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Dizem que o medo tem cheiro. Se é assim, o cheiro sentiu-se nas palavras dos hoteleiros mais veteranos que cumpriram o ritual da visita à FITUR. O ano de 2019 parece ter sido um pico de uma montanha russa, antecedendo o que muitos julgam estar do outro lado: uma quebra nos indicadores de exploração hoteleira.
Num cenário pessimista, estamos à beira de uma tempestade perfeita: o arrefecimento da economia mundial é inevitável. O coronavírus terá um impacto devastador no tráfego aéreo. Em Portugal a limitação do aeroporto manter-se-á num mercado em que a oferta hoteleira teimosamente crescerá nos próximos anos. A escassez de recursos humanos qualificados acrescentará pressão sobre uma das principais linhas de custos dos hotéis, ao mesmo tempo que reduzirá a qualidade e limitará o potencial de vendas. E como só os hotéis esgotados fecham, o país terá durante muitos anos um excesso de oferta que marcará preços médios medíocres.
Num cenário otimista, a uma eventual quebra pouco abrupta e curta seguir-se-á novo pico mais elevado que o anterior, numa sucessão infinita de crescimento. A opinião não deixa de ser plausível: afinal, o atual modelo económico que pauta a generalidade das nações tem gerado resultados que levam milhões a viajar pela primeira vez. As novas capacidades económicas e tecnológicas, aliadas ao prazer da descoberta – intrínseco ao ser humano – criarão inevitavelmente novos turistas que mais tarde ou mais cedo desaguarão em terras lusitanas. Em Portugal a introdução de camas em hotéis será compensada pela redução de camas em Alojamento Local, e a imigração resolverá o problema dos recursos humanos.
Suponho que um otimista prudente tem apenas um caminho: preparar-se para o pior, esperando o melhor. O controlo de custos, a flexibilização dos recursos humanos e da operação em geral, a diversificação de mercados, de segmentos e de canais de distribuição são palavras que devem entrar novamente no léxico mais comum dos hoteleiros.
Por Alexandre Marto, CEO Fatima Hotels Group