Turismo nacional começa ano 2025 em alta
O ano de 2025 começou bem para o turismo português. Os dados divulgados pelo INE, relativamente ao mês de janeiro, mostram subidas nas dormidas, hóspedes e proveitos face ao mesmo mês de 2024.

Victor Jorge
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Em janeiro de 2025, o turismo em Portugal registou 1,6 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 8,3% e 6,3%, respetivamente (+3,4% e +2,6% em dezembro de 2024, pela mesma ordem), avançam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No que diz respeito aos hóspedes, os não residentes continuam a ser predominantes, totalizando 857 mil, representando um crescimento de 6,8% face aos 802 mil de período homólogo de 2024.
Os números referentes aos hóspedes nacionais registaram um crescimento ainda maior (+10,1%), somando no final do primeiro mês de 2025 perto de 749 mil.
Destaque para o facto de todas as regiões terem registado aumentos no número de hóspedes, em janeiro. Península de Setúbal (+17,3%), Açores (+15%) e Alentejo (+10,7%) foram as regiões que cresceram a duplo dígito, verificando-se que a região que mais hóspedes recebeu foi Lisboa com 504 mil (+7,5%), seguindo-se o Porto e Norte com 390 mil (+8,5%).
Dos 857 mil hóspedes que Portugal recebeu no primeiro mês de 2025, Espanha liderou com mais de 104 mil, seguindo-se o Reino Unido co 84 mil e o Brasil com quase 78 mil.
No que diz respeito às dormidas, o INE indica, tal como já referido, um aumento de 6,3% face a janeiro de 2024, com as dormidas de não residentes a totalizarem quase o dobro das dos residentes. Assim, as dormidas de estrangeiros somaram 2,4 milhões, correspondendo a uma subida de 3,8% face a período homólogo de 2024, enquanto as dormidas de residentes aumentaram 11,3% para 1,270 milhões.
Também neste parâmetro, destaque para o facto de todas as regiões somarem crescimentos nas dormidas, com Lisboa a ser a única a ultrapassar a fasquia do milhão (1,071 milhões, ou seja, +5,5%).
As regiões que mais cresceram, face a janeiro de 2024, foram a Península de Setúbal (+14,4%), Alentejo (+11,4%) e Açores (+10,2%).
Nas dormidas, tal como na soma dos hóspedes, a liderança também pertence ao Reino Unido com mais de 352 mil dormidas, seguido Alemanha com 269 mil e Espanha com mais de 202 mil.
O INE indica que os 10 principais mercados emissores, em janeiro, representaram 70,5% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter-se com o maior peso (14,6% do total das dormidas de não residentes em janeiro), apesar do decréscimo de 3,3% face ao mês homólogo.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em janeiro (11,2% do total), cresceram 5,1%. Seguiu-se o mercado espanhol, na 3.ª posição (quota de 8,4%), com um crescimento de 0,8%.
No grupo dos 10 principais mercados emissores em janeiro, o mercado polaco registou o maior crescimento (+16,6% para 97 mil dormidas), seguindo-se os Estados Unidos da América (+10,3%, para 173 mil dormidas). Em sentido contrário, destacaram-se os decréscimos dos mercados francês (-9,6%, para 138 mil) e brasileiro (-8,8%, para 174 mil).
Proveitos crescem a duplo dígito
Os proveitos totais atingiram 262 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 188,9 milhões de euros em janeiro, refletindo crescimentos de 13,8% nos proveitos totais e de 14,2% nos relativos a aposento face a janeiro de 2024 (+9,3% e +9,2% em dezembro, pela mesma ordem).
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (35,1% dos proveitos totais e 37,2% dos proveitos de aposento), seguida da Madeira (19,1% e 18,1%, respetivamente) e do Norte (16,4% e 16,5%, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, que foram mais expressivos na Madeira (+29% nos proveitos totais e +28,3% nos de aposento) e no Alentejo (+20,2% e +19,9%, respetivamente).
Estadia média contradiz crescimentos
Ao contrário das dormidas, hóspedes e proveitos, em janeiro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,29 noites) continuou a diminuir (-1,9%, após -0,8% em dezembro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,85 noites) e no Algarve (3,50 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,58 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,59 noites).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 33,2 euros em janeiro, registando um aumento de 10% (+6,0% em dezembro). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 89,3 euros (+7,3%, após +6,1% em dezembro).
Em janeiro, a estada média dos residentes (1,70 noites) aumentou 1,1% e a dos não residentes (2,80 noites) decresceu 2,8%.
A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,44 noites) quer dos residentes (2,99 noites).
O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Madeira (62,9 euros), seguindo-se a Grande Lisboa (54,8 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Madeira (+24,5%) e na Península de Setúbal (+17,1%).
A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (111,4 euros), seguida da Madeira (100,8 euros). Este indicador aumentou em todas as regiões, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na Madeira (+16,8%) e no Alentejo (+10,5%).
Lisboa domina, Albufeira é município que mais cai nas dormidas
O município de Lisboa concentrou 24,3% do total de dormidas, atingindo 892,8 mil (+5,2%, após +2,2% em dezembro). As dormidas de residentes aumentaram 5,7% e as de não residentes cresceram 5,1%. Este município concentrou 30,8% do total de dormidas de não residentes em janeiro.
O Funchal foi o segundo município com maior número de dormidas (431,9 mil dormidas, peso de 11,8%) e registou um crescimento de 3,1% (+5,2% em dezembro). As dormidas de residentes registaram um aumento expressivo (+34,0%), enquanto as de não residentes diminuíram 1,1%. Este município concentrou 15,2% do total de dormidas de não residentes em janeiro.
No Porto, as dormidas totalizaram 319,2 mil (8,7% do total), tendo-se observado um crescimento de 6,4% (+4,6% em dezembro), com o contributo das dormidas dos residentes (+16,8%) e dos não residentes (+3,6%).
Entre os 10 principais municípios, destacaram-se ainda Santa Cruz, na Madeira (2% do total), com um crescimento de 17,2% (+20,2% nos residentes e +16,8% nos não residentes) e Vila Nova de Gaia (1,5% do total), com um aumento de 16,8% (+3,9% nos residentes e +32,2% nos não residentes). Albufeira e Portimão registaram os maiores decréscimos em janeiro (-9,8% e -7,5%, respetivamente).
Em termos de dormidas de residentes, assinalam-se também os crescimentos expressivos registados em janeiro nos municípios de Portimão e de Vila Real de Santo António (+25,9% e +23,4%, respetivamente). Nestes municípios, as dormidas de não residentes recuaram 16,8% em Portimão e aumentaram 3,2% em Vila Real de Santo António.