IATA aplaude “progresso na abertura do mundo às viagens”
Os testes e quarentenas já deixaram de ser necessários em 25 dos principais destinos turísticos do mundo, segundo um estudo recente da IATA, que aplaude a decisão e desafia a Ásia a seguir o exemplo dos outros continentes.
Inês de Matos
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A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) veio esta quinta-feira, 17 de março, aplaudir a reabertura do mundo às viagens e turismo, já que grande parte dos 50 principais destinos turísticos do mundo, equivalente a 88% da procura, tem vindo a aliviar as restrições adotadas na sequência da COVID-19, à medida que a pandemia passa a endemia.
Segundo um estudo recente da IATA, 25 dos mais procurados destinos do mundo, que em 2019 concentraram 38% da procura, levantaram já as restrições como quarentenas e apresentação de teste negativo à chegada para turistas vacinados contra a COVID-19, quando em fevereiro eram apenas 18 os destinos onde estes requisitos já tinham sido levantados.
Sem necessidade de quarentena mas onde a obrigatoriedade de apresentar o teste negativo continua a existir mesmo para quem está vacinado, há ainda 38 destinos, que em 2019 tinham representado 65% da procura, o que, segundo a IATA, também corresponde a um aumento face aos 28 contabilizados no mês anterior e que representavam 50% da procura do período pré-pandemia.
“Repetidos inquéritos feitos aos passageiros pela IATA, durante a pandemia, mostraram que os testes e, especialmente, a quarentena eram fortes barreiras às viagens”, destaca a IATA, num comunicado enviado à imprensa.
O inquérito da IATA mostra que, no Top 50 dos destinos turísticos do mundo, é na Ásia-Pacífico que o levantamento das medidas restritivas continua mais atrasado, já que, dos 16 destinos desta região incluídos neste ranking, apenas em seis já deixou de ser exigido um período de quarentena.
“As viagens na Ásia continuam seriamente comprometidas pelas restrições da COVID-19”, indica a IATA que, por outro lado, destaca o levantamento de medidas na América do Norte e Europa, que permitiu aumentar o tráfego aéreo para -42% face aos níveis de 2019, enquanto na Ásia a quebra ainda é de -88%.
No Médio Oriente e em África, com três e dois destinos incluídos no Top50, respetivamente, a reabertura aos turistas vacinados também já está em curso e já não é necessário período de quarentena em nenhum desses destinos.
Apesar do atraso na reabertura da Ásia, a IATA sublinha, no entanto, os bons exemplos da Índia e da Malásia, que anunciaram recentemente o alivio das restrições, o que leva a associação a lembrar, mais uma vez, que o encerramento de fronteiras e as quarentenas “servem de pouco para controlar a COVID-19”.
Para Willie Walsh, diretor-geral da IATA, os países que têm vindo a aliviar as restrições, e que são os que apresentam maiores taxas de vacinação, estão em melhor posição para beneficiar do aguardado “muito merecido impacto positov da Páscoa e da temporada de verão no hemisfério Norte”.
“A Ásia é a exceção. Esperamos que os recentes alívios de medidas, incluindo a Austrália, Bangladesh, Nova Zelândia, Paquistão e Filipinas, abram caminho para restaurar a liberdade de viajar, que já é abundante noutras partes do mundo”, afirma o responsável.