Estratégia futura do Turismo quer contribuição de todas as áreas
A Estratégia Turismo 2027, na qual vai assentar a estratégia do destino para a próxima década, foi lançada esta terça-feira para o debate público que decorre até ao final do ano. Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, salienta que é necessário agir de forma “rápida e decisiva” nesta matéria.
Raquel Relvas Neto
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Está já disponível o processo de consulta pública para a construção da Estratégia Turismo 2027 (ET 27), plano que vai definir a estratégia do sector em Portugal para os próximos 10 anos, enquadrado com o próximo quadro comunitário 2021-2027.
O lançamento da discussão pública da ET 27 aconteceu esta terça-feira, em Tomar, onde a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, destacou que “o Turismo é demasiado importante para não ter uma estratégia”. Para a governante, é necessário agir de forma “rápida e decisiva” para fazer face à concorrência internacional. Neste sentido, Ana Mendes Godinho reiterou que é necessário desenvolver uma estratégia, que deve estar definida no final deste ano, para que Portugal consiga “aumentar o valor da oferta, desconcentrar a procura geograficamente, e atenuar a sazonalidade”.
A responsável realçou que não acredita “em teorias fatalistas de que não há nada a fazer quanto à sazonalidade, quanto à litoralização do país, quanto à burocracia, quanto à descapitalização das empresas, quanto aos salários baixos no turismo”. Assim, a secretária de Estado do Turismo, destacando a transversalidade do Turismo, apelou à participação da sociedade civil, das regiões, das empresas, das instituições e da procura para debater acerca daquela que vai ser o próximo plano estratégico do Turismo – ET 27.
O documento base para consulta pública encontra-se em estrategia.turismodeportugal.pt e conta com cinco eixos estratégicos: valorizar o território, impulsionar a economia, potenciar o conhecimento, gerar conectividade e projectar Portugal.
Este processo de consulta pública, além do documento, vai também ter como bases a realização de 10 Laboratórios Estratégicos de Turismo (LET) nas diferentes regiões, nos quais o debate vai estar focado em 10 desafios apresentados por Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal: Pessoas – promoção do emprego e de maior rendimento médio dos trabalhadores; Coesão – mitigar as assimetrias regionais; Crescimento – crescer em valores, ou seja, ao nível de receitas turísticas e estada média, por exemplo; Sazonalidade – redução da taxa média de sazonalidade que é de 39%; Acessibilidades – promoção de ligações aéreas sustentadas ao longo do ano, para mercados como a China ou Austrália; Procura – como dar resposta do ponto de vista da oferta; Inovação – estimular a inovação e o empreendedorismo; Sustentabilidade – modelos de conservação do património natural e cultural do País; Simplificação – com as medidas previstas no Simplex+ e outras que visem a desburocratização do Turismo; Investimento – importa garantir recursos e a sua adequada aplicação.
Ana Mendes Godinho destacou ainda que a ET27 resulte “de um alinhamento com diversas actividades e com as quais é necessário trabalhar em conjunto, colaborar de forma sistemática e natural”. Para a governante urge “abolir do léxico turístico a palavra potencial, porque se formos sempre só potencial é sinal que não tivemos a capacidade
de concretizar. A responsabilidade é nossa. De todos”.
Na representação do sector privado, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português, indicou que a entidade está “genericamente de acordo com a ET 27”.