Histórias do Turismo | A Célebre Avalanche
Publicamos mas uma história dos 100 anos do turismo, da autoria de Jorge Mangorrinha.
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Há precisamente um século, escrevia-se que seria necessária uma propaganda intensa no estrangeiro para a “já célebre avalanche” de turistas que, supostamente, marcariam um novo rumo no pós-Guerra europeu. Em Portugal, durante a I República, foram adoptadas medidas legislativas, visando a melhoria da qualidade dos hotéis e meios e vias de comunicação, bem como a valorização dos sítios “pitorescos” e a conservação dos monumentos. Durante o Estado Novo, este assumiu um papel dominante nas políticas de desenvolvimento da actividade turística, que viria a considerar como um sector estratégico do crescimento económico, no qual se reconheceu o valor da publicidade e da propaganda, com base numa identidade nacional, ao mesmo tempo que se promoveram o turismo interno e a vertente social, o ensino profissionalizante e o investimento em grandes urbanizações turísticas, seguindo as tendências europeias no pós-II Guerra Mundial e assinalando um esforço de modernização e abrangência desta actividade social. Já no regime dito democrático e ultrapassando e aproveitando o momento de crise consequente à Revolução, avançou-se para o estudo e a organização de métodos inovadores e para a preparação de procedimentos técnicos que se adequassem às especificidades da promoção turística, embora pontuais e pouco estruturadas, sustentados pelo binómio sol e mar, onde uma política de baixos preços (com investimentos tecnicamente desqualificados), captou multidões de visitantes de poucos recursos, o que resultou numa procura de turismo de massas algo anárquica e a destruição de paisagens (processo irreversível no futuro). Contudo, nos anos seguintes, um progressivo interesse de investidores mais esclarecidos e dos agentes deste sector e do Estado tem permitido a convergência e um gradual desenvolvimento de todas as áreas promocionais, do litoral ao interior, das grandes cidades às aldeias, com estímulo para as diferentes formas de promoção e para os mercados que alimentam os “clusters” estratégicos, embora nunca superando as diferenças reais entre regiões, do ponto da procura turística, com efeitos económicos. Apenas a leitura e o conhecimento da História, a convergência entre todos os agentes e níveis altos de exigência no turismo poderão manter valores competitivos em Portugal, e, tal como o desejo de há um século: “Ha-de nos caber essa gloria”!
Ao longo deste ano publicamos histórias dos 100 anos do turismo, da autoria de Jorge Mangorrinha, investigador em História do Turismo