“Não cabe à ANA tomar decisões sobre aeroportos, cabe ao Governo”, refere chairman da ANA
Ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA, salientou que “está tudo por decidir”. Por isso, disse, “decidam e depois chamem-nos cá [à Assembleia da República]”.
Publituris
Lufthansa faz mais concessões para aquisição da ITA
XLR8, D-EDGE e Guestcentric unem-se em evento no Porto
Antes da EuroPride em Lisboa, cidade do Porto recebe AGM da EPOA
Movimentação de passageiros nos aeroportos nacionais ultrapassa os 8,3 milhões nos dois primeiros meses
Proveitos no setor do alojamento continuam em alta em fevereiro
Albufeira marca presença na Nauticampo
Media Travel ganha torneio de bowling da Turkish Airlines e vai representar Portugal na Turquia
Alto Côa é a 11ª Estação Náutica certificada do Centro de Portugal
Grupo Air France-KLM mantém interesse na privatização da TAP
Nova edição Publituris Hotelaria: Entrevista a Elmar Derkitsch, diretor-geral do Lisbon Marriott Hotel
O presidente do Conselho de Administração da ANA, José Luís Arnaut, disse esta quarta-feira, 6 de julho, que cabe ao Governo decidir a localização do novo aeroporto, mas garantiu estar disponível para colaborar para que a escolha “seja a melhor para o país”.
“Não cabe à ANA tomar decisões sobre aeroportos, cabe ao Governo”, afirmou o ‘chairman’ da gestora aeroportuária, que está a ser ouvido na Assembleia da República, por requerimento do PSD.
José Luís Arnaut garantiu, porém, que a gestora aeroportuária está disponível para “colaborar para que a decisão que for tomada seja a melhor para o país”.
“Eu sei que Portugal é o país de especialistas de aeroportos, todos são especialistas de aeroportos, eu acho que muitos deles não fizeram aeroportos nem de legos, portanto, é um desporto nacional”, afirmou o presidente da ANA, acrescentando que a empresa tem opiniões sobre a matéria e dará pareceres técnicos “no momento próprio”.
“Neste momento não há nenhuma decisão, está tudo por decidir. Decidam e depois chamem-nos cá [à Assembleia da República]”, rematou.
Questionado pelos deputados da Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação sobre os cancelamentos de voos que se têm verificado nos últimos dias, o responsável começou por dizer que estava apenas preparado para responder sobre o tema do requerimento, que teve como fundamento a classificação do ‘site’ alemão AirHelp, que se dedica à defesa dos passageiros aéreos.
Este ‘site’ divulga anualmente um ‘ranking’ mundial dos aeroportos, no qual o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, surge na 132.ª posição, com uma avaliação geral de 5.76 em 10 pontos, entre os 132 aeroportos avaliados, ou seja, em último lugar, e o Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, aparece como o oitavo pior, com uma pontuação geral de 6.46.
No entanto, José Luís Arnaut acabou por admitir que se vive “um momento bastante difícil e complexo a nível europeu e também nos Estados Unidos”, que são problemas “em toda a aviação” que causam “grande agitação no setor”.
“Há um conjunto de medidas, planos de contingência, há um conjunto de preparações que foram feitas para tentarmos ultrapassar esta situação”, afirmou.
Questionado sobre o despacho do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, que dava como certo uma solução aeroportuária com Montijo e Alcochete, e se a decisão tinha sido tomada com o acordo da ANA, José Luís Arnaut recusou-se a comentar um despacho que está revogado.
Já relativamente aos investimentos para melhorar as condições nos aeroportos, o ‘chairman’ garantiu que a empresa “cumpriu rigorosamente todas as suas obrigações de investimento constantes no contrato de concessão” com o Estado.
“Não houve nenhum desinvestimento, não houve nenhuma falta de vontade relativamente a nenhum investimento, […] até, em alguns casos, fomos além do que era necessário, nomeadamente no Porto”, afirmou.
O presidente da Comissão Executiva da ANA, Thierry Ligonnière, também presente na audição, lembrou ainda que no contrato de concessão existe uma cláusula de partilha de receita com o Estado, que vai entrar em vigor em 2023.
“Cada euro que a ANA receber a mais vai criar receita adicional para o Estado português”, apontou o gestor.