Governo certifica Caminho Português de Santiago Central – Região Centro
O Caminho Português de Santiago Central — Região Centro, um itinerário com mais de 190 quilómetros de extensão, com rede viária romana e medieval, que atravessa 12 municípios, foi certificado pelo Governo, segundo uma portaria publicada esta quarta-feira.

Publituris
Congresso da APAVT: Nuno Fazenda faz balanço de ano de mandato e enumera o que deve continuar a ser feito
Congresso APAVT: Luís Pedro Martins reivindica mais autonomia administrativa e financeira às ERT
2023 foi de “recuperação, e de reconfirmação”, mas 2024 pode ser de “desaceleração”, aponta o presidente da APAVT
B travel & CATAI lançam Xpeditions com cinco viagens em Portugal em 2024
OMT vê turismo internacional a recuperar perto de 90% dos níveis pré-pandemia até final de 2023
ARA reconduz presidente Armando Santana para o triénio 2023-2026
Qatar Airways aumenta voos para vários destinos nos EUA, Europa e Ásia no inverno
Turkish Airlines lança campanha de Early Bird com preços desde 199 euros
SAS lança EuroBonus Conscious Traveller em janeiro para recompensar escolhas sustentáveis
Viagens Tempo promovem últimos lugares para réveillon em Istambul e Capadócia
Com uma extensão de 191,6 km, o Caminho Português de Santiago Central – Região Centro atravessa um conjunto de 12 municípios: Vila Nova da Barquinha, Tomar, Ferreira do Zêzere, Alvaiázere, Ansião, Penela, Condeixa-a-Nova, Coimbra, Mealhada, Anadia, Águeda e Albergaria-a-Velha. A sua certificação pelo Governo “visa reconhecer e preservar o património cultural e natural associado ao Caminho de Santiago e assegurar os serviços de apoio adequados aos peregrinos”, indica texto da portaria, assinada pelos secretários de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, e da Cultura.
A fundamentação do itinerário parte da identificação da rede viária romana e medieval, bem apoiada em estudos históricos credíveis e vestígios arqueológicos, com indicação detalhada das fontes. No entanto, em vários troços os itinerários antigos foram absorvidos por estradas modernas e contemporâneas (estradas nacionais e mesmo autoestradas), situações em que são propostos traçados alternativos nas proximidades”, refere o texto introdutório do documento, que realça ainda ser de especial relevância a introdução de fontes históricas relacionadas com as peregrinações jacobeias, relatos de viagens compreendidos entre 1495 e 1669, que permitem conhecer, nalguns casos com bastante pormenor, os pontos de passagem ou paragem de vários narradores.
Refira-se que o itinerário é também “apoiado na conhecida carta militar viária de 1808, representação cartográfica relevante, quer pelo rigor técnico, quer porque, ao anteceder os grandes desenvolvimentos infraestruturais que marcaram a segunda metade do século XIX, representa uma rede viária ainda muito baseada nos traçados medievais”.
O pedido de certificação pelo Governo identifica ainda fontes imateriais que sustentam a antiguidade do itinerário, com destaque para a albergaria fundada em 1172 pela rainha D. Teresa, que dá o nome à atual Albergaria-a-Velha e que pode ter sido precedida por uma albergaria (mansione) romana.
De acordo com os municípios atravessados e com o parecer da Comissão de Certificação do Caminho de Santiago, o itinerário “apresenta condições de segurança, transitabilidade, equipamentos de apoio e informação”.