Transporte aéreo volta a acelerar em fevereiro mas continua aquém do período pré-pandemia
Dados provisórios revelados esta quinta-feira, 14 de abril, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam subidas nos passageiros e aviões que chegaram, em fevereiro, aos aeroportos nacionais, mas ainda abaixo dos valores pré-pandemia.

Inês de Matos
Os aeroportos nacionais movimentaram, em fevereiro, um total de 2,6 milhões de passageiros e contabilizaram a aterragem de 11,6 mil aeronaves em voos comerciais, números que, segundo os dados provisórios divulgados esta quinta-feira, 14 de abril, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), traduzem subidas expressivas face ao segundo mês de 2021, mas sem serem suficientes para igualar os valores registados antes da pandemia.
Os dados do INE mostram que, em comparação com fevereiro de 2021, houve um crescimento de 236,1% no número de aeronaves que aterraram nos aeroportos nacionais, enquanto o total de passageiros movimentado subiu 877,9%, aumentos que foram superiores aos registados no mês anterior, quando a aterragem de aviões comerciais tinha aumentado 106,1% e os passageiros movimentados 177,4%.
Os crescimentos apurados pelo INE foram no entanto, insuficientes para igualar fevereiro de 2020, ainda antes da chegada da pandemia da COVID-19, já que, comparativamente a esse mês pré-pandemia, os aeroportos nacionais ainda registaram uma descida de 21,7% no número de aeronaves aterradas e 30,5% nos passageiros movimentados.
Do total de passageiros desembarcados nos aeroportos portugueses em fevereiro, o INE diz que “82,2% corresponderam a tráfego internacional”, quando em mês homólogo de 2021 o tráfego internacional representava apenas 57,4% do total.
Na maioria, os passageiros internacionais foram provenientes de aeroportos do continente
europeu, representando 71,7% do total, enquanto nos passageiros embarcados 80,8% corresponderam a tráfego internacional, valor que compara com os 60,4% em fevereiro de 2021, e também tiveram como principal destino “aeroportos localizados no continente
europeu (71,1% do total)”.
No comunicado divulgado esta quinta-feira, 14 de abril, o INE reforça que “em fevereiro de 2022, registou-se o desembarque médio diário de 47,8 mil passageiros no conjunto dos
aeroportos nacionais, valor dez vezes superior ao registado no mês homólogo de 2021 (4,5 mil), mas ainda distante do observado em fevereiro de 2020 (65,1 mil)”.
No acumulado dos dois primeiros meses de 2022, o destaque vai para o aeroporto de Lisboa, que movimentou 55,4% do total de passageiros contabilizados em janeiro e fevereiro (2,6 milhões), num crescimento de 383,4% face ao período homólogo de 2021, ainda que, face aos dois primeiros meses de 2022, se continua a registar uma quebra de 38,9%.
Entre os três aeroportos com maior tráfego a nível nacional, o INE diz que foi em Faro que se apurou o maior crescimento nos passageiros movimentados no período em análise, com um aumento de 784,0%, sendo também esta infraestrutura aeroportuária aquela que apresentou o menor decréscimo face ao período homólogo de 2020, numa descida de 31,4%.
Já quanto aos países de origem e destinos das ligações aéreas, o INE revela que “França manteve-se como o principal país de origem e de destino dos voos”, depois de se terem registado crescimentos de 330,2% no número de passageiros desembarcados e 200,1% no número de passageiros embarcados, relativamente ao período homólogo de 2021.
Depois de França, o destaque vai para o Reino Unido que, segundo o INE, “no mesmo período de 2021 não se encontrava entre os cinco principais países”, mas que ocupou, em fevereiro deste ano, a 2ª posição enquanto origem e destino dos voos, seguindo-se Espanha, que assumiu a 3ª posição.