‘Duvido que os operadores tenham crescido tanto quanto nós’
A poucos meses de apresentar os resultados do renovado Club Med da Balaia, numa acção que acontecerá em Junho, o Club Med lança campanhas para as temporadas de Verão e Inverno. Para o Verão a campanha decorre até final deste mês, oferecendo reduções

Liliana Cunha
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A poucos meses de apresentar os resultados do renovado Club Med da Balaia, numa acção que acontecerá em Junho, o Club Med lança campanhas para as temporadas de Verão e Inverno. Para o Verão a campanha decorre até final deste mês, oferecendo reduções até 300 euros por pessoa. Já para o Inverno, as vendas começaram dia 11.
Qual a estratégia para lançar estas campanhas?
São campanhas apenas para Portugal e isto acontece porque temos níveis muito elevados no que toca à fidelização de clientes e queremos mantê-los, oferecendo-lhes descontos com um ano de antecedência, de modo a garantir as melhores condições, caso contrário, os restantes mercados com que trabalhamos ficam com a melhor oferta.
Qual é o peso do mercado português no Club Med?
Por ano, o mercado português conta cinco mil clientes, o que significa que é um mercado pequeno em volume mas estratégico. E porquê? Em Portugal, temos apenas o Balaia e os portugueses são nossos clientes. Além disso, este mercado “alimenta” os Club Meds do Brasil, onde temos unidades. Outra razão é que os portugueses viajam nos feriados em Junho, ajudando à ocupação, e isso não acontece com outros mercados.
Que mercados estão a desenvolver?
No global, o nosso principal mercado continua a ser França, seguida da Bélgica e Estados Unidos.
No panorama europeu, estamos interessados em desenvolver o Reino Unido porque o valor da libra é interessante e a fórmula All Inclusive tem sempre muito sucesso neste mercado. É por isso que nos queremos tornar em especialistas naquele mercado.
Balaia aposta nas famílias
O Club Med da Balaia foi renovado…
Sim, este Club Med é um exemplo da nossa estratégia. Nos últimos sete anos, investimos mais de um bilião de euros em renovações em todos os Clubs do mundo, de forma a aumentar a qualidade. Actualmente, 60% das nossas camas está nos quatro e cinco tridentes, num total de 70 villages.
O Club Med da Balaia é um exemplo dessas renovações, onde investimos 15 milhões de euros para ter um verdadeiro quatro tridentes em Portugal.
Quais são os níveis de ocupação do Club Med da Balaia?
Não tenho esses números, mas sei que cerca de 50% é proveniente de França e 15% são portugueses.
No ano passado, a ocupação média deste Club Med da Balaia foi de 78%, com excepção para o período entre Abril a Novembro.
E os preços praticados?
No ano passado aumentámos os preços na Balaia em 5% o que teve um grande impacto, portanto, este ano aumentámos apenas 2%.
As renovações passaram por que áreas?
Pelo golfe, SPA, renovação de quartos e estamos a investir para captar mais famílias. Nesse sentido temos alojamento gratuito para crianças com menos de quatro anos de idade.
E o segmento MI também é importante?
Embora não seja o nosso principal segmento, é importante mas tem verificado altos e baixos, também devido à crise económica. Neste momento já estamos novamente em curva ascendente e representa cerca de 10% das nossas vendas globais.
Mas é uma área que pretende dinamizar?
Sim. A campanha que temos no Club Med da Balaia e que parte dos 80 euros/pessoa/dia, entre Abril e Junho, também é válida para os grupos e inclui alojamento, uma sala de reuniões, um coffe break e um cocktail.
Como sente o mercado português actualmente?
Em sintonia com a estratégia do Club Med pois o nosso objectivo é vender os villages de quatro ou cinco tridentes. Ainda assim, acreditamos que podemos melhorar. Neste Inverno crescemos 10% nas vendas e dúvido que os operadores turísticos em Portugal tenham crescido tanto quanto nós.
Essa aposta nos quatro e cinco tridentes é uma aposta na qualidade?
Sim, temos hotéis de quatro tridentes com espaços exclusivos de cinco tridentes. Normalmente, são espaços contíguos aos villages. Por exemplo, em Val d’Isére temos suites até 80 metros quadrados para famílias, que ainda têm piscina, jacuzzi e ski room privados, além do pacote incluir bebidas.
A grande diferença é que nos cinco tridentes há serviços e mordomos exclusivos e nos de quatro não.
Isso também ajuda a fidelizar?
Sim, até porque estamos cada vez mais apostados no CRM sendo esta uma prioridade durante este ano. Vamos lançar um sistema de fidelização de clientes à qual a rede de distribuição também vai ter acesso. A vantagem é que todos os clientes (directos ou através das redes de agência) vai beneficiar de vantagens exclusivas, como ofertas disponíveis durante o ano. Será uma comunicação feita através de emailing ou carta, sem que a agência tenha de investir em marketing.
Agências e público
Quem são os vossos principais parceiros em Portugal?
Em primeiro lugar a Top Atlântico, depois a Abreu e estamos a começar a trabalhar com a GeoStar. Além destes também trabalhamos com o Viajar, sobretudo no Norte do país e Club Tour.
Qual é o peso das vendas das agências na actividade anual do Club Med?
O peso está dividido 50%/50% entre agências/público final, através de vendas directas (telefone ou feitas directamente no escritório).
As várias campanhas que desenvolvemos são feitas em consonância com estas três redes, lançando brochuras personalizadas.
Novos projectos
Maurícias e Egipto com novas unidades
Em Abril, a Maurícia vai contar com um novo Club Med, com “produto bastante exclusivo, villas com capacidade desde seis a 12 pessoas e piscina privada”.
Já Dezembro será o mês de abertura da nova unidade, de quatro tridentes, no Egipto. Paralelamente, Jean-François Defour anuncia também que, em Junho, serão feitas remodelações no Club Med Rio das Pedras que verá os 350 quartos renovados.