CTP denuncia falta de apoios ao turismo
Numa reunião com a ‘troika’, o presidente da Confederação do Turismo Português pediu “medidas de reforço do potencial do sector”.

Tiago da Cunha Esteves
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O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Francisco Calheiros, manifestou à ‘troika’ a sua preocupação com a falta de apoios ao turismo e com a “falta de sensibilidade para a importância do mesmo, estando a ser altamente penalizado na sua rentabilidade pelo constante aumento dos impostos e taxas”.
No âmbito da sexta avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira, a CTP reuniu-se com a ‘troika’ e lembrou o facto de muitas empresas nacionais estarem dependentes do mercado interno. Simultaneamente, o presidente, Francisco Calheiros, sublinhou que o facto de as famílias estarem a perder poder de compra está a levar a uma quebra na procura de bens e serviços, conduzindo ao encerramento de inúmeras empresas, ao aumento do desemprego e, consequentemente, a menos receitas para o Estado.
Na visão da CTP, a insistência do Governo na proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2013 vai levar ao aumento da austeridade, da carga fiscal, da recessão e do desemprego.
Por todas estas razões, a CTP entende que devem ser adoptadas “medidas de reforço do potencial do sector”. Francisco Calheiros salientou ainda a “falta de coerência” relativamente a algumas das medidas adoptadas e deu exemplos. É o caso da aprovação do Golden Visa, “que permite a concessão e renovação da autorização de residência com dispensa de visto e que é, de facto, uma boa iniciativa e que poderia constituir um impulso para o Turismo Residencial”. Todavia, “este impulso depara-se com o agravamento do IMI o que retira todo o efeito incentivador de investimento à medida”.
Mais uma vez, o IVA na restauração e golfe voltou a estar em cima da mesa. “Nos últimos anos, os empresários do turismo decidiram investir nos seus negócios para serem cada vez mais competitivos e deparam-se agora com mais custos e sem qualquer apoio para as suas actividades”, disse Calheiros.