Apresentado plano de recuperação do Costa Concordia
Operações de recuperação desenvolvem-se em quatro fases.
Humberto Ferreira
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O plano geral para a recuperação do navio Costa Concordia, pelo consórcio Titan Salvage-Micoperi, seleccionado pela Costa Crociere, foi apresentado, em Génova, na sexta-feira 18 de Maio.
A Titan Salvage é uma empresa norte-americana, do grupo Crowley, especializada na remoção de cascos de navios naufragados, actividade em que é considerada líder mundial. E a Micoperi é uma empresa italiana de construção subaquática e engenharia hidráulica, com um vasto currículo de obras portuárias e canais.
O caderno de encargos exigiu a flutuação do casco inteiro, por meio de gruas, almofadas pneumáticas, caixas flutuantes de ar e de água, e sistemas de correntes de tensão, capazes de retirar o navio da posição em que se encontra, mas cuidando de não afectar mais o impacto ambiental produzido numa zona costeira protegida e de grande interesse para a população local. O Costa Concordia encontra-se encalhado junto à ilha de Giglio, na costa da Toscânia, desde 13 de janeiro de 2012, provocando um forte desequilíbrio ecológico, turístico e económico. Outro critério foi o de conciliar a máxima segurança para trabalhadores contratados, habitantes locais e turistas, tratando-se de um troço da costa italiana bastante frequentado por estrangeiros e nacionais.
Para minimizar estes aspectos, o consórcio escolheu a zona de Piombino, no território continental, para base de operações e logística da obra, estimada em cerca de 12 meses. Libertando, assim, os alojamentos turísticos da ilha, que poderão retomar a actividade normal, valorizada pela observação dos complexos trabalhos de engenharia previstos. A selecção da proposta e plano vencedores coube a um grupo de trabalho do Club Londrino P& I (entidade privada de peritos de segurança marítima, usada pelas principais seguradoras mundiais, uma vez que uma parte dos custos serão suportados pelos seguros), RINA (Registo naval Italiano, onde o navio estava registado), Estaleiro Fincantieri (construtores do Costa Concordia), armadores Costa e Carnival e do consórcio italo-americano de salvamento do casco.
QUATRO FASES
As operações desenvolvem-se em quatro fases.
Primeira fase: Bloco 1 – flutuar o navio, com o apoio de plataformas subaquáticas, com caixas-de-ar e de água, fixas ao casco, a entalar sob o casco do navio. Á medida que o navio for saindo da água e da posição em que se encontra, as plataformas serão cheias com água e empurradas. Para o navio não deslizar, será “amarrado” a uma armação externa, por meio de correntes sob tensão.
Segunda fase: Bloco 2 – Duas poderosas gruas serão fixas às plataformas subaquáticas, de 40 por 40 metros, entretanto construídas e ancoradas ao fundo do mar, para endireitar o navio e suportá-lo a flutuar. As caixas serão câmaras à prova de água, usadas para o navio poder recuperar a flutuabilidade. Entretanto, prossegue o fabrico e instalação da grande plataforma subaquática para suportar o navio, atrás referida.
Terceira fase: Bloco 3 – Instalar os tanques de flutuação a bombordo, soldando a estrutura metálica exterior, entretanto construída no casco. Bloco 4 – Chega a altura de ligar os sistemas de correntes de tensão aos pontos estratégicos da plataforma aquática. Bloco 5 – Com os tanques de flutuação e os sistemas de tensão instalados, poderá ser iniciada a fase de endireitar o navio.
Quarta fase: Bloco 6 – Quando o navio ficar no posição vertical, pode-se fixar as caixas da plataforma aquática no outro lado do navio, a bombordo. Bloco 7 – Após esta operação, as caixas de ambos os bordos serão esvaziadas, a água será tratada, para não afectar o meio ambiente marinho, sendo cheias de ar. E o navio poderá ser deslocado, a reboque, para o estaleiro. Blocos 8 e 9 – Depois da saída do navio, o consórcio dará início à limpeza do fundo do mar, replantando a flora perdida.