Transportes

“O que nos distingue não é o autocarro, mas o serviço de excelência que procuramos dar ao cliente”

Depois de dois anos em suspenso devido à pandemia, a DP Tours Plus já está a operar em pleno, oferecendo tours e transferes de excelência. Em entrevista ao Publituris, Diamantino Pereira, fundador e diretor-geral da empresa, faz um balanço positivo do arranque e revela os planos para o futuro, que, apesar dos desafios, passam pelo crescimento.

Inês de Matos
Transportes

“O que nos distingue não é o autocarro, mas o serviço de excelência que procuramos dar ao cliente”

Depois de dois anos em suspenso devido à pandemia, a DP Tours Plus já está a operar em pleno, oferecendo tours e transferes de excelência. Em entrevista ao Publituris, Diamantino Pereira, fundador e diretor-geral da empresa, faz um balanço positivo do arranque e revela os planos para o futuro, que, apesar dos desafios, passam pelo crescimento.

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Nascida em janeiro de 2020, a DP Tours Plus não teve vida fácil nos primeiros meses. À pandemia e à paragem da atividade turística, juntou-se a falta de apoios, fazendo com que o arranque desta empresa de tours e transferes, que foi fundada e é dirigida por Diamantino Pereira, profissional bem conhecido do trade turístico nacional, só começasse verdadeiramente a operar em abril/maio deste ano.

Apesar do início conturbado, a espera por melhores dias compensou e, atualmente, DP Tours Plus está já a pensar em adquirir mais viaturas para conseguir dar resposta aos diversos pedidos, isto apesar dos desafios que também o mercado dos tours e transferes enfrenta, com destaque para o aumento do preço do combustível. Depois, há a velha questão do aeroporto de Lisboa, que também para estes profissionais há muito deixou de ter condições, o que leva o responsável a pedir “rapidez” na decisão sobre o futuro aeroporto.

O que é a DP Tours Plus, quando nasceu e como sobreviveu a empresa à pandemia da COVID-19?
Desde logo, quero explicar que o nome DP Tours Plus tem este ‘Plus’ porque queremos dar aos clientes em serviço extra, um serviço suplementar e distinto.

Nascemos mal, lançámos a empresa em janeiro de 2020, na FITUR, e, logo em março, levámos com a COVID-19 e estivemos parados dois anos.

Foram dois anos com as viaturas paradas, com custos fixos e não tivemos apoios nenhuns porque éramos uma empresa muito recente. Por isso, foram dois anos muito difíceis.

Mas, apesar das dificuldades, não vendemos nem trocámos veículos e esperámos que surgisse uma nova oportunidade, o que aconteceu agora, em abril e maio, em que já posso dizer que as coisas estão a correr bem.

Que serviços disponibiliza a DP Tour Plus?
Somos uma empresa de transportes. Não somos DMC, somos uma empresa de transportes B2B puro e os nossos clientes-alvo são as agências de viagens, DMC e hotéis. Fazemos muitos serviços para hotéis.

Portanto, não somos um DMC e não vendemos diretamente ao público, ao contrário do que, por vezes, o mercado pensa.

Quanto aos serviços, fazemos tours e transferes. Estamos a especializar-nos muito em alguns tours, nomeadamente em três, que são: Portugal com Santiago de Compostela, num tour de 10 dias; Portugal e Andaluzia; e temos também muitos tours que começam em Portugal e terminam em Espanha ou vice-versa. Estes são os tours em que somos especialistas.

Além destes, que são também aqueles que vendemos mais, criámos três tours que ainda não têm grande procura porque ainda não são conhecidos mas que foram criados em consequência de viagens de inspeção. São tours que fogem um pouco do resto que fazemos, um é sobre as raízes do povo judeu em Portugal, num tour de seis dias; outro é a EN2 – não é um tour original, a estada já lá está, mas fui lá experimentar e escolher os melhores locais para realizar paragens, para alojamento e para viver algumas experiências. Depois, temos ainda um tour dos Templários, que explora a história dos Templários em Portugal, além de Tomar e Almourol.

Temos um catálogo com alguns tours definidos e, depois, também fazemos tours à medida do cliente. Ou seja, se um DMC nos pedir, por exemplo, um tour em Marrocos, também fazemos.

Fazemos igualmente transferes – o grosso do negócio são os tours, mas também fazemos transferes, principalmente para a hotelaria.

Mas queria deixar claro que somos transportistas, não somos um DMC.

Esta empresa não é um hobby. É uma empresa séria, profissional, não é apenas uma coisa para estar entretido, ao contrário do que uma parte do setor possa pensar”


Porque optou pela área dos tours e transferes quando pensou em criar a sua própria empresa?
É um negócio que conheço. Fui admitido na Agência Abreu, como guia, com 25 anos. Trabalhei como guia durante muitos anos, até me convidarem para ficar no escritório. Estive quase 40 anos na Abreu e uma das funções que tinha eram as excursões de autocarro. Adquiri todo um ‘know how’ que me permite, hoje, saber do negócio, saber o que o cliente quer e permite-me antever e antecipar alguns problemas, o que acaba por contribuir para que possamos dar um melhor serviço porque conseguimos pensar em pormenores que escapam a muita gente. Por exemplo, devido ao facto de não termos condições no aeroporto de Lisboa, arranjámos umas placas de dimensões maiores para que os clientes nos vejam quando chegam. E funciona, felizmente não tenho ‘no shows’, mas é um detalhe de que só quem já conhece este mundo se lembra.

A escolha desta área de negócio foi intuitiva, atendendo à experiência que já tinha em autocarros?
Quando pensei em criar a empresa, pensei em dois ou três negócios, porque me sentia com capacidade para continuar a trabalhar. Este negócio foi um pouco intuitivo, porque é aquilo que honestamente sei fazer. Também fiz muitos charters, creio que foram centenas, mas não tinha capacidade para criar um operador, é preciso uma grande capacidade financeira. Os charters são muito caros e o risco é muito grande e, por isso, foi uma ideia que ficou logo de parte e percebi que aquilo que, de facto, está no meu ADN são os autocarros.

Mas esta empresa não é um hobby. É uma empresa séria, profissional, não é apenas uma coisa para estar entretido, ao contrário do que uma parte do setor possa pensar. Quando decidi avançar com este projeto foi com muita convicção e, agora, o objetivo é que o negócio cresça.

Enquanto empresa de transportes B2B, têm parcerias com DMC´s, agências e hotéis?
Sim, temos várias parcerias. Não nego que o facto de ter estado muitos anos no mercado – primeiro na Abreu e, depois, na Ávoris -, é uma vantagem, consegui angariar muitas amizades e, acima de tudo, muita confiança. Aquilo que sempre caracterizou a minha atuação foi a honestidade. Ao longo da minha carreira profissional, sempre fiz bons negócios sem mentir ou enganar, sempre fiz negócios com transparência e honestidade. Por isso, conquistei essa imagem no mercado e as pessoas associam a minha pessoa a essa imagem, o que acaba por ser uma mais-valia e uma responsabilidade muito grande.

Queremos diversificar e sentimos necessidade de ter, pelo menos, uma viatura de 26/28 lugares e outra de 45/48 lugares. Este é o nosso propósito a médio prazo”


Serviço e viaturas
Que tipo de viaturas tem a DP Tours Plus?
Neste momento, temos três Mercedes Sprinter de 15 lugares e uma de nove, e temos motoristas próprios. Ou seja, estamos especializados em serviços para pequenos grupos, de 10, 12 e até um máximo de 15 pessoas. Mas queremos diversificar e sentimos necessidade de ter, pelo menos, uma viatura de 26/28 lugares e outra de 45/48 lugares. Este é o nosso propósito a médio prazo, porque já houve algumas situações em que não conseguimos corresponder aos pedidos porque não tínhamos capacidade, embora estejamos associados a um ‘pool’ que tem viaturas maiores e às quais podemos recorrer, mas que não são nossas.

Os tours da DP Tours Plus contam com serviço de guia?
Sim, temos uma seleção de guias – quatro ou cinco – que não trabalham exclusivamente para nós. Hoje em dia, há muito poucas empresas em Portugal com guias efetivos. Nós também não temos, mas trabalhamos com uma seleção de guias que conheço muito bem e que são excelentes.

Que características têm as vossas viaturas, nomeadamente em termos de conforto e mais-valias para os passageiros? Têm, por exemplo, internet Wi-Fi?
A Mercedes Sprinter é uma viatura que tem a carroçaria feita em Portugal e isso permite-nos dizer aquilo que queremos, ou seja, é como fazer um fato à medida. Introduzimos uma série de upgrades que não são estandardizados. Por exemplo, na versão original, o frigorifico tem capacidade de 20 litros, nós aumentámos para 65 litros. Além disso, o degrau não baixava até ao chão, o que poderia ser complicado para pessoas com dificuldade de locomoção e pedimos para que assim fosse.

No caso da internet, também temos Wi-Fi a bordo e que funciona. Mas não é só, os bancos também se podem movimentar lateralmente, a bagageira tem maior capacidade – até porque trabalhamos muito com o mercado brasileiro, que vem duas ou três semanas de férias para a Europa e costuma trazer muita bagagem. Como tivemos oportunidade de ajudar a desenhar o veículo, aumentámos 20% a 25% a bagageira.

Depois, são veículos automáticos que são, de facto, muito cómodos e seguros e, por isso, posso dizer que não vamos mudar de marca, estamos muito satisfeitos, são veículos excelentes.

O conforto das viaturas também contribui para a diferenciação do serviço?
Não me parece que seja por aí, em Portugal há muitas empresas com muito bons veículos. Quando temos autocarros, ficamos viciados e damos por nós a olhar para os veículos da concorrência e, por isso, tenho noção de que há muita qualidade e, embora os nossos sejam veículos muito evoluídos, não é isso que diferencia o serviço.

Então o que é que diferencia o serviço da DP Tours Plus?
A diferença está no próprio serviço e na confiança que existe entre nós e os clientes. Para dar um exemplo, no nosso profile, está o meu número de telefone pessoal e quando dizemos que temos assistência 24h, é mesmo 24h. O meu telefone está sempre ligado e os clientes sabem disso, como também sabem que temos backups, e isso é importante porque os autocarros avariam, há acidentes e estamos muito bem preparados para responder a qualquer problema.

Portanto, esta confiança é muito importante e, depois, também é fundamental que exista cordialidade. O nosso lema é “we are professional and friendly” e é isso que procuramos dar aos nossos clientes. Temos de ser cordiais e humildes, as pessoas que trabalham connosco sabem que temos uma política de tolerância zero, ou seja, o cliente tem sempre de ser bem tratado, se não os tratamos bem corremos risco de abrir falência.

Por isso, a grande diferença não está no autocarro e é preciso ver que o nosso cliente não é o passageiro, é o DMC ou a agência que nos enviou esse passageiro. Portanto, quando prestamos um bom serviço, fidelizamos um cliente para nós e para a agência. E isso também é muito gratificante. Lutamos para fazer o melhor e para o cliente ficar satisfeito, oferecendo um bom produto, um bom atendimento e um bom pós-venda. O que nos distingue não é o autocarro, mas o serviço de excelência que procuramos dar ao cliente.

Perspetivas e desafios
No início desta entrevista disse que o arranque da DP Tours Plus foi complicado devido à pandemia, mas que, agora, já existe procura. Como está a correr o negócio?
Em relação ao verão, estamos bem. Quanto ao inverno, prefiro esperar, não posso dizer como vai correr porque ainda não temos histórico.

O que posso dizer é que o verão está a correr muito bem, até um pouco melhor do que eram as nossas expectativas, o que também nos dá algum alento de que, pelo menos, possamos enfrentar o inverno com aquilo que fizemos no verão. Para quem viveu as dificuldades dos últimos dois anos, posso dizer que estamos satisfeitos.

É muito difícil quando começamos de novo, é preciso começar a ganhar tração, mas posso dizer que as coisas estão a correr bastante bem e que estamos a lutar para que também o inverno possa correr bem. Não estamos à espera de que as coisas aconteçam e, por isso, já estamos a trabalhar no inverno para termos uma temporada aceitável.

É muito difícil quando começamos de novo, é preciso começar a ganhar tração, mas posso dizer que as coisas estão a correr bastante bem e que estamos a lutar para que também o inverno possa correr bem”


Ao nível de mercados, quais são os que estão a registar maior procura pelos serviços da DP Tours Plus?
Todas as empresas têm mercados preferenciais e os nossos são aqueles onde tenho algumas raízes, nomeadamente na América Latina. Trabalhei muitos anos na Argentina, Chile, México, Colômbia, Uruguai e Bolívia. Depois, também temos o Brasil, que é um excelente mercado para nós, assim como a Argentina e o Uruguai. Às vezes é preciso conhecer os mercados para os conseguirmos trabalhar e, felizmente, fruto da minha experiência e de ter trabalhado muitos anos com esses mercados, adquiri algum ‘know how’ e sei como tratar esses clientes.

Além desses mercados, há outro que também trabalhamos muito bem, que é o mercado espanhol.

Não teve cancelamentos desses mercados da América Latina, nomeadamente do Brasil, devido à guerra na Ucrânia?
No início, houve o receio de que o facto da guerra ser na Europa pudesse levar alguns mercados, como o brasileiro, a terem receio de vir para a Europa. Eu próprio ouvi os comentários e também, até certo ponto, pensei que isso pudesse acontecer, mas agora posso dizer que estava completamente enganado.

Na DP Tours Plus, não tivemos problemas de cancelamentos e, ainda esta semana estivemos em Évora com um grupo e 80% eram brasileiros. É um mercado que trabalhamos bem.

Mas a guerra está a trazer também outros problemas, nomeadamente inflação e aumento dos custos. No caso da DP Tours Plus, este aumento de custos vai ser um problema?
Já está a ser um problema. A maioria das empresas de transportes já está a pagar mais 30% ou 40% no combustível e não estamos a refletir esses aumentos nos preços finais. Portanto, é um problema que nos afeta imenso, admito que alguns transportistas tenham força para refletir na conta final esse aumento, mas também conheço muitos que não e eu sou um deles.

Como é que se consegue gerir uma empresa de transportes com o combustível a aumentar semanalmente?
É muito complicado. Há seis meses, um litro de gasóleo custava 1,30 euros e, agora, custa 2,23 euros. Ou seja, quando enchemos o depósito de uma sprinter custa 130 euros e não há crédito.

Admito que a maioria das empresas não está a refletir na fatura final estes aumentos, nós, por exemplo, não temos essa capacidade mas, se esta tendência se mantiver, mais cedo ou mais tarde, isso vai ter de acontecer.

Tenho a esperança que a guerra acabe rápido e que o preço dos combustíveis volte a normalizar mas, se a subida se mantiver, não conseguimos manter os preços. Ou temos capacidade de refletir isso na conta do cliente – o que também nos vai prejudicar porque o preço final fica mais alto e o cliente, depois, já não quer – ou esta subida não será suportável por muito tempo. Mantenho a esperança que a guerra acabe antes do inverno e que o gasóleo possa descer.

Aeroporto
Outro problema, que é, aliás, uma questão que se arrasta há décadas, é o aeroporto de Lisboa e, há poucas semanas, foi proposta a solução de dois aeroportos – Montijo e Alcochete. Como vê esta hipótese, poderia ser a solução que o setor do turismo precisa?
Acerca dessa proposta de dois aeroportos, nem faço comentários porque penso que foi um absurdo. Mas o certo é que, nesta questão do aeroporto, andamos atrasados 50 anos.

Acho que a melhor solução seria Alcochete, porque seria um aeroporto para o futuro. Mas, acima de tudo, o que peço, assim como o setor do turismo, é que seja rápido.

O problema da Portela é que só dá para metade dos passageiros. Para as pessoas que vêm de fora do espaço Schengen, e nós temos muitos clientes brasileiros, é um problema porque são horas de espera. Posso dar um exemplo, há pouco tempo tive um grupo de 13 pessoas que chegou a Lisboa e, depois, fez um tour pela Andaluzia. Era um grupo que vinha de Salvador, no Brasil, e estava previsto chegar às 11h00, mas o voo até chegou antes, às 10h35. Sabe a que horas os clientes saíram do aeroporto? Às 18h10, e ainda fomos para Córdoba, em Espanha, onde só chegámos às 03h30.

Portanto, acho sinceramente que as pessoas que andam a protelar esta decisão nunca viveram estes problemas. O nosso prazo de validade já terminou e acho que as pessoas que decidem não têm essa noção.

E Beja, qual é a sua opinião sobre a utilização deste aeroporto em complemento de Lisboa?
Há cerca de cinco anos fiz uma inspeção ao Aeroporto de Beja com outros operadores e não nos convenceu. Não há autoestrada, não há comboio, não tem condições nenhumas.

As condições do aeroporto até são boas e, apesar de ser pequeno, o aeroporto funciona. O problema é a distância a que está de Lisboa, além da concorrência, como se explicaria que uns voos partissem de Lisboa e outros de Beja? Nessa altura, estava na operação turística e percebi que um operador que colocasse um charter em Beja só venderia quando os charters que partissem da Portela estivessem cheios e é preciso ver que o risco de um charter é muito grande.

Portanto, estamos atrasados e não temos grande alternativa à construção do aeroporto em Alcochete. O que gostaria era que fosse rápido porque estamos muito carentes.

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A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior. 

A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior.

De acordo com um novo relatório da empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, “durante os primeiros três meses do ano, mais de seis milhões de passageiros apanharam um voo a partir de um aeroporto português”, tendo a grande maioria das ligações aéreas, cerca de 70%, sido efetuadas à hora prevista.

No entanto, cerca de dois milhões de pessoas sofreram alguma perturbação no seu voo e, “embora na maioria dos casos se tratasse de atrasos menores e não dessem origem a uma compensação financeira, perto de 114 mil pessoas encontram-se elegíveis para receber uma indemnização por um atraso superior a três horas, pelo cancelamento do seu voo ou pela perda de uma ligação causada pelo atraso de um voo anterior”.

A AirHelp diz que, comparando com o mesmo período do ano passado, “verifica-se uma redução do número de voos e de passageiros”, uma vez que, nos três primeiros meses de 2025, registaram-se cerca de 47 mil voos contra 48 mil em 2024, o que significa menos 2% de voos e menos 4% de passageiros.

Apesar deste declínio, a taxa de perturbações de voos aumentou cerca de 13% em comparação com o ano anterior”, acrescenta a AirHelp, que diz também que “os passageiros com direito a indemnização aumentaram consideravelmente (48%)”, passando de de 75 mil em 2024 para quase 113 mil em 2025, o que se deveu “a um aumento dos voos com atrasos superiores a três horas”.

Aeroporto de Lisboa regista maioria dos atrasos

O relatório da AirHelp mostra também que a TAP foi a companhia aérea a operar em Portugal que registou a maioria dos atrasos, uma vez que, dos mais de dois milhões de passageiros transportados pela companhia aérea nacional até março, 38% registou alguma agitação com mais de 41 mil destes passageiros a estarem elegíveis para uma compensação financeira.

De seguida, surge a Ryanair, que transportou mais de um milhão de passageiros no primeiro trimestre, dos quais, refere a AirHelp, “apenas 26% dos passageiros sofreu alguma perturbação no seu voo”, pelo que pouco mais de sete mil têm direito a compensação financeira.

No que diz respeito a aeroportos, o destaque volta a recair em Lisboa, que se manteve como o aeroporto que registou “mais perturbações nos seus voos”, com 40% dos voos a registar algum atraso ou a ser cancelado, o que resulta em 39,5% dos passageiros aéreos a verem alguma perturbação nos seus voos.

Já o Aeroporto de Faro teve 84,5% dos voos sem qualquer perturbação, enquanto o Aeroporto do Porto registou 80% dos voos sem perturbações, pelo que 80,2% dos passageiros desta infraestrutura registaram “um voo tranquilo”.

 

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Frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, indica estudo

Segundo um relatório da empresa de consultoria e gestão Oliver Wyman, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, o que constitui um desafio para o setor da aviação comercial em todo o mundo.

A frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, passando de um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década, apurou o relatório ‘Global Fleet And MRO Market Forecast 2025-2035’, da Oliver Wyman, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, 10 de abril.

“A aviação comercial na Europa Ocidental encontra-se numa fase de crescimento sustentado, com uma previsão de aumento de 27% na sua frota até 2035, o que representa um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década”, avança a empresa de consultoria e gestão, em comunicado.

Segundo este estudo, que analisa as tendências do setor e oferece uma perspectiva a 10 anos sobre a evolução da frota de transporte aéreo comercial e as suas implicações no mercado de manutenção, reparação e revisão (MRO), na próxima década, o total de aeronaves comerciais vai passar de 29.000 em 2025 para 38.300 em 2035, com um crescimento anual de 2,8%.

O relatório realça, no entanto, que as limitações na produção de novas aeronaves e os problemas na cadeia de fornecimento estão a resultar num “atraso recorde nas entregas, dificultando a capacidade do setor de satisfazer a crescente procura”.

“Esta situação agrava-se pela escassez de mão-de-obra, que obriga a prolongar os tempos de manutenção e reparação, especialmente em regiões como a Europa Ocidental e a América do Norte”, acrescenta a informação divulgada.

Segundo Carlos García Martín, sócio de Transporte e Serviços e especialista em Aviação da Oliver Wyman, “o envelhecimento da frota, a escassez de mão-de-obra qualificada e as limitações na cadeia de fornecimento, aliados a uma forte procura de transporte aéreo, estão a gerar grandes desafios no setor aeronáutico”, motivo pelo qual, para sustentar o seu crescimento a longo prazo, “a indústria terá de implementar estratégias inovadoras que promovam uma maior eficiência operacional”.

De facto, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, uma vez que, atualmente, a carteira de encomendas ultrapassa as 17.000 unidades, o valor mais alto registado, pelo que, com o ritmo atual de fabrico, “esses pedidos levarão 14 anos a ser entregues, o dobro do tempo que as companhias aéreas tinham de esperar antes de 2019”.

“Desde 2018, quando a indústria alcançou um recorde de mais de 1.800 aeronaves fabricadas, a produção caiu significativamente. Em 2024, foram entregues menos de 1.300 unidades novas, o que representa uma redução de 30% face a seis anos antes, apesar de o número de passageiros ter atingido os 4.800 milhões em 2024, com previsão de ultrapassar os 5.000 milhões em 2025. Além disso, os passageiros por quilómetro transportado (RPK) aumentaram quase 4% em comparação com os níveis máximos de 2019”, refere o relatório.

A falta de renovação da frota também tem estagnado as melhorias na eficiência de combustível, que em 2024 não registaram avanços, ao contrário dos aumentos anuais de 1,5% a 2% observados nos anos anteriores.

“Estima-se que, a nível mundial, a produção anual de aviões será inferior às entregas até 2030, o que deverá gerar um défice de 2.000 aeronaves. Além disso, a idade média das aeronaves em serviço aumentou de 12,5 anos em 2023 para 13,4 anos em 2024, e projeta-se que atinja os 24 anos em 2035. Estes atrasos não afetarão apenas a rentabilidade das companhias aéreas, mas também aumentarão os custos de manutenção, reparação e operações”, considera a Oliver Wyman.

Contudo, o envelhecimento da frota, os problemas de durabilidade em aviões e o surgimento de motores de nova geração, assim como a crescente procura de manutenção estão a beneficiar o setor de manutenção, reparação e revisão (MRO), que deverá atingir 119.700 milhões de dólares este ano, impulsionado pela necessidade de manter operativas aeronaves mais antigas.

“Até 2035, espera-se que o setor MRO cresça a uma taxa composta de 2,7%, alcançando os 156.800 milhões de dólares, um aumento de 31% em relação a 2025”, acrescenta o relatório da Oliver Wyman.

Na Europa Ocidental, estima o relatório, o mercado MRO crescerá significativamente, passando de 25.000 milhões de dólares em 2025 para 30.000 milhões em 2035, impulsionado principalmente pela procura de manutenção de motores, que aumentará de 12.600 milhões em 2025 para 14.000 milhões em 2035.

Apesar destes desafios, a aviação comercial continua a ser um pilar-chave da economia global, pelo que a “expansão da frota, o crescimento do mercado MRO e a adaptação das companhias aéreas aos novos desafios operacionais serão fundamentais para garantir a competitividade do setor nos próximos anos”.

“Neste contexto, enquanto os mercados emergentes continuam a sua expansão, as regiões mais maduras terão de se concentrar na modernização das suas frotas e na otimização da eficiência operacional para enfrentar as exigências de um mercado em transformação”, conclui a informação divulgada.

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Zâmbia acolheu 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas

O 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas, que terminou esta quinta-feira, na Zâmbia, delineou planos concretos para alcançar objetivos comuns, com foco na inovação, cooperação técnica, conectividade , investimentos em turismo e confiança do turista através da segurança.

De acordo com dados da ONU Turismo, ambas as regiões recuperaram dos impactos da pandemia: em 2024, a África recebeu 74 milhões de chegadas internacionais, mais 7% face a 2019 e mais 12% em comparação com o 2023, enquanto as Américas acolheram 213 milhões, o que equivale a 97% das chegadas pré-pandemia. O encontro da Zâmbia deixou claros os fortes vínculos entre as duas regiões, tanto em termos de visitantes entre as regiões e dentro delas, como em termos de mercados de origem e destinatários de investimentos.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que este encontro “é prova do compromisso duradouro da África e das Américas com a cooperação além das fronteiras e dos oceanos”, para avançar que “o nosso propósito é promover o crescimento inclusivo e garantir que o turismo continue a ser um motor de prosperidade partilhada. Acima de tudo, ao focar em formação e desenvolvimento de competências, estamos a dar às pessoas, especialmente aos jovens, os meios para ter sucesso no mundo competitivo de hoje.”

Aumentar e direcionar o investimento para o turismo é um dos pilares fundamentais da Declaração de Punta Cana. Na Zâmbia, a ONU Turismo partilhou as suas conquistas nessa área prioritária. Até o momento, foram publicadas 18 edições das “Diretrizes para Negócios no Turismo ” para investimentos para destinos na África e nas Américas, enquanto outras 10 estão em desenvolvimento.

As diretrizes destacam o enorme potencial de investimento em turismo dentro e entre as regiões. Entre 2019 e 2024, a África investiu cerca de 3,9 milhões de dólares em 36 projetos nas Américas, enquanto a América Latina e as Caraíbas investiram o mesmo valor em 34 projetos na África. Com o objetivo de elevar esses níveis, a ONU Turismo anunciou planos para organizar uma Conferência Bienal de Investimento em Turismo África-Américas. A conferência reunirá governos, instituições financeiras, atores do setor privado e parceiros de desenvolvimento com o objetivo de impulsionar os fluxos de investimento intercontinentais e direcionar o investimento através de prioridades partilhadas.

Com mais de 50% da força de trabalho do turismo com menos de 25 anos, o setor oferece vastas oportunidades para os jovens, especialmente na África – o continente mais jovem do mundo – e nas Américas. Para colocar em prática os objetivos educacionais da Declaração de Punta Cana, a ONU Turismo está a promover ações de formação em ambas as regiões, pretendendo alcançar cerca de 2.000 beneficiários em África e nas Américas através dos seus novos cursos via WhatsApp para desenvolvimento profissional.

Em sintonia com a educação, a Declaração de Punta Cana coloca a inovação no centro da cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento do turismo. Em Livingstone, a ONU Turismo anunciou o lançamento de uma primeira Competição de Startups para as regiões. O desafio “Pontes de Inovação” procurará empresas prontas para enfrentar desafios nas áreas de sustentabilidade, inclusão e transformação digital, com foco nas comunidades locais.

O investimento também será o principal objetivo do primeiro Escritório Temático de Turismo da ONU em Marrocos. O escritório pretende ser um centro de inovação, com programas de aceleração para startups regionais, pesquisa e desenvolvimento, e para celebrar novos talentos através de Aventuras Tecnológicas no Turismo.

No que diz respeito à conetividade e segurança turística, refira-se que a 2ª Conferência Ministerial sobre Turismo e Transporte Aéreo em África, que terá lugar realizada em Angola em julho, terá como foco IA e inovação para conectividade, e na Zâmbia, o encontro destacou o progresso da ONU Turismo na elevação dos padrões de segurança para turistas, aumentando assim a confiança em viagens para ambas as regiões.

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TAP distinguida pela experiência dos passageiros na Europa

A distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

A TAP recebeu esta quarta-feira, 9 de abril, o prémio das revistas PAX International e PAX Tech de Best Overall Passenger Experience na Europa, distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e que foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

“Anualmente, a PAX convida os seus leitores e o setor da aviação a participar nos PAX Readership Awards, que pretendem distinguir as realizações das companhias aéreas em áreas como o serviço de catering, a inovação na área do entretenimento a bordo, a conectividade, a oferta em termos de lugares e tem em conta a experiência do passageiro no setor”, explica a TAP, em comunicado.

Segundo Jane Hobson, diretora das revistas PAX, estes prémios “são mais do que um simples reconhecimento; são um reflexo da forma como a indústria continua a evoluir e a exceder as expectativas dos passageiros”.

Já Robynne Trueman, editor da área de Business das revistas, acrescenta que “o que torna estes prémios tão especiais é o facto de serem orientados pelas pessoas que experimentam estas inovações em primeira mão”, ou seja, os leitores das revistas PAX International e PAX Tech.

Recorde-se que, em 2024, a TAP Air Portugal recebeu o prémio da PAX International na categoria de Best Cabin Interior Passenger Experience e, na categoria Outstanding Food Service by a Carrier, nas edições de 2019, 2020, 2022 e 2023.

As revistas PAX, do grupo Paramount Publishing Inc., dedicam-se ao setor da aviação e são publicadas cinco vezes por ano.

 

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Meeting Industry

Mais de 60 países e regiões presentes na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau abre 25 de Abril com a presença de empresários de mais de 60 países e regiões para exploração conjunta de oportunidades de negócios, avança a Direção dos Serviços de Turismo do território (DST).

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau terá lugar de 25 a 27 de abril, nos Pavilhões A, B, C e D da Cotai Expo, do The Venetian Macao. Sob o slogan “Explore a MITE, Experimente o Mundo”, o evento apresenta seis novos destaques, e reunirá a participação de um maior número de operadores turísticos e sectores relacionados nacionais e estrangeiros, de acordo com nota publicada na página oficial do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.

Até agora, o certame já atraiu a participação de aproximadamente 600 expositores provenientes de mais de 60 países e regiões, e de cerca de 500 compradores profissionais provenientes da Grande China e do exterior, tendo o número de stands internacionais aumentado em perto de 50%. Esta edição evidencia uma vez mais que a Expo de Turismo tem vindo a desempenhar, de forma eficaz, o seu papel de plataforma de oportunidades de negócios de turismo internacional, a destacar o seu efeito enquanto evento de marca, a promover o intercâmbio e a cooperação de turismo regional e internacional, e a contribuir para a construção de Macau como uma plataforma de alto nível de abertura ao exterior.

Com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China (RPC), do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM e do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, a 13.ª Expo de Turismo (Macao International Travel (Industry) Expo – MITE) conta a organização da Direção dos Serviços de Turismo (DST), e a coordenação da Associação das Agências de Viagens de Macau.

Em conferência de imprensa, que contou com a presença da diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, dos subdiretores da DST, Cheng Wai Tong e Ricky Hoi, e do presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau, Alex Lao, foram divulgados os pormenores do evento.

Na sua intervenção, a diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, referiu que a Expo de Turismo continua a elevar a qualidade e a inovação, a aumentar a eficácia, a atrair mais operadores turísticos nacionais e estrangeiros, e a impulsionar as oportunidades de cooperação intersectorial “turismo +”. Indicando que, até à data, existem mais de 300 stands internacionais, o que representa um aumento significativo de 50% em relação ao ano passado, e que compradores nacionais e estrangeiros também participam ativamente na expo, assinalou que tal demonstra o papel eficaz da Expo de Turismo como plataforma de oportunidades de negócios para o turismo internacional, beneficiando a expansão empresarial, promovendo o intercâmbio e a cooperação turística regional e internacional, e contribuindo para a construção de Macau como uma plataforma de abertura ao exterior de alto nível.

A DST volta a organizar este ano a participação de compradores convidados em visitas de familiarização em Macau e na Ilha de Hengqin. Durante as visitas, serão organizados passeios a diferentes bairros comunitários de Macau para experienciar os elementos de “turismo +”, incluindo dispositivos para tirar fotografias de grande escala de propriedade intelectual a nível internacional instalados na Zona Norte. Por outro lado, mais de uma centena de representantes de associações de agências de viagem locais e estrangeiras foram convidados a participar na Bolsa de Contactos para Operadores Turísticos, para contactos com operadores turísticos de Macau e exploração de oportunidades de negócio, e participação ainda em visitas de familiarização.

A 13.ª Expo de Turismo, que ocupa uma área de 30 mil metros quadrados, trará novas informações e produtos turísticos de Macau e do resto do mundo, incluindo ofertas especiais durante o período do evento, lançadas por vários expositores, e mais de 70 apresentações temáticas de turismo e fóruns, entre outros.

 

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Enoturismo

Unidades turísticas do Pacheca Group renovam certificação Biosphere para 2025

A Quinta da Pacheca, o Hotel Folgosa Douro, o Olive Nature Hotel & Spa e o Caminhos Cruzados, acabam de ser reconhecidos pelo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, com a renovação dos certificados Biosphere para 2025.

O compromisso do Pacheca Group com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, no âmbito da Agenda 2030, foi reconhecido com a renovação dos certificados ‘Biosphere’ das quatro unidades turísticas do grupo empresarial para 2025: Quinta da Pacheca, Hotel Folgosa Douro, Olive Nature Hotel & Spa e Caminhos Cruzados.

As unidades no Douro (Quinta da Pacheca e Hotel Folgosa Douro) e de Trás-os-Montes (Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos) obtiveram a primeira certificação em 2024, enquanto o produtor do Dão (Caminhos Cruzados) é certificado pela entidade internacional desde 2023.

A certificação da ‘Biosphere’, sistema desenvolvido pelo Instituto de Turismo Responsável (RTI), é concedida a destinos e empresas que garantam um equilíbrio adequado, a longo prazo, entre os aspetos económicos, socioculturais e ambientais.

A Quinta da Pacheca é elogiada pela “oferta gastronómica, preparada seguindo protocolos de segurança sanitária”, a criação de “emprego de qualidade, promovendo a contratação e a formação de profissionais locais” e o incentivo ao “uso responsável da água”, enquanto o Hotel Folgosa Douro promove “sistemas de gestão mais responsáveis e participativos”, fornece “informações sobre os recursos naturais do território” e incentiva o “planeamento, projeto e construção de infraestruturas sustentáveis”.

Por sua vez, a ‘Biosphere’ destaca a “notável contribuição” do Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos, em Trás-os-Montes, nos parâmetros de “água limpa e saneamento”, “energia acessível e não poluente” e “inovação e infraestrutura industrial”. A unidade hoteleira de Valpaços é ainda reconhecida por fornecer “informações sobre os recursos naturais do território” e por promover “a conservação do património cultural e natural local” e a “adoção de estilos de vida e hábitos mais saudáveis”.

A Caminhos Cruzados, por fim, vê a certificação renovada por participar, entre outros, no “desenvolvimento de projetos educacionais de outras entidades”, dar a conhecer “os compromissos, boas práticas e esforços sustentáveis” e tomar medidas “para evitar o desperdício de alimentos”.

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Enoturismo

Quinta do Quetzal tem nova diretora de Enoturismo

Joana Lança é a nova diretora de Enoturismo da Quinta do Quetzal, responsável por desenvolver e implementar estratégias inovadoras que visem aprimorar a experiência dos visitantes e promover a riqueza dos vinhos da herdade, além de coordenar visitas guiadas, degustações e eventos especiais.

A nova diretora de Enoturismo da Quinta do Quetzal, na Vidigueira, coração do Alentejo, é técnica superior de turismo pelo Instituto Politécnico de Beja, estagiou em Londres, em Roma e em Portugal passando pelo S. Lourenço do Barrocal, pelo departamento de reservas do Troia Resort e por fim pelo Convento do Espinheiro em Évora. Posteriormente passou para a Herdade dos Grous de onde transitou para este novo desafio.

Nas novas funções, trabalhará em estreita colaboração com o chefe João Mourato, o Sommelier João Santos e toda a sua equipa, para criar programas que destacam a singularidade dos vinhos produzidos na Quinta do Quetzal, assim como a beleza da região.

Joana Lança será responsável por desenvolver e implementar estratégias inovadoras que visem aprimorar a experiência dos visitantes e promover a riqueza dos vinhos da herdade, além de coordenar visitas guiadas, degustações e eventos especiais.

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Análise

Viagens e turismo criarão 4,5 milhões de novos empregos na UE até 2035

A pesquisa de Impacto Económico elaborado pelo WTTC estima que, até 2035, as viagens e turismo deverão gerar mais 4,5 milhões de empregos, para atingir mais de 30 milhões, o que reforça o papel do setor na União Europeia. Isto quer dizer que um em cada sete empregos será neste setor, tornando-a numa das indústrias estrategicamente mais importantes dentro da UE.

As previsões do WTTC mostram que a contribuição de viagens e turismo para o PIB aumentará para quase 2,3 biliões de euros, com sua participação económica subindo para pouco menos de 11%, no mesmo período. O setor continuará a superar o crescimento económico mais amplo, com um CAGR de 10 anos de 1,8%, em comparação com 1,3% para a economia da UE em geral, enquanto o setor contribuirá com mais de 900 mil milhões de euros anualmente para os governos da UE através de receitas fiscais.

Por outro lado, o WTTC estima que, na União Europeia, os gastos dos visitantes internacionais cheguem a 730 mil milhões de euros nos próximos 10 anos, enquanto os gastos dos visitantes nacionais devem ultrapassar 1,2 biliões de euros.

Com os olhos postos apenas neste ano, o organismo estima que o setor de viagens e turismo em toda a UE contribua com quase 1,9 biliões de euros para o PIB da região, representando 10,5% da economia da UE. Espera-se que o emprego atinja quase 26 milhões, representando 12% de todos os empregos da União Europeia, o que classifica como um sinal claro do crescente impacto do setor.

As previsões do WTTC é que os gastos dos visitantes internacionais atinjam 573 mil milhões de euros este ano, crescendo mais de 11% em relação a 2024, enquanto os gastos domésticos devem aumentar, atingindo 1,1 biliões, uma subida de 1,6% face ao ano anterior.

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Destinos

Barómetro do Turismo do IPDT antecipa uma Páscoa positiva

Além das expectativas para o período da Páscoa, a 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Turismo e Consultoria procurou também saber o impacto que os especialistas do setor esperam que as próximas eleições autárquicas tenham no turismo, assim como a importância do segmento MICE.

A 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT – Turismo e Consultoria traz expectativas positivas para o próximo período festivo da Páscoa, com a maioria dos inquiridos a anteciparem um aumento nas receitas do turismo do mercado interno, assim como do mercado externo.

“Relativamente aos indicadores analisados, verifica-se uma perspectiva de evolução positiva na rentabilidade dos negócios do turismo durante o período da Páscoa de 2025. Cerca de 56% dos membros do Barómetro do Turismo antecipam um aumento nas receitas do turismo do mercado interno, apontando para um desempenho superior face ao período homólogo de 2024”, lê-se na informação divulgada pelo IPDT.

Os membros do Barómetro do Turismo antecipam também que “o número de dormidas e de hóspedes no mercado interno apresentará um comportamento semelhante ao verificado na Páscoa de 2024”, com 61% dos inquiridos a defenderem que “estes indicadores deverão manter-se estáveis”.

O Barómetro do Turismo do IPDT apurou ainda que também em relação ao mercado externo as expectativas estão em alta, uma vez que “as previsões para o mercado externo revelam-se mais positivas do que as apresentadas para o mercado interno”.

“Cerca de 66% dos membros do Barómetro do Turismo antecipam um crescimento das receitas do turismo durante o período da Páscoa de 2025 face ao período homólogo de 2024”, acrescenta a informação divulgada.

Os resultados do Barómetro do Turismo mostram também que o “indicador número de dormidas verifica uma tendência de crescimento no mercado de externo, com cerca de 49% dos membros do painel a considerarem que este irá melhorar face ao ano transato”.

O inquérito que serve de base à 73.ª edição do Barómetro do Turismo do IPDT decorreu entre 19 a 27 de fevereiro de 2025, reunindo 46 respostas válidas.

Além das expectativas para a Páscoa, o estudo mostra também que, em fevereiro de 2025, o nível de confiança no setor turístico registou 85,2 pontos, naquele que é “o valor mais elevado da série histórica”, com um crescimento de 2,3 pontos face à última edição.

“Este valor indica que apesar dos fatores exógenos, como a instabilidade política global e os cenários de guerra, os membros do painel apresentam-se confiantes face ao crescimento positivo do turismo”, lê-se na informação divulgada.

O estudo procurou ainda avaliar o impacto que os membros do Barómetro do Turismo esperam que as eleições autárquicas, que vão decorrer no último semestre do ano, venham a ter no setor, apurando que 78% dos especialistas não preveem que as eleições autárquicas 2025 representem impacto para o turismo, ainda que “33% consideram que a colaboração entre as autarquias e os empresários é baixa, apontando para a necessidade de maior coordenação”.

Outro dos temas em destaque foi o MICE, com a pesquisa do IPDT a indicar que a “captação de grandes eventos é essencial para o crescimento do setor MICE em Portugal”.

“Os membros do Barómetro do Turismo destacam a segurança e a estabilidade política (23%) e a relação custo-benefício (19%) como os principais atrativos de Portugal para o turismo de negócios. Para impulsionar o setor MICE, 65% dos especialistas indicam a captação de grandes eventos e 63% o investimento em infraestruturas especializadas”, refere ainda o IPDT.

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Destinos

Turismo do Algarve e do Alentejo lançam campanha que reforça posicionamento do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

A nova campanha insere-se no Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, lançado pelo Turismo do Algarve e pela ERT do Alentejo para “regenerar, valorizar e promover os territórios de Aljezur, Monchique e Odemira”, que foram “severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023”.

O Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo lançaram o Programa de Comunicação e Gestão de Branding do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, iniciativa que visa “regenerar, valorizar e promover os territórios de Aljezur, Monchique e Odemira”, que foram “severamente afetados pelos incêndios do verão de 2023”, no âmbito do qual se destaca a campanha “Ao Natural é melhor!” para reforçar o posicionamento destes territórios como destinos autênticos e sustentáveis.

“Financiado pelo Turismo de Portugal no âmbito da Linha + Interior Turismo – Aviso “Regenerar Territórios”, o programa estende-se até agosto de 2026 e representa uma aposta firme na coesão territorial, na sustentabilidade e na valorização da identidade local”, lê-se num comunicado conjunto do Turismo do Algarve e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo.

A nova campanha de branding, que “posiciona o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina como um refúgio de autenticidade, onde a natureza dita o ritmo, e onde o essencial volta a ter protagonismo”, assenta num conjunto de mensagens que “convidam os visitantes a abrandar e reconectar-se com os valores mais simples e puros da vida”.

“Troca as notificações por sensações”, “Faz refresh com os dedos dos pés. Na relva e no mar” ou “Ver casas caiadas de branco, é natural” são as mensagens desta campanha que, segundo a informação divulgada, apresenta um “tom poético e provocador, promovendo uma nova forma de estar no território — descomplicada, presente e consciente”.

Este programa tem também associadas várias iniciativas, a exemplo da já executada reposição da ponte de madeira sobre a Ribeira de Seixe, que é vista como um “símbolo da união entre o Algarve e o Alentejo e que havia sido destruída pelos incêndios”.

“Esta intervenção é parte de um conjunto mais vasto de medidas de qualificação da oferta turística, que inclui também a recuperação de trilhos pedestres e cicláveis da Rota Vicentina, permitindo devolver aos residentes e visitantes o acesso seguro e sustentável à paisagem protegida”, acrescenta o mesmo comunicado.

O plano contempla igualmente a definição e implementação da imagem da campanha, a produção de conteúdos multimédia e materiais de suporte à promoção, bem como um vasto conjunto de ações de comunicação e relações públicas nos mercados nacional e espanhol.

“Entre estas ações destaca-se o evento promocional que terá lugar no Consulado de Portugal em Sevilha e um evento de animação dedicado ao turismo de natureza, a realizar-se em simultâneo nos dois territórios, no último trimestre de 2025. A promoção será reforçada através da participação em feiras internacionais, visitas de familiarização com operadores e jornalistas, e ações de comunicação dirigidas a diferentes públicos e plataformas, em Portugal e na Andaluzia”, referem as duas entidades.

Este programa, refere ainda o comunicado, “traduz uma resposta ambiciosa e estratégica à necessidade de regenerar o território, reposicionando-o como um destino de experiências genuínas, ancorado na natureza, na cultura local e na hospitalidade das suas gentes”, uma vez que, “mais do que um simples destino turístico, o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina apresenta-se como um lugar onde é possível viver devagar, saborear o tempo e recuperar a ligação com o mundo natural”.

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