TAP encerra operações de manutenção e engenharia no Brasil
A decisão estava tomada, depois da Comissão Europeia ter aprovado o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, tendo imposto, contudo, condições, incluindo a separação dos ativos não-essenciais, nomeadamente, o negócio de manutenção no Brasil.

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O Grupo TAP decidiu encerrar as operações de Manutenção e Engenharia Brasil (TAP ME), como parte do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas em dezembro.
Em comunicado, a companhia aérea nacional refere que, “a medida não interfere na operação de transporte aéreo de passageiros da companhia no país, seu principal mercado exterior”.
O Brasil representa entre 25% e 30% da receita da TAP, que continua a aumentar a oferta naquele mercado, com presença em 11 capitais e expectativa de expansão dos voos semanais.
À Lusa, Christine Ourmières-Widener, presidente executiva da companhia aérea, anunciou que, “depois de uma análise aprofundada e muitos estudos, a TAP decidiu fechar a Manutenção & Engenharia no Brasil e encerrar de forma gradual a operação no Brasil e hoje vamos discutir com os trabalhadores, claro, que são a principal prioridade, mas também discutir com os nossos clientes”.
Em comunicado, a TAP revela que “os serviços de manutenção referentes a aeronaves já contratados e/ou em andamento serão realizados normalmente, de acordo com os contratos entre a TAP ME e seus clientes”.
Além disso, a TAP ME “não aceitará novos pedidos para prestação de serviços de manutenção”, concluindo ainda que, “somente depois da conclusão dos serviços de manutenção em andamento ou daqueles já contratados é que a TAP ME encerrará suas atividades”.
Em entrevista à Lusa, Christine Ourmières-Widener disse que encerrar o negócio de engenharia e manutenção no Brasil “não é uma decisão fácil”, porque envolve 500 trabalhadores, mas foi tomada após tentativas falhadas de venda.
“Não é uma decisão fácil, porque estamos a falar de pessoas, mas estamos a tentar fazer tudo para garantir que esta decisão e a sua implementação é feita respeitando os nossos trabalhadores, a experiência que eles têm em engenharia e toda a lealdade que têm para com a companhia”, afirmou.
Segundo a responsável, a Manutenção & Engenharia Brasil (ex-VEM – Varig Engenharia e Manutenção) tem atualmente 500 trabalhadores, após várias reestruturações que incluíram despedimentos, dos quais pouco menos de 400 estão no ativo.
Alvo de várias reestruturações com despedimentos, a última das quais em 2018, a M&E Brasil recebeu da TAP, globalmente, entre 2010 e 2017, injeções financeiras num total de 538 milhões de euros, a valores nominais, sendo que em 2018 foram feitas transferências de 30 milhões de euros.
Recorde-se que a Comissão Europeia informou em 21 de dezembro que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, mas impôs condições, incluindo a separação dos ativos não-essenciais, nomeadamente o negócio de manutenção no Brasil, e os de ‘catering’ (Cateringpor) e de ‘handling’ (Groundforce).