Atrasos na entrega de aeronaves impede recuperação global das viagens aéreas
A indústria das viagens aéreas tem enfrentado, recentemente, atrasos nas entregas de aeronaves, um problema que não está a permitir uma recuperação total do setor.

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Os atrasos nas entregas de aeronaves parecem ser um dos principais entraves à recuperação total do setor das viagens aéreas. Nesse sentido, o diretor-geral da International Air Transport Association (IATA), Willie Walsh, afirmou que este ano a capacidade aérea global será menor do que o esperado e também permanecerá restrita até 2025 devido a atrasos nas entregas de novas aeronaves e à falta de disponibilidade de peças de reposição.
“Não veja nada realmente a melhorar ou a caminho de melhorar, provavelmente, até 2025, no mínimo, e a situação pode ir mesmo além disso”, notou Walsh.
Além disso, as companhias aéreas esperam que a procura por viagens retome os números de 2019 e que poderão mesmo ultrapassar. Contudo, a falta de aeronaves está a dificultar uma resposta positiva a esta procura e está a atrasar a recuperação.
Uma análise da Skift refere mesmo que os fabricantes de aeronaves como a Boeing ou a Airbus reconheceram que estão a sentir uma pressão generalizada de obstáculos nas cadeias de abastecimento, o que está a levar a atrasos nas entregas, salientando Walsh que até os responsáveis por estas duas companhias indicaram falta de peças, especialmente para os motores.
Segundo Walsh, isto significa que a capacidade será um pouco menor do que o esperado pelo setor, acrescentando ainda que a redução para este ano fique “na faixa de um dígito baixo”.
Recentemente, a Boeing, anunciou um novo congelamento de fornecedores para entregas para os 737 entregas, enquanto a Airbus também começou a notificar as companhias aéreas sobre atrasos na entrega no próximo ano da família de aeronaves A320neo, a mais vendida.
A Ryanair, por exemplo, já alertou que cortaria na sua programação de julho, pois espera que a entrega de cerca de 10 aviões Boeing 737 MAX seja adiada devido a problemas de produção.
Além disso, o diretor-geral da IATA notou que não esperava um caos tão grande nos aeroportos este ano, já que, no ano passado, problemas como a escassez de mão de obra e o aumento repentino da procura na Europa fizeram com que as companhias aéreas cancelassem um grande número de voos e reduzissem a capacidade.
Anteriormente, uma análise às companhias aéreas europeias da Mabrian Technologies revelou que, considerando as dez companhias aéreas europeias mais afetadas por cancelamentos entre 17 de julho de 2022 e 30 de agosto de 2022, foram registados quase 9.000 voos cancelados. Como resultado, dois em cada cem voos regulares dessas dez companhias aéreas foram cancelados na Europa.