Aeroportos nacionais alcançam “níveis mais elevados desde o início da crise pandémica” em julho
Dados do INE indicam que, em julho, os aeroportos nacionais receberam 15,6 mil aeronaves em voos comerciais e 2,8 milhões de passageiros, o que traduz subidas de 75,8% e 116,1%, respetivamente, face a igual mês de 2020.
Inês de Matos
MSC Cruzeiros apresenta os sete distritos do MSC World America
10.ª edição do “Vê Portugal” aposta nos desafios futuros das ERT e na paz para o turismo
ARAC reúne em assembleia geral para discutir plano de atividades e orçamento para 2024
Agência Abreu aposta em viagens premium de enoturismo
Savills aponta para aumento do volume de investimento em hotéis europeus face a 2023
Negócios no setor das viagens e turismo caíram 14,9%
Macau facilita entrada de portugueses com passagem automática na fronteira
easyJet corta voos para Israel até outubro
W Algarve tem novo diretor-geral
Nações Unidas discutem papel do turismo para o desenvolvimento sustentável
Os aeroportos nacionais receberam 15,6 mil aeronaves em voos comerciais e 2,8 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos) no passado mês de julho, quando foram atingidos “os níveis mais elevados desde o início da crise pandémica COVID-19”, indicam os mais recentes dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta sexta-feira, 17 de setembro.
De acordo com o INE, o total de aeronaves que aterraram nos aeroportos nacionais em julho traduz uma subida de 75,8% face a igual mês do ano passado, enquanto os passageiros aumentaram 116,1%, ainda que, comparativamente a igual mês de 2019, antes da chegada da crise pandémica, as variações indiquem uma descida de 33,2% no número de aeronaves aterradas e de 55,8% nos passageiros movimentados.
Face ao mês anterior, os resultados indicam, no entanto, uma melhoria, uma vez que, em junho, os aeroportos nacionais tinham apresentado uma quebra de 44,5% no total de aeronaves aterradas e de 66,0% no movimento de passageiros, comparativamente aos resultados de junho de 2019.
Já o tráfego internacional perdeu relevância face a julho do ano passado, uma vez que, do total de passageiros desembarcados nos aeroportos portugueses, 74,8% corresponderam a viajantes internacionais, quando em período homólogo esta percentagem chegava aos 81%, realidade que se verificou também nos passageiros embarcados, onde o tráfego internacional correspondeu a 69,8% total, valor que compara com os 75,7% apurados em igual período do ano passado, com o INE a sublinhar que a maioria destes passageiros tinham “como principal destino aeroportos localizados no continente europeu (59,1%)”.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o INE revela que o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente registou, desde a segundo quinzena de março, “uma inversão da tendência”, com o crescimento de ambos os indicadores e que “se manteve durante os meses seguintes”. Já a partir da segunda quinzena de maio, “verificou-se um crescimento mais acentuado, tendo-se mantido uma tendência de crescimento nos meses de junho e julho”.
De janeiro a julho de 2021, houve uma diminuição de 26,0% no número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais, valor que compara com a quebra de 67,3% no período homólogo de 2020 e com a subida de 7,1% no mesmo período de 2019. Já se a comparação for feito com igual período de 2019, a descida foi de 75,8%.
Por aeroportos, Lisboa voltou a concentrar a maioria do tráfego, contabilizando 45,5% do total de passageiros (3,8 milhões), ainda que tenha apresentado um decréscimo de 38,8% que, segundo o INE, foi “o mais acentuado dos três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros”. Por outro lado, o aeroporto de Faro manteve a terceira posição entre os aeroportos com maior movimento de passageiros neste período, num total de 914 mil passageiros, o que traduz uma descida de 12,0%.
Por mercados, França foi o principal país de origem e de destino dos voos no acumulado dos sete primeiros meses do ano, seguindo-se o Reino Unido e a Alemanha, ainda que “com um volume significativamente mais reduzido de passageiros desembarcados e embarcados”.