Meeting Industry

Tiger Team reclama infraestruturas de raiz para servir o MICE

João Moita, Managing Partner da Tiger Team, reclama infraestruturas de raiz em Lisboa para servir o segmento onde a empresa se posiciona, o MICE, designadamente um centro de congressos, hotéis de grandes dimensões e um parque de diversões, sem falar da falta de decisão sobre um novo aeroporto. De resto, diz que Portugal tem boa reputação no panorama internacional para este segmento.

Carolina Morgado
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Tiger Team reclama infraestruturas de raiz para servir o MICE

João Moita, Managing Partner da Tiger Team, reclama infraestruturas de raiz em Lisboa para servir o segmento onde a empresa se posiciona, o MICE, designadamente um centro de congressos, hotéis de grandes dimensões e um parque de diversões, sem falar da falta de decisão sobre um novo aeroporto. De resto, diz que Portugal tem boa reputação no panorama internacional para este segmento.

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Com mais de 30 anos nesta área do MICE, João Moita deixou a administração da Citur em dezembro de 2019, e desde janeiro de 2023 que é Managing Partner da Tiger Team, empresa formalizada em setembro de 2022 e composta por alguns dos ex-funcionários da Citur. “Já fez um ano e está a correr bem”, disse em entrevista que concedeu ao Publituris, explicando que se trata de um DMC puro que “se dedica ao turismo recetivo – grupos de incentivos, congressos e eventos corporativos e culturais, mas também ao outgoing, mas para grupos, e no segmento do Meeting Industry (MI).

“É uma lufada de ar fresco no mercado” sublinhou João Moita, que deu ainda a conhecer melhor a empresa que dirige. “Temos os eventos, os incentivos, as conferências, os grupos de especial interesse, e é esse mercado que trabalhamos. Temos escritórios em Lisboa e no Porto e somos todos profissionais devidamente reconhecidos e conceituados no mercado”. Um nicho que funciona praticamente o ano inteiro, e cuja sazonalidade não tem nada a ver com o segmento de lazer.

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Esclareceu ainda que “continuamos na nossa luta lá fora à procura de novos mercados, que as pessoas realizem os seus grupos, os seus eventos e lançamentos de produtos em Portugal, bem como também temos uma divisão que é liderada pelo Rui Martins e que se dedica essencialmente aos grupos de incentivos para fora”, até porque, “com a nossa expertise também podemos realizar grandes eventos e grandes grupos lá fora e, nomeadamente, para empresas do mercado nacional, e tem sido uma receita que tem corrido bastante bem”.

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Fácil de pronunciar nos mercados internacionais
A Tiger é uma empresa portuguesa, só de capital nacional, e a designação vem de Travel, Incentives, and Great Experiences, um nome que, segundo João Miota “é fácil de pronunciar nos mercados internacionais, porque continuamos a trabalhar não só os mercados de expressão portuguesa como o brasileiro, mas também temos os nossos mercados tradicionais como a Alemanha, a Inglaterra, França, um pouco de Itália, a Escandinávia, a Holanda que também vai fazendo uns pedidos e, portanto, estando no mercado global é bom ter um nome internacional, fácil de pronunciar e de decorar”.

A empresa, com pouco mais de um ano de existência ainda tem pouca história para contar, mas o facto da sua equipa ser muito experiente nestes segmentos, conhece bem os desafios que se colocam na área do MICE em Portugal. Diríamos até, os velhos desafios, uma vez que, nos últimos anos, muito pouco foi feito ao nível das infraestruturas que permitam que Portugal seja mais competitivo.

“A nossa ideia foi especializarmos numa área que já não é assim tanto nicho para o país, pese embora o facto de faltarem ainda algumas infraestruturas, particularmente neste nosso setor”, apontou o Managing Partner da Tiger Team, realçando que “queremos posicionarmos no mercado de grande qualidade, aliás, os incentivos que temos feito, alguns de grandes dimensões, são de muito bons clientes e de grandes brands internacionais e as pessoas buscam de facto qualidade, mas Portugal continua a ter algumas carências a nível das infraestruturas de apoio para este tipo de segmento, que qualifica bastante o destino. As autoridades deviam dar-lhe um pouco mais de atenção, porque pode também ajudar a que os participantes que veem, e são de qualidade, possam depois recomendar o destino ou virem inclusivamente com as suas famílias no segmento lazer”.

A nossa vantagem é que, mesmo sendo um país pequeno, temos uma multiplicidade de oferta muito pouco comum e inigualável em termos mundiais, porque oferecemos um bocadinho de tudo, mas não somos melhores em nada, tanto no continente como nas ilhas, esta é que é a realidade

A competição continua forte e a aumentar
João Moita reconhece que é uma história antiga, e neste momento, para além de termos como pano de fundo muitas incertezas, muitos problemas e guerras, “estamos num mercado global onde a competição, não só por turistas em lazer, mas por este segmento, continua a aumentar.

Defende que “o mercado está saturado, e precisávamos, para além das estratégias de marketing inovadoras que têm ocorrido, de dar atenção às infraestruturas. Continuo a dizer que não temos, em Lisboa, um centro de congressos de raiz, continuamos a não hotéis de grandes dimensões no país, ou seja, acima de mil quartos que, para este segmento é importantíssimo porque cada vez que há um movimento das 2, 3, 4, ou 5 mil pessoas são necessários 20 ou 30 hotéis o que é muito complicado em termos de logística e não nos tornamos tão competitivos no mercado global”.

E não só: “Outra coisa que nos faz imensa falta, e que existe um pouco por todo o mundo, é um parque temático onde se possa combinar lazer, reuniões, espetáculo, uma infraestrutura que há investidores dispostos a fazê-la e não se consegue, porque não encaixam nos PDM das câmaras municipais, ou porque não há vontade política”. O facto, avançou João Moita, “é que temos alguma dificuldade quando um grupo nos pede um local para se divertir, já não falo de uma Feira Popular, mesmo uma coisa mais pequena, e estou a lembrar, por exemplo, do Tivoli Park em Copenhaga, ou seja, mesmo cidades do norte da Europa, que não têm o nosso clima, oferecem este tipo de infraestruturas, e nós não”.

O responsável lembra que isso podia servir também para criar novos polos de atração e descentralizar um pouco os fluxos nos grandes centros urbanos. Salienta que Portugal tem potencialidades ímpares, nomeadamente condições naturais e do gosto em receber, mas a infraestrutura de apoio também faz falta e, com isto “ia chegar ao aeroporto, o principal do país que nos está a limitar brutalmente”.

João Moita considera que “no meu segmento, alguns dos grupos chegam ou saem em voos charters, mas voltamos à questão, há a alternativa de os levar para Beja, mas o ir buscá-los ou levá-los para além de caro é contraproducente do ponto de vista da proposta e da oferta porque, a nossa concorrência não está só em Portugal, mas em outros destinos, alguns emergentes, nomeadamente no leste da Europa que nos fazem grande competição e que são bastante aguerridos e flexíveis para captar este tipo de eventos”.

Na sua opinião “devia-se resolver a questão do novo aeroporto o quanto antes. Claro que o aeroporto de Lisboa é uma mais-valia, e dentro da nossa situação mais periférica relativamente à Europa, é uma vantagem termos o aeroporto no centro da cidade, porque o ponto a ponto torna-se muito mais rápido e conseguimos, se não forem norte-americanos, brasileiros ou de fora do espaço Schengen, coloca-los com relativa rapidez no destino ou nos hotéis, o que encurta a distância. Para além de ele estar saturado, de não haver slots e das companhias aéreas terem muita dificuldade no parque de charters, temos também o problema das horas de espera no controlo de passaportes que não ajuda muito a nossa reputação”, apontou o Managing Partner da Tiger Team ao longo da entrevista.

Delivery superior à expectativa do cliente
Face a essas dificuldades, que argumentos apresenta uma empresa como a Tiger Team para continuar a trazer para o nosso país grandes grupos de congressos, eventos e incentivos do estrangeiro? João Moita explica que “voltamos sempre à nossa segurança e ao nosso espírito de fazer. Portugal continua a ter um delivery superior à expectativa do cliente. Temos um hardware fantástico e se o tempo estiver bom as coisas correm muitíssimo bem. Temos segurança, a simpatia dos portugueses, os serviços não falham, as coisas são feitas a tempo e horas, os programas são bem elaborados e são consentâneos com aquilo que foi proposto”. No entanto, avançou que “há carências e falhas, nomeadamente quando apontamos para o segmento e mercado de luxo, há muita coisa que ainda faz falta e que destinos nossos concorrentes oferecem”.

“Não temos infraestrutura ou capacidade para tanta gente que nos visita e acho que era muito importante descentralizarmos um pouco dos grandes centros urbanos e criarmos polos de atração, nomeadamente no interior do país”, sugere.

Há carências e falhas, nomeadamente quando apontamos para o segmento e mercado de luxo, há muita coisa que ainda faz falta e que destinos nossos concorrentes oferecem

A Tiger Team concentra mais a sua atividade em Lisboa e no Porto, aliás onde possui escritórios, para, assim, poder acompanhar os seus clientes mais de perto. No entanto, numa altura em que se fala muito em sustentabilidade e em que os clientes, nomeadamente, as empresas querem realizar os seus eventos de uma forma cada vez mais sustentável e onde impera a natureza, “o interior do país pode ter uma palavra a dizer criando condições, e aí poderíamos fazer algo de interessante, mas mesmo assim tentamos fazer algumas coisas, dependendo da dimensão dos grupos”.

Olhar mais para o interior do país
No interior de Portugal, nomeadamente, na região do Alentejo, a empresa tenta sempre levar os seus grupos para mostrar a natureza, as artes ancestrais, desde o fabrico que queijo aos vinhos, e sua gastronomia “que é única”, bem como o artesanato, a arte chocalheira e o cante, que “correm muito bem”, frisou.

João Moita considera que “todas as nossas regiões se têm reinventado e feito um esforço para mostrar o seu potencial, a especificidade e o único que têm, mas precisamos de ver a montante, ou seja, o que pode ser feito para a captação de grandes eventos”.

Os clientes da Tiger Team, mesmo quando veem a trabalho, querem espairecer e conhecer o destino ao fim de dois ou três dias enfiados em salas de reuniões. Neste caso “é muito popular os grupos querem viver alguma experiência nas opcionais, como irem fazer uma aula de surf, aulas de yoga, e muitos escolhem tudo o que tem a ver com o ambiente e ar livre, muito mais do que uma visita panorâmica à cidade dentro de um autocarro. Aí vamos dando resposta porque temos esse hardware e o software aparece”, salientou.

João Moita recordou que Lisboa, por exemplo, recebe a Web Summit, mas com espaços adaptados porque não tem um centro de congressos de dimensão e criado de raiz, nem um aeroporto capaz de dar resposta à procura, bem como um parque hoteleiro de grandes dimensões. Reconhece que temos uma excelente oferta em termos de boutique hotéis e que tudo de novo que tem aparecido são unidades de grande qualidade, mas de pequena dimensão. “Um hotel vocacionado para o segmento onde atuamos, infelizmente, continua a não existir” acentuou, acrescentando que “a nossa vantagem é que, mesmo sendo um país pequeno, temos uma multiplicidade de oferta muito pouco comum e inigualável em termos mundiais, porque oferecemos um bocadinho de tudo, mas não somos melhores em nada, tanto no continente como nas ilhas, esta é que é a realidade”.

Setor quer ser mais ouvido
Assim, “acho que o turismo deve ser pensado de um modo diferente e, nós que andamos no dia-a-dia lá fora a bater portas e a tentar convencer os clientes internacionais a realizar os seus eventos em Portugal, devíamos ser mais ouvidos porque, sabemos o que o cliente procura e almeja e, por vezes, não há essa visão global do país”, salientou.

E continuou: “Não sei se isso se prende com razões políticas ou com falta de atenção por parte das entidades governativas”. O que João Moita reconhece é que Nuno Fazenda fez um bom trabalho, mas enquanto secretário de Estado do Turismo “se calhar estava limitado na ação”. Por isso, “pelo que o turismo já vale no PIB nacional, porque não termos um Ministério forte para definir, regular, pensar e fazer um esforço para juntar as várias entidades, para que o turismo seja mais desenvolvido, mais sustentado, haja uma atenção por todos os polos e todas as tipologias de negócio, e o que nos interessa mais”, questionou.

O objetivo da Tiger é continuar a crescer como uma empresa sólida e inovadora, quer nos conteúdos programáticos, quer nas propostas que apresentamos, bem como continuar a prestigiar Portugal e o destino

Selecionar os clientes pelo tipo de negócio
Por outro lado, o gestor da Tiger Team confidencia que “Portugal já se pode dar ao luxo de selecionar os clientes não só pelo preço, mas pelo tipo de negócio. Estrategicamente temos de pensar com alguma antecedência o que vamos fazer no futuro porque, estamos a esgotar a capacidade do país com estes quase 30 milhões que nos visitam. Já não temos infraestruturas para receber mais, mas temos território, temos país, pessoas interessadas, bons profissionais, então porque não descentralizar, puxar pelo interior, sair do litoral e das grandes cidades, e tentar que os grandes investidores e com os fundos que estão disponíveis, o façam”.

Neste caso, volta a afirmar que “se calhar precisamos de um ministro do turismo que esteja sentado no Conselho de Ministros para sensibilizar os seus pares e para estarmos de igual para igual com as outras atividades económicas, que são todas importantes”.

A Tiger Team tem colaborado com o departamento do Turismo de Portugal que se dedica à captação de congressos e eventos para Portugal. João Moita reconhece a total disponibilidade de Joaquim Pires que dirige o departamento. “A ajuda que nos dá é essencial e importantíssima”, mas considera que o próprio Turismo de Portugal precisava de mais meios financeiros para a captação de alguns eventos “que são difíceis e disputados num campo internacional muito forte, porque, alguns países são muito ativos nesta área”.

Para além do apoio financeiro que esta entidade tem dado às empresas que atuam na área do MICE “tem feito um bom caminho de abertura de portas. Com a equipa que tem e as ferramentas que possui, há um trabalho desenvolvido e que pode ser melhorado”.

A concorrência não é só em Portugal. O nosso entrevistado destaca que “temos de olhar para a nossa competição com outros destinos, e muitos deles emergentes, no centro da Europa, com infraestruturas excelentes e aeroportos funcionais. Estamos num mercado global e não é fácil porque, essa competição continua sempre a aumentar”. Assim, “temos que nos destacar e superar esses desafios, apostando na diferenciação”, até porque, conforme disse João Moita “temos uma capacidade inventiva fora do comum, adaptando algumas infraestruturas para algumas situações”.

Fabricar e depois destruir
O responsável contou-nos que tem em mãos um dossier de um evento para 2000 mil pessoas. “É sempre complicado, mas não digo que não se consiga fazer, mas sai muito caro, por tudo o que obriga em termos de licenciamento, logística, de construir infraestruturas, nomeadamente, usar tendas, e o cliente fica um pouco de pé atrás e pensa que será que vamos conseguir fazer o que está na proposta. Depois é tudo o que se gasta em audiovisuais, decoração, passadeira vermelha, ou seja, tudo tem de ser fabricado para o momento e destruído no final. É um desperdício de recursos e não podemos continuar com situações adaptáveis. Assim não somos competitivos”, reclama.

Boa reputação no panorama internacional
Apesar de tudo “Portugal tem uma boa reputação no panorama internacional, é visto como um bom destino”, e garantiu que “enquanto houver profissionais, vamos continuar sempre a inovar e a fazer cada vez melhor”, até porque “o objetivo da Tiger é continuar a crescer como uma empresa sólida e inovadora, quer nos conteúdos programáticos, quer nas propostas que apresentamos, bem como continuar a prestigiar Portugal e o destino”. Na parte da organização de eventos a aposta “é levarmos a nossa expertise e o nosso savoir faire para outros destinos, o que temos conseguido com bastante sucesso”, realçou João Moita.

E concluiu referindo-se à empresa que dirige: “Não queremos este mundo e o outro, não queremos ser os maiores, mas sem diferentes, visando a satisfação dos nossos clientes, que saiam daqui apaixonados por Portugal e queiram voltar”.

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Lusanova promove formação sobre o Brasil em parceria com a TAP

Cerca de 30 agentes de viagens nacionais participaram numa ação de formação sobre o Brasil promovida pela Lusanova em conjunto com a TAP, nas instalações do operador turístico em Lisboa.

A ação contou com uma apresentação do destino Brasil, realizada por Francisco Álvares da Lusanova, que abordou as diversas características e potencialidades deste destino a nível turístico, seguida de uma intervenção de António Gabriel, Key Account Manager da TAP, que aprofundou as características de voos e rotas para o destino, de forma a proporcionar uma formação completa e integrada a todos os profissionais do setor presentes.

Tiago Encarnação, diretor de operações da Lusanova, destacou mais uma vez a importância destas ações de formação, que devem ser contínuas, salientando que “é muito importante continuarmos a investir na formação dos agentes de viagem nacionais, dando-lhes informação relevante e efetiva que podem utilizar depois no seu dia a dia com os seus clientes”, para considerar que “o objetivo de fazermos ações conjuntas é efetivamente colocarmos à disposição dos profissionais do setor todas as ferramentas necessárias para esse fim”.

O responsável reconhece que a TAP é um parceiro estratégico de relevo, sobretudo para rotas e destinos no Brasil, por isso “seguimos juntos em mais uma formação que pensamos ter sido de facto relevante para os profissionais que estiveram presentes”, disse.

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Incerteza global não impacta viagens na Europa e Portugal continua a ser um dos destinos preferidos

De acordo com o último relatório da European Travel Commission (ETC), o ritmo de evolução da atividade turística na Europa continua a surpreender, apesar de uma conjuntura internacional pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares. Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico, com mais de 30% dos inquiridos a repetirem o destino.

No último relatório trimestral, sobre o Turismo na Europa no 1.º trimestre de 2025, a European Travel Commission (ETC) revela que o ritmo de evolução da atividade turística continua a “surpreender”, apesar de uma conjuntura internacional “pouco favorável, fortemente marcada por uma situação de instabilidade política internacional e de contínua pressão sobre os orçamentos familiares, com alta generalizada dos preços, incluindo os relacionados com serviços turísticos, designadamente os custos associados às viagens aéreas e aos custos de alojamento”.

Apesar disso, o “European Tourism Trends & Prospects” prevê que os ventos adversos enfrentados em 2024 se mantenham em 2025, exigindo planeamento estratégico, adaptação e inovação no setor nos próximos anos.

Certo é que a procura turística europeia encerrou 2024 em alta, com as chegadas de turistas internacionais a aumentarem 6,2% em relação a 2023 e a maioria dos destinos a reportarem aumentos substanciais.

No 1.º trimestre de 2025, o número de chegadas foi bastante consistente com o do último trimestre de 2024, mas a recuperação no número de noites encerrou o ano mais forte do que o esperado, acima dos 5,9%.

A nível regional, as chegadas aumentaram 6,2% e as dormidas 5,2% em relação ao ano passado, marcando uma ligeira moderação no crescimento das chegadas, mas uma aceleração nas dormidas em comparação com o relatório anterior, admitindo a ETC “tratar-se de um declínio modesto na duração da estadia, mas a tendência geral é ainda para estadias mais longas desde a pandemia”.

A preferência do consumidor continua a inclinar-se para destinos com melhor relação qualidade-preço e temperaturas mais amenas. No entanto, isto não prejudicou a procura por alguns destinos tradicionalmente populares do Sul e do Mediterrâneo que superaram a média regional em termos de chegadas.

Segundo o inquérito “Monitoring Sentiment for Domestic and Intra-European Travel”, 72% dos europeus pretendem viajar nos próximos seis meses e Portugal continua no Top10 das preferências como destino turístico.

Cerca de 30,4% dos inquiridos que pretendem vir a Portugal nos próximos meses, já estiveram em Portugal, o que demonstra satisfação e consequentemente intenção de regresso, 46,3% estiveram em França e 42,9% estiveram em Espanha.

A segurança do destino é o critério mais importante, selecionado por mais de metade dos inquiridos, indicando este dado que os turistas colocam a segurança pessoal no topo das suas preocupações ao escolherem um destino.

As boas condições climatéricas foram selecionadas por 39,1% dos inquiridos o que reflete a valorização por destinos com clima agradável, geralmente associado a sol, temperaturas amenas e ausência de intempéries.

Os dados demonstram, igualmente, que nos últimos três anos, 14% dos viajantes europeus visitaram Portugal, tornando-o o 11.º destino preferido, subindo ao 10.º lugar quando retiradas as viagens domésticas.

Outro dado indica que 11,8% dos europeus que viajaram até Portugal nos últimos três anos, preveem regressar num futuro próximo e que 8,5% dos europeus que visitaram recentemente a vizinha Espanha planeiam visitar Portugal nos próximos seis meses.

As mais recentes estimativas para 2025 da ETC sugerem que os turistas na Europa deverão gastar cerca de 14% mais do que em 2024, prevendo-se que o crescimento dos gastos ultrapasse o do número de chegadas, sugerindo um aumento do gasto médio por visita.

Quanto à estadia média, durante o 1.º trimestre do corrente ano os turistas internacionais em viagem pelos destinos europeus passaram uma média de 2,7 noites, com base nos dados mais recentes do TourMIS. Em comparação com o mesmo período de 2024, os turistas ficaram menos noites em muitos destinos europeus, não se concentrando tal realidade apenas numa sub-região. Portugal enquadra-se nesta tendência, com uma redução de -2,6% na duração das estadias.

Tarifas (ainda) não impactam viagens dos americanos para a Europa
As novas tarifas comerciais anunciadas pelos EUA aumentaram a incerteza em relação às viagens transatlânticas, com a Europa a preparar-se para uma possível queda no número de visitantes americanos este ano. Apesar de a Europa continuar a ser um dos principais destinos de longa distância, as flutuações na taxa de câmbio Euro/Dólar americano e o aumento dos custos de viagem podem abrandar a procura por parte dos EUA. Esta possível quebra é significativa, dado que os Estados Unidos representavam 9% das viagens globais antes da pandemia e, no ano passado, os americanos constituíram mais de um terço das chegadas de longa distância à Europa.

Apesar destes desafios, as viagens dos EUA para a Europa continuam a apresentar bons resultados no início de 2025, com mais de 80% dos destinos que reportaram dados a registar um crescimento homólogo no primeiro trimestre.

Podem também surgir efeitos compensatórios, incluindo uma redução das viagens para os EUA — especialmente a partir da China — e um aumento das viagens de curta distância dentro da Europa, à medida que mais viajantes optam por permanecer na região, face à incerteza económica e geopolítica.

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Turismo sustentável e economia circular em análise na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar

A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), em Peniche, do Instituto Politécnico de Leiria vai ser palco, no próximo dia 14 de maio, a partir das 14h00, da Conferência FAST 2025, para um debate entre a academia e as empresas, em torno dos temas do turismo sustentável e da economia circular em Portugal.

De entrada gratuita, a conferência visa alargar a discussão sobre práticas e estratégias para um futuro mais sustentável no setor do turismo, numa iniciativa do projeto FAST – Ferramentas de Apoio à Sustentabilidade no Turismo, do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo (CiTUR) do Instituto Politécnico de Leiria, no âmbito da Agenda ATT – Agenda Mobilizadora Acelerar e Transformar o Turismo, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A sessão de abertura conta com as intervenções do presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Carlos Rabadão, do diretor da ESTM, Sérgio Leandro, do diretor do CiTUR, Paulo Almeida, e do presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR, Pedro Dominguinhos.

O primeiro painel da conferência, ‘Turismo Sustentável’, tem participação de Carlos Manuel Oliveira, profissional de Marketing, e Berta Costa, docente na ESTM, bem como de Francisco Dias, docente e investigador do Politécnico de Leiria, para a apresentação da plataforma ORVE – Otimização de Recursos e Valorização da Experiência.

Já o segundo painel, dedicado ao tema ‘Economia Circular no Turismo’, contará com intervenções de Mafalda Brilhante, diretora de Recursos Humanos do Grupo Pestana, de Paulo Simões, secretário executivo da OesteCim, e ainda de Roberto Antunes, diretor executivo do NEST – Centro de Inovação do Turismo, para a apresentação da Agenda ATT, enquanto, a sessão de encerramento da conferência, agendada para as 17h45, está a cargo do diretor do CiTUR, Paulo Almeida.

O projeto FAST, refira-se, tem como propósito promover a viabilidade das atividades económicas a longo prazo, respeitando a autenticidade sociocultural das comunidades e fazendo um uso adequado do território e dos recursos naturais, salientando a importância da monitorização constante dos impactos da atividade turística, assim como a manutenção de um elevado nível de satisfação, quer dos visitantes, quer dos residentes. Para tal, as empresas do setor devem adotar políticas e práticas responsáveis na dimensão interna e externa, ao nível económico e social, assim como projetar práticas inovadoras que assegurem experiências turísticas no âmbito dos princípios da sustentabilidade.

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Celebrity Cruises apresenta novo restaurante e opções de entretenimento do Celebrity Xcel

O Celebrity Xcel, novo navio de cruzeiro da Celebrity Cruises, que vai ser inaugurado em novembro deste ano, vai contar com um novo restaurante e mais opções de entretenimento, nomeadamente para quem viaja com a cara metade.

A Celebrity Cruises revelou esta quinta-feira, 8 de maio, que o Celebrity Xcel, novo navio de cruzeiros da companhia, que vai ser inaugurado em novembro deste ano, vai contar com um novo restaurante e mais opções de entretenimento, nomeadamente para quem viaja com a cara metade.

Num comunicado enviado à imprensa, a companhia de cruzeiros, que em Portugal é representada pela Melair Cruzeiros, explica que o Celebrity Xcel “vai trazer muitas novidades às noites românticas, oferecendo mais variedade do que nunca para tornar as férias a dois ainda mais inesquecíveis”.

As novidades começam logo nas opções de restauração, que ficam mais alargadas neste novo navio, que vai contar com 32 opções gastronómicas, com destaque para o Bora, restaurante que constitui uma novidade a bordo dos navios da Celebrity Cruises.

“Com vistas panorâmicas do oceano e um ambiente vibrante, este restaurante levará os nossos hóspedes numa viagem até à costa mediterrânica, oferecendo um menu dedicado às várias variedades de marisco. O Bora  no Rooftop Garden transforma-se ao longo do dia, proporcionando o cenário perfeito para um brunch animado ou um jantar íntimo”, revela a Celebrity Cruises.

Ao longo do dia, o Bora vai servir um brunch inspirado na culinária mediterrânea, enquanto à noite o restaurante se transforma num “ambiento íntimo, com pratos pensados para partilhar e preparações exclusivas feitas à mesa pelo chef”, num ambiente que “será complementado por baladas gregas e canções românticas italianas, criando uma noite verdadeiramente inesquecível”.

Previstas estão também várias novidades ao nível do entretenimento, uma vez que o novo navio da Celebrity Cruises vai contar com a “oferta mais diversificada e criativa de toda a frota”, entre a qual se destacam três novos espetáculos de teatro.

“Os nossos hóspedes vão viver momentos de puro fascínio com o maior elenco de sempre no teatro da Celebrity, que dará vida a atuações arrebatadoras com cantores e bailarinos de classe mundial, artistas de parkour e talentos especializados. Tudo será apoiado por tecnologia de ponta, como iluminação cinética, efeitos de laser e um ecrã LED de grandes dimensões. Tudo para proporcionar uma experiência imersiva inesquecível”, refere a companhia de cruzeiros.

Segundo Lisa Lehr, vice-presidente de entretenimento da Celebrity Cruises, o Celebritu Xcel vai oferecer a “programação de entretenimento mais abrangente até à data, com mais de 75 artistas residentes – o maior número a bordo de um navio da Celebrity”.

“A oferta é completamente renovada em todos os aspetos – desde espetáculos inesquecíveis no Teatro, novos espetáculos interativos no The Club, até festas imersivas e diversas atuações de música ao vivo. Os hóspedes terão opções infinitas para encontrar o programa ideal, noite após noite”, acrescenta a responsável.

Após o jantar, as noites românticas podem continuar nos vários bares do navio, a exemplo do Piano Bar ou do The Club, assim como numa das muitas festas temáticas que o navio vai proporcionar, com destaque para a Shine the Night, que está de regresso no Celebrity Xcel e vai decorrer nos decks exteriores.

O Celebrity Xcel vai ser inaugurado em novembro de 2025 e vai passar a temporada inaugural nas Caraíbas, com cruzeiros de sete noites à partida de Fort Lauderdale para visitar alternadamente as Bahamas, México, Ilhas Cayman, Puerto Plata, St. Thomas e St. Maarten.

No verão seguinte, o navio vai realizar a sua primeira temporada na Europa, disponibilizando itinerários de sete a onze noites, pelo Mediterrâneo, com partidas de Barcelona e Atenas, com estadias inéditas e prolongadas na Madeira, Portugal.

 

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KIPT CoLab lança Barómetro Estatístico para o setor do Turismo a 26 de maio

O KIPT CoLab – Laboratório Colaborativo para a Inovação no Turismo vai lançar, a 26 de maio, o Barturs, um Barómetro Estatístico para o Turismo, que pretende funcionar como “uma janela de monitorização e antecipação das dinâmicas do setor”.

O KIPT CoLab – Laboratório Colaborativo para a Inovação no Turismo vai lançar, a 26 de maio, o Barturs, um Barómetro Estatístico para o setor do Turismo, que consiste numa “plataforma digital que propõe novas formas de análise, compreensão e projeção do futuro do turismo em Portugal”.

“A ferramenta, desenvolvida em colaboração com investigadores e empresas associadas ao KIPT CoLab, constitui-se como uma janela de monitorização e antecipação das dinâmicas do setor, disponibilizando indicadores com base em dados oficiais e de empresas, modelos previsionais e informação atualizada em contínuo”, explica o KIPT CoLab, num comunicado enviado à imprensa.

O evento de lançamento está agendado para as às 15h00, no Hotel Meliá Lisboa Aeroporto, e o KIPT CoLab explica que esta iniciativa se insere “num esforço alargado de qualificação e inovação aplicado à atividade turística, no qual o KIPT tem desempenhado um papel agregador entre empresas, investigadores e decisores públicos”.

O projeto conta com o apoio institucional da Agência Nacional de Inovação (ANI), da FCT, da Missão Interface, do PRR, da República Portuguesa e da União Europeia e o evento de lançamento vai contar com a “presença de representantes institucionais de relevo”, com destaque para o secretário de Estado do Turismo, bem como dirigentes da ANI e da FCT.

Já a sessão de encerramento será conduzida pelo presidente da Assembleia Geral do KIPT, Carlos Moura, estando ainda prevista a participação de outros agentes estratégicos do setor.

 

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LovelyStay celebra 10 anos de operação com bons resultados e acelera expansão internacional

A LovelyStay, presente em Lisboa, Porto, Algarve e Madeira, celebra 10 anos de operação com mais de 135 milhões de euros em receitas brutas geradas para proprietários e investidores, 725 mil hóspedes recebidos e 270 mil check-ins realizados desde a sua fundação, em 2015, ao mesmo tempo que acelera a sua expansão internacional.

A LovelyStay, empresa portuguesa especializada na gestão de alojamento local e empreendimentos turísticos, celebra este mês uma década de operação com resultados sólidos e uma visão ambiciosa para o futuro, com mais de 135 milhões de euros gerados em receitas brutas para proprietários e investidores, mais de 270 mil check-ins realizados e 725 mil hóspedes recebidos ao longo dos últimos 10 anos.

Hoje, a LovelyStay opera em Lisboa, Porto, Algarve, Madeira e outras regiões-chave, e já iniciou a sua expansão internacional, com operações em curso em Londres e Istambul e novos projetos previstos em Espanha. A empresa conta com mais de 270 colaboradores, unidos pela ambição de redefinir a hospitalidade através da tecnologia, do serviço personalizado e da excelência operacional.

Segundo destaca William Tonnard, CEO da LovelyStay, “estes 10 anos mostraram que é possível crescer com sustentabilidade, mantendo uma proposta clara de valor para os proprietários e foco total na rentabilidade”, sublinhando que a empresa representa uma nova geração de operadores turísticos, mais digitais, mais estratégicos, mais orientados para o retorno.

Nos últimos anos, a LovelyStay tem vindo a reforçar a sua atuação em segmentos premium, com especial destaque para a gestão integral de edifícios turísticos e villas de luxo, em zonas urbanas e destinos de elevado valor, destacando a entrada da empresa na Quinta do Lago. Estes projetos beneficiam de planos de receita personalizados, operação dedicada, integração multicanal e foco total na excelência da experiência do hóspede.

Num setor cada vez mais competitivo e regulado, a LovelyStay aposta na inovação como alicerce de crescimento. O desenvolvimento de ferramentas de automação, plataforma de gestão e modelos híbridos (curto, médio e longo prazo) permite oferecer aos clientes transparência total, controlo direto sobre os resultados e uma operação fluida e eficiente.

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CPLP apoia candidatura do Campo do Tarrafal a Património da Humanidade

A candidatura do Campo do Tarrafal a Património da Humanidade, que reúne o apoio da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, deverá ser entregue à UNESCO em fevereiro de 2026.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) declarou apoio à candidatura do Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago, em Cabo Verde, a Património da Humanidade, avança a Lusa.

O apoio à candidatura foi anunciado no final de uma reunião que decorreu esta quarta-feira, 7 de maio, em São Tomé e Príncipe e na qual foi decidido “apoiar as novas candidaturas dos sítios dos estados-membros a Património Mundial da UNESCO, nomeadamente do Campo de Concentração do Tarrafal, por representar um marco na valorização da memória de resistência”.

A declaração final foi assinada durante a III Reunião Extraordinária dos Ministros Cultura da CPLP, entre 05 e 07 de maio, tendo a decisão sido anunciada pelo Ministério da Cultura de Cabo Verde.

Augusto Veiga, ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, explica que o apoio é “importante” para preparar a candidatura, que deverá ser entregue à UNESCO em fevereiro de 2026.

A Lusa lembra que, há um ano, os presidentes de Portugal, Cabo Verde e Guiné-Bissau, assim como o ministro da Defesa de Angola, descerraram, no local, uma placa que assinalou os 50 anos da Libertação do Campo do Tarrafal.

O Campo de Concentração de Tarrafal de Santiago funcionou entre 1936 e 1956, tendo reaberto em 1962, com o nome de Campo de Trabalho de Chão Bom, para aprisionar anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde, enquanto na primeira fase a maioria dos presos políticos eram portugueses que contestavam o regime fascista do Estado Novo.

O encerramento do Campo do Tarrafal só aconteceu depois da revolução do 25 de Abril de 1974, que derrubou o Estado Novo e libertou os presos políticos.

 

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Maior Legoland do mundo abre em Xangai em julho

O Legoland Xangai tem abertura prevista para julho, naquele que será o maior parque temático do mundo dedicado a estes conhecidos blocos de construção e que inclui também um hotel de 250 quartos.

A Lego vai abrir, em julho, um Legoland em Xangai, naquele que será o maior parque temático do mundo dedicado a estes conhecidos e adorados blocos de construção, avança a Lusa, que cita a imprensa chinesa.

Localizado a cerca de 52 quilómetros a sudoeste do centro de Xangai, o Legoland vai contar com mais de 75 atrações e espetáculos distribuídos por oito zonas distintas, que incluem milhares de figuras construídas com cerca de 85 milhões de peças Lego.

Além do parque temático, que vai também ter sala de cinema 4D, está prevista a construção de uma unidade hoteleira, com 250 quartos e que vai ser decorada segundo cinco ambientes diferentes inspirados no universo destes brinquedos reconhecido à escala global.

Destaque também para a “Miniland”, uma recriação, construída integralmente com blocos Lego, cujo peso total é superior a 45 toneladas, de algumas das áreas mais emblemáticas de Xangai, assim como de outros ícones culturais e turísticos da China.

O Legoland de Xangai encontra-se já em fase final de construção e vai dar emprego a cerca de mil colaboradores, estando já confirmado que o parque temático vai também levar a palco o “Monkie Kid”, o primeiro espetáculo do mundo dedicado à série “Monkie Kid”, da LEGO, que é inspirado no Rei Macaco, da obra clássica chinesa Jornada ao Oeste.

“Conhecemos bem este mercado e estamos entusiasmados com o seu potencial. Este complexo será uma referência e ponto de encontro para todos os fãs da Lego na China”, afirmou Fiona Eastwood, diretora executiva da Merlin Entertainments, o grupo britânico responsável pela gestão dos parques Legoland.

Apesar do parque temático só ter abertura prevista para julho, a venda de passes de temporada e bilhetes para visitas exclusivas, que incluem estadias no hotel temático, já está a decorrer.

A Lusa recorda ainda que Xangai inaugurou, em 2016, o primeiro parque Disneyland na China continental, que se seguiu à abertura do parque de Hong Kong, em 2005, e tem já prevista, para 2027, a abertura de um novo complexo temático dedicado ao universo cinematográfico de Harry Potter.

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Turismo no Porto confirma crescimento em 2024

O turismo no Porto registou um crescimento assinalável em 2024, e a vereadora da Câmara Municipal com este pelouro, Catarina Santos Cunha, considera que “há todo um trabalho, em conjunto com o setor, para qualificar a oferta e para capitalizar as novas tendências, garantindo um crescimento sustentável e equilibrado, que beneficie tanto os visitantes como os residentes”.

O turismo no Porto continua a mostrar sinais de crescimento, com dados que apontam para um aumento sustentado em vários pontos chave do setor. De acordo com indicadores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), interpretados pela autarquia, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico alcançaram os 492 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 12,8% face ao período homólogo, a que corresponde mais de seis milhões de dormidas nos alojamentos turísticos com mais de 10 camas (uma variação positiva de 6,9% em relação ao ano de 2023).

A média do RevPAR anual (receita por quarto disponível) foi de 80 euros, refletindo a valorização do setor, indica ainda nota da Câmara Municipal, que avança que, no que diz respeito ao consumo com cartões estrangeiros na cidade, o ano de 2024 atingiu 588 milhões de euros. O Aeroporto Francisco Sá Carneiro também registou um aumento no número de passageiros, com um total superior a 15 milhões passageiros em 2024, o que representa uma variação positiva de 4,9%. Os dados da taxa municipal turística acompanharam esta evolução, com uma receita de cerca de 20,9 milhões de euros.

Mais avança que, no ano que agora terminou, os estabelecimentos de alojamento turístico na cidade registaram um total de 6.276.074 dormidas, representando um crescimento de 6,9% em relação ao ano anterior. O número de hóspedes também subiu, atingindo os 2.967.090, segundo dados do INE, o que indica uma variação positiva de 6,9%.

A autarca destaca que a estratégia do Município do Porto tem sido no sentido de aposta na capacitação dos agentes do setor, através dos programas de formação que têm sido promovidos, como o Confiança Porto (nas áreas do alojamento, circuitos turísticos e agentes de equipamentos culturais) e outras em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, ou a estratégia de gestão da carga turística, com a descentralização dos fluxos turísticos para zonas periféricas da cidade, através dos oito quarteirões da cidade, que considera serem frutos destes resultados verificados o ano passado.

Catarina Santos Cunha realça ainda que “importa continuar a investir na melhoria da experiência do visitante e na promoção de iniciativas com vista à captação de novos perfis de turistas, como é o caso dos projetos Global Kitchen, o Curated Porto, e as atividades na rede Great Wine Capitals, que posicionam o Porto como destino de qualidade e diferenciador, mas que também beneficiam e contribuem para a qualidade de vida de quem está diariamente na cidade”.

Com base nas previsões da European Travel Commission, que indicam que, em 2025, os europeus planeiam viagens mais longas e com orçamentos mais elevados, e que cerca de 30% dos europeus planeiam gastar entre 1.501 e 2.500 euros por viagem, enquanto 17% considera gastar mais de 2.500 euros, “é expectável que a atividade turística no Porto possa continuar a crescer, impulsionada tanto por tendências internacionais quanto por iniciativas locais, como o aumento do investimento em novas unidades de alojamento turístico e a melhoria da experiência dos visitantes”, defende a vereadora .

 

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E-bikes incentivam turismo em 7 concelhos e 4 serras das Montanhas Mágicas

Os aficionados do ciclismo (com assistência elétrica) de montanha têm em junho uma nova prova especial de três dias, com 14 etapas e 280km, que passa por sete concelhos e quatro serras das Montanhas Mágicas.

O eMTB Grand Tour vai percorrer 280km que darão a conhecer aos cicloturistas um território repleto de paisagens arrebatadoras e biodiversidade, mas também uma imensa riqueza geológica, arqueológica, histórica e cultural, em 14 etapas, distribuídas por três dias (de 8 a 10 de junho), que permitirão um vislumbre envolvente do muito que a Grande Rota das Montanhas Mágicas (GR60) tem para oferecer.

A vaga de incêndios de setembro do ano transato trocou as voltas à organização do eMTB Grand Tour, mas o adiamento da prova para 2025, por questões de segurança e de fruição do circuito com a qualidade que tamanhas paragens merecem, teve o condão de fazer crescer a ânsia pela estreia.

Serra acima, serra abaixo (Freita, Arada, Arestal e Montemuro), na rota deste grande evento de e-bikes estão os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva, Cinfães, Castro Daire, São Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra, por entre os vales dos rios Douro, Vouga, Paiva, Bestança, Caima e Teixeira.

Já se encontram abertas as inscrições para os aficionados do ciclismo de montanha que queiram partir à descoberta deste território e mergulhar na história de cada um dos sete concelhos calcados pelo traçado, seja através da gastronomia ou do património paisagístico e arquitetónico, que conta com a organização da Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG), em parceria com os municípios parceiros.

A ADRIMAG confia que o eMTB Grand Tour 2025 irá alavancar a notoriedade do destino e ajudar a tornar a Grande Rota das Montanhas Mágicas, que abraça ainda quatro Zonas Especiais de Conservação da Rede Natura 2000 e um Geoparque Mundial da UNESCO, “um destino incontornável na área do cycling e do walking, ajudando as economias locais”.

Este percurso circular pela Grande Rota das Montanhas Mágicas permite uma experiência que poderá ser usufruída por um máximo de 50 pessoas (exclusivamente em bicicletas com assistência elétrica), nesta edição inaugural. Sem intuitos competitivos, mas muito desafiante, o eMTB Grand Tour não tem outro objetivo senão ver quem mais desfruta do muito que a GR60 tem para oferecer.

O evento inclui serviços de transferes, alimentação, segurança e outros complementares, relacionados com o parqueamento, carregamento, lavagem e manutenção das bicicletas. A reserva e o pagamento do alojamento, no entanto, são da responsabilidade dos participantes.

 

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