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Ribau Esteves: “Sou completamente contra a taxa turística”

Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, será o anfitrião do congresso da APAVT, que se realiza naquela cidade de 8 a 11 de Dezembro. Recebeu o Publituris nos Paços do Concelho para uma entrevista exclusiva e falou sobre vário assuntos relacionados com o Turismo da cidade que dirige.

Ângelo Delgado
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Ribau Esteves: “Sou completamente contra a taxa turística”

Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, será o anfitrião do congresso da APAVT, que se realiza naquela cidade de 8 a 11 de Dezembro. Recebeu o Publituris nos Paços do Concelho para uma entrevista exclusiva e falou sobre vário assuntos relacionados com o Turismo da cidade que dirige.

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Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, será o anfitrião do congresso da APAVT, que se realiza naquela cidade de 8 a 11 de Dezembro. Recebeu o Publituris nos Paços do Concelho para uma entrevista exclusiva e falou de tudo: do congresso, da cidade, da taxa turística, da colaboração com as diferentes entidades regionais de turismo, de novos hotéis, de ovos-moles e de moliceiros. Deu para tudo.

Que importância tem para a cidade de Aveiro um evento como o congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT)?

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Dada a credibilidade da instituição, tem uma importância muito grande para a nossa cidade. Estamos a falar de individualidades que compram e vendem territórios, produtos turísticos e torna-se, assim, uma oportunidade muito grande para promovermos o nosso destino. Quando nos candidatamos a receber este congresso, tivemos, sempre, estes dados em mente. Que expectativas tem relativamente ao congresso? São muito altas! Esperamos ter uma grande adesão – como é normal nos congressos da APAVT – e temos já algumas entidades do município que vão associar-se ao evento numa pequena amostra que vai decorrer em simultâneo. Sabemos que estes pequenos eventos irão ocorrer e, por si só, já é algo que nos deixa satisfeitos. Haverá vários certames à margem do programa oficial, mas que têm como objectivo mostrar a nossa história, cultura e provocar um encantamento por terem estado em Aveiro durante os dias do congresso. Queremos que, quando as pessoas abandonem o evento, tenham noção que estiveram num território afável e de grande qualidade.

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Qual a estratégia turística para Aveiro?

Dentro do que são as nossas competências municipais devemos cuidar dos nossos factores diferenciadores. Aqui, assentamos em dois pilares: o primeiro, a Cultura. Aveiro é uma cidade velha, com valores culturais e patrimoniais distintos, desde a Arte Nova ou o Museu de Santa Joana que foi erguido com base num convento dominicano com cerca de 500 anos de existência, ou mesmo as festas de São Gonçalinho, que se realizam em Janeiro. O outro pilar é essencialmente Ambiental, com base na ideia “Aveiro, Cidade dos Canais”. Queremos que os passeios de Moliceiro sejam, cada vez mais, a porta de entrada para a nossa Ria de Aveiro. A Ria é um episódio brutal de uma relação muito especial entre o Homem e a Natureza, que começa na ponta norte, em Ovar, e segue até sul, em Vagos e Mira. Trata-se de um território vasto e que tem uma diversidade enorme de valores para ser promovido. Temos ainda um aspecto cada vez mais relevante que é a componente sub-regional do somatório dos 11 municípios que referenciamos pela Ria de Aveiro. Aqui, o trabalho é feito em conjunto com a nossa Entidade Regional do Turismo – Turismo Centro de Portugal – que, convém referir, tem sede em Aveiro. Tem feito um trabalho de qualidade a construir esta região e produto que é o Centro de Portugal que, realce-se, é difícil de articular devido à sua diversidade, pois, por exemplo, integra 100 municípios. No entanto, temos tirado muito e bom proveito turístico resultante desta cooperação. Referir ainda o patamar nacional da nossa promoção turística: somos Portugal, somos uma peça do território e, nesse sentido, temos procurado tirar partido e contribuir para um fim conjunto. Temos tido excelentes resultados nesta área.

Não faria sentido, também, uma cooperação mais estreita com o Porto e Norte?

A resposta é: sim! No entanto, temos uma posição muito clara sobre este assunto: a região que nos financia através dos fundos dos projectos comunitários é o Centro. É aí que está a nossa base de operação, cooperação e alimentação financeira dos nossos projectos. Não abdicamos disso e estamos muito bem. Devemos cooperar com os outros, mas, atenção, os outros são todos! O Porto e Norte tem uma relação muito importante connosco, não só devido ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, ao Terminal de Cruzeiros que está em fase de nascimento ou à Galiza – um grande alimentador turístico de Aveiro – mas também no que diz respeito a questões institucionais e queremos aprofundá-la a este nível. Mas devo realçar a cooperação com a região de Castela e Leão, em Espanha: trata-se do país estrangeiro que nos fornece mais turistas e assim continuará. Quem está a sul, nomeadamente Lisboa, também é uma região com quem trabalhamos de forma afincada. Temos uma capital com um aeroporto e uma atractividade de grande importância a apenas duas horas de distância de Aveiro. Queremos, portanto, explorar um pouco de todas estas valências que nos rodeiam para alimentar o nosso Turismo. Possuímos ainda uma outra região que também gosto de destacar que é o Oceano Atlântico. Temos feito um bom trabalho no município mais marinheiro da região que é Ílhavo, onde está situado o Museu Marítimo, a história do bacalhau ou a regata dos grandes veleiros que cá têm vindo de quatro em quatro anos e faz-nos ver que temos uma relação privilegiada com o mar.

Aveiro

Qual o perfil do turista estrangeiro que visita a cidade?

Falando primeiro das nacionalidades, e como referido anteriormente, os espanhóis são o nosso mercado mais relevante. Depois, os franceses. A Holanda, a Alemanha e os países da Escandinávia têm crescido muito em Aveiro. Fora da Europa, destaque total para o Brasil, nação que tem dado um pulo imenso nos últimos anos. Realce ainda para algumas “novas nacionalidades” que têm aparecido com cada vez mais força: chineses, japoneses, norte-americanos e canadianos, sendo que aqui com um grande contributo da comunidade emigrante portuguesa que a região tem com enorme expressão quer nos Estados Unidos quer no Canadá.

Em termos de estadia média, como se encontra a região?

A nossa estadia média é baixa, mas, como todos sabemos, é uma das características da região Centro. Alguns vêm isso como um problema, mas a minha análise é distinta: observo este fenómeno como uma característica. Ainda não conseguimos estabilizar nas duas noites por visitante.

E de que forma poder-se-á alterar esta característica?

Em Lisboa, Algarve e Madeira existem muitas infra-estruturas hoteleiras de estar ou, por outras palavras, espaços onde os hóspedes podem ficar uma semana inteira ou mais. Aveiro não têm hotéis de estar e o Centro tem poucas unidades com essas características. O que temos, em maior número, são hotéis de… passar. Uma noite, duas noites e sigo para outro destino. Queremos chegar a uma estadia média de três noites, mas ainda temos que pedalar muito e isso só será possível atraindo mais gente, somando as ofertas diversas que o Centro disponibiliza, mas sabendo que não é nos próximos anos que vamos assentar numa hotelaria de estar.

Fale-nos um pouco sobre o mercado interno?

É o número um! O mercado interno representa 60% do bolo total, ficando o estrangeiro com os restantes 40%. E tenho muito gosto que continue a ser o principal mercado emissor, apesar de não ser muito bem compreendido de cada vez que digo isto. Temos 10 milhões de consumidores, há seguramente muitos portugueses que ainda não conhecem Aveiro com a profundidade que queremos, existem os que não vêm cá há imenso tempo e, portanto, temos um investimento no Turismo interno que queremos prosseguir. Ainda assim, uma nota: cada vez mais, o mercado interno significa Portugal + Espanha, ainda que estejamos a abordar o fenómeno de uma forma comercial. A quem já conhece a cidade, Aveiro tem para oferecer uma diversidade enorme de experiências que justificam um regresso. Para quem faz uma escapadinha de fim-de-semana ou aproveita uma ponte que o feriado proporcionou, Aveiro é um destino apetecível e é assim que nos queremos posicionar, onde temos investido e queremos continuar a investir nos próximos anos.

Aveiro

O ano de 2016 tem sido o de todos os recordes a nível nacional. Aveiro acompanhou a tendência?

Aveiro veio decrescendo em todos os indicadores turísticos entre 2010 e 2013, ao contrário do País, que começou a crescer a partir de 2011. Em 2014, tivemos uma ligeira ascensão – cerca de 4% -, para depois, em 2015, darmos um pulo – 16%. Este ano será fechado com novo pulo, em princípio superior ao do ano anterior: entre os 16 e 20%. Estamos numa boa fase, mas precisamos de crescer noutras áreas, nomeadamente na restauração, onde temos tido algumas situações de oferta esgotada, assim como na hotelaria. Temos dias a mais com as unidades hoteleiras esgotadas, embora tenhamos tido uma ajuda importante no alojamento local e nos hostels. Ainda que tenhamos recebido estas “ajudas” para colmatar a ausência de oferta da hotelaria tradicional, temos de criar condições para colmatar essa lacuna, já que a procura é crescente. Actualmente, temos 687 camas em empreendimentos turísticos mais 1326 camas em alojamento local. Nos próximos anos precisamos de duplicar estes números.

E estão previstos novos hotéis?

Desde a ponta final do ano passado e já em 2016 começámos a conversar com seis investidores, dois deles já com muita maturidade, com quem temos vindo a discutir este tema. Existe interesse, está detectada a necessidade por força do crescimento da notoriedade da cidade e, portanto, estamos a conversar activamente para dar mais camas a Aveiro. É minha convicção que, num futuro próximo, poderemos concretizar uma das operações que estão em conversações. Há um interesse objectivo para que isso suceda.

É conhecida a sua antipatia pela cobrança da taxa turística, um modelo que já está em velocidade de cruzeiro em Lisboa e que se estuda a sua aplicação no Porto. Por que razão é uma das vozes de protesto relativamente a esta medida?

Sou completamente contra a taxa turística porque nós queremos que os turistas venham para cá e deixem o seu dinheiro através do consumo, pois aqui já existe um imposto em cada compra que fazem: o IVA. É uma questão de princípio e filosofia fiscal, pois não tenho que taxar um turista apenas porque veio dormir à minha cidade. A taxa deve ser aplicada pela prestação de um serviço e, por isso, é desprovida de sentido objectivo. Que serviço presto ao turista que pagou a taxa? Nenhum. Quando cheguei à autarquia de Aveiro havia taxa turística, aliás, duas: a taxa de hotelaria, onde se cobrava um euro por noite e a taxa dos passeios de Moliceiro nas operações marítimo-turísticas no mesmo valor. Connosco, deixou de existir a partir de 2014 e estamos muito felizes com isso, pois chegámos a ter um conflito grave com a hotelaria e hoje cooperamos com ela e regularizamos a actividade dos operadores marítimo-turísticos, ou seja, pagam a licença devida no início do ano e começam a sua operação de forma normal.

Quais os principais produtos turísticos de Aveiro?

Em primeiro lugar, a cidade. Por ser um episódio único e por ter uma oferta diferenciada. Depois, devemos destacar a Arte Nova, que é um produto da maior importância. É importante referir que Aveiro é considerada uma das 10 cidades mais relevantes a nível europeu no que à Arte Nova diz respeito. O Moliceiro e a Ria são, obviamente, um factor central enquanto produto turístico e, por fim, a nossa gastronomia, com os ovos-moles a assumirem o lugar de maior destaque.­

Sobre o autorÂngelo Delgado

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Foto: Depositphotos.com

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Negócios no setor das Viagens e Turismo continuaram a cair até outubro

Até outubro, os negócios no setor das Viagens e Turismo desceram 10,4% face a igual período do ano passado, contabilizando 583 negócios, entre fusões e aquisições, operações de capital privado e acordos de financiamento de risco, aponta a GlobalData.

Até outubro, os negócios no setor das Viagens e Turismo desceram 10,4% face a igual período do ano passado, contabilizando 583 negócios, entre fusões e aquisições, operações de capital privado e acordos de financiamento de risco, aponta a GlobalData.

Os dados divulgados esta quinta-feira, 14 de novembro, pela GlobalData mostram uma descida de 10,4% face aos 651 negócios anunciados durante o mesmo período de 2023, o que se terá ficado a dever às “tensões geopolíticas e incertezas económicas”.

“As tensões geopolíticas e as incertezas económicas impactaram significativamente a realização de negócios no sector das viagens e turismo. No entanto, algumas das principais economias da Europa e da região Ásia-Pacífico registaram uma melhoria no volume de negócios”, adianta Aurojyoti Bose, analista principal da GlobalData.

Na Europa, houve uma melhoria anual de 7,5% na atividade de negócios até outubro, sendo a região do mundo que liderou o número de anúncios de negócios durante os 10 primeiros meses do ano.

A GlobalData diz que a Europa contrastou com a América do Norte, Ásia-Pacífico, América do Sul e Central, assim como com as regiões do Médio Oriente e África, cujas descidas  anuais no volume de negócios chegaram aos 33%, 6,4%, 20% e 17,2%, respetivamente, até outubro.

Já os EUA, a China, a Coreia do Sul e a França registaram um declínio no volume de negócios de 32,2%, 30,2%, 4,8% e 34,8%, respetivamente, durante os 10 primeiros meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.

“Em contraste, o Reino Unido, a Índia, o Japão e a Espanha registaram uma melhoria homóloga no volume de negócios de 2,7%, 18,6%, 28,6% e 69,2%, respetivamente, durante janeiro-outubro de 2024”, destaca a GlobalData.

A realidade foi também distinta consoante o tipo de negócio, com a GlobalData a indicar que as fusões, aquisições e negócios de financiamento de risco caíram 4,9% e 29,4%, respetivamente, enquanto o volume de negócios de private equity registou uma ligeira melhoria durante o período em análise.

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Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas

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TAP prevê ultrapassar 2 milhões de passageiros nas rotas do Brasil em dezembro

Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, a companhia aérea deverá atingir a marca dos dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil por volta da “semana 50 do ano, ou seja, lá para 20 de dezembro”, o que corresponde a um feito inédito.

Pela primeira vez, a TAP deverá ultrapassar os dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil num ano, o que deverá acontecer por volta do dia 20 de dezembro, estima Carlos Antunes, diretor da companhia aérea para as Américas.

“Em número de passageiros, vamos, este ano, ultrapassar, se tudo correr bem, os dois milhões de passageiros transportados entre o Brasil e a Europa”, indicou o responsável, à margem do Festuris 2024, que decorreu em Gramado, no Rio Grande do Sul, entre 7 e 10 de novembro.

Segundo Carlos Antunes, a TAP deverá atingir esta marca por volta da “semana 50 do ano, ou seja, lá para 20 de dezembro”, o que corresponde a um feito inédito, uma vez que a companhia aérea nunca ultrapassou os dois milhões de passageiros transportados nas rotas do Brasil.

“Nunca ultrapassámos os dois milhões, também é uma marca e um objetivo que nos colocámos. No ano passado, transportámos 1,920 milhões de passageiros, então o ano vai ser melhor que o ano passado”, acrescentou Carlos Antunes.

Apesar de os voos para Porto Alegre terem sido suspensos devido à inoperacionalidade do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que foi destruído com as inundações de maio, a TAP passou a contar com duas novas rotas no Brasil este ano, concretamente Florianópolis, no estado de Santa Catarina, e Manaus, cujos voos foram retomados já este mês de novembro, via Belém.

Estas operações, acrescentou o responsável, têm contribuído para compensar os passageiros perdidos em Porto Alegre, sendo que também a operação para São Paulo foi reforçada, o que dá boas perspectivas à companhia aérea.

“Vai ser um ano muito positivo, pelo volume de passageiros transportado, pela forma como consolidámos a maioria das nossas rotas”, acrescentou o responsável, indicando que, em média, entre 60 a 65% dos passageiros são gerados no Brasil.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Dia Mundial da Oliveira é assinalado em 32 municípios de norte a sul de Portugal

O olivoturismo, que em muitos países começa a ser considerado como um grande potencial turístico para proporcionar experiências aos turistas, vai ser destacado em Portugal no Dia Mundial da Oliveira, que se assinala a 26 de novembro, com celebrações em 32 municípios de norte a sul do país, num total de 113 atividades, protagonizadas por 79 entidades.

A promoção do património olivícola, o olivoturismo e o reforço da literacia oleícola, associados à celebração dos valores da paz, são os grandes destaques das comemorações do Dia Mundial da Oliveira, a ter lugar a 26 de novembro, que este ano vai abranger um total de 113 atividades (98 de entrada livre e apenas 15 com inscrição paga), que serão protagonizadas por 79 entidades em 32 municípios de norte a sul de Portugal.

Esta é provavelmente a maior rede nacional de eventos alguma vez criada em Portugal, e vem na sequência do êxito alcançado na 1ª edição, em 2023. Para os responsáveis do projeto europeu OLIVE4ALL, a enorme adesão de entidades a esta 2ª edição desta Rede de Eventos Comemorativos é o testemunho vivo de que em Portugal há ainda muito a fazer em prol da valorização do património olivícola e do olivoturismo. Por isso, desta rede comemorativa fazem parte entidades tão diversas como olivicultores, museus, associações culturais, autarquias ou institutos politécnicos.

A enorme abrangência e robustez da rede de eventos comemorativos do Dia Mundial da Oliveira está bem patente na Brochura de Apresentação da Rede, e pode ser resumida nos seguintes números de adesões: Seis mensagens de boas-vindas de individualidades de referência nacional com responsabilidade direta no setor (secretários de Estado do Turismo e da Agricultura; presidentes das entidades regionais do Turismo do Porto e Norte, do Centro de Portugal, do Alentejo e Ribatejo e do Algarve); Uma Comissão de Honra formada por 40 individualidades de referência, incluindo 31 autarcas.

De acordo com nota que chegou ao Publituris do coordenador nacional do projeto OLIVE4ALL, Francisco Dias, estão agendadas 32 programas de eventos de nível municipal, abrangendo um total de 113 atividades, maioritariamente gratuitas, com a seguinte distribuição temática: 26 provas sensoriais de azeite; 14 palestras e mesas redondas; 13 visitas a lagares de azeite; 10 tibornadas / jantares pedagógicos; nove visitas a olivais de oliveiras centenárias ou milenares; nove sessões de exibição de filmes sobre património olivícola; oito visitas a museus do azeite; seis exposições artísticas; cinco ações de apanha da azeitona; cinco atividades literárias ou criativas; quatro workshops de culinária; duas iniciativas de plantação de oliveiras e uma de apadrinhamento de oliveiras.

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Aeroportos nacionais movimentam mais de 54 milhões de passageiros até setembro

Em setembro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram 6,9 milhões de passageiros, correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023. No acumulado, o total ascende a 54,4 milhões de passageiros.

Publituris

Em setembro de 2024, movimentaram-se nos aeroportos nacionais 6,9 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023, o que representa uma subida de 0,8 pontos percentuais face à subida de 3,1% registada no mês anterior (face a agosto de 2023), indicam os dados do Instituo Nacional de Estatística (INE).

No 9.º mês do ano, 81,9% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,8 milhões de passageiros (+4,1%), na maioria provenientes do continente europeu (67,1% do total), correspondendo a um aumento de 2,5% face a setembro de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,8% do total de passageiros desembarcados (+11,1%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 82% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,9 milhões de passageiros (+3,4%), tendo 68,6% do total como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 2% face a setembro de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (9,2% do total; +8,9%).

Em setembro de 2024, registou-se o desembarque médio diário de 115,1 mil passageiros, valor superior em 3,8% ao registado em setembro de 2023 (110,9 mil), apesar do impacto do fecho por 24 horas do aeroporto do Porto, no dia 10 de setembro, para trabalhos de reabilitação da pista.

Já no que diz respeito à movimentação de aeronaves, no mês de setembro, aterraram nos aeroportos nacionais 23,7 mil aeronaves em voos comerciais, com o INE a indicar que “o movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”.

O aeroporto de Lisboa recebeu, em setembro, 3,280 milhões de passageiros, mais 140 mil que em igual período de 2023 (+4,3%), enquanto o Porto movimentou 1,514 milhões (+22 mil que em setembro de 2023, ou seja, +1,5%) e Faro 1,190 milhões (+28 mil que em igual período do ano passado, +2,4%).

Já entre janeiro e setembro de 2024, o número de passageiros movimentados aumentou 4,4% nos aeroportos nacionais, totalizando 54,440 milhões, ou seja, mais 2,278 milhões face ao acumulado de 2023, indicando o INE que durante este período “verificaram-se máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais”.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros nove meses de 2024, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados (+1,6%, num total de 3,824 milhões) e embarcados (+1,7%, no total de 3,783 milhões) face ao mesmo período de 2023. No sentido contrário, França registou decréscimos no número de passageiros desembarcados (-3,1%, total de 3,280 milhões) e embarcados (-3,6%, 3,260 milhões), e ocupou a 2.ª posição. Espanha, Alemanha e Itália ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente, (+3,4% para 2,816 milhões; +6% para 1,979 milhões; +3,5% para 1,248 milhões, nos passageiros desembarcados; +3,4% para 2,760 milhões; +6,3% para 1,975 milhões; +4,5% para 1,252 milhões, pela mesma ordem) como principais países de origem e de destino.

Nestes primeiros nove meses de 2024, o aeroporto de Lisboa movimentou 49,1% do total de passageiros (26,7 milhões; +4,4% comparando com o mesmo período de 2023). O aeroporto do Porto concentrou 22,5% do total de passageiros movimentados (12,3 milhões; +4,9%). O aeroporto de Faro registou um crescimento de 2,1% no movimento de passageiros, totalizando cerca de 8 milhões.

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Entrega de aviões de passageiros estimada em quase 45 mil unidades até 2043

As previsões da Cirium apontam para que, entre 2024 e 2043, sejam entregues 45.900 novos aviões, num valor estimado de 3,3 biliões de dólares, sendo que 44.835 serão de passageiros.

Publituris

O Cirium Fleet Forecast (CFF) de 2024 prevê a entrega de cerca de 45.900 novos aviões de passageiros e de carga ao longo dos 20 anos, entre 2024 e 2043, num valor estimado de 3,3 biliões de dólares (cerca de 3,1 biliões de euros). Deste total, 98%, ou seja, 44.835 serão aviões de passageiros.

A previsão deste ano foi elaborada numa altura em que o setor da aviação se encontra “no seu próximo ciclo de crescimento”, após a recuperação da Covid-19, mas enfrenta “problemas relacionados com a oferta de capacidade”, refere a previsão.

A recuperação progressiva da frota mundial de passageiros da crise pandémica fez com que o inventário em serviço aumentasse até ao quarto trimestre de 2024 para 26.100 aeronaves – 5% acima do nível registado em janeiro de 2020, quando a pandemia se instalou pela primeira vez. No entanto, este aumento para além do nível pré-Covid foi impulsionado por aeronaves de corredor único (mais 13%), com o inventário ativo de corredor duplo ainda 3% abaixo no 4.º trimestre de 2024, enquanto os aviões regionais estavam 8% abaixo e os turboélices 14% atrás. A expansão da frota de dois corredores, que voltou a crescer, foi limitada pela recuperação mais lenta dos mercados de longo curso, e os mercados internacionais da região Ásia-Pacífico continuam a ficar atrás de outros.

Embora a frota global tenha voltado a crescer, o ritmo do aumento foi atenuado pelas perturbações causadas no fornecimento de novas aeronaves devido a vários fatores, o que fez com que os aumentos de produção dos fabricantes demorassem muito mais tempo do que o previsto, num contexto de elevada procura de capacidade adicional.

Uma das principais causas da interrupção dos volumes de entrega tem sido os problemas da cadeia de abastecimento, que limitaram o volume de componentes essenciais, como motores, interiores de cabina e trens de aterragem, que chegam às linhas de montagem finais. O limite temporário imposto pela Administração Federal de Aviação dos EUA à taxa de produção do Boeing 737 Max também afetou a oferta.

Entretanto, a frota em serviço está a enfrentar o programa de inspeção de motores Pratt & Whitney GTF em curso, que está a fazer com que centenas de aeronaves da família A320neo sejam temporariamente retiradas de serviço.

Comparando a previsão de entregas para 2024 com o CFF de 2023, há cerca de 5% menos entregas no período de 2024-2027, refletindo, principalmente, a aceleração mais lenta dos aviões de corredor único.

Em termos globais, a previsão para 20 anos tem mais 5% de entregas, com uma perspetiva mais positiva para o início da década de 2030, uma vez que a grande carteira de encomendas atual exige uma taxa de entregas mais elevada nesses anos.

Corredor único prevalece
A Airbus e a Boeing continuarão a ser os dois maiores fabricantes de aeronaves comerciais, que fornecendo cerca de 84% das aeronaves e 90% em valor até 2043, prevendo-se que a Comac assuma uma quota de 6% da procura, enquanto outros fabricantes (ATR, Embraer, etc.) irão “lutar” por uma fatia que vale cerca de 180 mil milhões de dólares.

De acordo com a análise da Cirium, é provável que o segmento dos aviões de corredor único com 150-250 lugares registe a atividade mais significativa, em que a Airbus e a Boeing tentarão posicionar-se naquele que é o maior mercado do ponto de vista do volume unitário. Ambos os fabricantes têm estado a avaliar configurações de aeronaves com asas de maior envergadura e maior amplitude para maximizar a eficiência aerodinâmica, incorporando mecanismos dobráveis para permitir operações a partir das atuais infraestruturas aeroportuárias.

A Ásia, no seu conjunto, continuará a ser a principal região de crescimento, com cerca de 45% das entregas, das quais a China contribuirá com cerca de 20%, quase alcançando o total da América do Norte. A Europa, com 18%, ficará imediatamente à frente do resto da Ásia-Pacífico (com exceção da Índia, que terá uma quota de 8%).

“O crescimento previsto do tráfego a longo prazo exigirá que a frota mundial de passageiros aumente em cerca de 24.000 unidades”, diz a Cirium, o que equivale a uma taxa de crescimento anual de 3,4%, elevando o inventário para cerca de 49.000 aviões a jato e turboélice no final de 2043.

Cerca de 84% da frota atual será renovada durante este período, pelo que um pouco menos de metade das entregas será para substituição. A análise da curva de sobrevivência é utilizada para modelar as reformas e prevê uma vida económica média de 23 anos para os aviões de corredor único e de 21 anos para os aviões de corredor duplo. A frota de aviões de corredor único crescerá mais rapidamente, 3,9% ao ano, contra 3,3% para os aviões de corredor duplo, tendo o tráfego de longo curso demorado mais tempo a recuperar o crescimento. A frota de aeronaves regionais aumentará de forma mais modesta, a uma taxa global de 0,8% ao ano.

As ações do setor da aviação para alcançar as emissões líquidas nulas de carbono até 2050, juntamente com quaisquer iniciativas governamentais para abordar a sustentabilidade da aviação, terão, sem dúvida, um impacto nos custos e na regulamentação do setor. “Estes fatores podem, por sua vez, perturbar a procura de viagens aéreas, uma vez que o aumento dos custos se repercute nos clientes sob a forma de tarifas aéreas mais elevadas, bem como restringir potencialmente a capacidade de crescimento do sector”, admite a Cirium.

Contudo, a falta de dados concretos sobre as potenciais consequências da descarbonização e a incerteza quanto ao nível de oferta de SAF na procura de aeronaves comerciais, significa que “a previsão continua a basear-se numa perspetiva sem restrições”, admite a consultora.

A previsão não inclui especificamente quaisquer programas de aeronaves elétricas, híbridas ou movidas a hidrogénio, prevendo-se, assim, que o desenvolvimento de aeronaves comerciais existentes ou totalmente novas se centrará na propulsão convencional (ou seja, baseada na atual arquitetura), embora alimentada por proporções crescentes de Combustível Sustentável para a Aviação (SAF).

A Cirium admite, no entanto, que, “nas últimas fases do período de previsão, poderão ser adotadas configurações de motores não convencionais que poderão incorporar tecnologia de propulsão híbrida”.

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Enoturismo

Portugal com 11 unidades de enoturismo distinguidas nos “World’s Best Vineyards”

Portugal passou de 9 para 11 unidade de enoturismo distinguidas nos “World’s Best Vineyards”, ocupando o 4.º lugar a nível mundial.

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Portugal viu a sua presença no ranking dos “World’s Best Vineyards” 2024 reforçada, passando de 9 para 11 unidades distinguidas. Face à edição anterior, a liderança a quatro mantém-se inalterada: Espanha (13), França (12), Argentina (12) e Portugal (11), todos com mais de 10 nomeados. Com seis projetos distinguidos, seguem-se Itália e Chile; e com cinco fica a Nova Zelândia, os Estados Unidos da América e a Alemanha.

Entre as unidades portuguesas distinguidas nesta classificação dos melhores de 2024, 8 são da região do Douro, 1 do Alentejo, 1 dos Vinhos Verdes e 1 da Península de Setúbal. Entre as eleitas estão a Quinta do Crasto – Douro (15.ª), Quinta do Bonfim – Douro (28.ª), Quinto do Noval – Douro (36.ª), Graham´s Port Lodge – Douro (52.ª), Herdade do Esporão – Alentejo (61.ª), Soalheiro – Vinhos Verdes (64.ª), Niepoort – Douro (70.ª), Quinta do Seixo – Douro (71.ª), Quinta N. Sra. do Carmo – Douro (92.ª), Quinta da Pacheca – Douro (96.ª) e Quinta da Bacalhoa – Península de Setúbal (98.ª).

Por continentes, a Europa lidera absolutamente com mais de metade do total das escolhas (56), seguindo-se as Américas (26) e a Oceânia (8). No continente europeu, a esmagadora maioria das unidades localiza-se nos países do sul, onde se incluem os países que maior número de nomeações: Espanha (13), França (12), Portugal (11) e Itália (6). Fora desta região mundial, apenas a Argentina (11) e o Chile (6) conseguiram um elevado número de unidades eleitas.

O enoturismo é uma forma de turismo que tem conquistado uma importância crescente, tanto em Portugal como ao nível global. Este produto envolve visitas a unidades, vinhas e regiões vitivinícolas, onde os visitantes podem experimentar vinhos locais, aprender sobre o processo de produção e explorar a cultura e as tradições das regiões produtoras.

Em Portugal, o enoturismo é uma atividade estratégica para o setor turístico e para a economia local das regiões vinhateiras. Com uma rica tradição vitivinícola que remonta a séculos e regiões emblemáticas como o Douro, o Alentejo, o Dão e os Vinhos Verdes, o país é um dos destinos mais procurados por apreciadores de vinho de todo o mundo. A diversidade de terroirs e de castas nativas faz de Portugal um destino único para explorar vinhos autênticos e de alta qualidade. Além disso, o enoturismo contribui para a preservação da cultura e das tradições locais, ao mesmo tempo que impulsiona a economia regional, promovendo a criação de emprego e o desenvolvimento sustentável.

À escala internacional, o enoturismo também tem um papel crescente na indústria turística. Países como França, Itália, Espanha, EUA e Argentina são destinos de referência e atraem milhões de visitantes todos os anos. Este tipo de turismo é especialmente valorizado porque promove o turismo de experiência, que está em ascensão. Ao envolver os sentidos e proporcionar uma experiência mais pessoal, o enoturismo oferece aos turistas uma conexão mais profunda com o destino. Esse tipo de turismo tem ainda um efeito multiplicador na economia, pois impacta positivamente áreas como a gastronomia, a hotelaria, os transportes e o artesanato local.

Além disso, o enoturismo contribui para uma consciência ambiental e de sustentabilidade, uma vez que muitos produtores de vinho adotam práticas sustentáveis para atrair um público cada vez mais consciente. Com o aumento da procura por viagens que respeitam o meio ambiente, produtores e regiões vitivinícolas têm implementado técnicas de cultivo ecológicas e sustentáveis, promovendo um impacto positivo na preservação ambiental.

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Destinos

“Viajante multifacetado e complexo” viaja mais e combina viagens domésticas e internacionais

Depois de 2024 estar a registar uma recuperação das viagens, um estudo recente da SiteMinder mostra que os viajantes irão explorar o mundo de forma “mais intensa” do que nunca em 2025. O “Changing Traveller Report 2025” revela que a “complexidade” destes novos viajantes exigem novas abordagens por parte de quem os recebe, com a hotelaria a ter de efetuar ajustes.

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O ano de 2025 assistirá ao surgimento de viajantes “multifacetados” e (mais) “complexos”, que procuram uma mistura entre destinos novos e clássicos, equilibrando a espontaneidade e praticidade, movidos por experiências e eventos, mas que ao mesmo tempo deseja passar mais tempo nos destinos escolhidos. De acordo com o maior estudo global da SiteMinder sobre comportamento dos consumidores de hotelaria, “Changing Traveller Report 2025”, esta “complexidade” exigirá uma mudança fundamental na forma como os hotéis operam e recebem este “novo hóspede”.

Presentes que estão neste estudo alguns dos principais mercados emissores para Portugal, o relatório revela que os viajantes irão explorar o mundo de forma “mais intensa do que nunca em 2025”, justificado pelos 72% de inquiridos que planeiam aventurar-se no estrangeiro, correspondendo a um aumento significativo de 65% face a 2024 e 62% relativamente a 2023.

Apesar desta vontade de viajar para o estrangeiro, o número de pessoas que pretende viajar exclusivamente para fora do país está a diminuir, indicando o estudo da SiteMinder que a proporção de viajantes que planeiam realizar viagens tanto nacionais como internacionais quase que duplica face a 2024.

Na frente dos países com maior intenção de viajar internacionalmente, surgem os asiáticos, com Singapura, China e Tailândia a lideram com valores acima dos 80%. Nos países mais tradicionais para o mercado português, verifica-se que a Alemanha, apesar da crise que vive, está em crescendo, passando de 65%, em 2024, para 76%, em 2025. Itália (passa de 66% para 75%), Espanha (de 63% para 70%), França (de 59% para 64%) e EUA (de 43% para 51%) são outros dos países a registarem subidas, sendo que os únicos países com números menos positivos são Reino Unido, onde, em 2024, 71% dos britânicos optaram por realizar viagens internacionais, descendo para 69%, em 2025, assim como o México que passa de 57% para 56%.

Quanto aos países que estes viajantes pretendem visitar, e não aparecendo Portugal entre os mercados analisados, o Japão lidera nas intenções de visita, seguido dos EUA e França.

Ajustamento necessário na hotelaria
A pesquisa do destino e do respetivo alojamento, esse está canalizado para o online, com 36% dos inquiridos a iniciarem a sua busca por hotéis através de um site de pesquisa, em comparação com 26% em 2024. E aqui, os “Baby Boomers” lideram com 42%, verificando-se, igualmente, que o uso de fóruns quase duplicou, especialmente entre os jovens viajantes dos EUA e da Alemanha, superando as dicas de familiares e amigos, que caíram pelo terceiro ano consecutivo.

Já na hora de reservar a viagem, 42% dizem optar por uma agência de viagens online (um aumento de 3%), enquanto os que fazem reservas diretamente com o hotel diminuíram 1% (para 27%).

Também o uso de agentes de viagens subiu 1,5%, verificando-se que 52% relata ter abandonado uma reserva online devido a uma má experiência.

Olhando para as principais razões que levam os viajantes a abandonarem as reservas de hotel online, o facto de o site “não parecer seguro” surge em primeiro lugar, seguido de “problemas com o pagamento” e demora no carregamento da página.

E neste particular, as gerações mais novas são, de facto, as mais “irrequietas”, com a “Geração Z” a ser a que mais abandona as reservas de hotel online (70%), seguindo-se os “Millennials” (61%).

Aquando da reserva de hotel, o estudo mostra um certo “downgrade”, com 46% dos inquiridos a planearem reservar um “Quarto Standard”, em 2025, representando um aumento de 12,5% em relação aos que optam por um “Quarto Superior”, “sinalizando um foco na poupança em itens essenciais”, aponta o estudo, ou seja, poupam no alojamento para gastar mais em experiências.

Apesar desta poupança, os viajantes estão dispostos a gastar pelo menos o mesmo valor no alojamento através de extras que enriquecem a sua estadia, com 47% a revelarem-se dispostos a pagar mais por pequeno-almoço, 30% pelo tamanho do quarto, sendo que 70% está aberta a pagar um pouco mais por uma estadia ecológica.

E aqui, novamente, os asiáticos aparecem entre os que se dizem dispostos a pagar mais, sendo os únicos, juntando-se ainda o México, que superam a média global de 70%.

Eventos em alta
Um segmento que está em franca expansão são as viagens para eventos, com 65% das pessoas a afirmarem que estariam mais propensas a viajar para um evento do que há 12 meses. Este número sobe para 83% entre a “Geração Z” e 77% entre os “Millennials”.

O estudo mostra, também, que 58% planeiam reservar o hotel dentro de uma semana após a compra de um bilhete para um concerto, enquanto apenas 7% deixam a reserva para o último minuto.

Em relação aos preços, a grande maioria concorda que os hotéis devem ter a capacidade de ajustar as tarifas durante os períodos de maior movimento, uma perspetiva que é especialmente comum entre os hóspedes jovens de áreas urbanas. No entanto, a maioria (83%) consideraria reservar noutra altura se fosse incentivada a fazê-lo.

Outro dado interessante retirado do “Changing Traveller Report 2025” prende-se com o facto de o número de pessoas que planeia trabalhar no local para onde viaja ter aumentado para 41%, refletindo um crescimento de 5% em relação a 2024 e de 10% em comparação com 2022. A maior mudança verifica-se entre os” Millennials”, 50% dos quais pretendem trabalhar durante as suas estadias em 2025.

Quando se trata de adotar novas tecnologias, 51% acreditam que os hotéis estão à frente na adoção digital, com o uso da Inteligência Artificial a continuar a ser um tema controverso, indicando o relatório que os viajantes da Ásia e da América Latina são, em

geral, os mais recetivos, enquanto os da Oceânia, América do Norte e Europa mostram-se mais cautelosos.

No local, os viajantes sentem-se mais confortáveis com a IA a lidar com tarefas como a limpeza e o serviço de quartos, hesitando em deixar as máquinas assumir responsabilidades, como a cozinha. Globalmente, apenas 12% apoiariam que as máquinas gerissem todas as funções principais de um hotel em 2025.

De referir que o estudo da SiteMinder questionou mais de 12.000 viajantes em 14 dos maiores mercados turísticos do mundo: Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, México, Singapura, Espanha, Tailândia, Reino Unido e EUA.

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Da esquerda para a direita: Jesús Viñuales, Anabela Freitas, Esther Gutiérrez, Miguel Martins

Destinos

Congresso Mundial de Turismo Interior para “eliminar fronteiras”

Na apresentação oficial do I Congresso Mundial de Turismo Interior, os responsáveis pela organização salientaram que o evento pretende “olhar para a frente e encontrar estratégias futuras de desenvolvimento em conjunto”.

Victor Jorge

De 26 a 28 de novembro, Cáceres (Extremadura, Espanha) será o palco do I Congresso Mundial de Turismo Interior, organizado pela Associação Ibérica Turismo do Interior (AITI). Na apresentação oficial à imprensa, em Portugal, Jesús Viñuales, diretor-geral de Turismo da Extremadura, admitiu que “um dos objetivos principais deste evento é, de facto, eliminar fronteiras. Por vezes, falamos de dois países que não se olham olhos nos olhos e que, a partir de agora, passam a trabalhar em conjunto para um bem comum”.

Com o objetivo de “criar um destino conjunto”, Esther Gutiérrez, vice-presidente da Diputación de Cáceres, salientou que “há que olhar para os novos turistas que também nos veem com outros olhos”, explicando que o “segredo” está em “promover territórios mais autênticos, de maior qualidade, que preserve a natureza e a cultura”.

“Temos de ultrapassar um grande desafio que nos é colocado e que tem a ver com a demografia, com o despovoamento dos locais. Precisamos de manter os que lá estão e chamar novas pessoas para nos visitarem e se fixarem no interior”. Para isso, explicou, “precisamos de cooperação e colaboração entre os setores públicos e privados para que possamos desenvolver as oportunidades que estes territórios oferecem”.

Já Miguel Martins, presidente da AITI, considera que “é fundamental estreitar relações entre os dois países, ou melhor, entre as duas regiões”, admitindo que, para tal, “academia, privados e públicos terão de trabalhar em conjunto”.

No que diz respeito ao congresso, Miguel Martins explicou que “não queremos um evento onde as pessoas vão debitar informações sem valor, ou como se costuma dizer, o que se ouve em todos e quaisquer eventos. Queremos que seja um evento de partilha e que no final se possa retirar algo válido para o desenvolvimento futuro destas regiões e pessoas”.

“Teremos uma componente académica muito forte, com 58 comunicações, de 35 universidades”. Além disso, haverá uma zona de exposição, com 39 expositores dos dois países. Em Portugal, já confirmaram a presença expositores de todo o país, desde Guarda a Alcoutim, Coruche, Alfândega da Fé, Ourém ou Tomar, sendo que o mesmo se passa da parte espanhola.

Admitindo que “faltam âncoras” para o desenvolvimento destes territórios, Miguel Martins explicou que “estes têm de oferecer algo. Não basta dizer que temos natureza, somos sustentáveis, que temos cultura. Isso, praticamente, todos afirmam”, destacou.

Um momento alto do evento, revelou o promotor, será a apresentação de uma rota da “Guerra dos Tronos”, que inclui locais de filmagem icónicos ao longo da fronteira ibérica, trazendo visibilidade internacional e um novo atrativo para a região.

Por isso, um dos aspetos fundamentais a melhorar nestes territórios prende-se, entre outros, com a mobilidade. “Não vale a pena estarmos a promover estes territórios do interior quando as pessoas depois levam horas a lá chegar e, muitas vezes, nem sabem como chegar”, salientando Miguel Martins a presença de Pablo Pastega, vice-presidente para a Europa Ocidental da FlixBus, empresa que está a analisar uma possível ligação entre Cáceres e Castelo Branco.

Além da rodovia, Miguel Martins destacou, igualmente, a importância da ferrovia para trazer pessoas a estes territórios, “já que estamos a falar de dois países que, no conjunto recebem 200 milhões de turistas, mas cujo interior só capta 1,3 milhões”. Por isso, admite, “temos de ser práticos e falar de assuntos concretos”.

Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo do Centro, admitiu que “estamos no caminho certo para o desenvolvimento do turismo”, considerando que “é mais o que nos une do que o que nos separa. É preciso ter uma mensagem positiva”. Salientando ainda que “a diferença entre nós é uma mais-valia para todos”, reconheceu que “são os privados que desenvolvem o setor e enfrentam os desafios dos territórios”, apelando ainda a “mais ação”.

No final, Miguel Martins concluiu que o congresso surge “na altura ideal”, indicando que, em breve, será lançada uma plataforma de comunicação efetiva, já que “não podemos promover por promover. Não precisamos de muitos produtos turísticos, mas os que existem, têm de ser bons, de qualidade”.

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Nova edição Publituris Hotelaria: A sustentabilidade na hotelaria

O mais recente número da revista Publituris Hotelaria aborda a sustentabilidade aplicada ao setor, com as considerações proferidas no Global Summit do World Travel and Tourism Council (WTTC) e no World Travel Market London (WTM). No dossier desta edição, fique ainda a conhecer o Fundo de Sustentabilidade do Six Senses Douro Valley e a utilização da aplicação da Too Good to Go na hotelaria em Portugal, que desde a sua chegada ao país já reuniu 79 hotéis aderentes.

Carla Nunes

O mais recente número da revista Publituris Hotelaria aborda a sustentabilidade aplicada ao setor, com as considerações proferidas no Global Summit do World Travel and Tourism Council (WTTC) e no World Travel Market London (WTM).

A (in)sustentabilidade foi um dos temas centrais em dois eventos globais no universo do turismo. E em ambos as conclusões foram simples e claras: caso nada se faça, o turismo será fortemente impactado e com isso, a hotelaria não sairá incólume. Em vez de sustentabilidade, os especialistas preferem a definição “regeneração”. Mas uma coisa é certa e em ambos os eventos foi possível ouvir: “Está na altura de atuar. Já!”.

No dossier desta edição, fique ainda a conhecer o Fundo de Sustentabilidade do Six Senses Douro Valley, através do qual são apoiadas instituições de cariz social da região. Para o próximo ano, o objetivo passa por duplicar o número de projetos apoiados através deste fundo. Destaque também para a utilização da aplicação da Too Good to Go na hotelaria em Portugal, que desde a sua chegada ao país já arrecadou 79 hotéis aderentes.

No capítulo “Fala-se” damos conta de dois estudos apresentados no Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que este ano decorreu na Feira de Exposições de Aveiro.

Um deles, elaborados pela NielsenIQ Portugal, retrata o “Estado da Arte da Restauração em Portugal”, no qual os empresários e consumidores inquiridos apontam a perda do poder de compra como a principal causa da diminuição das refeições fora de casa.

Já no mais recente estudo do KIPT – Knowledge to Innovate Professions in Tourism, realizado em colaboração com a AHRESP, é referido que nos trabalhadores entre os 25 e os 34 anos o risco de demissão silenciosa é maior (28%), uma tendência que também se verifica mais nos nacionais (23%) do que nos estrangeiros (18%) e nos colaboradores solteiros (25%).

Na secção “Fornecedores” o CEO da La Redoute Portugal, Paulo Pinto, dá conta da evolução da La Redoute Intérieurs em Portugal, onde este segmento já representa dois terços das vendas da empresa no país. Passados dez anos da sua implementação por terras lusas, a La Redoute Intérieurs granjeou o segundo lugar a Portugal no pódio em vendas no segmento profissional, que é liderado por França.

Quase a fechar, na Palavra de Chef deste mês o chef do restaurante Frondoso, João Fevereiro, dá-nos a conhecer os sabores açorianos que trabalha no DoubleTree by Hilton Lagoa Azores, numa conversa guiada pela importância de preservar a biodiversidade, a sustentabilidade na cozinha e a relação dos cozinheiros com os fornecedores.

Por fim, fique com uma “Inspeção” ao Locke Santa Joana, a primeira unidade deste grupo hoteleiro operado pela edyn, empresa de hospitalidade sediada em Londres. Localizado no antigo Convento de Santa Joana, datado do século XVII, este hotel junto ao Marquês de Pombal, em Lisboa, oferece 370 unidades de alojamento e uma vasta oferta de comidas e bebidas. No restaurante principal da unidade, o Santa Joana, a cozinha é liderada pelo chef Nuno Mendes.

As opiniões desta edição pertencem a Alexandra Ventura (Nova SBE); António Melo e Rúben Guerreiro (ADHP e ADHP Júnior, respetivamente); Luís Ferreira (ISAG); Luís Pedro Cramo Costa (Neoturis); Bruno Coelho (Beltrão Coelho) e Alexandre Marto Pereira (United Hotels of Portugal).

*Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

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Adaptação às alterações climáticas é uma prioridade nacional para os portugueses, revela estudo do BEI

De acordo com o inquérito anual sobre o clima encomendado pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), mais de três quartos dos portugueses reconhecem a necessidade de mudar e adaptar o seu estilo de vida aos efeitos das alterações climáticas.

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À medida que a frequência e a gravidade das catástrofes naturais se intensificam, o custo económico das alterações climáticas aumenta. Os cientistas alertam para o facto de estas catástrofes se tornarem cada vez mais onerosas. De acordo com um relatório da Agência Europeia do Ambiente, “a Europa é, atualmente, o continente que regista o aquecimento mais rápido e prevê-se que os fenómenos meteorológicos extremos se intensifiquem à medida que as temperaturas mundiais aumentam”. Esta escalada coloca desafios significativos em matéria de infraestruturas e ameaça a estabilidade do abastecimento mundial de água e alimentos, o que evidencia a necessidade urgente de estratégias globais de adaptação às alterações climáticas.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) acaba de publicar a sétima edição do seu inquérito anual sobre o clima, que recolheu as opiniões de mais de 24.000 inquiridos na UE e nos EUA sobre as alterações climáticas.

Em Portugal, inquiridos colocam as alterações climáticas entre os cinco maiores desafios que o país enfrenta, a par da instabilidade política e a seguir ao aumento do custo de vida, ao acesso aos cuidados de saúde, à migração em grande escala e ao desemprego.

Embora não as considerem “o maior desafio” quando lhes é dada a possibilidade de as classificarem, uma grande maioria dos portugueses reconhece a necessidade de adaptação às alterações climáticas e considera-a mesmo uma prioridade. 99% dos inquiridos reconhecem a necessidade de adaptação às alterações climáticas (em comparação com a média da UE de 94%). Mais especificamente, dois terços (66%, 16 pontos acima da média da UE de 50%) consideram que essa adaptação é uma prioridade em Portugal nos próximos anos e 33% consideram-na importante.

A adaptação às alterações climáticas é também encarada como uma oportunidade económica e um investimento a longo prazo para o país. 95% dos inquiridos afirmam que o investimento na adaptação às alterações climáticas pode ajudar a criar emprego e a estimular a economia local (em comparação com 86% na UE). Já 95% consideram que essa adaptação exige investimentos no presente para evitar custos mais elevados no futuro (em comparação com 85% na UE).

Embora os inquiridos portugueses reconheçam as oportunidades económicas das medidas de adaptação aos impactos das alterações climáticas, a sua experiência pessoal relativamente a fenómenos meteorológicos extremos aumenta o sentimento de que é urgente agir. Assim, 86% dos portugueses (6 pontos acima da média da UE) foram afetados por, pelo menos, um fenómeno meteorológico extremo nos últimos cinco anos. Mais especificamente, 63% (8 pontos acima da média da UE) foram atingidos por calor extremo e ondas de calor, 48% (27 pontos acima da média da UE) enfrentaram incêndios florestais e 43% (8 pontos acima da média da UE) foram afetados por secas.

Mudanças de estilos de vida
As consequências dos fenómenos meteorológicos extremos são simultaneamente tangíveis e variadas. 71% dos inquiridos portugueses mencionaram ter sofrido, pelo menos, uma consequência direta de fenómenos meteorológicos extremos, 28% tiveram florestas ou espaços naturais destruídos perto das suas habitações (9 pontos acima da média da UE), 24% sofreram problemas de saúde (como insolação ou problemas respiratórios) e 19% enfrentaram perturbações dos transportes.

Neste contexto, os portugueses estão cientes da necessidade de se adaptarem com 77% dos inquiridos (em comparação com 72% na UE) a reconhecerem que terão de mudar e adaptar o seu estilo de vida devido às alterações climáticas. 37% pensam que terão de mudar-se para um local menos vulnerável ao clima, mesmo que seja mesma região (para evitar inundações, incêndios florestais ou outros fenómenos meteorológicos extremos), e 30% afirmam que terão de mudar-se para uma região ou para um país mais fresco.

A adaptação individual às alterações climáticas exige um bom nível de informação, com a maioria dos portugueses (77%, 6 pontos acima da média da UE de 71%) a afirmar estar informada sobre as medidas que pode adotar para adaptar eficazmente os seus lares e estilos de vida. No entanto, a maior parte destes (53%, em comparação com a média da UE de 60%) continua a desconhecer a existência de subvenções públicas ou incentivos financeiros para apoiar esses esforços.

Prioridades
Os inquiridos portugueses identificaram algumas prioridades essenciais para a adaptação às alterações climáticas a nível local. Dessa forma, “educar os cidadãos” no sentido de adotarem comportamentos para prevenir e enfrentar fenómenos meteorológicos extremos foi mencionado por 52% (14 pontos acima da média da UE de 38 %). Já o “arrefecimento das cidades” e a “melhoria das infraestruturas” foram mencionados por 38% e 37%, respetivamente.

Quanto à questão de quem deve pagar a adaptação às alterações climáticas, metade dos inquiridos (49%, 14 pontos acima da média da UE) considera que os custos devem ser suportados pelas empresas e indústrias que mais contribuem para as alterações climáticas. Quase um terço (30%) considera que todos devem pagar o mesmo e somente 8% afirma que as pessoas mais ricas devem suportar os custos através de impostos mais elevados.

Quanto à questão de quem deve beneficiar primeiro da ajuda à adaptação, 38% considera que todos devem beneficiar de igual modo, 32% pensa que deve ser dada prioridade aos idosos, e 25% afirma que os primeiros beneficiários devem ser as pessoas que vivem em zonas de alto risco.

A preocupação sobre quem deve beneficiar da ajuda à adaptação vai para além das prioridades locais. A maioria dos portugueses (67%, 10 pontos acima da média da UE) reconhece a necessidade de apoiar os esforços de adaptação a nível mundial e considera que o seu país deve fazer mais para ajudar os países em desenvolvimento mais vulneráveis a adaptarem-se aos impactos crescentes das alterações climáticas.

As pessoas sabem que temos de agir agora para nos adaptarmos e atenuarmos os efeitos das alterações climáticas, mas uma transição bem planeada é também a que faz mais sentido do ponto de vista económico. Cada euro investido na prevenção e na resiliência permite poupar entre 5 e 7 euros na reparação dos danos”, conclui Nadia Calviño, presidente do BEI.

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