Atrasos na entrega de aeronaves impede recuperação global das viagens aéreas
A indústria das viagens aéreas tem enfrentado, recentemente, atrasos nas entregas de aeronaves, um problema que não está a permitir uma recuperação total do setor.
![Publituris](https://backoffice.publituris.pt/app/uploads/2023/10/P_redes_sociais-120x120.jpg)
Publituris
Ávoris reafirma intenção de “fortalecer e expandir operações em Portugal”
Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, é capa da Nova Edição da Publituris Hotelaria
EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo
Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’
Turismo de Portugal apoia formação em Angola
Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF
Lusófona participa no projeto FUTOURWORK para promover bem-estar e melhores condições de trabalho no Turismo e Hospitalidade
Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024
Porto recebe “Prides” europeus
Quase 60% dos viajantes dizem sentir-se sobrecarregados pelo excesso de opções
Os atrasos nas entregas de aeronaves parecem ser um dos principais entraves à recuperação total do setor das viagens aéreas. Nesse sentido, o diretor-geral da International Air Transport Association (IATA), Willie Walsh, afirmou que este ano a capacidade aérea global será menor do que o esperado e também permanecerá restrita até 2025 devido a atrasos nas entregas de novas aeronaves e à falta de disponibilidade de peças de reposição.
“Não veja nada realmente a melhorar ou a caminho de melhorar, provavelmente, até 2025, no mínimo, e a situação pode ir mesmo além disso”, notou Walsh.
Além disso, as companhias aéreas esperam que a procura por viagens retome os números de 2019 e que poderão mesmo ultrapassar. Contudo, a falta de aeronaves está a dificultar uma resposta positiva a esta procura e está a atrasar a recuperação.
Uma análise da Skift refere mesmo que os fabricantes de aeronaves como a Boeing ou a Airbus reconheceram que estão a sentir uma pressão generalizada de obstáculos nas cadeias de abastecimento, o que está a levar a atrasos nas entregas, salientando Walsh que até os responsáveis por estas duas companhias indicaram falta de peças, especialmente para os motores.
Segundo Walsh, isto significa que a capacidade será um pouco menor do que o esperado pelo setor, acrescentando ainda que a redução para este ano fique “na faixa de um dígito baixo”.
Recentemente, a Boeing, anunciou um novo congelamento de fornecedores para entregas para os 737 entregas, enquanto a Airbus também começou a notificar as companhias aéreas sobre atrasos na entrega no próximo ano da família de aeronaves A320neo, a mais vendida.
A Ryanair, por exemplo, já alertou que cortaria na sua programação de julho, pois espera que a entrega de cerca de 10 aviões Boeing 737 MAX seja adiada devido a problemas de produção.
Além disso, o diretor-geral da IATA notou que não esperava um caos tão grande nos aeroportos este ano, já que, no ano passado, problemas como a escassez de mão de obra e o aumento repentino da procura na Europa fizeram com que as companhias aéreas cancelassem um grande número de voos e reduzissem a capacidade.
Anteriormente, uma análise às companhias aéreas europeias da Mabrian Technologies revelou que, considerando as dez companhias aéreas europeias mais afetadas por cancelamentos entre 17 de julho de 2022 e 30 de agosto de 2022, foram registados quase 9.000 voos cancelados. Como resultado, dois em cada cem voos regulares dessas dez companhias aéreas foram cancelados na Europa.