Assine já
Transportes

Tráfego de passageiros cai 20% na Europa devido ao Ómicron

O Airport Council International Europe (ACI Europe) acaba de revelar que, desde os primeiros relatos sobre a nova variante do coronavísvur Ómicron, o tráfego aéreo no continente europeu caiu pelo menos 20%.

Carolina Morgado
Transportes

Tráfego de passageiros cai 20% na Europa devido ao Ómicron

O Airport Council International Europe (ACI Europe) acaba de revelar que, desde os primeiros relatos sobre a nova variante do coronavísvur Ómicron, o tráfego aéreo no continente europeu caiu pelo menos 20%.

Sobre o autor
Carolina Morgado
Artigos relacionados
Vinci Airports destaca forte crescimento de tráfego nos aeroportos portugueses
Aviação
COVID-19 tira 4,7 mil milhões de passageiros em 2021
Aviação
Humano Vetores por Vecteezy
Tráfego de lazer ditou “melhoria significativa” nos aeroportos europeus em julho, indica o ACI Europe
Aviação
INE: Movimento de passageiros nos aeroportos nacionais cresce 13,3%
Homepage

Desde os primeiros relatos sobre a nova variante do coronavírus Ómicron, o tráfego de passageiros nos aeroportos europeus caiu 20%, revelou o Airport Council International Europe.

A ACI Europe divulgou dados preliminares sobre o impacto da nova vaga de Covid-19, realçando que “não é surpreendente que as proibições de voos para a África do Sul e as restrições de viagens impostas por muitos governos em outros mercados, incluindo na Europa, tenham impactado diretamente os níveis de tráfego nas últimas semanas”, disse Olivier Jankovec, CEO da associação dos gestores dos aeroportos na Europa.

O CEO da ACI Europe afirmou que “as viagens de negócios foram as primeiras a diminuir, seguidas das viagens de lazer, dada a extrema incerteza e a perspetiva de mais restrições tanto nas viagens como na vida local.

A ACI Europe alertou ainda que a reversão da dinâmica de recuperação do tráfego de passageiros nas últimas semanas e no resto do ano significa que 2021 terminará abaixo da previsão de 60% no tráfego de passageiros da rede aeroportuária europeia, face a 2019.

Jankovec acrescentou que, além da temporada festiva, não há dúvida de que o Ómicron afetará o tráfego de passageiros no primeiro trimestre de 2022, mas tudo dependerá da reação dos vários governos.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Artigos relacionados
Transportes

Delta Air Lines retoma voos diários entre Lisboa e Boston a 9 de maio

Com os voos diários para Boston, a Delta Air Lines aumenta a sua operação entre Portugal e os EUA que, este verão, conta com um total de 14 ligações aéreas por semana, incluindo os voos diários para Nova Iorque-JFK, que decorrem ao longo de todo o ano.

Os voos diários sazonais da Delta Air Lines entre Lisboa e Boston, nos EUA, regressam a 9 de maio, numa operação que vai decorrer até 27 de outubro, data que marca o final da temporada de verão para a aviação, informou a companhia aérea norte-americana em comunicado.

Os voos da Delta Air Lines entre Lisboa e Boston vão ser operados num avião Boeing 767-300 e vêm complementar a operação que a companhia aérea já disponibilizava entre Lisboa e Nova Iorque-JFK, que decorre ao longo de todo o ano e que também conta com voos diários, totalizando 14 voos por semana entre Portugal e os EUA.

“No total, a Delta vai oferecer até 14 voos por semana entre Portugal e os Estados Unidos este verão, oferecendo até 430 lugares diários, incluindo nas cabines superiores Delta Premium Select e Delta One. Ambos os serviços oferecem aos clientes mais opções de destinos nos EUA, graças a conexões convenientes através dos hubs da Delta em Nova York-JFK e Boston”, indica a companhia aérea no comunicado divulgado esta terça-feira, 21 de março.

“O voo direto da Delta entre Lisboa e Boston, que nos orgulhamos de servir desde 2019, permite que os nossos clientes portugueses se conectem a um número alargado de destinos nos EUA e mais além através de um dos nossos hubs mais dinâmicos e em rápido crescimento no Atlântico. Ao mesmo tempo, a retoma deste serviço de verão possibilita que os nossos clientes norte-americanos de lazer e negócios – um dos 5 principais mercados emissores em termos de receita – cheguem a um destino cada vez mais popular na nossa rede”, congratula-se Nicolas Ferri, Vice-Presidente para a região EMEAI da Delta Air Lines.

Os voos da Delta Air Lines vão ter partida de Lisboa pelas 10h00, chegando a Boston às 12h30, enquanto em sentido contrário a partida da cidade norte-americana está marcada para as 20h30, chegando à capital portuguesa pelas 08h00 do dia seguintes, sempre em horários locais.

Já os voos da Delta Air Lines para Nova Iorque-JFK têm partida de Lisboa às 10h00 e chegam à cidade dos EUA pelas 12h45, enquanto em sentido contrário a partida de Nova Iorque decorre às 20h10 para chegar a Lisboa pelas 08h00 do dia seguinte, também em horários locais.

Para Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, o regresso desta rota é “uma prova relevante da retoma turística que se verifica em Portugal” e que assume ainda maior importância tendo em conta que os Estados Unidos são um dos principais mercados emissores de turistas para Portugal.

Já Francisco Pita, Chief Commercial Officer da ANA – VINCI Airports, defende que o reforço da operação da Delta Air Lines “mostra o entusiasmo crescente do mercado norte-americano por Portugal”, particularmente por Lisboa.

“Este continua a ser um dos mercados que mais tem crescido no pós-pandemia, contribuindo para a rápida retoma do tráfego aéreo nos aeroportos portugueses. As ligações diretas, como a rota Lisboa – Boston, consolidam e dinamizam o mercado, pelo que agradeço às nossas equipas, ANA|VINCI Airports, Delta Air Lines e demais parceiros pelo excelente trabalho realizado em prol da sustentabilidade desta rota e da conectividade do país”, congratula-se o responsável da ANA – VINCI Airports.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Transportes

TAP com lucros de 65,6 milhões e receitas de 3,5 mil milhões de euros

Os resultados da TAP regressaram ao “verde”, tendo atingido, em 2022, 65,5 milhões de euros de lucro. Numa aguardada conferência de imprensa, os resultados foram divulgados em comunicado e somente aos investidores.

A TAP terminou o ano de 2022 com lucros líquidos de 65,6 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 1.664 milhões de euros face aos 1.599 milhões de euros atingidos no final de 2021.

Em comunicado e somente aos investidores, Christine Ourmières-Widener, CEO que está de saída da TAP, referiu que, “no quarto trimestre de 2022, a TAP foi capaz de gerar as receitas trimestrais mais elevadas da sua história e uma rentabilidade recorde, apesar dos contínuos desafios operacionais”.

No comunicado pode ler-se ainda que “durante o primeiro ano completo do Plano de Reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um recorde histórico para a empresa. A TAP gerou também um lucro líquido positivo muito forte, tendo em conta o seu nível de alavancagem”, frisa a CEO que está de saída, depois de demitida pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, e ministra das Infraestruturas, João Galamba.

No que diz respeito às receitas, a companhia aérea nacional chegou aos 3.485 milhões de euros, mais 2.096 milhões de euros que em 2021, ano em que as receitas não foram além dos 1.389 milhões de euros.

Quanto aos gastos operacionais, estes totalizaram, em 2022, 3.217 milhões de euros, uma subida de 340 milhões face ao ano anterior de 2021, para o EBIT ficar em terreno positivo, atingindo os 268 milhões de euros, ou seja, mais 1.757 milhões que no ano anterior.

O EBITDA, por sua vez, chegou aos 777,7 milhões de euros, contra os 899 milhões negativos de há um ano.

Ao nível dos passageiros, a TAP transportou, em 2022, 13,759 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida superior a 136% face aos 7,932 milhões de 2021. Já quanto ao load factor, a companhia aérea informa que este passou de 63%, em 2021, para 80%, em 2022, ou seja, mais 17 pontos percentuais.

Detendo 93 aeronaves, o número de partidas da TAP, em 2022, atingiu as 107.856 contra as 61.664 de 2021.

4.º trimestre em alta
Mas se os resultados anuais foram positivos, o 4.º trimestre foi ainda melhor. De acordo com as contas apresentadas no comunicado, a TAP atingiu nos últimos três meses de 2022 um resultado líquido de 156,4 milhões de euros, face aos 971,5 milhões negativos do mesmo período de 2021.

Em termos de rendimentos operacionais, estes também registaram uma subida, passando de 561,7 milhões para 1.045 milhões de euros, no último trimestre de 2022. Já os gastos operacionais, registaram uma descida de 705 milhões de euros, passando de 1.627 milhões de euros, no 4.º trimestre de 2021, para 922 milhões de euros nos últimos três meses de 2022.

EBIT e EBITDA também passaram do vermelho para o verde, sendo que no primeiro caso atingiram os 122,7 milhões de euros e no segundo 275,7 milhões de euros.

Finalmente, no número de passageiros, a TAP transportou, no último trimestre de 2022, mais 1,2 milhões de passageiros, atingido os 3,615 milhões, correspondendo a uma subida superior a 50%.

Também o número de partidas aumentou, tendo passado de 22.358 para 27.910, para o load factor passar de 69,9% para 81,5% no último trimestre de 2022.

Indicação que consta da apresentação da TAP aos investidores (Resultados 2022)

Resultados sobem, mas custos também
Se no que diz respeito aos lucros, passageiros transportados e rendimento os resultados da TAP passaram para o verde, os custos com a operação registaram caminho inverso, com a companhia aérea a indicar que os gastos operacionais com combustíveis passaram de 340,5 milhões para 1.097 milhões de euros, ou seja, uma subida superior a 200%.

No campo dos custos com pessoal, estes também aumentaram, passando de 373 milhões para 417 milhões de euros.

Futuro com fundações para um negócio sustentável e lucrativo
Com o plano de reestruturação a decorrer, a TAP refere na apresentação aos investidores (em inglês) que a companhia possui as fundações para um negócio “sustentável e lucrativo”, com base na “localização geográfica única, sendo a porta de entrada natural para a Europa; ligações históricas e culturais com o Brasil; sendo o líder de mercado no tráfego Europa-Brasil; uma exposição crescente à América do Norte, sendo um mercado de alto rendimento para Portugal; grande capacidade em África, sendo uma referência no tráfego para a África Ocidental e do Sul”.

No que diz respeito ao load factor já reservado, a TAP informa que, até 10 de março de 2023, este está 11pontos percentuais acima do mesmo período de 2019, atingindo os 72% contra os 61% do mesmo período de 2019. Já o load factor reservado para o 2.º trimestre de 2023, a companhia aérea está 9 pontos percentuais acima do mesmo período de 2019, registando 55% contra os 46% do período pré-pandémico.

Ainda para o futuro, a TAP refere que a “agenda de transformação irá continuar em 2023. No que toca ao consumidor/cliente, a companhia indica que irá “melhorar a gestão e serviço self-service”, bem como “otimizar a performance do call center”, assim, como “melhorar a qualidade de serviço”. Esperada será, também, uma atualização do site e da APP da TAP, assim como uma “melhoria na experiência de voo, rever os benefícios do programa de passageiros frequentes e melhorar o lounge de Lisboa”.

Quanto às receitas, espera-se um aumento da capacidade no tráfego com os EUA e Brasil, existindo ainda a intenção de relançar o programa de “Stopover” e melhorar o programa “TAP Corporate”.

Nos custos, a indicação é de que haverá “renegociação  de contratos com terceiros” e com “fornecedores de aeronaves e locadores”, além de uma otimização do inventário de gestão, da implementação de um programa de melhoria operacional e do lançamento de medidas adicionais para a eficiência ao nível do combustível”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Destinos

Recuperação dos destinos do sudeste europeu quase concluída

A análise da Mabrian mostra um 2023 promissor com muitos destinos do sudeste da Europa a ultrapassar já os números de 2019.

Uma análise recente da Mabrian revela a evolução da conectividade aérea e os preços dos hotéis no sudeste da Europa, incluindo países como Croácia, Grécia, Chipre, Bulgária, Grécia, Eslovênia e Albânia, analisando a capacidade de lugares aéreos em comparação com 2019 e os preços dos hotéis em comparação com 2022 para revelar que a recuperação não é uniforme em todos os destinos.

A informação publicada antes do evento anual New Deal Europe em Londres, a 28 de março, para destinos do sudeste da Europa, visa, tendo em conta os dados referentes à capacidade aérea para o ano de 2023 completo vs 2019, e para os hotéis para o período até 16 de agosto vs 2022 para hotéis, ajudar os destinos da região a tomar decisões informadas com base em dados em tempo real para gerir o turismo de uma forma mais eficiente e sustentável.

Conectividade faz números aumentar
As contas referem que Croácia, Chipre, Grécia e Albânia ultrapassaram os números de 2019 em capacidade aérea, com o principal crescimento a ter como causa os voos internacionais, “o que confirma que as viagens internacionais continuarão a recuperar em 2023”, diz a Mabrian.

A capacidade aérea da Croácia de 7,1 milhões de lugares aumentou 16,1%, impulsionada, principalmente, por um aumento de 57% na capacidade com o destino emissor Itália.

A Albânia destaca-se com um aumento de 75% nos voos internacionais face a 2019, ajudada por um aumento de 278% na conectividade com a Alemanha.

A Bulgária está a aproximar-se muito dos volumes de capacidade aérea de 2019, com melhores sinais de recuperação nos voos internacionais do que nos domésticos.

Já a Eslovênia ainda precisa recuperar a conectividade aérea, com voos programados, representando apenas 58% dos níveis de 2019.

Preços nos hotéis em alta
No que diz respeito às tarifas de hotéis, estas continuam a subir para quase todos os destinos nas três diferentes categorias de estrelas.

Os destinos com maiores aumentos de preços vs 2022 são a Bulgária e a Croácia, sendo a Albânia a única exceção, com preços 4,1% abaixo dos níveis de 2022 para hotéis de 4 estrelas (mas acima de 6,3% para hotéis de 3 e 5 estrelas).

Anna Borduzha, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Mabrian, salienta que, “conhecimento é poder e, com estes insights, os destinos no sudeste da Europa podem agora começar a preparar com segurança campanhas de verão que se concentrem nos mercados de origem que realmente podem oferecer visitantes e evitar aqueles que não o conseguem fazer”, reconhecendo que, “em muitos casos, o perfil de visitante típico será agora bem diferente de 2019”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

O caminho do setor do turismo português rumo à descarbonização

Os mais recentes dados do World Travel & Tourism Council (WTTC) mostram que as emissões do turismo, em Portugal, caíram significativamente ao mesmo tempo que o setor continua a crescer.

Victor Jorge

Os dados mais recentes do World Travel & Tourism Council (WTTC), através do Centro Global de Turismo Sustentável, baseado na Arábia Saudita, revelam que o setor do turismo, em Portugal, continua a evoluir, enquanto as emissões mantêm o seu rumo de descida.

Em 2019, Segundo o WTTC, o setor era responsável por 17,8% das emissões de gases de efeito de estufa. Embora estes números tivessem bem acima da média europeia, o Economic Impact Report (Relatório de Impacto Económico, com sigla EIR, em inglês) do WTTC, refere que a economia portuguesa depende fortemente do setor do turismo e viagens, tendo contribuído com perto de 38 mil milhões de euros para a economia, correspondendo a quase um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) global.

A análise da entidade que supervisiona o turismo e as viagens a nível global indicam que este peso do setor do turismo e viagens caiu para 9,8%, em 2020, e 10,2%, em 2021, devido à pandemia.

O WTTC vem agora revelar que, entre 2010 e 2019, o crescimento económico do setor do turismo e viagens, em Portugal, afastou-se das emissões de gases com efeito de estufa, indicando que, durante este período, “o setor contribuiu com um crescimento médio anual de quase 5% para a economia global do país, enquanto as emissões de gases com efeito de estufa aumentaram 4,1% por ano”.

Em 2010, por cada euro gerado pelo turismo e viagens, em Portugal, o setor produziu 0,77 quilos de gases com efeito de estufa. Estes valores caíram, contudo, a uma média anual de quase 1% até 2019, quando o setor atingiu 0,72 quilo por cada euro gerado. Já nos anos seguintes, o valor continuou a decrescer para atingir os 0,59 quilos por cada euro gerado, em 2021.

Esta descida significativa demonstra, segundo do WTTC, “o impacto das medidas implementadas pelo Governo português, bem como pelos privados, para criar um setor mais sustentável”.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, refere, no comunicado emitido esta segunda-feira, 20 de março, que “o setor do turismo e viagens em Portugal desassociou o crescimento económico das emissões de gases com efeito de estufa e continua a reduzir a intensidade dessas emissões”.

“Sabemos que ainda existe muito trabalho a fazer. Para alcançar os nossos objetivos e ambições, teremos de realizar passos maiores e mais arrojados para reduzir as nossas emissões”. A responsável do WTTC refere ainda que, “precisamos de apoios contínuos por parte do Governo no aumento de transportes sustentáveis. Isto terá um impacto significativo na nossa pegada, minimizando as emissões globais e que farão com que o setor atinja os seus objetivos”.

Energia mais eficiente
O WTTC fornece, igualmente, informações sobre o uso e a eficiência de energia do setor e mostra que, entre 2010 e 2019, o uso total de energia do setor aumentou apenas 3,6% por ano, demonstrando que, embora o turismo e viagens continuem a crescer, também se tornaram “mais eficiente do ponto de vista energético”, demonstrando que, entre 2010 e 2021, a utilização de energia de baixo carbono no mix energético nacional aumentou de 6,6% para 7,5%, enquanto a dependência do setor de combustíveis fósseis como fonte de energia também diminuiu.

De referir que esta pesquisa do WTTC abrange 185 países em todas as regiões do mundo e será atualizada a cada ano.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Distribuição

Ávoris vai fazer rebranding da Travelplan ainda este ano

O CEO da Ávoris Corporación Empresarial, Juan Carlos González, revelou que o grupo vai fazer o rebranding da Travelplan ainda antes do verão.

Em entrevista ao jornal espanhol Agenttravel,  Juan Carlos González disse que depois de assumir o cargo de CEO da Ávoris Corporación Empresarial,   estabeleceu três grandes desafios para si mesmo: avançar na distribuição, rentabilidade e internacionalização. Os próximos projetos da empresa incluem o rebranding da Travelplan, Iberrail e Viva Tours.

“Temos várias linhas de trabalho em aberto. Uma delas tem a ver com o posicionamento de uma das nossas marcas, aliás este ano apresentamos ao mercado a nova identidade visual da Catai, que também promove e reforça os valores da marca. Faremos essa mesma transformação para a Travelplan. A ideia é apresentá-lo antes do verão. Vamos reforçar a marca Iberrail, porque entendemos que as viagens comboio+hotel têm um longo percurso, e vamos relançar a marca Viva Tours, que está de regresso fruto do acordo que celebrámos com a Iberia”, declarou.

Na entrevista, o executivo realçou que “também apresentamos uma linha de negócios, sob a marca Ávoristech, na qual colocamos a nossa tecnologia à disposição de outros players do setor. Por fim, é nossa obrigação estarmos muito atentos a tudo o que acontece no mercado e que nos leva a analisar muitas operações. Alguns estão em fases iniciais e há outros mais avançados. O mercado tende a se concentrar e temos que valorizar todas as oportunidades. Acredito sinceramente que a Ávoris é neste momento um parceiro sério, de confiança e seguro”.

No que diz respeito à possível reestruturação do mapa de marcas Ávoris, González apontou que ao nível do B2C “considero que poderá haver alguma alteração. O nosso objetivo é avançar para a especialização e isso significa que temos nichos de mercado para cobrir”. No entanto, no B2B, avançou: “Caminhamos para a concentração de marcas, pelo que a novidade mais relevante é que o produto Quelónea foi absorvido pela Travelplan e Jolidey. Possuímos um portefólio de marcas razoavelmente amplo, composto por Travelplan (generalista), Special Tours (circuitos), Catai (grandes viagens) e Jolidey (Caraíbas). Reunimos as marcas Disney sob uma única gestão (Disney Destinations Ávoris), que será liderada por Miguel Ángel García Maroto”.

No banco de camas o CEO da Ávoris disse que “ todas as marcas que tínhamos vão operar sob a marca Welcomebeds, com exceção da Marsol, já que a sua estratégia de atuação e abordagem ao cliente é muito diferente. No recetivo também vamos juntar tudo sob a marca Welcome Incoming Services”, acrescentando que “iremos também relançar o PlanB!, que passará a ser um operador turístico de experiência”.

Em suma, “estamos a mudar 0 nosso mapa de marcas e a forma como somos vistos pelas agências de viagens. No total, são cerca de seis marcas a menos no nosso portefólio, mas novas surgiram, como a Ávoristech”.

Quanto ao plano de expansão em mente neste momento, o executivo disse que “uma das principais linhas estratégicas da empresa é crescer. Seria um erro não aproveitar a nossa posição para ir além, e temos de fazer isso tanto organicamente quanto inorganicamente. Neste último, estamos a avaliar todas as oportunidades que surgem para fortalecer o grupo, principalmente em nichos onde não atuamos. No orgânico, temos um longo caminho a percorrer”.

Relativamente à Iberojet e ao seu reforço dentro da Ávoris, Juan Carlos González assegurou ao Agenttravel que “vamos potenciar o seu desenvolvimento através da renovação e expansão da frota, da análise de novas rotas e da expansão nos destinos onde a Iberojet já opera e que consideramos o nosso território natural. O objetivo é ampliar as horas de voo tanto em média quanto em longa distância”.

Adicionalmente, “mantemos e alargamos a nossa aposta na implementação de novos sistemas de informação que contribuam para a transformação e evolução em áreas como a distribuição e comercialização, a otimização das operações e uma forte aposta na sustentabilidade, incorporando todos os elementos e tecnologias que permitem fazer progressos na redução do nosso impacto ambiental”.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Destinos

Turquia cede a pressão dos EUA e veta reabastecimento de aviões russos

A Turquia cedeu à pressão dos Estados Unidos da América e deixará de abastecer aviões russos em seu território. No entanto, trata-se de uma concessão parcial, já que manterá as ligações aéreas com a Rússia, principal mercado emissor de turistas.

Publituris

O Ministério de Alfândega e Comércio da Turquia informou que o abastecimento de combustível e trabalho de manutenção para qualquer aeronave que opere de ou para a Rússia que tenha 25% de peças de origem norte-americana -as produzidas pela Boeing, mas também as Airbus equipadas com motores americanos – passa a ser proibido.

Desta forma, as empresas afetadas por esta nova medida de pressão sobre o Estado russo devido à invasão da Ucrânia são Aeroflot, Azur Air, Pegas Fly, Rossiya, S7 Airlines, Utair e Yamal. Além disso, a companhia aérea bielorrussa Belavia e a iraniana Mahan também serão proibidas de reabastecer na Turquia.

Este anúncio do Governo turco ocorre alguns meses depois da subsecretária de Comércio dos EUA, Thea Rozman, ter alertado, durante uma visita à Turquia, que aqueles que prestam serviços como abastecimento ou fornecimento de peças para aviões americanos que voam para ou da Rússia e Bielorrússia enfrentariam penas de prisão, multas e perda de direitos de exportação.

Recorde-se que entre as sanções e restrições que os Estados Unidos e a União Europeia impuseram à Rússia, destacam-se o encerramento do espaço aéreo às companhias aéreas russas e a proibição de alugar ou vender aeronaves, motores e peças a empresas russas. Essas sanções entraram em vigor em março de 2022 e ainda estão em vigor, embora a Turquia não tenha aderido às mesmas.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Hotelaria

Nova edição março 2023: 50 anos ADHP

A Publituris Hotelaria deste mês faz capa com a ADHP – Associação dos Directores de Hotéis de Portugal, no ano em que esta celebra 50 anos de atividade. Pela ocasião destas bodas de ouro, e em antecipação do XIX Congresso da ADHP, estivemos à conversa com o atual presidente da associação, Fernando Garrido, sobre o percurso da associação, os principais desafios da profissão e os planos para o futuro.

Carla Nunes

A necessidade de formar diretores numa profissão que está “em constante e permanente evolução” dominou grande parte desta entrevista, onde pode ainda ficar a conhecer os temas que serão abordados no congresso que este ano debate o tema “Gerir na Incerteza. Rethink the Future”.

No capítulo “Fala-se” damos conta da abertura de uma nova unidade do grupo The Beautique Hotels na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, o Dos Reis Beautique Hotel. Fruto de um investimento de 16 milhões de euros, o hotel acrescenta 54 quartos à cidade e conta com a assinatura do Atelier Nini Andrade Silva no design de interiores.

Já em Aveiro, o MS Group prepara a abertura do primeiro cinco estrelas da cidade, o MS Collection Aveiro – Palacete de Valdemouro, que será inspirado na vida e obra de Eça de Queiroz. Também na Madeira há novidades, com a Savoy Signature a apostar num novo boutique hotel, que ficará inserido dentro do Savoy Palace, no Funchal.

Destaque também para o Sines Sea View Business & Leisure, que pretende reunir as vertentes profissional e de lazer num único espaço. Inaugurado em novembro de 2022, o hotel localizado em Sines é visto pelo diretor da unidade, Pedro Santos, como um ponto estratégico para conhecer a região. Em entrevista à Publituris Hotelaria, o diretor dá conta do balanço destes últimos meses de atividade e dos planos para o futuro do hotel.

No dossier deste mês, o destaque vai para os hotéis vínicos e a oferta que disponibilizam no segmento do enoturismo. Várias ofertas hoteleiras escolhem cruzar as experiências do vinho com a natureza, sendo que neste segmento turístico os clientes também são cativados pelo estômago, com várias unidades a colocarem o vinho no seu devido lugar – à mesa, reunido com a gastronomia local e cozinha de autor.

Na rubrica “Palavra de Chef” o destaque vai para Alexandre Silva, que desde a abertura do hotel Immerso, na Ericeira, assume a poisção de chef consultor no restaurante da unidade, o Emme – um cargo que acumula com a chefia dos seus dois restaurantes em Lisboa: o LOCO e o FOGO. Esta foi também a oportunidade para falar sobre os desafios dos chefs no futuro, a necessidade de dar a conhecer a gastronomia portuguesa ao mundo e ainda sobre a carreira do chef que detém uma estrela Michelin pelo trabalho desenvolvido no restaurante LOCO.

A fechar, brindamos com as sugestões de Tânia Ribeiro, chefe de sala e sommelier do Restaurante Alkimia Madeirense, em Évora.

As opiniões desta edição pertencem a Sérgio Guerreiro (Nova SBE Westmont); Luís Brites e Ana Cristina Beatriz (Clever Hospitality Analytics e ABC Sustainable Luxury Hospitality); Pedro Guerreiro (ISAG); Melissa Rodrigues (GuestCentric).

*Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
Destinos

Madrid cria Conselho Local de Turismo

O novo Conselho Local de Turismo de Madrid visa favorecer o diálogo entre a autarquia e os diferentes players do turismo, assim como aumentar a participação do setor nas questões estratégicas relacionadas com o turismo na capital espanhola.

Publituris

A capital espanhola vai criar um novo órgão consultivo, o Conselho Local de Turismo, que visa favorecer o diálogo entre a autarquia e os diferentes players do turismo de Madrid, assim como aumentar a participação do setor nas questões estratégicas relacionadas com o turismo e cuja constituição foi aprovada esta quinta-feira, 16 de março, pela Câmara Municipal de Madrid.

De acordo com o jornal espanhol Hosteltur, que cita Almudena Maíllo, vereadora de Turismo da Câmara Municipal de Madrid, o Conselho Local de Turismo “nasce da necessária cooperação entre a administração e a indústria do turismo, a quem é dada voz para definir uma política estratégica comum”.

Além das entidades publicas madrilenas, como a autarquia, mas também da empresa municipal Madrid Destino, este novo organismo vai contar também com a participação do setor privado do turismo, entre associações, empresas, entidades e outras instituições, numa “representação alargada” de todo o setor.

O Conselho Local de Turismo de Madrid vai ser presidido pelo autarca da capital espanhola, estando também previsto que o organismo conte um vice-presidente, cargo que deverá ser ocupado pelo vereador do Turismo de Madrid, além de vários vogais, em representação das várias entidades publicas, empresas e associações que vão constituir este novo órgão consultivo.

Já a comissão permanente do Conselho Local de Turismo de Madrid deverá reunir trimestralmente e poderá  criar grupos de trabalho para estudar e analisar  propostas que visem o setor turístico.

O Hosteltur lembra que, até 2017, Madrid contava com um organismo semelhante, o Conselho Consultivo de Turismo da Cidade de Madrid, que tinha sido criado em 2012 e estava vinculado ao gabinete do vice-presidente da autarquia, mas que foi extinto em julho daquele ano devido a uma questão de organização e racionalização administrativa.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Destinos

Dubai reforça promoção junto do trade turístico português

Um conjunto ações de promoção e formação junto das agências de viagens portuguesas têm marcado a atividade do Departamento de Economia e Turismo do Dubai em Portugal, com vista a reforçar a sua relação com o mercado.

Publituris

Só nas últimas semanas, a equipa do Turismo do Dubai em Portugal tem participado em diversas iniciativas com os operadores turísticos e grupos de agências de viagens portugueses, de forma a promover uma melhor formação e informação sobre o destino junto dos profissionais da distribuição turística.

Após ter marcado presença no roadshow d’Os Especialistas, em que teve a oportunidade de contactar com cerca de mil agentes de viagens em várias cidades portuguesas, o Turismo do Dubai participou na 18ª Convenção da Bestravel, que aconteceu em Évora, com a presença de 37 agências da marca, num total de 200 participantes.

Igualmente, e em parceria com o operador TUI Portugal e a companhia aérea Emirates, o Turismo do Dubai dinamizou, ao longo dos meses de fevereiro e março, cinco workshops de formação em Braga, Leiria, Lisboa, Porto e Setúbal.

Ainda este mês de março, o destino vai estar representado na 19ª Convenção da Airmet, no Funchal, para esclarecer dúvidas e dar a conhecer as mais recentes novidades da cidade dos Emirados Árabes Unidos.

De 28 a 30 de março, está também programada a participação, em conjunto com a Emirates, no roadshow promovido pelo Publituris, que passará pelas cidades do Coimbra, Vila Nova de Gaia e Lisboa.

Em nota de imprensa, o Departamento de Economia e Turismo do Dubai no nosso país revela que, ao longo dos próximos meses, tem prevista a realização de mais iniciativas junto do trade para apoiar os profissionais do setor numa venda mais informada do destino junto dos seus clientes.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Hotelaria

Inquérito AHP: 54% dos hoteleiros inquiridos indicam que o turismo já alcançou os níveis de operação de 2019

De uma amostra de 375 estabelecimentos hoteleiros, 54% dos inquiridos pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) no âmbito do inquérito de “Balanço 2022 & Perspetivas 2023” indicaram que o turismo já alcançou os níveis de operação de 2019. Os dados foram adiantados pela associação em conferência de imprensa esta quinta-feira, 16 de março.

Carla Nunes

Apesar deste valor, há quem indique que o turismo só vai retomar os números de 2019 no segundo semestre de 2023 (25% dos inquiridos), com 9% dos inquiridos a afirmar que estes só serão atingidos no primeiro semestre de 2023 e 7% a apontar que estes resultados só serão alcançados no segundo semestre de 2024.

As perspetivas para 2023 também são otimistas no âmbito da taxa de ocupação, do preço médio por quarto, e das receitas, com os hoteleiros a considerarem que estes campos vão atingir valores “melhores” que os verificados em 2019 e 2022 – aliás, 70% dos inquiridos acredita que o preço médio por quarto no segundo trimestre deste ano irá superar o que era praticado em 2022.

“As pessoas têm efetivamente expetativa de crescerem no preço médio por quarto durante 2023. Em todos os trimestres, a convicção é que será melhor ou inclusive muito melhor. Há aqui espaço para crescer – sendo a procura elástica e crescendo a procura, o preço também irá naturalmente acompanhar” afirma Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP.

Relativamente aos principais mercados para 2023, 80% dos hoteleiros inquiridos apontam que Portugal fará parte do seu Top 3 de mercados, com 49% dos inquiridos a indicar Espanha e 40% os Estados Unidos da América (EUA).

No caso dos EUA em particular, este é considerado por 85% dos inquiridos da Região Autónoma dos Açores como um dos seus principais três mercados para 2023. O mesmo acontece para 66% dos inquiridos de Lisboa, 34% dos inquiridos da Madeira e 31% dos inquiridos do Alentejo. Por essa razão, Cristina Siza Vieira afirma que este “é um mercado que realmente distribui bem no território nacional”.

Já o Brasil, “que nós dizemos sempre que tem tido uma recuperação muito franca, é apenas apontado por 19% dos inquiridos como fazendo parte do Top 3”, aponta a vice-presidente executiva da AHP.

Inflação e custos da energia na lista de preocupações dos hoteleiros para 2023

Quando questionados sobre os principais desafios para o setor do turismo em 2023, a grande maioria dos hoteleiros inquiridos aponta para a inflação (88%) e para os custos da energia (73%). A instabilidade geopolítica e a guerra na Ucrânia seguem em terceiro lugar na lista das preocupações, apontadas por 56% dos inquiridos, com 37% dos hoteleiros a colocar como preocupação o aumento das taxas de juros.
No final da lista surgem os recursos humanos, com 11% dos inquiridos a considerar que esta será um dos principais desafios para este ano.

A vice-presidente executiva da AHP acredita que, se por um lado, houve “uma inversão de prioridades”, por outro verifica-se “algum abrandamento na pressão” para contratar recursos humanos para o setor. Como diz, “em 2021 e 2022 os recursos humanos estavam de facto no top 3 [das preocupações] porque de facto não havia outras” – como acontece atualmente com a guerra na Ucrânia e os custos de energia.

“Acho que o cabaz se alterou, o problema [dos recursos humanos] não diminuiu. Agora, por acaso, estamos a assistir a um abrandamento nesta situação dos recursos humanos, e já começou no início do ano. Muitos dos nossos hoteleiros dizem que enquanto há seis meses a oferta ficava deserta, neste momento já não é assim. Estamos a assistir novamente a uma migração de algumas outras áreas para a hotelaria e turismo. Continua a ser um desafio, sobretudo em alturas de pico, mas já não é uma aflição tão grande quanto foi na recuperação pós-pandemia”, afirma.

O inquérito levado a cabo pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP foi realizado entre 24 de fevereiro e 24 de março de 2023 junto de 375 estabelecimentos nas regiões de Lisboa (29%), Centro (20%), Norte (19%), Algarve (11%), Alentejo (9%) e regiões autónomas da Madeira (7%) e dos Açores (5%).

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.