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Aval do Estado cabo-verdiano permite à TACV pedir empréstimo

Governo de Cabo Verde atribuiu um aval do Estado que permite que a companhia aérea possa pedir um empréstimo de 1,5 milhões de euros para fazer face a “necessidades de emergência”.

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Governo de Cabo Verde atribuiu um aval do Estado que permite que a companhia aérea possa pedir um empréstimo de 1,5 milhões de euros para fazer face a “necessidades de emergência”.

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O Governo de Cabo Verde atribuiu um aval do Estado que permite que a companhia aérea possa pedir um empréstimo de 1,5 milhões de euros para fazer face a “necessidades de emergência”, como o pagamento de salários, avança a Lusa, que cita uma resolução que aprova o aval do Estado cabo-verdiano.

A retoma da atividade da empresa encontra-se condicionada por um conjunto de circunstâncias, cuja evolução será determinada fundamentalmente pelos resultados alcançados no combate à doença da covid-19 no panorama global. Contudo, a empresa continua a enfrentar situações emergenciais, entre elas o pagamento dos salários dos colaboradores, que requer solução imediata, sob pena de prejudicar o processo em curso”, lê-se na referida resolução.

Segundo a Lusa, o empréstimo bancário vai ser concedido pela Caixa Económica de Cabo Verde e terá a validade de 12 meses, permitindo que a companhia aérea mantenha as operações que retomou em dezembro passado, depois de 21 meses de paragem devido à pandemia de COVID-19.

Apesar de permitir o financiamento imediato, esta resolução que prevê o aval do Estado de Cabo Verde determina que a TACV deixa, no entanto, de poder “contar com os benefícios das medidas governamentais de apoio às empresas no combate aos efeitos da pandemia, designadamente sobre o programa de ‘lay-off’ temporário de colaboradores”, assim como  da “moratória ao cumprimento das obrigações decorrentes de contratos de financiamento”, acrescenta o documento.

Assim, para “fazer face ao pagamento de compromissos urgentes e inadiáveis”, a TACV vai recorrer a este financiamento bancário, apresentando como garantia o aval a conceder pela Direção-Geral do Tesouro, com data de vencimento de 12 meses, “em conformidade com o período de utilização e o prazo de amortização do empréstimo”.

“O Estado de Cabo Verde reconhece o manifesto interesse nacional em criar as condições necessárias para apoiar a empresa a enfrentar as consequências impostas pelo atual contexto de pandemia, e considera que estão reunidas todas as condições exigíveis para a concessão de um aval”, acrescenta a resolução.

Recorde-se que a TACV suspendeu os voos comerciais em março de 2020, devido às restrições no âmbito da pandemia de COVID-19 e só retomou a operação, já de novo nas mãos do Estado cabo-verdiano, em dezembro passado, ao fim de 21 meses e apenas com um avião e duas ligações semanais entre a Praia e Lisboa.

Entretanto, a companhia já alargou as ligações aéreas entre a capital portuguesa e as ilhas de São Vicente e do Sal, e prevê voar para Boston, nos Estados Unidos da América.

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Associações de transporte aéreo rejeitam redução de voos no aeroporto de Schiphol com Governo provisório

A IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, a EBAA – Associação Europeia de Aviação Executiva e a ERA – Associação de Companhias Aéreas das Regiões Europeias defendem que esta decisão deve dar tempo suficiente para que o transporte aéreo se consiga adaptar.

Inês de Matos

Três das principais associações que representam o transporte aéreo vieram esta quinta-feira, 31 de agosto, rejeitar o corte do número de voos no aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, Países Baixos, defendendo que esta redução não deve acontecer enquanto o país se encontra sob a liderança de um Governo provisório.

Num comunicado enviado à imprensa, a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, a EBAA – Associação Europeia de Aviação Executiva e a ERA – Associação de Companhias Aéreas das Regiões Europeias defendem que a decisão não pode avançar com o atual governo, uma vez que, dentro de poucos meses, será eleito um novo executivo, pelo que não será o atual governo a arcar com as consequências desta redução, que a indústria da aviação estima que venham a ser “graves”.

“Dentro de alguns meses, este governo não será responsável pelas graves consequências que poderão advir da decisão de Schiphol, especialmente no que diz respeito às relações com os parceiros comerciais dos Países Baixos, e à perda de empregos e de prosperidade a nível interno”, denunciam as associações, que enviaram um comunicado conjunto à imprensa.

Segundo as associações, esta redução representa uma medida “controversa” e que, por isso mesmo, exige “um escrutínio democrático e uma responsabilização política adequados”.

Estas associações lembram que a redução de voos no aeroporto de Schiphol, que poderá passar para apenas 460.000 voos por ano, já foi “bloqueada pelo tribunal holandês, que a considerou contrária às obrigações holandesas ao abrigo da legislação da UE e dos acordos bilaterais de serviços aéreos relacionados com a Abordagem Equilibrada ao ruído”.

O comunicado enviado à imprensa sublinha mesmo que, no âmbito desta Abordagem Equilibrada ao ruído, que consiste num processo de longo prazo para gerir o ruído nas comunidades aeroportuárias, foi definido que a redução de voos deve ser “o último recurso a ser considerado” e apenas quando todas as outras medidas tiverem sido tomadas para atingir as metas de mitigação de ruído.

“A Abordagem Equilibrada é usada especificamente para garantir que as necessidades da comunidade local sejam respeitadas, que os benefícios mais amplos da conectividade aérea para a nação sejam protegidos e que as ações sejam respeitadas internacionalmente”, acrescentam as associações.

Apesar da decisão judicial, o Governo dos Países Baixos recorreu e anulou a decisão inicial, tendo o Tribunal de Recurso decidido que a Abordagem Equilibrada não se aplica ao Regulamento Experimental.

No entanto, a indústria da aviação tem vindo a mostrar-se preocupada com o impacto da redução de voos no principal aeroporto dos Países Baixos, motivo pelo qual foi já iniciado um processo de cassação no Supremo Tribunal para contestar esta situação.

“A comunidade aérea internacional representada pela IATA, outras associações de companhias aéreas e transportadoras individuais, está profundamente preocupada com as implicações desta decisão altamente controversa. A coligação de companhias aéreas e associações iniciou um processo de cassação no Supremo Tribunal contestando esta situação”, lê-se ainda no comunicado divulgado.

As associações defendem que os “cortes de voos desta magnitude” têm um “impacto negativo nos serviços de passageiros e de carga” e, como lembram as associações, “não existe nenhum mecanismo, nacional ou internacional, para acordar tais cortes”.

“Apressar este processo poderá resultar numa ação internacional retaliatória e em novos desafios jurídicos, nomeadamente por parte dos governos que defendem os seus direitos ao abrigo de acordos internacionais e tratados bilaterais”, refere ainda o comunicado.

Caso o Governo dos Países Baixos opte por apressar a redução dos voos, haverá várias consequências, alertam a IATA, a EBAA e a ERA, que consideram que tal atitude revela “desprezo pelo escrutínio democrático e jurídico necessário a uma proposta tão altamente irregular e economicamente prejudicial”.

A insistência do executivo poderá também colocar os Países Baixos em conflito direto com os seus parceiros comerciais que defendem os seus direitos ao abrigo de acordos internacionais e tratados bilaterais, além de causar “danos significativos à economia e ao emprego”.

No entanto, caso o Governo dos Países Baixos esteja mesmo decidido a avançar com a redução de voos, as associações defendem que a União Europeia (UE) deveria “defender as suas próprias leis que exigem a aplicação rigorosa da Abordagem Equilibrada”.

“As companhias aéreas estão totalmente comprometidas em abordar as questões de ruído nos aeroportos sob um processo adequado de Abordagem Equilibrada. É essencial que qualquer decisão seja adiada até que esteja em vigor um governo plenamente funcional e responsável, com um novo mandato. Esta proposta complexa e sem precedentes poderá então ser considerada cuidadosamente, com as questões jurídicas resolvidas e todos os factos e implicações compreendidos e do domínio público, e com tempo suficiente para a indústria do transporte aéreo se adaptar”, considera Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

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CLIA leva European Summit 2024 e CLIA Innovation Expo para Génova

A CLIA – Associação Internacional de Cruzeiros vai realizar, no próximo ano, a European Summit e a CLIA Innovation Expo em Génova, com ambos os eventos a decorrerem entre 11 a 14 de março de 2024.

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A CLIA – Associação Internacional de Cruzeiros vai realizar, no próximo ano, a European Summit e a CLIA Innovation Expo em Génova, com ambos os eventos a decorrerem entre 11 a 14 de março de 2024.

Segundo a CLIA, esta será uma “semana de atividades centrada na inovação, na sustentabilidade e na comunidade”, em que se vai procurar encontrar “soluções de gestão ambiental e turística” e que vai reunir em Génova os principais executivos das companhias de cruzeiro, inovadores do setor e líderes políticos.

No caso da CLIA Innovation Expo, a associação explica que este evento assume-se “como um novo fórum para empresas que já são fornecedoras, ou estão interessadas em fornecer a indústria de cruzeiros, com ênfase na área da tecnologia marítima e na da hotelaria”.

“A Expo irá apresentar soluções e produtos de toda a Europa, nomeadamente de Itália, e, em particular, da Ligúria e das regiões envolventes”, indica a CLIA, no comunicado enviado à imprensa.

A CLIA Innovation Expo vai incluir um centro de inovação, onde os criadores e fornecedores de tecnologia de várias categorias irão dar a conhecer e analisar novos produtos e soluções para o setor, assim como com o pavilhão ‘Taste of Cruise’, que irá incluir uma área de demonstração gastronómica e relacionar fornecedores de hotéis e de F&B com decisores de companhias de cruzeiro em matéria de aquisições e de operações para discutir novas ofertas.

Já a European Summit surge no âmbito do êxito da Cimeira de Génova, em 2022, e de Paris, em 2023, reunindo representantes institucionais e stakeholders de toda a cadeia de abastecimento para debater questões e desenvolvimentos políticos fundamentais.

“A sustentabilidade e a inovação são os pontos cardinais que guiam a indústria de cruzeiros, e esta semana de atividades irá demonstrá-lo inequivocamente. Toda a indústria de cruzeiros estará presente com vários representantes, incluindo altos executivos e compradores, tornando esta numa oportunidade única para qualquer pessoa que queira fazer parte da nossa indústria e apresentar os seus produtos, soluções e serviços”, afirma Pierfrancesco Vago, presidente da CLIA e presidente executivo da MSC Cruzeiros.

Esta semana de atividades irá reunir decisores das companhias de cruzeiro, altos representantes de estaleiros, sociedades de classificação, portos e destinos, bem como organismos governamentais, peritos em tecnologias marítimas e fornecedores de cruzeiros já existentes e potenciais, com destaque para a tecnologia e a hotelaria.

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Trabalhadores de terra da SATA Air Açores retiram pré-aviso de greve

O pré-anúncio de greve foi retirado depois de um “alinhamento de vontades”, que permitiu a “assinatura de vários protocolos que no seu conteúdo vieram ao encontro das pretensões” dos trabalhadores de terra da SATA Air Açores.

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Os trabalhadores de terra da SATA Air Açores retiraram o pré-aviso de greve ao trabalho suplementar marcado para setembro, decisão que surge após um “alinhamento de vontades”, anunciou esta quinta-feira, 31 de agosto, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA).

De acordo com um comunicado do sindicato, depois do pré-aviso de greve, foi “possível analisar as matérias causadoras dos conflitos” e proceder à “assinatura de vários protocolos que no seu conteúdo vieram ao encontro das pretensões”.

“Foi, pois, neste contexto, que foi decidido retirar os avisos prévios de greve tanto para todo o trabalho, como para o trabalho suplementar. O SITAVA saúda, portanto, todos os trabalhadores e garante que os seus direitos serão sempre a primeira das nossas prioridades”, adianta o sindicato, num comunicado divulgado pela Lusa.

Recorde-se que o pré-anúncio de greve por parte dos funcionário de terra da SATA Air Açores foi anunciado a 21 de agosto e previa uma greve ao trabalho suplementar entre 1 de setembro e 1 de outubro, devido ao “tratamento discriminatório” da empresa.

Além da “aprovação da nova carreira profissional” para os Oficiais de Operações de Voo, a estrutura sindical revela que ficou estabelecido que a SATA e o SITAVA “iniciarão em breve negociações para promover a equidade e o necessário clima de serenidade, sempre potenciador de mais e melhor produtividade”.

O sindicato elenca as “dotações de ‘handling'” e o regime de férias e de trabalho suplementar como as matérias para negociação com a administração da companhia aérea.

“O SITAVA sempre foi uma organização responsável e ponderada e como é óbvio pretende continuar a ser, mas, como se compreenderá, por vezes, sob pena da diluição dos valores que sempre defendemos, não nos resta outro caminho que não avançar para formas de luta”, conclui o sindicato.

No pré-aviso de greve, o sindicato criticava “a atitude da empresa no que diz respeito aos trabalhadores confere um tratamento discriminatório”, devido à “falta de equidade em relação ao pagamento de trabalho extraordinário e do gozo de férias entre as diversas categorias profissionais existentes”.

Já a SATA Air Açores prometeu tomar medidas para “minimizar irregularidades e transtorno público” e disse ter “total disponibilidade” para negociar.

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TAP aumenta voos para o Brasil no verão 2024

Recife e Rio de Janeiro são os destinos da TAP no Brasil que vão receber o maior aumento de oferta no próximo verão, apesar da companhia contar aumentar também os voos para São Paulo, Belém, Brasília, Natal, Maceió, Porto Alegre e Salvador, assim como para Moçambique, América do Norte e Itália.

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A TAP vai aumentar em 11 frequências por semana o número de voos para o Brasil, que passa a contar com um total de 91 voos por semana desde Portugal, informou a companhia aérea de bandeira portuguesa, que se prepara para aumentar também a operação na América do Norte, África e Itália.

Recife e o Rio de Janeiro são os destinos no Brasil que vão receber o maior aumento de oferta da TAP, uma vez que a capital do estado de Pernambuco passa de sete para 10 voos por semana, enquanto a cidade do Rio de Janeiro vai ter mais duas ligações por semana, passando de 10 para 12 ligações semanais.

Além destas duas cidades brasileiras, a TAP vai também aumentar a operação para  São Paulo, Belém, Brasília, Natal, Maceió, Porto Alegre e Salvador, que passam a contar com mais um voo semanal de e para Portugal.

“Com 91 voos semanais no pico do verão, ligando diretamente 11 das principais capitais do Brasil a Lisboa e ao Porto, a TAP reforça a sua presença no mercado, com uma oferta superior de produtos para o cliente entre o Brasil e a Europa”, sublinha a companhia aérea de bandeira nacional, na informação divulgada.

Além do Brasil, a TAP vai também aumentar a sua operação noutros destinos, a exemplo de África, estando previsto que a capital moçambicana passe de três para quatro voos por semana no próximo verão,

Na América do Norte, a TAP vai aumentar as operações de Toronto, no Canadá, para 13 voos por semana, bem como de São Francisco, nos EUA, que passa de cinco para seis voos semanais no pico do verão.

Já na Europa, o foco do aumento de operação será Itália, com a companhia aérea a revelar que “Roma ganha mais um voo diário, o que eleva a oferta para cinco operações diárias de e para a capital italiana, totalizando 35 frequências semanais”.

Também em Itália, a companhia aérea vai igualmente aumentar a operação para Florença, conhecida como a capital do Renascimento, e que passa para oito para dez frequências semanais.

“Este desenvolvimento está planeado sem recurso a contratação externa de aeronaves e é possível após uma primeira revisão da rede e reajustes em algumas frequências atuais”, acrescenta ainda a TAP.

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KLM realizou voos de teste com avião elétrico para 18 convidados

A KLM realizou, no início da semana, 18 voos de teste num avião elétrico Pipistrel Velis Electro, que ligaram os aeroportos de Lelystad e Schiphol-Oost, nos quais participaram 18 convidados e que serviram para testar a autonomia e escalabilidade destes voos.

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A KLM e a associação comercial Electric Flying Connection (EFC) realizaram, no início da semana, 18 voos de teste num avião elétrico entre o Aeroporto de Lelystad e Schiphol-Oost, que contaram com a participação de 18 convidados e que, segundo a companhia aérea, serviram para testar a autonomia e escalabilidade destes voos.

Num comunicado enviado à imprensa, a KLM explica que os “18 convidados receberam uma aula experimental de voo elétrico a bordo de um Pipistrel Velis Electro, que foi supervisionada por instrutores da E-Flight Academy”.

“Para tornar o transporte aéreo mais sustentável, temos que testar novas tecnologias e inovações na prática. Aquilo que fazemos numa pequena escala com os recursos que dispomos hoje, podem revelar-se importantes impulsionadores de escalabilidade para estas aplicações no futuro”, afirma Jolanda Stevens, gestora do programa de Aviação com Emissões Zero da KLM.

Segundo a KLM, esta iniciativa, que decorreu ao longo de dois dias, partiu da Electric Flying Connection e foi realizada em parceria com instrutores da E-Flight Academy, com o objetivo de “dar a todas as partes interessadas relevantes a oportunidade de experimentarem o voo elétrico”.

“Estamos satisfeitos que a KLM tenha dado este passo connosco. Já temos planos para futuras edições deste evento em todo o Benelux [Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo]”, acrescenta Jurjen de Jong, presidente da EFC.

A KLM explica ainda que o “Aeroporto de Amesterdão-Schiphol foi um ponto de partida lógico, já que é onde se encontra a base da KLM” e, visto que o alcance do Pipistrel é limitado, “as opções de destino possíveis incluíam apenas quatro aeroportos”, tendo o Aeroporto de Lelystad sido escolhido “por ser de fácil acesso, apresentar excelentes instalações para o recarregamento, pistas de primeira linha e um centro de controlo de tráfego aéreo em pleno funcionamento”.

A companhia aérea dos Países Baixos diz ainda que a parceria estabelecida com com a EFC e a E-Flight Academy destina-se a “adquirir mais conhecimento sobre os voos elétricos e verificar o impacto que esta tecnologia vai ter nas necessidades logísticas e de infraestrutura da KLM”.

“O voo elétrico também vai afetar o manuseamento do voo. As aeronaves eléctricas têm de ser recarregadas, o que leva tempo, e teremos de cooperar com o Aeroporto de Amesterdão-Schiphol e o Controlo de Tráfego Aéreo dos Países Baixos para garantir que este modo de voo não só é seguro, como também é abastecido com o fornecimento de energia correto. Este evento de dois dias permitiu-nos obter mais informações sobre estas matérias”, considera ainda Jolanda Stevens.

Recorde-se que o Pipistrel Velis Electro é o primeiro e o único avião elétrico certificado do mundo, tem apenas dois lugares e uma autonomia de voo de 50 minutos (além de 10 minutos de reserva).

Apesar de, por enquanto, este avião não ter qualquer papel no serviço da rede de destinos da KLM, a companhia aérea está a estudar formas de como o voo elétrico pode ser incorporado em operações futuras.

“Vários especialistas preveem que, até 2035, poderá haver uma aeronave elétrica capaz de transportar 50 a 100 passageiros, com uma autonomia de 90 minutos (i.e., 400-750 quilómetros)”, lembra ainda a transportadora dos Países Baixos.

“Olhando para o futuro dos voos com emissão zero, a KLM está a apoiar diferentes tecnologias e inovações em simultâneo. Com os nossos parceiros do setor no país e no estrangeiro, estamos a estudar os voos movidos a eletricidade, hidrogénio e formas híbridas, e a avaliar como estes desenvolvimentos podem ser acelerados”, diz ainda Jolanda Stevens.

Além dos voos elétricos, a KLM tem vindo a desenvolver vários esforços com vista a torna-se uma transportadora com um menor impacto ambiental, numa estratégia que inclui também o aumento da produção e da utilização do combustível sustentável para a aviação e a redução do consumo de combustível por via da renovação da frota e do aumento da eficiência operacional.

 

 

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Nova edição: TAAG, Inteligência Artificial e novos presidentes das ERT

A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Lisa McNally, Chief Commercial Officer (CCO) da TAAG Linhas Aéreas de Angola, sobre a “nova” vida da companhia aérea. Esta edição inclui ainda um artigo sobre a inteligência artificial na distribuição turística, outro sobre os novos presidentes das ERT e uma entrevista sobre os apoios do novobanco às empresas do setor.

Publituris

A nova edição do Publituris, a primeira do mês de setembro, faz capa com uma entrevista a Lisa McNally, Chief Commercial Officer (CCO) da TAAG Linhas Aéreas de Angola.

Nesta entrevista ao Publituris, a responsável da companhia aérea angolana, que celebra o 85.º aniversário a 8 de setembro, fala sobre a reestruturação da transportadora e sobre a renovação da marca, revelando um pouco do que é a “nova” TAAG, assim como sobre o que se pode esperar do serviço, frota, rotas, clientes e, claro, da relação da companhia aérea com o mercado português.

Esta edição conta também com um artigo sobre a chegada da Inteligência Artificial (IA) à distribuição turística e o seu impacto na vida dos agentes de viagens. Apesar dos especialistas considerarem que o agente de viagens não vai “morrer”, uma vez que se soube adaptar às novas tecnologias, o certo é que a IA trouxe novos desafios a que esta classe profissional deve estar atenta.

Na secção Destinos, publicamos um artigo sobre os novos presidentes das Entidades Regionais de Turismo (ERT). Depois de um verão agitado, que assistiu à mudança de quatro dos cinco presidentes destas entidades – Centro de Portugal, Lisboa, Alentejo e Ribatejo, e Algarve -, o Publituris foi conhecer melhor os novos responsáveis, bem como os seus objetivos e prioridades para as regiões que passaram a tutelar.

Destaque ainda para uma entrevista com José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, onde fomos saber que ajudas foram concedidas às empresas do setor durante a “calamidade” que foi a pandemia e que apoios continuam a existir, mesmo depois da COVID-19.

Além da opinião do Conselho Editorial no Check-in, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Sílvia Dias (Head of Marketing & Sustainability da Savoy Signature), André Villa de Brito (sommelier e tour guide) e Pedro Valle Abrantes (Managing Partner da Trypor), e António Jorge Costa (presidente do IPDT).

Jorge Mangorrinha (investigador em História do Turismo) assina ainda as Histórias do Turismo, desta vez, sobre o Altis Grand Hotel.

Boas leituras.

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Esta edição conta também com um artigo sobre a chegada da Inteligência Artificial (IA) à distribuição turística e o seu impacto na vida dos agentes de viagens. Apesar dos especialistas considerarem que o agente de viagens não vai “morrer”, uma vez que se soube adaptar às novas tecnologias, o certo é que a IA trouxe novos desafios a que esta classe profissional deve estar atenta.

Na secção Destinos, publicamos um artigo sobre os novos presidentes das Entidades Regionais de Turismo (ERT). Depois de um verão agitado, que assistiu à mudança de quatro dos cinco presidentes destas entidades – Centro de Portugal, Lisboa, Alentejo e Ribatejo, e Algarve -, o Publituris foi conhecer melhor os novos responsáveis, bem como os seus objetivos e prioridades para as regiões que passaram a tutelar.

Destaque ainda para uma entrevista com José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, onde fomos saber que ajudas foram concedidas às empresas do setor durante a “calamidade” que foi a pandemia e que apoios continuam a existir, mesmo depois da COVID-19.

Além da opinião do Conselho Editorial no Check-in, as opiniões desta edição pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Sílvia Dias (Head of Marketing & Sustainability da Savoy Signature), André Villa de Brito (sommelier e tour guide) e Pedro Valle Abrantes (Managing Partner da Trypor), e António Jorge Costa (presidente do IPDT).

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Azores Airlines apresenta resultado líquido positivo de 2,2M€ no 2.º trimestre de 2023

As companhias aéreas do Grupo SATA apresentaram, no segundo trimestre do ano, resultados distintos, com a Azores Airlines a registar um resultado líquido positivo de 2,2 milhões de euros, enquanto a SATA Air Açores teve um prejuízo de 4,3 milhões de euros.

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A Azores Airlines, companhia aérea do Grupo SATA que realiza os voos internacionais, registou um resultado líquido positivo de 2,2 milhões de euros no segundo trimestre do ano, que compara com o prejuízo de 26 milhões de euros apurado em igual período do ano passado, adianta o Grupo SATA, num comunicado divulgado esta quinta-feira, 31 de agosto.

Entre abril e junho, a Azores Airlines obteve uma receita de 75,1 milhões de euros, o que representa aumentos de 28 milhões de euros e de 32,2 milhões de euros face aos mesmos períodos de 2022 e 2019.

A companhia aérea apresentou um EBITDA de 11,6 milhões euros, valor que também representa uma melhoria face ao período homólogo, quando o resultado foi negativo em 6,2 milhões de euros.

Já o EBIT, que corresponde aos resultados antes de juros e impostos, referente ao segundo trimestre foi positivo em 3,6 milhões de euros, o que também representa uma melhoria face aos 13,1 milhões de euros negativos do mesmo trimestre do ano passado e que “excedeu as expectativas da empresa”.

Apesar da melhoria dos resultado no segundo trimestre do ano, no conjunto dos primeiros seis meses de 2023, a transportadora apresentou um resultado líquido “negativo em 20,5 milhões de euros” que, justifica o Grupo SATA, se ficou a dever a um  “primeiro trimestre mais fraco em termos de operação, a “elevados gastos financeiros”, aos “custos de reestruturação” e às “diferenças cambiais”.

Ao contrário da Azores Airlines, na SATA Air Açores, a companhia aérea do grupo que realiza as ligações entre as ilhas dos Açores, obteve um prejuízo de 4,3 milhões de euros no segundo trimestre, quando no ano passado tinha apresentado um resultado positivo de dois milhões de euros.

Já no conjunto do semestre, a SATA Air Açores teve um resultado líquido negativo de 11,4 milhões de euros, que compara com um resultado líquido positivo de 1,6 milhões de euros no período homólogo.

Na SATA Air Açores, o EBITDA do segundo trimestre chegou aos 1,2 milhões de euros, o que corresponde a menos de metade do valor apurado em igual período do ano passado, quando este valor era de 2,8 milhões de euros.

No comunicado divulgado, o grupo de aviação açoriano atribui a descida dos resultados da SATA Air Açores ao aumento de capacidade proporcionado pela sétima aeronave da frota desta companhia aérea, que levou a que, no primeiro semestre do ano, este resultado fosse negativo em cerca de 55 mil euros, “impactado negativamente pelo resultado do primeiro trimestre”.

No segundo trimestre do ano, SATA Air Açores atingiu ainda uma receita no valor de 25,7 milhões de euros, valor que foi superior em 10% ao período homólogo do ano passado.

No conjunto do Grupo SATA, os resultados do primeiro semestre traduzem uma “melhoria de 16 milhões de euros face ao período homólogo”, com um resultado operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) positivo de 3,6 milhões de euros.

Nos primeiros seis meses do ano, o grupo de aviação açoriano aumentou em 40 milhões a receita face ao primeiro semestre do ano passado.

Passageiros transportados também aumentam

Nos primeiros seis meses de 2023, as duas companhias aéreas do Grupo SATA transportaram um milhão de passageiros, o que corresponde a um aumento de 36% face a período homólogo do ano passado.

Por companhias, a Azores Airlines transportou 383 mil passageiros no segundo trimestre do ano (604,3 mil no semestre), num aumento de 39% em comparação com o período homólogo, enquanto a SATA Air Açores transportou 256 mil passageiros, o que representa um aumento de 20% comparativamente a igual trimestre de 2022.

No caso da Azores Airlines, foram realizados, entre abril e junho, 2.460 voos, mais 262 voos face ao período homólogo, enquanto a capacidade medida em lugares disponíveis por quilómetro (ASK) aumentou 24% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

Já a taxa de ocupação média dos voos da Azores Airlines (load factor) foi de 86,7%, aumento de 14,6 p.p. face ao mesmo trimestre de 2022, com o Grupo SATA a realçar que “o load factor nas rotas de/para a América do Norte foi de cerca de 87% durante o trimestre, uma melhoria em 14,6 p.p. em relação ao segundo trimestre 2022”, enquanto as “rotas de/para a Europa tiveram um desempenho muito significativo atingindo um load factor de 86% no trimestre”.

Na SATA Air Açores, a taxa de ocupação média dos voos sofreu, no entanto, um aumento contido quando comparado com o período homólogo, (pelo aumento significativo de capacidade com a introdução de mais uma aeronave), tendo sido de 70,6% no primeiro semestre 2023, mais 2 p.p. face ao mesmo período de 2022, registando uma redução face o mesmo período de 2019 (-5,0 p.p.).

 

 

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IATA atribui certificação de Avaliação Ambiental à Emirates

A Emirates obteve as certificações IATA de Avaliação Ambiental (IEnvA) Fase 1 e o módulo IEnvA de Comércio Ilegal de Vida Selvagem, reconhecimento que reforça o compromisso da companhia aérea com as práticas ambientalmente responsáveis.

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A Emirates obteve as certificações IATA de Avaliação Ambiental (IEnvA) Fase 1 e o módulo IEnvA de Comércio Ilegal de Vida Selvagem, reconhecimento que vem reforçar o compromisso da companhia aérea do Dubai com as práticas ambientalmente responsáveis.

De acordo com um comunicado da companhia aérea, o IEnvA é um “sistema de gestão ambiental abrangente e líder da indústria e a Emirates implementou a Fase 1 do seu objetivo principal, que inclui operações de voo, atividades corporativas e um módulo de comércio ilegal de vida selvagem que apoia o compromisso ambiental de longa data da Emirates com a preservação da vida selvagem e dos habitats”.

“Para além de iniciativas como o nosso recente programa de reciclagem em circuito fechado e o voo de demonstração alimentado com combustível de aviação 100% sustentável (SAF), estamos empenhados em sistemas de gestão ambiental rigorosos e em promover uma verdadeira mudança, tanto nas nossas próprias operações, como em todo o setor”, lembra Majid Al Mualla, Vice-Presidente da Divisão de Assuntos Internacionais da Emirates, congratulando-se com a obtenção da certificação.

Já Marie Owens Thomsen, diretora do Departamento Económico e vice-presidente de Sustentabilidade da IATA, afirma que a certificação IEnvA Fase 1 é “um indicador claro do progresso da companhia aérea para a certificação completa IEnvA”.

“Os stakeholders, incluindo governos, investidores e parceiros de negócios, saberão que a Emirates não está apenas a cumprir os padrões globais e as melhores práticas de sustentabilidade, mas que está empenhada em melhorias contínuas para se manter na vanguarda da sustentabilidade. Estamos ansiosos por trabalhar em conjunto com a Emirates para atingir o nosso objetivo comum de reduzir os impactos ambientais, lutar contra o tráfico ilegal de animais selvagens e reforçar a responsabilidade social”, acrescenta a responsável da IATA.

A companhia aérea lembra que, na luta contra o tráfico e a exploração ilegal da vida selvagem, é uma das signatárias fundadoras da Declaração do Palácio de Buckingham e membro da Taskforce United for Wildlife Transport, convocada pela The Royal Foundation, e que a Emirates SkyCargo, o departamento de carga da companhia aérea, tem uma política de tolerância zero relativamente ao comércio ilegal de animais selvagens e uma proibição total de troféus de caça para os Big-4.

Neste sentido, a companhia promove ações de formação para os seus colaboradores, que foram alargadas aos funcionários dos serviços de passageiros, incluindo a Tripulação de Cabine, os Serviços Aeroportuários da Emirates e a equipa de Segurança do Grupo Emirates.

“A certificação IEnvA Illegal Wildlife Trade demonstra o empenho de toda a empresa em agir”, destaca ainda a Emirates.

Recorde-se que, no início de 2023, a Emirates comprometeu-se a investir 200 milhões de dólares em projetos de investigação e desenvolvimento centrados na redução do impacto dos combustíveis fósseis na aviação comercial, naquele que é um dos maiores compromissos individuais de qualquer companhia aérea em termos de sustentabilidade.

“Ao identificar parcerias com organizações líderes, a Emirates contribuirá para encontrar soluções inovadoras para os desafios mais prementes da indústria”, conclui a companhia aérea do Dubai.

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Transporte aéreo mantém recuperação no 2.º trimestre com Ásia-Pacífico a liderar no tráfego internacional

A recuperação registada no segundo trimestre do ano leva a IATA a estimar que “o número total de passageiros deverá regressar aos níveis de 2019 no início de 2024 e duplicar até 2040”.

Inês de Matos

No segundo trimestre de 2023, o tráfego global de passageiros aumentou 40,5%, enquanto a oferta subiu 34,8%, o que se traduziu na recuperação total do tráfego doméstico, que ficou 4,5% acima de igual período de 2019, enquanto o tráfego internacional atingiu 87,6% do período pré-pandemia, com destaque para as transportadoras da Ásia-Pacífico, que lideraram a recuperação, indica a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo.

De acordo com o relatório “Quarterly Air Transport Chartbook – IATA Sustainability & Economics Q2 2023”, divulgado esta quinta-feira pela associação, no segundo trimestre do ano, o tráfego de passageiros “ultrapassou ligeiramente a capacidade de assentos e sinalizou uma forte procura sustentada por viagens aéreas em todo o setor”.

A procura sentida levou as companhias aéreas a aumentarem a oferta, que, entre abril e junho, cresceu 34,8%, com os RPK e ASK em todo o setor a ficarem 12,4% e
13,1% abaixo dos níveis do segundo trimestre de 2019, o que, segundo a IATA, “reflete um progresso significativo em direção à recuperação total do segundo trimestre de 2022”, quando os RPK e ASK tinham ficado 37,6% e 35,5% abaixo dos níveis pré-pandemia.

A subir esteve também a ocupação dos aviões, com a IATA a revelar que o PLF (– Passenger Load Factor) foi de 82,4% no segundo trimestre, 0,7 pontos percentuais  abaixo de igual período de 2019.

“A melhoria em toda a indústria nos fatores de ocupação também é um indicador positivo da procura por viagens aéreas a partir de operações mais rentáveis ​​para as companhias aéreas”, acrescenta a IATA.

Tráfego doméstico assiste a recuperação total

Os dados da IATA mostram também que “o tráfego doméstico de passageiros alcançou recuperação total neste trimestre, ficando 4,5% acima do segundo trimestre de 2019”, num evolução que “foi impulsionada pela resiliência dos principais mercados nacionais e pela forte recuperação na República Popular da China”, que assistiu a um continua aumento dos fluxos de passageiros desde o início do ano e que já estão a ultrapassar os níveis pré-pandemia.

“Os RPK domésticos na China foram 9,7% maiores neste trimestre em comparação com o segundo trimestre 2022. Todos os mercados monitorizados alcançaram recuperação total no segundo trimestre de 2023, exceto Austrália e Japão, onde
os níveis de tráfego ficaram 0,9% e 0,3% abaixo dos níveis do segundo trimestre de 2019, respectivamente”, lê-se no relatório da IATA.

Tráfego internacional também manteve curso de recuperação

Em recuperação continuou ainda o tráfego internacional que, segundo a IATA, já está a “superar o revés causado pelas restrições de viagem de longa duração”, com os RPK internacionais a chegarem a 87,6% do segundo trimestre de 2019, num aumento de 7,9 pontos percentuais face à melhoria que já se tinha registado no trimestre anterior.

As companhias aéreas da Ásia-Pacífico lideraram na subida do tráfego internacional, apresentando um RPK que aumentou 156,2%, às quais se seguem as transportadoras africanas, onde este indicador cresceu 44,0%. Apesar da subida, os RPK da Ásia-Pacífico ficaram ainda 33,5% abaixo dos níveis de 2019.

“No geral, a indústria restaurou 87,6% dos RPKs internacionais pré-covid à medida que todas as regiões se aproximavam da recuperação total”, realça a IATA, no referido relatório.

Já na América do Norte, o tráfego ultrapassou os níveis pré-pandemia em 1,6%, e as transportadoras do Médio Oriente ficaram apenas 0,6% abaixo da recuperação total. Na Europa, por sua vez, o tráfego internacional “foi restaurado
completamente”, com os RPK a igualarem os do segundo trimestre de 2019.

Perspectivas de curto prazo permanecem inalteradas

A IATA diz ainda que perspectivas de curto prazo para a indústria global permanecem praticamente inalteradas, com a associação a manter que “o número total de passageiros deverá regressar aos níveis de 2019 no início de 2024 e duplicar até 2040”.

“Os ventos contrários macroeconómicos ainda distorcem o intervalo de incerteza em torno da nossa previsão de curto prazo”, acrescenta a IATA, que se mostra preocupada com a subida dos preços dos bilhetes aéreos, apesar de acreditar que a “inflação dos preços ao consumidor tenha provavelmente atingido o pico no final de 2022”.

 

 

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