EUA encurtam prazo de validade dos testes
O facto de os EUA encurtarem o prazo de validade do teste COVID (para 24 horas), faz com que seja importante alertar para as consequências desta medida, desde os voos diretos, aos atrasos até aos fornecedores dos testes e os próprios aeroportos.
Victor Jorge
Francisco Calheiros: “Cá estaremos para dar voz a todos os ramos do turismo representados na CTP”
Hoteleiros questionam aumento da taxa turística em Lisboa e pedem “transparência” na relação com o Turismo
Marriott International acrescenta 100 hotéis e 12.000 quartos ao portfólio europeu até 2026
Lufthansa revê resultados para 2024 em baixa
CoStar: Pipeline hoteleiro regista trajetória ascendente no continente americano
Depois dos hotéis, grupo Vila Galé também aposta na produção de vinho e azeite no Brasil
Novo MSC World America navega a partir de abril de 2025 com sete distritos distintos
Top Atlântico promove campanha para as viagens de verão
ERT do Alentejo dinamiza Estações Náuticas na Nauticampo
TAP escolhe filmes do Festival ART&TUR para exibição nos voos de longo curso
Pouco mais de um mês depois de passarem a permitir a entrada de cidadãos de praticamente todos os países europeus no seu território para viagens não essenciais, seguindo um protocolo de entrada rígido, os EUA passarão a encurtar o prazo de validade do teste COVID (com resultado obrigatoriamente negativo para seguir viagem) de forma que cidadãos – americanos ou não – possam entrar no seu território. Assim, em vez das 72 horas, os testes só serão aceites se tiverem sido realizados 24 horas antes do voo.
A SkyExpert, consultora especializada em transporte aéreo e aeroportos, alerta para as consequências desta medida, indicando que “(i) os fornecedores de testes terão de estar preparados para passar os certificados num espaço mais curto de tempo, sem margem para erros informáticos, atrasos de envio e outras vicissitudes, sob pena de tais atrasos impedirem os passageiros de embarcar; (ii) a chegada do inverno na Europa significa a multiplicação dos episódios de neve e de voos cancelados ou atrasados por razões climatéricas, com a consequente perda de ligação dos voos seguintes no aeroporto intermédio (‘hub’) – o que pode significar que os passageiros apenas possam embarcar no voo do dia seguinte para o qual necessitarão novo teste; (iii) os aeroportos deverão estar preparados para lidar com passageiros sem testes ou cujos testes perderam a validade consequência da perda da ligação aérea”.
Para Pedro Castro, fundador da SkyExpert, isto significa que os passageiros passarão a “preferir voos diretos e sem escala” para as suas viagens entre a Europa e os EUA, admite que “as incertezas relacionadas com o tratamento de passageiros em trânsito que, por perda de ligação, possam ter de desembarcar e a nova exigência de validade de 24 horas do teste Covid sugere prudência na marcação deste tipo de deslocações”.
“Para as companhias aéreas, cujo modelo de negócio está altamente dependente do tráfego de ligação ou de programas ‘stopover’, esta medida é altamente contraproducente e irá seguramente complicar as operações e as previsões de negócio durante a difícil estação baixa”, adianta ainda.
Em conclusão, o executivo da SkyExpert termina a referir que, “a prolongarem-se no tempo, estas simples medidas poderão significar um recuo importante no número de rotas, frequências e na capacidade dessas companhias de ‘hub’”.