Península Ibérica, Polónia e Alemanha lideram indústria hoteleira europeia
Com performances negativas estiveram as cidades italianas, francesas e belgas, estas últimas motivadas pelo ambiente de insegurança motivado pelos ataques terroristas de que foram alvo.

Raquel Relvas Neto
Colômbia e Argentina assinam memorando para a liberalização da aviação comercial
IAG arranca 2025 com números em alta e com 71 aviões encomendados
Escolas do Turismo de Portugal reforçam aposta na sustentabilidade
Alemanha com quebras nas dormidas e hóspedes no 1.º trimestre
Pequim levanta proibição às companhias aéreas chinesas de receberem aviões da Boeing
Turismo de golfe pode valer quase 66 mil milhões de dólares até 2035
Herança Judaica na Europa é nova série de “Viagens com Autores” da Pinto Lopes Viagens
Inscrições até 20 de maio: Turismo de Portugal vai “comandar” missão empresarial a Cabo Verde
Tunísia prevê temporada turística “excecional”, segundo o governo
Escolas de Hotelaria e Turismo de Portugal vão colaborar com congéneres do Luxemburgo
Nos primeiros nove meses de 2016, a indústria hoteleira na Europa tem registado um crescimento tímido nos vários indicadores. Segundo o último relatório do Observatório de Destinos Europeus da European Cities Marketing com a MKG Hospitality, no período em questão, o RevPAR apresentou um ligeiro crescimento de 0,4% em relação ao mesmo período de 2015. No que diz respeito à Taxa de Ocupação, esta desceu um pouco (-0,5%). Contudo, o Average cresceu 1,1%.
Globalmente, o crescimento tem sido “tímido”, mas “permite ao continente europeu publicar resultados que são geralmente positivos, graças à península Ibérica, Polónia e Alemanha, em particular”, conclui o relatório.
Varsóvia registou um RevPAR de 8,9%, justificado pela organização da cimeira da NATO em Julho, POLMUN e Codemotion em Setembro.
Na Península Ibérica, as chegadas de turistas continuam a crescer sob o efeito, diz o relatório, da dinâmica interna (contexto económico melhorado) e do desvio de visitantes de destinos do Mediterrâneo afectados por ataques terroristas nos últimos meses (Turquia, Riviera Francesa, Egipto e Magreb…). Todas as cidades em Espanha (14,2%) e Portugal (8,7%), ganharam um forte crescimento do RevPAR, por exemplo, Madrid registou um aumento neste indicador de 8,1%, Barcelona e Bilbau em 12%, San Sebastian 17,6% e Lisboa 3,8%.
A Alemanha, por sua vez, segue uma tendência positiva de crescimento, + 4,5% do RevPAR. No entanto, apesar de uma forte actividade comercial, Berlim, Colónia, Dresden e Frankfurt estão a seguir uma tendência de decrescimento, enquanto Düsseldorf, Nuremberg e Leipzig registaram um aumento de 18,7%, 17,9% e 9,6%, respectivamente.
Com performances negativas estiveram as cidades francesas, italianas e belgas. Itália (-4,5%), registou uma queda no seu RevPAR em relação a 2015, quando a actividade foi sustentada pela Expo Milão e pela Bienal de Veneza. Estas duas cidades registaram, respectivamente, uma queda do RevPAR de 17,8% e 7,5%.
A Bélgica registou uma quebra nas suas performances hoteleiras, com o RevPAR a cair 14,8%. Bruxelas caiu 22,1%, principalmente devido a uma queda de 15,9 pontos na Taxa de Ocupação, após os ataques em Março. O RevPAR em Antuérpia caiu 7,8% e 2,9% em Ghent.
A França conheceu uma redução do RevPAR de 5,8%, impulsionada pelos dois fortes pólos turísticos (Paris e Nice) que tiveram, respectivamente, uma queda de 8,9 e 4,4 pontos na Taxa de Ocupação em relação ao ano passado. “O contexto de insegurança que invadiu a Bélgica e França desde os ataques continua a prejudicar as chegadas de turistas”, indica o relatório.