CTP preocupada com pagamento atempado do lay off
“Não tenho como garantido que o lay off vá ser pago com a rapidez que todos desejávamos, o que seria muito mau para a economia”, afirma Francisco Calheiros.
Carina Monteiro
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“Não tenho como garantido que o lay off vá ser pago com a rapidez que todos desejávamos, o que seria muito mau para a economia”. A declaração é de Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que falava num webinar promovido pela Deloitte, esta quinta-feira, dia 23.
Francisco Calheiros revelou também preocupação quanto ao funcionamento das Linhas de Créditos. “As medidas de apoio à retoma que estão nos bancos, estão há mais de um mês. Permanentemente interajo com todos os bancos, tento saber o que se passa, mas a realidade é esta: não nos podemos esquecer que o nosso tecido empresarial é formado por pequenas empresas e, neste momento, são necessários 17 documentos para se poder ter acesso a estas linhas”.
O presidente da CTP elogiou, no entanto, a Linha de Crédito de 60 milhões de euros lançada pelo Turismo de Portugal para as pequenas e microempresas. “É de elogiar pela sua simplicidade e porque é a única em que o dinheiro já chegou às empresas”.
Na próxima quarta-feira, dia 29, o Governo irá reunir com os parceiros sociais. O encontro servirá, segundo Francisco Calheiros, para “começar finalmente a estudar as medidas de retoma”. “A CTP já tem um grupo de trabalho montado para dar os seus contributos, que faremos chegar ao Governo antes do dia 29”, garante.
“A nossa ideia é que devemos abrir de forma calma, segura, criativa e com uma grande mensagem: temos de obter a confiança de todos os stakeholders do mercado. No verão, a nossa aposta deverá ser o mercado interno alargado, porque não vai ser possível ter os clientes tradicionais”.
Para Francisco Calheiros, “2020 é um ano praticamente perdido, 2021 será melhor,” mas somente em 2022 os resultados voltarão aos níveis que nos “habituaram nos últimos dez anos”.
“Penso que é a altura para alterar o modelo de governança do turismo e ter um ministério do que tutelasse o turismo e os transportes, e que tenha um maior envolvimento dos privados”, considera o presidente da CTP, que referiu ainda a questão do novo aeroporto de Lisboa. “Vamos aproveitar esta fase para resolver todos os problemas associados ao novo aeroporto, para quando a pandemia acabar, termos a construção do aeroporto do Montijo a funcionar”.
De referir ainda que secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que participou no mesmo webinar, afirmou que o Governo está a preparar um pacote de medidas de apoio ao consumo.