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“O que nos distingue não é o autocarro, mas o serviço de excelência que procuramos dar ao cliente”

Depois de dois anos em suspenso devido à pandemia, a DP Tours Plus já está a operar em pleno, oferecendo tours e transferes de excelência. Em entrevista ao Publituris, Diamantino Pereira, fundador e diretor-geral da empresa, faz um balanço positivo do arranque e revela os planos para o futuro, que, apesar dos desafios, passam pelo crescimento.

Inês de Matos
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“O que nos distingue não é o autocarro, mas o serviço de excelência que procuramos dar ao cliente”

Depois de dois anos em suspenso devido à pandemia, a DP Tours Plus já está a operar em pleno, oferecendo tours e transferes de excelência. Em entrevista ao Publituris, Diamantino Pereira, fundador e diretor-geral da empresa, faz um balanço positivo do arranque e revela os planos para o futuro, que, apesar dos desafios, passam pelo crescimento.

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Nascida em janeiro de 2020, a DP Tours Plus não teve vida fácil nos primeiros meses. À pandemia e à paragem da atividade turística, juntou-se a falta de apoios, fazendo com que o arranque desta empresa de tours e transferes, que foi fundada e é dirigida por Diamantino Pereira, profissional bem conhecido do trade turístico nacional, só começasse verdadeiramente a operar em abril/maio deste ano.

Apesar do início conturbado, a espera por melhores dias compensou e, atualmente, DP Tours Plus está já a pensar em adquirir mais viaturas para conseguir dar resposta aos diversos pedidos, isto apesar dos desafios que também o mercado dos tours e transferes enfrenta, com destaque para o aumento do preço do combustível. Depois, há a velha questão do aeroporto de Lisboa, que também para estes profissionais há muito deixou de ter condições, o que leva o responsável a pedir “rapidez” na decisão sobre o futuro aeroporto.

O que é a DP Tours Plus, quando nasceu e como sobreviveu a empresa à pandemia da COVID-19?
Desde logo, quero explicar que o nome DP Tours Plus tem este ‘Plus’ porque queremos dar aos clientes em serviço extra, um serviço suplementar e distinto.

Nascemos mal, lançámos a empresa em janeiro de 2020, na FITUR, e, logo em março, levámos com a COVID-19 e estivemos parados dois anos.

Foram dois anos com as viaturas paradas, com custos fixos e não tivemos apoios nenhuns porque éramos uma empresa muito recente. Por isso, foram dois anos muito difíceis.

Mas, apesar das dificuldades, não vendemos nem trocámos veículos e esperámos que surgisse uma nova oportunidade, o que aconteceu agora, em abril e maio, em que já posso dizer que as coisas estão a correr bem.

Que serviços disponibiliza a DP Tour Plus?
Somos uma empresa de transportes. Não somos DMC, somos uma empresa de transportes B2B puro e os nossos clientes-alvo são as agências de viagens, DMC e hotéis. Fazemos muitos serviços para hotéis.

Portanto, não somos um DMC e não vendemos diretamente ao público, ao contrário do que, por vezes, o mercado pensa.

Quanto aos serviços, fazemos tours e transferes. Estamos a especializar-nos muito em alguns tours, nomeadamente em três, que são: Portugal com Santiago de Compostela, num tour de 10 dias; Portugal e Andaluzia; e temos também muitos tours que começam em Portugal e terminam em Espanha ou vice-versa. Estes são os tours em que somos especialistas.

Além destes, que são também aqueles que vendemos mais, criámos três tours que ainda não têm grande procura porque ainda não são conhecidos mas que foram criados em consequência de viagens de inspeção. São tours que fogem um pouco do resto que fazemos, um é sobre as raízes do povo judeu em Portugal, num tour de seis dias; outro é a EN2 – não é um tour original, a estada já lá está, mas fui lá experimentar e escolher os melhores locais para realizar paragens, para alojamento e para viver algumas experiências. Depois, temos ainda um tour dos Templários, que explora a história dos Templários em Portugal, além de Tomar e Almourol.

Temos um catálogo com alguns tours definidos e, depois, também fazemos tours à medida do cliente. Ou seja, se um DMC nos pedir, por exemplo, um tour em Marrocos, também fazemos.

Fazemos igualmente transferes – o grosso do negócio são os tours, mas também fazemos transferes, principalmente para a hotelaria.

Mas queria deixar claro que somos transportistas, não somos um DMC.

Esta empresa não é um hobby. É uma empresa séria, profissional, não é apenas uma coisa para estar entretido, ao contrário do que uma parte do setor possa pensar”


Porque optou pela área dos tours e transferes quando pensou em criar a sua própria empresa?
É um negócio que conheço. Fui admitido na Agência Abreu, como guia, com 25 anos. Trabalhei como guia durante muitos anos, até me convidarem para ficar no escritório. Estive quase 40 anos na Abreu e uma das funções que tinha eram as excursões de autocarro. Adquiri todo um ‘know how’ que me permite, hoje, saber do negócio, saber o que o cliente quer e permite-me antever e antecipar alguns problemas, o que acaba por contribuir para que possamos dar um melhor serviço porque conseguimos pensar em pormenores que escapam a muita gente. Por exemplo, devido ao facto de não termos condições no aeroporto de Lisboa, arranjámos umas placas de dimensões maiores para que os clientes nos vejam quando chegam. E funciona, felizmente não tenho ‘no shows’, mas é um detalhe de que só quem já conhece este mundo se lembra.

A escolha desta área de negócio foi intuitiva, atendendo à experiência que já tinha em autocarros?
Quando pensei em criar a empresa, pensei em dois ou três negócios, porque me sentia com capacidade para continuar a trabalhar. Este negócio foi um pouco intuitivo, porque é aquilo que honestamente sei fazer. Também fiz muitos charters, creio que foram centenas, mas não tinha capacidade para criar um operador, é preciso uma grande capacidade financeira. Os charters são muito caros e o risco é muito grande e, por isso, foi uma ideia que ficou logo de parte e percebi que aquilo que, de facto, está no meu ADN são os autocarros.

Mas esta empresa não é um hobby. É uma empresa séria, profissional, não é apenas uma coisa para estar entretido, ao contrário do que uma parte do setor possa pensar. Quando decidi avançar com este projeto foi com muita convicção e, agora, o objetivo é que o negócio cresça.

Enquanto empresa de transportes B2B, têm parcerias com DMC´s, agências e hotéis?
Sim, temos várias parcerias. Não nego que o facto de ter estado muitos anos no mercado – primeiro na Abreu e, depois, na Ávoris -, é uma vantagem, consegui angariar muitas amizades e, acima de tudo, muita confiança. Aquilo que sempre caracterizou a minha atuação foi a honestidade. Ao longo da minha carreira profissional, sempre fiz bons negócios sem mentir ou enganar, sempre fiz negócios com transparência e honestidade. Por isso, conquistei essa imagem no mercado e as pessoas associam a minha pessoa a essa imagem, o que acaba por ser uma mais-valia e uma responsabilidade muito grande.

Queremos diversificar e sentimos necessidade de ter, pelo menos, uma viatura de 26/28 lugares e outra de 45/48 lugares. Este é o nosso propósito a médio prazo”


Serviço e viaturas
Que tipo de viaturas tem a DP Tours Plus?
Neste momento, temos três Mercedes Sprinter de 15 lugares e uma de nove, e temos motoristas próprios. Ou seja, estamos especializados em serviços para pequenos grupos, de 10, 12 e até um máximo de 15 pessoas. Mas queremos diversificar e sentimos necessidade de ter, pelo menos, uma viatura de 26/28 lugares e outra de 45/48 lugares. Este é o nosso propósito a médio prazo, porque já houve algumas situações em que não conseguimos corresponder aos pedidos porque não tínhamos capacidade, embora estejamos associados a um ‘pool’ que tem viaturas maiores e às quais podemos recorrer, mas que não são nossas.

Os tours da DP Tours Plus contam com serviço de guia?
Sim, temos uma seleção de guias – quatro ou cinco – que não trabalham exclusivamente para nós. Hoje em dia, há muito poucas empresas em Portugal com guias efetivos. Nós também não temos, mas trabalhamos com uma seleção de guias que conheço muito bem e que são excelentes.

Que características têm as vossas viaturas, nomeadamente em termos de conforto e mais-valias para os passageiros? Têm, por exemplo, internet Wi-Fi?
A Mercedes Sprinter é uma viatura que tem a carroçaria feita em Portugal e isso permite-nos dizer aquilo que queremos, ou seja, é como fazer um fato à medida. Introduzimos uma série de upgrades que não são estandardizados. Por exemplo, na versão original, o frigorifico tem capacidade de 20 litros, nós aumentámos para 65 litros. Além disso, o degrau não baixava até ao chão, o que poderia ser complicado para pessoas com dificuldade de locomoção e pedimos para que assim fosse.

No caso da internet, também temos Wi-Fi a bordo e que funciona. Mas não é só, os bancos também se podem movimentar lateralmente, a bagageira tem maior capacidade – até porque trabalhamos muito com o mercado brasileiro, que vem duas ou três semanas de férias para a Europa e costuma trazer muita bagagem. Como tivemos oportunidade de ajudar a desenhar o veículo, aumentámos 20% a 25% a bagageira.

Depois, são veículos automáticos que são, de facto, muito cómodos e seguros e, por isso, posso dizer que não vamos mudar de marca, estamos muito satisfeitos, são veículos excelentes.

O conforto das viaturas também contribui para a diferenciação do serviço?
Não me parece que seja por aí, em Portugal há muitas empresas com muito bons veículos. Quando temos autocarros, ficamos viciados e damos por nós a olhar para os veículos da concorrência e, por isso, tenho noção de que há muita qualidade e, embora os nossos sejam veículos muito evoluídos, não é isso que diferencia o serviço.

Então o que é que diferencia o serviço da DP Tours Plus?
A diferença está no próprio serviço e na confiança que existe entre nós e os clientes. Para dar um exemplo, no nosso profile, está o meu número de telefone pessoal e quando dizemos que temos assistência 24h, é mesmo 24h. O meu telefone está sempre ligado e os clientes sabem disso, como também sabem que temos backups, e isso é importante porque os autocarros avariam, há acidentes e estamos muito bem preparados para responder a qualquer problema.

Portanto, esta confiança é muito importante e, depois, também é fundamental que exista cordialidade. O nosso lema é “we are professional and friendly” e é isso que procuramos dar aos nossos clientes. Temos de ser cordiais e humildes, as pessoas que trabalham connosco sabem que temos uma política de tolerância zero, ou seja, o cliente tem sempre de ser bem tratado, se não os tratamos bem corremos risco de abrir falência.

Por isso, a grande diferença não está no autocarro e é preciso ver que o nosso cliente não é o passageiro, é o DMC ou a agência que nos enviou esse passageiro. Portanto, quando prestamos um bom serviço, fidelizamos um cliente para nós e para a agência. E isso também é muito gratificante. Lutamos para fazer o melhor e para o cliente ficar satisfeito, oferecendo um bom produto, um bom atendimento e um bom pós-venda. O que nos distingue não é o autocarro, mas o serviço de excelência que procuramos dar ao cliente.

Perspetivas e desafios
No início desta entrevista disse que o arranque da DP Tours Plus foi complicado devido à pandemia, mas que, agora, já existe procura. Como está a correr o negócio?
Em relação ao verão, estamos bem. Quanto ao inverno, prefiro esperar, não posso dizer como vai correr porque ainda não temos histórico.

O que posso dizer é que o verão está a correr muito bem, até um pouco melhor do que eram as nossas expectativas, o que também nos dá algum alento de que, pelo menos, possamos enfrentar o inverno com aquilo que fizemos no verão. Para quem viveu as dificuldades dos últimos dois anos, posso dizer que estamos satisfeitos.

É muito difícil quando começamos de novo, é preciso começar a ganhar tração, mas posso dizer que as coisas estão a correr bastante bem e que estamos a lutar para que também o inverno possa correr bem. Não estamos à espera de que as coisas aconteçam e, por isso, já estamos a trabalhar no inverno para termos uma temporada aceitável.

É muito difícil quando começamos de novo, é preciso começar a ganhar tração, mas posso dizer que as coisas estão a correr bastante bem e que estamos a lutar para que também o inverno possa correr bem”


Ao nível de mercados, quais são os que estão a registar maior procura pelos serviços da DP Tours Plus?
Todas as empresas têm mercados preferenciais e os nossos são aqueles onde tenho algumas raízes, nomeadamente na América Latina. Trabalhei muitos anos na Argentina, Chile, México, Colômbia, Uruguai e Bolívia. Depois, também temos o Brasil, que é um excelente mercado para nós, assim como a Argentina e o Uruguai. Às vezes é preciso conhecer os mercados para os conseguirmos trabalhar e, felizmente, fruto da minha experiência e de ter trabalhado muitos anos com esses mercados, adquiri algum ‘know how’ e sei como tratar esses clientes.

Além desses mercados, há outro que também trabalhamos muito bem, que é o mercado espanhol.

Não teve cancelamentos desses mercados da América Latina, nomeadamente do Brasil, devido à guerra na Ucrânia?
No início, houve o receio de que o facto da guerra ser na Europa pudesse levar alguns mercados, como o brasileiro, a terem receio de vir para a Europa. Eu próprio ouvi os comentários e também, até certo ponto, pensei que isso pudesse acontecer, mas agora posso dizer que estava completamente enganado.

Na DP Tours Plus, não tivemos problemas de cancelamentos e, ainda esta semana estivemos em Évora com um grupo e 80% eram brasileiros. É um mercado que trabalhamos bem.

Mas a guerra está a trazer também outros problemas, nomeadamente inflação e aumento dos custos. No caso da DP Tours Plus, este aumento de custos vai ser um problema?
Já está a ser um problema. A maioria das empresas de transportes já está a pagar mais 30% ou 40% no combustível e não estamos a refletir esses aumentos nos preços finais. Portanto, é um problema que nos afeta imenso, admito que alguns transportistas tenham força para refletir na conta final esse aumento, mas também conheço muitos que não e eu sou um deles.

Como é que se consegue gerir uma empresa de transportes com o combustível a aumentar semanalmente?
É muito complicado. Há seis meses, um litro de gasóleo custava 1,30 euros e, agora, custa 2,23 euros. Ou seja, quando enchemos o depósito de uma sprinter custa 130 euros e não há crédito.

Admito que a maioria das empresas não está a refletir na fatura final estes aumentos, nós, por exemplo, não temos essa capacidade mas, se esta tendência se mantiver, mais cedo ou mais tarde, isso vai ter de acontecer.

Tenho a esperança que a guerra acabe rápido e que o preço dos combustíveis volte a normalizar mas, se a subida se mantiver, não conseguimos manter os preços. Ou temos capacidade de refletir isso na conta do cliente – o que também nos vai prejudicar porque o preço final fica mais alto e o cliente, depois, já não quer – ou esta subida não será suportável por muito tempo. Mantenho a esperança que a guerra acabe antes do inverno e que o gasóleo possa descer.

Aeroporto
Outro problema, que é, aliás, uma questão que se arrasta há décadas, é o aeroporto de Lisboa e, há poucas semanas, foi proposta a solução de dois aeroportos – Montijo e Alcochete. Como vê esta hipótese, poderia ser a solução que o setor do turismo precisa?
Acerca dessa proposta de dois aeroportos, nem faço comentários porque penso que foi um absurdo. Mas o certo é que, nesta questão do aeroporto, andamos atrasados 50 anos.

Acho que a melhor solução seria Alcochete, porque seria um aeroporto para o futuro. Mas, acima de tudo, o que peço, assim como o setor do turismo, é que seja rápido.

O problema da Portela é que só dá para metade dos passageiros. Para as pessoas que vêm de fora do espaço Schengen, e nós temos muitos clientes brasileiros, é um problema porque são horas de espera. Posso dar um exemplo, há pouco tempo tive um grupo de 13 pessoas que chegou a Lisboa e, depois, fez um tour pela Andaluzia. Era um grupo que vinha de Salvador, no Brasil, e estava previsto chegar às 11h00, mas o voo até chegou antes, às 10h35. Sabe a que horas os clientes saíram do aeroporto? Às 18h10, e ainda fomos para Córdoba, em Espanha, onde só chegámos às 03h30.

Portanto, acho sinceramente que as pessoas que andam a protelar esta decisão nunca viveram estes problemas. O nosso prazo de validade já terminou e acho que as pessoas que decidem não têm essa noção.

E Beja, qual é a sua opinião sobre a utilização deste aeroporto em complemento de Lisboa?
Há cerca de cinco anos fiz uma inspeção ao Aeroporto de Beja com outros operadores e não nos convenceu. Não há autoestrada, não há comboio, não tem condições nenhumas.

As condições do aeroporto até são boas e, apesar de ser pequeno, o aeroporto funciona. O problema é a distância a que está de Lisboa, além da concorrência, como se explicaria que uns voos partissem de Lisboa e outros de Beja? Nessa altura, estava na operação turística e percebi que um operador que colocasse um charter em Beja só venderia quando os charters que partissem da Portela estivessem cheios e é preciso ver que o risco de um charter é muito grande.

Portanto, estamos atrasados e não temos grande alternativa à construção do aeroporto em Alcochete. O que gostaria era que fosse rápido porque estamos muito carentes.

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Após os vários contratempos vividos pelo fabricante aeronáutico norte-americano, Dave Calhoun, CEO e presidente da Boeing, anunciou a sua saída até ao final de 2024.

Publituris

O presidente e CEO da Boeing, Dave Calhoun, anunciou a sua decisão de abandonar a liderança do fabricante aeronáutico norte-americana no final de 2024, continuando à frente da Boeing durante o ano para concluir o trabalho crítico em curso para estabilizar e posicionar a empresa para o futuro.

O presidente do conselho de administração, Larry Kellner, informou o conselho de administração que não pretende candidatar-se à reeleição na próxima reunião anual de acionistas, tendo o conselho eleito Steve Mollenkopf para suceder a Kellner como presidente independente do conselho. Nesta função, Mollenkopf irá liderar o processo de seleção do próximo CEO da Boeing.

Para além destas alterações, Stan Deal, presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes (BCA), irá reformar-se da empresa e Stephanie Pope foi nomeada para liderar a BCA, com efeitos a partir deste momento

“Tem sido o maior privilégio da minha vida servir a Boeing”, disse Calhoun numa carta aos funcionários. “Os olhos do mundo estão postos em nós, e sei que sairemos deste momento como uma empresa melhor. Continuaremos a concentrar-nos na conclusão do trabalho que realizámos em conjunto para devolver a estabilidade à nossa empresa após os extraordinários desafios dos últimos cinco anos, com a segurança e a qualidade na vanguarda de tudo o que fazemos.”

Kellner esteve 13 anos no Conselho da Boeing e atuou como seu presidente desde o final de 2019. Como presidente, supervisionou o estabelecimento de um novo comitê de segurança aeroespacial do conselho e, durante seu mandato, liderou o recrutamento de sete novos diretores independentes, trazendo profunda experiência em engenharia, segurança, fabricação e aeroespacial para o conselho da Boeing.

Já Mollenkopf atua no conselho de administração desde 2020, tendo sindo anteriormente CEO da Qualcomm.

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AMEX GBT compra CWT por 570 milhões de dólares

Depois de, em 2021, ter comprado a Egencia ao grupo Expedia por 5,5 mil milhões de dólares, a American Express Global Business Travel avança para uma nova aquisição, desta feita para a CWT.

Publituris

A American Express Global Business Travel (Amex GBT), operada pela Global Business Travel Group, Inc., empresa que atua no mercado de software e serviços B2B para viagens e despesas, anunciou um acordo definitivo para adquirir a CWT, fornecedor global de soluções para viagens de negócios e reuniões, numa transação que avalia a CWT em cerca de 570 milhões de dólares (cerca de 530 milhões de euros) numa base sem dinheiro e sem dívidas, sujeita a determinados pressupostos e ajustes no preço de compra.

A transação será financiada por uma combinação de ações e dinheiro e espera-se que seja concluída no segundo semestre de 2024, sujeita à satisfação das condições habituais de fecho, incluindo a receção de determinadas aprovações regulamentares.

A CWT presta serviço a 4.000 clientes e gera, aproximadamente, 850 milhões de dólares de receita (cerca de pouco mais de 785 milhões de euros) e 70 milhões a 80 milhões de dólares (entre 65 a 75 milhões de euros) de EBITDA ajustado em 2024.

Paul Abbott, CEO do Amex GBT, refere, no comunicado que anuncia esta compra, que “trazer a CWT para o modelo comprovado de software e serviços do Amex GBT criará mais opções para os clientes, mais oportunidades para as pessoas e mais valor para os acionistas.”

Após o fecho da aquisição, os clientes da CWT terão acesso ao software e aos serviços próprios do Amex GBT para viagens e despesas, incluindo o Neo1, o Neo e o Egencia, para além do Select, que permite aos clientes integrarem-se com parceiros tecnológicos líderes. Os clientes terão acesso à mais vasta carteira de serviços profissionais, incluindo reuniões e eventos, consultoria e soluções de sustentabilidade, e o mercado da Amex GBT dará acesso aos conteúdos mais completos e competitivos do sector.

Patrick Andersen, diretor executivo da CWT, afirma, por sua vez, que “a união de forças com o Amex GBT ajuda a acelerar a nossa visão de um futuro tecnológico para as viagens de negócios, em que as pessoas e a tecnologia se combinam para proporcionar uma experiência excecional ao cliente”.

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Turkish Airlines aumenta voos para Zanzibar

A partir de 14 de maio, a Turkish Airlines vai passar a operar um total de nove ligações aéreas diretas por semana entre Istambul e a ilha de Zanzibar, na Tanzânia.

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A Turkish Airlines vai aumentar o número de voos semanais entre Istambul e Zanzibar, na Tanzânia, passando a realizar, a partir de 14 de maio, um total de nove ligações aéreas por semana.

Numa nota informativa enviada à imprensa, a companhia aérea de bandeira da Turquia indica que vai passar a disponibilizar mais dois voos por semana para a ilha da Tanzânia, que conta atualmente com sete voos por semana, passando a nove ligações a partir de 14 de maio.

Recorde-se que a Turkish Airlines começou a voar para esta ilha da Tanzânia em 2016, quando a companhia aérea da Turquia inaugurou voos diretos para Zanzibar, com três ligações aéreas por semana.

 

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Portugal ocupa a sexta posição como destino mundial de luxo

Quem o revela é a Condé Nast Johansens que acabou de anunciar os resultados do estudo turístico internacional sobre “Hábitos de Férias de Luxo 2024”. Portugal situa-se no sexto lugar com 16% de preferência.

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Este inquérito foi realizado entre os utilizadores do website da Condé Nast Johansens e dos guias impressos “Condé Nast Johansens: Luxury Hotels 2024” e “Condé Nast Johansens: Luxury Spas 2024”. 60% dos inquiridos são mulheres e a idade média predominante está acima dos 55 anos. O rendimento do viajante de luxo ronda os 100.000 euros por ano.

Dos viajantes do segmento de luxo que declararam deslocar-se para fora do Reino Unido, Portugal situa-se no sexto lugar com 16% de preferência, atrás de Espanha como destino preferido com 30%, França (27%), Itália (19%), Grécia e Estados Unidos (com 17%).

Quanto ao número de viagens planeadas para este ano, 33% tencionam fazer três ou quatro, seguidos de 27% que pensa fazer duas. No entanto, 44% querem sair em setembro, seguido de junho (39%), maio (37%) e abril ou outubro (ambos com 34%), com a maioria (45%) a declarar que serão estadias de três a seis noites seguidos de 32% que fará o mesmo, mas entre sete e nove noites. 27% dos inquiridos pensa fazer escapadelas de fim de semana. Os planos de viajar com a família ocupam apenas 26% do total dos inquiridos, contra 75% que querem viajar com o parceiro e 30% com amigos.

Por outro lado, os resultados os resultados do inquérito dão conta que cada vez mais viajantes de luxo preferem reservar diretamente através do site do hotel (68%), 56% declaram que o farão com uma agência de viagens online, em comparação com 13% que o farão numa agência de viagens física. Destaca-se que 15% dos viajantes de luxo utilizarão o site da Condé Nast Johansens para se informar sobre hotéis e spas de luxo e contatá-los diretamente.

O estudo indica ainda que, pela primeira vez, os destinos urbanos (65%) aumentam em relação aos destinos de praia (55%), seguidos por 48% dos que pretendem desfrutar de destinos rurais e campestres, e 36% que pretendem relaxar num spa e contratar serviços de bem-estar.

O que procuram ao chegar ao destino, 73% gostam de gastronomia, 52% de natureza, 47% de arte e cultura, 46% de saúde e bem-estar e 37% de mar.

Em relação aos meios de alojamento, 58% dos viajantes declaram que procurarão um “hotel boutique”, seguido de 55% que optarão por hotéis de luxo independentes, 41% destacam redes hoteleiras internacionais, 39% alugarão casas e vilas particulares e 36% escolherão spas com tratamentos de bem-estar.

Quando chegam ao hotel, a qualidade da cama é o requisito essencial para 73% dos inquiridos, um bom pequeno-almoço (64%), opções de restaurantes (58%), piscina (49%).

O preço do alojamento continua a ser o fator chave na decisão de um destino, mesmo que se trate de turismo de luxo. Para 64% dos entrevistados é o primeiro motivo a ter em conta, seguido do clima e do tempo (62%), para 56% é o custo da viagem, para 54% se o hotel oferece descontos e promoções, a duração da viagem para chegar ao destino de férias por 47% e em quinto lugar a flexibilidade para cancelar a reserva (43%).

 

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Solférias acrescenta Cuba ao desafio “Vender = Receber”

O operador turístico Solférias acaba de acrescentar Cuba ao desafio “Vender = Receber”. Assim, vai premiar as oito melhores agências de viagens /agentes vendedores para este destino da sua programação.

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Dando continuidade ao sucesso dos anteriores desafios que a Solférias lançou para os agentes e agências de viagem, premiando vendas para alguns dos seus destinos estrela, surge agora um novo desafio para um destino mítico nas Caraíbas: Cuba.

“Vender = Receber” para Cuba vai premiar as agências ou agentes de viagens que mais reservas fizerem para este destino, de 1 a 30 de abril de 2024, ficando habilitados a viajar de 13 a 21 de maio de 2024, integrando a super fam trip que a Solférias e os seus parceiros vão realizar nestas datas, para que possam ficar a conhecer melhor o destino.

Mas, atenção: apenas contam as reservas confirmadas, e o incentivo é aplicável somente às reservas efetuadas através dos canais Solférias.

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Portos da Madeira lançam novo website em agosto

O lançamento do novo website institucional insere-se no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e representa um investimento de mais de 103 mil euros para reforçar a política de digitalização da empresa e estabelecer novos mecanismos de comunicação.

Publituris

A APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira vai lançar, em agosto, um novo website institucional que se insere “no reforço da política de digitalização da empresa e tem como objetivo melhorar a imagem institucional da APRAM e estabelecer mecanismos de comunicação com clientes e fornecedores, agilizando processos”.

O lançamento do novo website institucional insere-se no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e representa um investimento de 103.015,45€, incluindo IVA, assim como a construção e manutenção técnica do portal, além da gestão técnica das redes sociais oficiais da APRAM

“Integrará um sistema de formulários de contacto e ticketing com ligação a plataformas internas em utilização e disponibilizará informação de ocupação de cais em tempo real, previsão de escalas e divulgação de dados meteo oceanográficos”, indica a APRAM, em comunicado.

Segundo Paula Cabaço, presidente do Conselho de Administração da APRAM, o lançamento do novo website insere-se na política de “digitalização, modernização e desmaterialização de processos” da APRAM e visa dar resposta à vontade de reforçar a sua “comunicação com a comunidade portuária e com o público em geral”.

“Sabemos da importância histórica, económica e social que os Portos da Madeira têm para a região, e os processos de digitalização em curso, como é o caso deste novo portal, vão contribuir para manter esse diálogo e proximidade entre a Autoridade Portuária e a sociedade”, acrescenta a responsável.

Segundo Paula Cabaço, a atividade da APRAM “está associada à economia e ao turismo da região”, pelo que se torna “essencial que a comunicação seja feita também globalmente” e “este portal eletrónico será uma ferramenta essencial nessa estratégia de comunicação e marketing”.

O novo website vai estar estruturado em três vertentes complementares entre si, nomeadamente, dimensão institucional, comunidade portuária e público em geral, dando a conhecer, entre outros temas, a marca Portos da Madeira, os principais projetos e a promoção dos diversos serviços comerciais.

 

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Air France aumenta capacidade de longo curso em 9% e mantém oferta estável em Portugal no verão

A maior aposta da Air France para o verão de 2024 destina-se ao longo curso, onde a companhia aérea vai contar com um aumento de capacidade de 9% entre 31 de março e 26 de outubro de 2024, operando para um total de 85 destinos.

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A Air France vai aumentar a capacidade disponibilizada no longo curso para o verão em 9%, período ao longo do qual a companhia aérea vai operar para 189 destinos em 74 países, com a oferta em Portugal a manter-se estável face à época alta do ano passado, avança a transportadora francesa, em comunicado.

“A oferta da Air France mantém-se estável em Portugal no verão de 2024”, destaca o comunicado divulgado pela companhia aérea, que explica que, em território nacional, vai operar a partir de três aeroportos portugueses – Faro, Lisboa e Porto – numa oferta complementada pela da KLM, que mantém voos diretos de Lisboa e Porto para Amesterdão-Schiphol, assim como pelo codeshare com a Delta Air Lines para os EUA.

A maior aposta da Air France para o verão de 2024 destina-se ao longo curso, onde a companhia aérea vai contar com um aumento de capacidade de 9% entre 31 de março e 26 de outubro de 2024, operando para um total de 85 destinos.

No longo curso, a Air France vai continuar a reforçar as ligações à América do Norte e, por isso, vai retomar o serviço para Mineápolis (Minnesota) a 13 de maio com um voo diário e inaugurar uma nova ligação entre Paris-CDG e Phoenix (Arizona) a 23 de maio, que vai ser operada três vezes por semana num avião Boeing 787-9.

Na América do Norte, a Air France vai ainda reforçar as ligações aéreas entre Paris-CDG – Raleigh-Durham (Carolina do Norte), que foram inauguradas no inverno de 2023 com três ligações aéreas semanais e que, neste verão, vai conter com até sete voos/semana.

A Air France vai ainda, por ocasião do Festival de Cinema de Cannes, operar dois voos especiais entre Los Angeles (EUA) e Nice (França), num Airbus A350 equipado com cabines de viagem de última geração e prevê, durante o verão, oferecer mais de 210 voos por semana para 17 destinos nos Estados Unidos, além de quase 60 voos por semana para cinco destinos no Canadá.

No longo curso e além da América do Norte, a Air France vai também prolongar para o verão o serviço diário para Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) a partir de Paris-CDG, que foi inaugurado no inverno de 2023, assim como renovar o serviço para Dar Es Salam (Tanzânia), inaugurado no verão de 2023, com três voos semanais, em continuação de Zanzibar.

No Japão, a transportadora vai reforçar a oferta com dois voos diários entre Paris-CDG e Tóquio-Haneda, mantendo também  os voos para o Aeroporto Tóquio-Narita, com até quatro ligações semanais.

No caso de África, a Air France conta ainda adicionar “frequências para destinos-chave em África e no Oceano Índico”, a exemplo de Cotonou (Benim) e Antananarivo (Madagáscar), que vão ser servidos diariamente, enquanto os Camarões vão ter dois voos diários, repartidos entre Yaoundé e Douala, e as ligações a Brazzaville (República do Congo) vão passar a ser operadas em Airbus A350-900.

No curto e médio curso, a Air France vai voar para 102 destinos, disponibilizando 45 ligações sazonais em França e na Europa, incluindo a inauguração, a partir de Paris-CDG, de voos para Verona (Itália), que vai ter até três voos por semana a partir de 2 de abril, para Narvik Lofoten (Noruega), que vai contar com um voo todos os sábados, de 15 de junho a 31 de agosto, e Kalamata (Grécia), que terá um voo todos os sábados, de 6 de julho a 31 de agosto.

Já o serviço para Tromsø (Noruega), que anteriormente era operado pela Air France apenas no inverno, vai ser alargado à época de verão, contando com até dois voos semanais em Airbus A319.

A oferta da Air France para o curto e médio curso é ainda complementada pela da Transavia, a companhia aérea low cost do grupo Air France/KLM, que vai contar com voos para 116 destinos em 33 países neste verão, num total de 206 rotas, e que vai ser a primeira companhia aérea low-cost à partida dos aeroportos de Paris.

Este verão, a Air France conta ainda continuar a introduzir as novas cabines de longo curso nos seus aviões Boeing 777-300ER e nos Airbus A350-900, num novo produto que vai chegar às classes Business, Premium Economy e Economy e que “constitui o novo padrão de viagem da companhia”.

“Depois de Nova Iorque-JFK, Nova Iorque-Newark, Washington DC, Boston, Houston, Rio de Janeiro, Banguecoque, Dakar, Tóquio-Haneda, Hong Kong, Seul Incheon, Xangai e Joanesburgo, estas novas cabines vão ser implementadas este verão em Toronto, Chicago, Vancouver, São Francisco, Los Angeles, Papeete, México e Tóquio-Narita”, refere a Air France, no comunicado divulgado.

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Aviação

Comissão Europeia envia comunicação de objeções relativamente à compra da ITA Airways pela Lufthansa

Com o processo negocial a decorrer já há anos, a Comissão Europeia veio colocar mais um entrave à compra da ITA Airways por parte da Lufthansa, indicando que “os clientes podem ser confrontados com um aumento dos preços ou uma diminuição da qualidade dos serviços após a operação”. 

Victor Jorge

A Comissão Europeia (CE) informou a Deutsche Lufthansa AG e o Ministério da Economia e das Finanças (MEF) italiano da sua opinião preliminar de que a proposta de aquisição do controlo conjunto da ITA Airways pode restringir a concorrência em determinadas rotas no mercado dos serviços de transporte aéreo de passageiros com origem e destino em Itália.

Em nota publicada no site, a Comissão “receia que os clientes possam ser confrontados com um aumento dos preços ou uma diminuição da qualidade dos serviços após a operação”.

Recorde-se que a Lufthansa e a ITA exploram uma extensa rede de rotas a partir dos seus respetivos aeroportos centrais na Áustria, Bélgica, Alemanha, Suíça e Itália. A Lufthansa tem empresas comuns com a United Airlines e a Air Canada para as rotas transatlânticas, bem como com a All Nippon Airways para as rotas para o Japão. Os parceiros das empresas comuns coordenam os preços, a capacidade, a programação e partilham as receitas.

A comunicação de objeções
Em 23 de janeiro de 2024, a CE deu início a uma investigação aprofundada para avaliar se a aquisição pela Lufthansa de uma participação na ITA poderia restringir a concorrência na prestação de serviços de transporte aéreo de passageiros dentro e fora de Itália.

A Comissão efetuou uma investigação alargada para compreender o impacto potencial da operação. Esta investigação incluiu, nomeadamente, a análise de documentos internos e de informações pormenorizadas fornecidas pelas partes, bem como a recolha de informações e opiniões de companhias aéreas concorrentes, aeroportos, coordenadores de faixas horárias e clientes.

A Comissão teve, igualmente, em conta as observações proactivas dos consumidores individuais, das organizações representativas dos consumidores, dos aeroportos, das companhias aéreas concorrentes e dos sindicatos que exprimiram os seus pontos de vista a favor ou contra a operação.

Na sequência desta investigação aprofundada, a Comissão receia que a operação possa (i) reduzir a concorrência num certo número de rotas de curta distância que ligam a Itália a países da Europa Central. Nessas rotas, a Lufthansa e a ITA concorrem ou concorrerão entre si principalmente com voos diretos, mas também com voos indiretos. A concorrência nestas rotas parece limitada e provém principalmente de transportadoras de baixo custo, como a Ryanair, que em muitos casos operam a partir de aeroportos mais remotos; (ii) reduzir a concorrência num certo número de rotas de longo curso entre a Itália e os EUA, o Canadá e o Japão. Nessas rotas, a ITA, por um lado, e a Lufthansa e os seus parceiros de empresas comuns, por outro, concorrem entre si com voos diretos ou indiretos. A concorrência de outras companhias aéreas parece ser insuficiente nessas rotas. Na sua avaliação, a Comissão considera as atividades da ITA, da Lufthansa e dos seus parceiros de empresas comuns como as de uma única entidade após a concentração; (iii) criar ou reforçar a posição dominante da ITA no aeroporto de Milão-Linate, o que poderá dificultar a prestação de serviços de transporte aéreo de passageiros de e para Milão-Linate por parte de concorrentes.

“Todos os anos, milhões de passageiros viajam nessas rotas, com uma despesa anual total superior a 3 mil milhões de euros”, refere a Comissão, adiantando que os seus responsáveis que “o objetivo consiste em garantir que a operação não terá efeitos adversos para os clientes – tanto consumidores como empresas – em termos de aumento dos preços ou de diminuição da qualidade dos serviços”.

A Comissão receia que, “na ausência de medidas de correção adequadas, a supressão da ITA como companhia aérea independente possa ter efeitos negativos sobre a concorrência nestes mercados já concentrados”. As rotas que suscitam potenciais preocupações representam “uma pequena parte do total das rotas de curto e longo curso e dos passageiros servidos por ambas as partes e pelos seus parceiros de empresas comuns, e as potenciais preocupações não afetam a grande maioria das rotas exploradas pela ITA”.

A comunicação de objeções constitui uma etapa formal de uma investigação, em que a Comissão informa por escrito as empresas em causa das objeções que lhes são imputadas. O envio de uma comunicação de objeções não prejudica o resultado da investigação. A Lufthansa e o Ministério da Economia e das Finanças italiano têm agora a oportunidade de responder à comunicação de objeções da Comissão, de consultar o processo da Comissão e de solicitar uma audição oral.

A Lufthansa e o MEF têm, igualmente, a possibilidade de apresentar medidas de correção para resolver os problemas de concorrência preliminares identificados pela Comissão. Podem decidir apresentar medidas de correção em qualquer momento do processo até ao termo do prazo para a apresentação de medidas de correção, que termina atualmente em 26 de abril de 2024.

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Transportes

Royal Caribbean vai operar no terminal de cruzeiros G em Barcelona a partir de 2027

O Conselho de Administração do Porto de Barcelona acaba de aprovar a adjudicação da construção e operação do futuro terminal de cruzeiros G do cais de Adossat ao Catalonia Cruise Terminal G, SL, uma joint venture do Grupo Royal Caribbean e da Cruise Terminals International, CTI.

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O Porto de Barcelona refere, na sua página oficial que, apesar de ter sido a única proposta apresentada neste concurso público, o projeto foi classificado como excelente pelos técnicos responsáveis ​​pelo concurso: destacaram o seu compromisso com a sustentabilidade energética e ambiental, que incorpora uma reserva de espaços para os sistemas de fornecimento de energia terrestre (OPS) atualmente instalados no cais de Adossat, que permitirão que os navios de cruzeiro se conectem à rede elétrica uma vez atracados, eliminando assim as emissões.

O Terminal de Cruzeiros G da Catalunha prevê um investimento superior a 85 milhões de euros e espera-se que entre em operação na primavera de 2027, quando o Terminal Sul do WTC for fechado em 2026. Este é o último terminal a ser instalado no cais de Adossat, que cumpre os acordos alcançados pelo Porto de Barcelona e pela Câmara Municipal em 2018 limitando o número de terminais a sete.

O terminal foi concebido para maximizar a eficiência energética e incorpora soluções de energia renovável para minimizar o seu impacto na área circundante. O projeto inclui a geração de energia através de painéis fotovoltaicos e outros tipos de instalações, o que permitirá que o terminal seja um edifício com emissões zero.

Um aspeto digno de nota do projeto, segundo o Porto de Barcelona, é a configuração de uma mobilidade eficiente, confortável e sustentável para os passageiros, tanto dentro do terminal como na sua conectividade com a cidade/aeroporto/comboio.

Os espaços do futuro Terminal G foram projetados para garantir um bom funcionamento aos passageiros. Este aspeto é particularmente importante para um terminal pensado para os passageiros do porto de origem, que embarcam e desembarcam em Barcelona, ​​estratégia em que a Royal Caribbean aposta na capital catalã.

 

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Anneaux JO Troca

Destinos

Paris prepara-se para quebrar todos os recordes de visitantes nas Olimpíadas

À medida que se aproximam os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2024, Paris prepara-se para receber um número recorde de visitantes. Segundo Olivia Grégoire, ministra delegada do Turismo, citada pelo Journal de l’economie, a capital francesa e a sua região esperam receber 16,1 milhões de pessoas durante este evento mundial.

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Avança a informação que este entusiasmo é corroborado por previsões turísticas promissoras, que sugerem um aumento, só durante o período dos jogos, de até 10% no número de turistas em relação a 2019, antes da crise sanitária. A ministro Grégoire está otimista quanto a estas perspetivas, destacando também uma descida dos preços dos hotéis e dos alugueres de outro tipo de alojamento.

Além de receber os visitantes, os desafios logísticos ligados à mobilidade emergem como uma questão importante para os Jogos Paris 2024. O governo e os organizadores enfrentam a necessidade de garantir o transporte eficiente dos mais de 10 milhões de espetadores esperados, além dos 200 mil credenciados, nos 40 locais olímpicos.

A região da Île-de-France, já densa, deve preparar-se para multidões sem precedentes, com picos de até seis mil espetadores por minuto em alguns locais emblemáticos.

Refira-se, entretanto, que foram realizadas grandes obras para melhorar a infraestrutura de transportes existente. Entre os projetos emblemáticos, merecem destaque a aceleração da extensão da linha 14 do Metro e a extensão do RER E. Estas melhorias visam aumentar a capacidade e eficiência da rede de transportes parisiense, essencial para o bom funcionamento do evento. No entanto, a sombra das greves é iminente, com vários sindicatos da RATP envolvidos em negociações tensas, ameaçando desestruturar a organização.

No entanto, há outras boas notícias. Olivia Grégoire anunciou que a atividade turística atingiu um recorde em França em 2023, tendo arrecadado 63 mil milhões de euros em receitas internacionais no ano passado, em comparação com 58 a 59 mil milhões em 2022, um aumento de 12% num ano. Estes resultados também superam o nível pré-pandemia, com 56,7 mil milhões de euros registados em 2019. “Tiro o chapéu aos players” do setor, disse, mostrando-se confiante para o grande encontro dos Jogos Olímpicos deste verão.

No detalhe, foram sobretudo as estadias de franceses no país que impulsionaram os números. “Mais de oito em cada dez franceses que saíram de férias fizeram-no em França”, regozijou-se a ministra, que também observou que 50% destes dedicaram às férias um orçamento maior neste inverno do que no ano passado.

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