cultural e promoção de atividades culturais e desportivas, promoção turística, ações de valorização turística, manutenção e conservação de infraestruturas em zonas turísticas e desenvolvimento de novos produtos turísticos.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Guimarães
Destinos

Guimarães volta a concorrer a Capital Verde Europeia 2026

A short-list com as três cidades finalistas ao titulo de Capital Verde Europeia 2026 deverá ser conhecida no próximo mês de junho, sendo a cidade vencedora anunciada em outubro.

Publituris

A cidade de Guimarães voltou a candidatar-se a Capital Verde Europeia 2026, depois de, no ano passado, ter sido uma das cidades finalistas para a edição de 2025.

“O município reforça assim o seu empenho e compromisso em atingir o objetivo, através da aposta contínua no desenvolvimento sustentável do território”, refere a autarquia, num comunicado enviado à imprensa.

Na informação divulgada, a Câmara Municipal de Guimarães recorda que, em 2023, a cidade foi uma das três finalistas a representante em 2025, mas o título acabaria por ser atribuído à cidade de Vilnius, na Lituânia.

Este ano, a short-list com as três cidades finalistas deverá ser conhecida no próximo mês de junho, sendo a vencedora anunciada em outubro.

“Guimarães tem realizado, nos últimos anos, um trabalho de excelência no que respeita ao ambiente, sendo atualmente uma referência a nível mundial nesta área”, sublinha Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães.

De acordo com o autarca, além dos vários projetos em curso, a cidade tem vindo também a apostar num “processo de sensibilização, com o objetivo de unir toda a população e colocar os cidadãos no centro deste caminho de futuro ambientalmente sustentável”.

Recorde-se que Guimarães tem vindo a promover a sustentabilidade e ações ambientais, através do seu ecossistema de governança integrador, participativo e multidisciplinar, conhecido como Guimarães 2030.

“Este modelo, coordenado pelo município em conjunto com o Laboratório da Paisagem, envolve universidades, empresas, associações sem fins lucrativos, o Governo, decisores políticos e cidadãos. O objetivo é tornar o território climaticamente neutro até 2030, com foco na investigação, educação e sensibilização ambiental”, acrescenta a autarquia.

A Capital Verde Europeia, iniciada em 2010 pela Comissão Europeia, promove cidades sustentáveis, reconhecendo anualmente uma cidade líder nos padrões ambientais e metas ambiciosas de sustentabilidade urbana e combate às alterações climáticas.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Enoturismo do Alentejo cresce 27% em 2023

Além dos turistas nacionais, que representam 50% da procura pelo enoturismo do Alentejo, esta atividade é também procurada por brasileiros e americanos, registando-se ainda crescimentos nos mercados da Suíça, Espanha, França, Bélgica, Reino Unido e Canadá.

Publituris

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) anunciou que, no ano passado, o enoturismo do Alentejo cresceu 27% face ao ano anterior, num crescimento que foi impulsionado por turistas nacionais, mas também provenientes do Brasil e EUA.

“O mercado nacional lidera o ranking de visitantes, representando 50% do total de interessados pelos vinhos da região”, destaca a CVRA, explicando que os brasileiros e americanos fecham o Top3.

Além destes principais mercados, também o número de turistas provenientes de outras nacionalidades tem vindo a subir, com destaque para a Suíça, Espanha, França, Bélgica e Reino Unido.

A CVRA refere, no entanto, que, no ano passado, “o Canadá foi a nacionalidade que registou um maior aumento, na ordem dos 75%”.

“O enoturismo é uma referência para o turismo no Alentejo, que potencia não só a vinda de turistas à região como contribui para a dinamização da economia alentejana. A tradição vitivinícola é milenar, com vinhos de qualidade e reconhecidos internacionalmente, sendo os programas de atividades diversificados, algo que atrai cada vez mais turistas interessados em conhecer a região, a cultura, a gastronomia e as gentes alentejanas”, salienta Francisco Mateus, presidente da CVRA.

As visitas guiadas às vinhas, às adegas e às caves, as provas de vinhos, os workshops e cursos vínicos, as sessões de vinoterapia, os passeios a pé, de bicicleta e, até, a cavalo pelas vinhas são algumas das atividades mais procuradas.

“Estas atividades constituem experiências únicas e enriquecedoras a todos os visitantes, permitindo que conheçam de perto a produção dos vinhos e que descubram os aromas e paladares tão peculiares que tornam os Vinhos do Alentejo Únicos por natureza”, acrescenta a CVRA.

Os turistas que procuram o enoturismo no Alentejo podem também realizar algumas rotas, concretamente a Rota de São Mamede (Distrito de Portalegre), Rota Histórica (Distrito de Évora) e Rota do Guadiana (Distrito de Beja), sendo que a Rota Histórica é, segundo a CVRA, aquela que “apresenta o número mais elevado de “enoturistas””, ainda que o maior crescimento se tenha verificado na Rota do Guadiana, que cresceu 44% face ao ano anterior.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos

Créditos: https://www.hilton.com/

Hotelaria

Legacy Hotel Cascais abre oficialmente portas no antigo Cidadela Cascais

O Legacy Hotel Cascais – Curio Collection by Hilton é composto por 59 quartos, um restaurante, spa, ginásio e piscina exterior. Após esta abertura o promotor do projeto, a Reformosa, tem já em vista a finalização de uma unidade com 48 apartamentos turísticos em Sesimbra, o Legacy by the Sea.

Carla Nunes

O antigo Cidadela Cascais abriu oficialmente portas como Legacy Hotel Cascais – Curio Collection by Hilton esta segunda-feira, 29 de abril. No ato de inauguração estiveram presentes Jonas Schuermann, Global Executive Director da Reformosa, entidade promotora deste projeto, e o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

O projeto conta com três vertentes: um hotel, um condomínio privado com 32 apartamentos e dez townhouses, sendo que estes últimos são compostos meramente por componente residencial, sem qualquer gestão hoteleira.

Inauguração oficial do Legacy Hotel Cascais – Curio Collection by Hilton

O edifício hoteleiro com o selo Hilton é composto por 59 quartos distribuídos entre cinco pisos, entre os quais se contam seis quartos twin e uma junior suite. Com 11 tipologias diferentes, nos quartos predominam os tons mais claros e discretos, com mármores e madeiras. Já o piso 0 do hotel, onde se encontra a receção e o restaurante da unidade, o Ristorante Don Alfonso 1890, é marcado por tons vivos de vermelho.

Ristorante Don Alfonso 1890 | Créditos: https://www.hilton.com/

Das restantes valências da unidade fazem parte uma piscina exterior, ginásio e spa com três salas de tratamento, piscina interior aquecida e sauna.

Sobre este projeto, Carlos Carreiras referiu no ato de inauguração que “foi com esta intervenção que foi possível requalificarmos o antigo hotel Cidadela, que tem muitas memórias, nomeadamente para a minha geração, mas também requalificar toda esta área”.

O presidente apontou ainda que “na altura fomos muito criticados, mas não podemos ficar parados em relação ao achismo que se instala muitas das vezes no nosso país”.

Como referiu, “aquilo que erámos acusados, de colocar no desemprego uma série de famílias, fica aqui provado exatamente o contrário, criaram-se aqui cerca de 70 postos de trabalho. Acredito que com o sucesso que a hotelaria está a ter em Cascais, certamente irão crescer ainda mais o número de oportunidades de emprego”.

Mercados norte-americano e europeus são a aposta do hotel

Em entrevista aos jornalistas, Jonas Schuermann afirmou que a expectativa é a de que o hotel registe uma ocupação entre os 55% a 60% entre maio e junho. Para os meses de julho, agosto e setembro, as perspectivas são um pouco mais otimistas: “Se registarmos cerca de 65% a 70% [de ocupação], ficamos contentes”, declara.

“Gerir um hotel não é um sprint, é uma maratona. Tem de se ter a certeza de que se fazem bem as coisas do início. A ocupação acontecerá se se tiver um bom produto”, assegura Jonas Schuermann, que por enquanto não revelou o valor investido neste projeto.

Piscina do Legacy Hotel Cascais | Créditos: https://www.hilton.com/

Para esta unidade hoteleira o grupo espera captar o mercado europeu e norte-americano, nomeadamente os da Alemanha, Escandinávia, Holanda e França, como referido por Jonas Schuermann. O mercado espanhol é outro dos mercados potenciais da unidade, “especialmente aos fins-de-semana e no verão”, a par dos mercados mexicano e brasileiro.

Já para o restaurante, o grupo espera captar mercado local, “que vive na área de Cascais”.

Os próximos projetos da Reformosa

Dos próximos projetos em pipeline da Reformosa, Jonas Schuermann destaca o Legacy by the Sea, em Sesimbra. Inserido numa reserva natural, este projeto será composto por 48 apartamentos turísticos de tipologias T0, T1 e T2, num conjunto de cerca de 78 quartos.

“Já começámos a construção e creio que entre 18 a 24 meses estaremos prontos. Inserido numa reserva natural, é difícil conseguir licenças de construção, mas a beleza é que ninguém poderá construir à volta”, refere Jonas Schuermann.

Futuro Legacy by the Sea | Créditos: https://legacybythesea.pt/

O promotor vai desenvolver ainda um projeto em Azeitão, com um hotel num antigo palácio, cujo terreno adjacente será utilizado para construir apartamentos e townhouses, à semelhança do Legacy Hotel Cascais – Curio Collection by Hilton.

Além de um outro projeto em Almada, a Reformosa vai desenvolver 80 apartamentos residenciais com unidades de retalho junto ao Prata Riverside Village, em Lisboa, no local onde funcionou uma antiga fábrica tabaqueira.

Na edição imprensa de janeiro de 2024 da Publituris Hotelaria, foi ainda possível apurar a construção de um hotel por parte da Reformosa em Ribeira Grande, nos Açores, o Legacy Azores, um cinco estrelas com 64 quartos.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
Emprego e Formação

Academia GEA faz balanço positivo de primeiro ano de formação

A Academia GEA, projeto formativo do Grupo GEA lançado em setembro do ano passado, faz um balanço positivo do primeiro ano do seu plano extensivo de formação adaptado à realidade das agências de viagens da rede com 26 ações , planeadas até março de 2024, sobre diferentes temáticas e com diferentes graus de aprendizagem e duração.

Publituris

Sendo a formação um dos eixos prioritários da estratégia de serviço que a GEA disponibiliza às suas agências associadas e como entidade formadora certificada DGERT, a rede fez uma auscultação às agências de viagens, tendo o conteúdo programático administrados nos últimos oito meses refletido a resposta às necessidades levantadas nesta auscultação.

Neste primeiro ano letivo, o plano formativo, seja presencial ou através de e-learning, abordou diversos temas como: Produto, como as Grandes Viagens, Cruzeiros, Neve, Viagens de Grupo, Charter, Pacotes à medida, entre outros; Seguros de viagem; Marketing, abordando o Marketing Digital, as Redes Sociais e a Criação de Conteúdo; Tecnologia na ótica do utilizador, nomeadamente a nível da ferramenta Office Excel; Aéreo, nomeadamente na área do ticketing, emissões TravelGEA, reservas de grupos; Gestão Financeira orientada para o Turismo. Adicionalmente, foi acrescentado um conjunto de formações 100% assíncronas, focadas em melhorias comportamentais como gestão de tempo e produtividade ou comunicação assertiva.

No total, a Academia GEA administrou 26 formações certificadas que resultaram num total de 131,5 horas de formação e 495 formados certificados. Adicionalmente, a GEA também administrou um total de 66 webinares, de temáticas variadas, e que contaram com mais de 5500 participantes. Entretanto, brevemente será conhecido o novo calendário formativo.

Para Carlos Baptista e Pedro Gordon, administradores do Grupo GEA, reconhecem que a formação é fundamental neste setor de atividade, e que a adesão das agências de viagem à academia GEA só veio confirmar que a aposta estratégica e investimento que fazem só veio acrescentar ainda mais valor ao trabalho que tem sido realizado nos últimos anos, e “representa o passo certo para continuarmos a crescer na proposta de valor que oferecemos a uma agência de viagens dentro do nosso agrupamento”.

Os dois responsáveis asseguram, ainda, que o grupo vai continuar a apostar na formação e a disponibilizar conteúdos relevantes com vista a aumentar e qualificar as ferramentas e polivalências das agências de viagens que integram o agrupamento.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Azores Airlines com prejuízo de 25,6M€ no 1.º trimestre de 2024

Apesar de ter aumentado o números de passageiros e as receitas, a Azores Airlines manteve um resultado liquido negativo nos três primeiros meses de 2024, fruto dos aumentos dos custos.

Inês de Matos

A Azores Airlines registou, no primeiro trimestre de 2024, um resultado liquido negativo de 25,6 milhões de euros, valor que traduz uma deterioração de 2,9 milhões de euros face ao período homólogo, apesar da companhia aérea ter apresentado uma “trajetória de crescimento sustentável e consistente” com o registado em 2023.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, 30 de abril, o Grupo SATA indica que a Azores Airlines, a companhia aérea do grupo de aviação açoriano que realiza os voos internacionais, registou receitas de 47,1 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 31,5% (+11,3 milhões de euros), em comparação com o período homólogo, e de 115,5% (+25,3 milhões de euros) quando comparado com o período pré-pandemia (2019).

Estes números, acrescenta o grupo, vêm comprovar “a tendência de forte crescimento da atividade da companhia, alicerçada no aumento de capacidade em rotas core, mais ligações e a introdução de novas rotas”.

A evolução das receitas, lê-se também no comunicado divulgado, foi sustentada pelo número de passageiros transportados nos três primeiros meses de 2024, quando a Azores Airlines transportou 286 mil passageiros, num aumento de 29,1% ou 64 mil passageiros face ao primeiro trimestre de 2023, assim como pela melhoria da yield.

Já o número de voos realizados ascendeu a 2.095 representando, igualmente, um incremento face a 2023 e 2019, de +18% e de +65%, respetivamente, enquanto o load factor melhorou 7,7 p.p. face a 2023, tendo ascendido a 78,5% no primeiro trimestre de 2024.

O Grupo SATA destaca também o facto de a Azores Airlines ter recebido, no primeiro trimestre de 2024, duas novas aeronaves A320 NEO, que fazem parte do plano de renovação da frota da companhia aérea e contribuem para oferecer uma melhor experiência aos passageiros.

No entanto, a par das receitas, também os custos operacionais aumentaram 24,6%, totalizando 55,6 milhões de euros, o que traduz um aumento de 11 milhões de euros face ao período homólogo.

O Grupo SATA diz que o aumento dos custos operacionais se ficou a dever ao crescimento dos gastos com irregularidades, que subiram 116,6% ou 1,1 milhões de euros, assim como aos ACMIs, que aumentaram 112,3% ou 0,4 milhões de euros; às comissões/GDS, que registaram um acréscimo de 79% ou 2,7 milhões de euros; ao handling, que também aumentou 52,6% ou 2,1 milhões de euros; e ainda à manutenção, cujos custos subiram 45,2% ou 1,2 milhões de euros.

“O aumento de custos superior ao aumento das receitas impactou o EBITDA, que ascendeu a -8,5 milhões de euros e que compara com os -8,8 milhões de euros do primeiro trimestre de 2023”, explica o grupo de aviação açoriano.

Já o EBIT registou uma deterioração de 1,9 milhões de euros quando comparado com o primeiro trimestre de 2023, o que foi impactado não só pelo EBITDA, mas também pelo “aumento das depreciações relacionadas com as aeronaves provocado pelo aumento de duas aeronaves quando comparado com 2023 e um incremento de gastos com manutenções estruturais”.

SATA Air Açores também mantém tendência de crescimento

Tal como a Azores Airlines, também a SATA Air Açores, a companhia aérea que realiza voos entre as ilhas açorianas, apresentou, no primeiro trimestre do ano, uma tendência de crescimento e de recuperação de resultados.

No entanto, o Grupo SATA explica que também esta companhia aérea registou “uma forte pressão sobre os custos, nomeadamente com manutenção de aeronaves cujo reflexo nas contas se vai acentuar ao longo de 2024”.

Até março, a SATA Air Açores realizou 3.210 voos, o que traduz um aumento de 67 voos ou mais 2,1% face a 2023, enquanto o número de passageiros transportados foi de 162 mil, representando um “acréscimo de 8,9% face ao período homólogo, o que se traduz num aumento do load factor de 6 p.p. para 74,9%”.

Já as receitas totais da SATA Air Açores atingiram os 21,7 milhões de euros, numa melhoria de 10,5% face ao período homólogo ou mais 2,1 milhões de euros.

Já o EBITDA atingiu um valor negativo de 0,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que representa uma melhoria de 0,4 milhões de euros face a igual período de 2023, enquanto o EBIT, apesar de negativo, apresentou igualmente uma melhoria de 0,5 milhões de euros, atingindo um valor negativo de 3,4 milhões de euros.

E também na SATA Air Açores os custos aumentaram, com os custos comerciais a subirem 27%, enquanto os custos com manutenção cresceram 9% e os custos com pessoal aumentaram 8%.

“De notar que a SATA Air Açores está a levar a cabo um conjunto de manutenções estruturais e de reparação de motores dos aviões da sua frota, num montante estimado de cerca de 25 milhões de euros em 2024, cujo impacto nas depreciações se acentuará ao longo de 2024 e anos seguintes, sendo, contudo, o impacto financeiro e de exigência de capital imediato. Até à data foram pagos cerca de 4,5 milhões de euros referentes a essas manutenções”, refere o grupo açoriano.

Na SATA Air Açores, o resultado liquido melhorou 2,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024 face ao período homólogo, tendo sido “impactado, sobretudo, pelos melhores resultados operacionais e pela redução dos encargos com financiamentos em resultado da liquidação antecipada do empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros em setembro de 2023”.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
Aviação

SAS assina acordo de adesão à SkyTeam

A adesão oficial da SAS à SkyTeam deverá acontecer a 1 de setembro de 2024 e vai trazer benefícios aos passageiros ao nível de destinos, conectividade e programa de fidelização.

Publituris

A SAS – Scandinavian Airlines assinou esta segunda-feira, 29 de abril, o acordo de adesão à aliança SkyTeam, naquele que é o primeiro passo para a entrada oficial da SAS nesta aliança global de companhias aéreas, o que deverá acontecer a 1 de setembro de 2024.

“A partir de 1 de setembro de 2024, a SAS torna-se oficialmente parte da SkyTeam, enriquecendo a aliança com o acesso aos principais hubs escandinavos”, destaca a SAS, num comunicado enviado à imprensa.

O acesso aos hubs escandinavos vai trazer à SkyTeam “novos destinos” e uma “conectividade aprimorada”, proporcionando uma melhor experiência aos passageiros.

A adesão da SAS à SkyTeam vai também trazer maiores benefícios ao programa de passageiro frequente da companhia aérea, o EuroBonus, que passam a ter vantagens nas outras companhias aéreas da aliança.

“Os membros EuroBonus Silver serão reconhecidos como nível SkyTeam Elite, enquanto os membros Gold e Diamond serão reconhecidos como Elite Plus”, acrescenta a informação divulgada.

“A SAS partilha a visão da SkyTeam quando se trata de oferecer uma experiência de viagem mais integrada e responsável. Junto com os nossos membros, continuamos a trabalhar duro nos bastidores para garantir uma transição tranquila para os clientes a partir do momento em que a  SAS se juntar à nossa aliança”, considera Andrés Conesa, presidente da SkyTeam.

Já Anko van der Werff, presidente e CEO da SAS, mostra-se entusiasmado por a transportadora escandinava ter alcançado este “marco fundamental na jornada de transição” para a SkyTeam, destacando as vantagens ao nível do programa de passageiro frequente, destinos e conectividade que esta adesão vai permitir aos passageiros.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

TAAG e AFI KLM E&M em parceria para suporte e reparação de B777

Segundo a TAAG, este é o primeiro acordo de suporte para componentes celebrado entre as duas empresas e reflete “uma parceria de longo prazo que está a ser construída entre ambas as entidades”.

Publituris

A TAAG – Linhas Aéreas de Angola e a Air France Industries KLM Engineering & Maintenance (AFI KLM E&M) estabeleceram uma parceria que visa apoiar e reparar componentes dos aparelhos B777, num acordo que tem um prazo de cinco anos.

“Este acordo, com validade de cinco anos, inclui suporte para a pool e para componentes de reparação, bem como um MBK (Main Base Kit) para sua frota de aeronaves de cinco Boeing 777-300 e três Boeing 777-200″, indica a companhia aérea angolana, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo a TAAG, este é o primeiro acordo de suporte para componentes celebrado entre as duas empresas e reflete “uma parceria de longo prazo que está a ser construída entre ambas as entidades”.

“É com satisfação que anunciamos a parceria com a Air France Industries KLM Engineering & Maintenance, um fornecedor confiável de serviços de MRO. Este acordo de cinco anos garantirá fiabilidade e eficiência da manutenção da nossa frota de Boeing 777 que é crucial para as nossas operações. Auguramos por um relacionamento forte e de longo prazo com o nosso parceiro”, afirma Nelson de Oliveira, presidente do Conselho Executivo da TAAG.

Já Géry Mortreux, Executive Vice President da Air France Industries, garante que a empresa de manutenção vai continuar a fornecer à TAAG “suporte para pool e componentes de reparação da mais alta qualidade”.

“Através desta parceria estamos também entusiasmados por aprofundar a nossa presença em África e expandir o nosso alcance na região”, acrescenta o responsável.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Living Tours volta a pagar 15.º mês de salário aos colaboradores

Segundo a Living Tours, a decisão de pagar o 15.º mês de salários aos colaboradores deve-se aos “resultados positivos de faturação e expansão de infraestruturas” que a empresa alcançou em 2023.

Publituris

A Living Tours anunciou que, pelo segundo ano consecutivo, vai pagar o 15.º mês de salário aos seus colaboradores, decisão que se deve aos “resultados positivos de faturação e expansão de infraestruturas”.

“A completar 20 anos desde a sua fundação, o grupo destaca o período de crescimento excecional alcançado em 2023, ano em que registou 16 milhões de euros em vendas, um aumento de 50% face ao ano anterior, e uma equipa composta por 200 colaboradores”, refere a Living Tours, num comunicado enviado à imprensa.

Segundo Rui Terroso, CEO da Living Tours, a empresa testemunhou, no ano passado, um crescimento que além das “metas iniciais”, pelo que o pagamento do 15.º mês de salário é “uma forma de reconhecer o esforço de todos os que contribuíram para estes resultados e incentivar o desempenho coletivo da Living Tours”.

“Estamos animados para continuar este trajeto ascendente, sendo que o nosso objetivo atual passa não apenas para manter, mas também acelerar o ritmo de expansão e inovação com a digitalização que estamos a implementar em toda a empresa”, acrescenta o responsável.

No comunicado divulgado, a Living Tours explica ainda que o pagamento do 15.º mês de salário será realizado “de forma proporcional ao tempo de trabalho de cada colaborador que acompanhou e permaneceu na Living Tours durante 2023”.

“Esta é uma das medidas que reafirma o compromisso da empresa com o desenvolvimento de cada colaborador, que inclui a promoção do envolvimento das equipas no programa de responsabilidade social “Livingtourianos com Causa””, lê-se ainda na informação divulgada.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Aviação

Airbus Atlantic Portugal recruta mais 50 colaboradores

A Airbus Atlantic Portugal pretende contratar profissionais para várias áreas, desde operadores de montagem até engenheiros e outros técnicos para áreas muito específicas

Publituris

A Airbus Atlantic Portugal quer aumentar a equipa em 2024 e vai recrutar mais 50 colaboradores para a sua unidade de Santo Tirso, informou a unidade que produz componentes para os aviões do fabricante aeronáutico europeu.

“A empresa está a contratar profissionais para várias áreas, desde operadores de montagem até engenheiros e outros técnicos para áreas muito específicas”, lê-se num comunicado enviado à imprensa.

A Airbus Atlantic Portugal explica que, no caso dos operadores de montagem, os contratados vão receber “formação especializada através de uma parceria com o CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica”.

Além da formação, a Airbus Atlantic Portugal promete “condições de trabalho muito competitivas, incluindo prémios de produtividade, subsídios especiais em função da posição ocupada e oportunidades de progressão salarial associadas à evolução na carreira, desde o primeiro dia”, assim como serviço de transporte de autocarro coordenado com os horários de trabalho e seguro de saúde.

“Queremos tornar-nos a referência no setor aeroespacial nacional e reforçar a marca Airbus Atlantic em Portugal e sabemos que a retenção de talentos é crucial para atingir este objetivo. Desde que iniciámos a operação em Santo Tirso temos aumentado consistentemente o número de colaboradores, dando resposta aos grandes desafios colocados por uma indústria aeroespacial sustentável e de elevado desempenho”, afirma Pedro Estrela, Head of Human Resources da Airbus Atlantic Portugal.

Recorde-se que a Airbus Atlantic Portugal começou a ser construída em 2020, conta com 20.000 m2 de área coberta implantada num terreno de 7,2 hectares e pretende chegar ao final do ano com um total de 350 trabalhadores.

Todas as vagas disponíveis podem ser consultadas aqui.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.