Turkey, Istanbul – Blue Mosque
Turquia e Grécia lideraram recuperação turística no verão
Segundo o mais recente estudo da ForwardKeys, além da Turquia e Grécia, Portugal foi um dos países que apresentaram melhor desempenho, ficando apenas 10% abaixo dos resultados de 2019.

Inês de Matos
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A Turquia e a Grécia lideraram a recuperação turística neste verão e apresentaram crescimentos de 9% e 2%, respetivamente, face ao verão de 2019 nas chegadas internacionais de turistas, de acordo com a mais recente pesquisa da ForwardKeys, que revelou os dados de julho e agosto.
De acordo com o estudo, tal como a Turquia e a Grécia, houve mais três países na Europa que se aproximaram bastante dos resultados de 2019, concretamente a Eslovénia, que ficou apenas 7% abaixo do resultado do período pré-pandemia, a Islândia, cujo resultado terá ficado a 8% de igual período de 2019, e Portugal, que ficou a 10% dos resultados de há três anos.
Mas, além dos resultados, o estudo da ForwardKeys indica também que os destinos europeus poderiam ter registado resultados ainda mais positivos se não se tivesse registado o caos no aeroportos que se prolongou por quase todo o verão.
Sem a interrupção que afetou muitos aeroportos europeus, a ForwardKeys estima que a recuperação nas reservas de voos intra-europeus teria sido cinco pontos percentuais acima da registada.
Por destinos, Istambul, na Turquia, liderou em termos de desempenho, registando um aumento de 2% nas chegadas internacionais, seguindo-se Atenas, na Grécia, que ficou 7% abaixo de igual período de 2019, bem como a capital islandesa de Reiquiavique e a cidade portuguesa do Porto, ambas com queda de 8%, e Málaga, cuja descida face a 2019 foi de 13%.
A ForwardKeys explica o positivo desempenho da Turquia com o declínio contínuo no valor da lira turca e a abertura do país ao mercado russo, que continuou a ser bem-vindo na Turquia numa altura em que os voos com origem na Rússia foram proibidos em quase toda a Europa, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Apesar disso, a Grécia também registou um desempenho muito positivo, até porque, durante a pandemia da COVID-19, este foi um dos poucos países europeus que adotaram requisitos mais ligeiros.
Já o principal mercado de emissão de turistas foi o Reino Unido, numa tendência que se mantém para os próximos meses, com a ForwardKeys a explica que a procura de voos continua em alta para os três próximos meses, estando apenas 2% abaixo do período pré-pandemia.
“A recuperação da pandemia continuou apesar do caos nas viagens e das reduções de capacidade causadas pela escassez de funcionários. Neste momento, as reservas antecipadas para viagens de lazer mostram uma recuperação contínua nas viagens aéreas”, afirma Olivier Ponti, vice-presidente de insights da ForwardKeys.
O responsável mostra-se, contudo, cauteloso quanto ao futuro devido à guerra na Ucrânia, que está a afetar os preços da energia e as economias europeias, o que, provavelmente, vai ter reflexo na confiança dos consumidores e na procura corporativa.
“Dito isso, atualmente há uma concentração de reservas de voos durante os picos do outono e no Natal, o que pode levar a mais interrupções nos voos se as recentes dificuldades de recrutamento experimentadas pela indústria da aviação persistirem”, alerta ainda Olivier Ponti.