Provedor do Cliente alerta para agências incógnitas na Internet
Vera Jardim explica que não é possível actuar nas agências que não são identificadas ou identificáveis, pelo que é preciso ter cuidado com o sítio onde se compra uma viagem, avião ou alojamento, entre outros.
Patricia Afonso
Boeing muda liderança
AMEX GBT compra CWT por 570 milhões de dólares
Turkish Airlines aumenta voos para Zanzibar
Portugal ocupa a sexta posição como destino mundial de luxo
Solférias acrescenta Cuba ao desafio “Vender = Receber”
Portos da Madeira lançam novo website em agosto
Air France aumenta capacidade de longo curso em 9% e mantém oferta estável em Portugal no verão
Comissão Europeia envia comunicação de objeções relativamente à compra da ITA Airways pela Lufthansa
Royal Caribbean vai operar no terminal de cruzeiros G em Barcelona a partir de 2027
Paris prepara-se para quebrar todos os recordes de visitantes nas Olimpíadas
Em conferência de imprensa esta quarta-feira, 16 de Julho, em Lisboa, José Vera Jardim, Provedor do Cliente das Agências de Viagens, fez um balanço da situação até agora, que diz ser “exígua”, pois o ano turístico vai apenas a “um quarto” e deixou recomendações aos clientes e profissionais, que passam pela informação e transparência, respectivamente.
Assim, até ao momento, foram recebidos 309 processos – a maioria respeitante a pacotes turísticos, viagens organizadas -, dos quais 57 dizem respeito a pedidos de informação e/ou aconselhamento e 252 a reclamações. Destas, 114 foram indeferidas, sendo que 41 estão fora da jurisdição de José Vera Jardim, por serem referentes a agências não associadas; 10 dizem respeito ao recurso a outras entidades; 27 foram entregues fora do prazo; e 36 estão fora do âmbito da competência.
Números que o Provedor de Clientes reiterou, por diversas vezes, tratarem-se diminutos por o período de época alta nas férias dos portugueses começar apenas agora (segunda quinzena de Julho).
José Vera Jardim frisou que mantém-se a “tendência” de descida no recurso a outras entidades, nomeadamente o Turismo de Portugal, de forma simultânea; e alertou para o “elevado número” de queixas relativas a agências e portais online com sede fora de Portugal, o correspondente a cerca de 95% das reclamações apresentadas contra agências não associadas.
TIPOS
Por tipos de reclamações, e embora, tal como o Provedor do Cliente disse, não se tratar ainda de um espelho da realidade de 2014, o tipo ‘Alteração do Programa’ é o que reúne maior número de queixas (43), até ao momento, sendo que, dentro destes, um dos mais habituais é a mudança de unidade hoteleira devido a overbooking.
Seguem-se as ‘Má Condições de Alojamento’ (22); ‘Atraso no Voo’ (17) e ‘Outros’ (11), onde entram parâmetros como serviço deficiente por tripulação de companhias aéreas, problemas de documentação, furtos, etc.
RECOMENDAÇÕES
Relativamente a recomendações, José Vera Jardim mantém a prevenção para agências na Internet que “não são indentificadas ou identificáveis” e pede ao consumidor para se informar e pedir informações sobre todos os pormenores da viagem quando a contrata numa agência, online ou física, desde a necessidade do passaporte, hotéis, aviões, até quem contactar em caso de problemas. “Informação, informação, informação”, destacou.
O Provedor do Cliente – que salutou o recente estudo da DECO sobre sites de agências e companhias aéreas – frisou, no entanto, existência de agências online que cumprem todos os requisitos e são, inclusivemente, associadas da APAVT, mostrando-se perfeitamente de acordo com o recurso a estas.
No que respeita às agências, estas, tal como fazem na sua grande maioria, devem continuar a cumprir todos os requisitos e serem “transparentes”, ou seja, elucidarem o cliente sobre todos os pormenores do processo de reserva e da viagem.
TAP
Sobre os recentes atrasos e anúncio de cancelamentos levados a cabo pela TAP, José Vera Jardim disse, apenas, estar a par das notícias e que, com base nisso, espera um aumento das queixas.