Edição digital
Assine já
PUB

Foto: Frame It

Emprego e Formação

“Um bom gestor tem de estar consciente de todos os desafios, mesmo que não esteja propriamente consciente da solução“

Lançada este ano pela Universidade Nova, a pós-graduação “Leading Tourism & Hospitality” pretende olhar para os grandes desafios que o turismo enfrenta. O objetivo, diz Eurico Cabrita, professor e cientista químico, e coordenador desta pós-graduação, é “encontrar as melhores práticas para minimizar os efeitos” num tempo marcado pela incerteza.  

Victor Jorge

Foto: Frame It

Emprego e Formação

“Um bom gestor tem de estar consciente de todos os desafios, mesmo que não esteja propriamente consciente da solução“

Lançada este ano pela Universidade Nova, a pós-graduação “Leading Tourism & Hospitality” pretende olhar para os grandes desafios que o turismo enfrenta. O objetivo, diz Eurico Cabrita, professor e cientista químico, e coordenador desta pós-graduação, é “encontrar as melhores práticas para minimizar os efeitos” num tempo marcado pela incerteza.  

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
China, Alemanha, Japão e EUA são os países com mais estâncias de ski no mundo
Destinos
Aeroporto Francisco Sá Carneiro já utiliza biocombustíveis
Aviação
“Território Nacional” é o tema para o novo passaporte
Turismo
Norte de Portugal e Galiza dão “pontapé de saída” no Cluster Tur com promoção internacional como prioridade
Destinos
DMC do Clube Viajar agora é ´Local by Clube Viajar´
Distribuição
Movimento de passageiros mantém tendência de crescimento, mas desacelera em outubro
Transportes
easyJet junta Milão Linate-Lisboa e Bordéus-Faro às novidades para o verão de 2025
Transportes
Algarve e Andaluzia estreitam relações empresariais e turísticas
Destinos
FlyAngola lança primeira rota aérea internacional de Benguela
Transportes
Ribatejo convida a “todos os tipos de descanso” em nova campanha promocional
Destinos

De natureza inter e multidisciplinar, a nova pós-graduação da Universidade NOVA de Lisboa, iniciado no ano letivo 2024-2025, pretende ser uma resposta concreta às necessidades de qualificação no setor de turismo e hospitalidade, integrando uma abordagem fundamental para a formação de líderes inovadores e preparados para enfrentar os desafios e as oportunidades do futuro. Eurico Cabrita, sub-diretor para a Inovação e Investigação da NOVA FCT e cientista químico, admite que “os grandes desafios do turismo não são diferentes dos grandes desafios da atual sociedade”.

A Universidade NOVA de Lisboa lançou, neste ano letivo 2024/2025, uma nova Pós-Graduação “Leading Tourism & Hospitality”. No que consiste esta pós-graduação, que valor acrescentado traz para quem a frequenta e depois a transpõe para o setor e para o seu dia-a-dia profissional?
Em primeiro lugar, esta pós-graduação não surge do nada. A Universidade Nova já trabalha o setor do turismo há algum tempo de uma maneira coordenada. O que é que isto significa? Significa que foi formada na Universidade Nova uma plataforma de turismo e hospitalidade. Representando o turismo cerca de 17% do PIB nacional, trata-se, efetivamente, de um setor muito importante. E a Universidade pensou ou começou a pensar esta área e à partida pode parecer estranho, mas de facto os desafios do turismo nos dias de hoje são verdadeiramente multidisciplinares.

Sendo uma Universidade com tantas unidades orgânicas e cobrindo todas as áreas do saber, o que pensámos foi ter uma visão integrada do turismo, contribuindo para ajudar ao desenvolvimento do turismo, mas de uma maneira integrada. Ou seja, todos nós, de alguma maneira, nas unidades orgânicas da universidade, desde a economia ao direito, da medicina às ciências de tecnologia, trabalhamos o setor do turismo, em alguns casos diretamente, em outros casos mais indiretamente.

Temos, inclusive, na IMS (Information Management School) e na SBE (School of Business and Economics), cursos específicos e dedicados a determinadas áreas do turismo, mais ligados ao marketing, à parte digital ou ao negócio.

Esta experiência acumulada, associada a uma questão de oportunidade, já que esta pós-graduação é apoiada por um PRR – Tourism International Academy (TIA) -,deu-nos capacidade financeira, porque também é importante, de estruturar esta oferta, ou seja, olhar para todas as unidades orgânicas e permitir construir uma oferta curricular para capacitação na área do turismo. Em cada uma das unidades orgânicas, e a partir dessa experiência, percebemos que temos muito potencial, muito saber acumulado e, reunindo alguns parceiros-, sentimos que o setor precisava desta capacitação.

Além disso, como universidade que trabalha diversas áreas, percebemos que os grandes desafios do turismo não são diferentes dos grandes desafios da atual sociedade, ou seja, a sustentabilidade, o digital, os recursos humanos, o marketing, entre outros, e a gestão de uma incerteza que nos acompanha. Quando me refiro a incerteza, é o risco de uma maneira geral, que podem ser as alterações climáticas, uma guerra, ou seja, a imprevisibilidade que se vive hoje em diversos setores, com o turismo incluído.

E, portanto, ao colocar especialistas nesta pós-graduação, a mais-valia que vamos trazer é para gestores médios do turismo, dar-lhes uma capacidade de pensar estes temas de uma maneira transversal, porque sabemos que o turismo tem grandes desafios, mas também tem um grande potencial transformador.

O mundo está em permanente mudança e queremos preparar as pessoas, os profissionais da melhor maneira.

Os grandes desafios do turismo não são diferentes dos grandes desafios da atual sociedade


Cadeia para melhores práticas
Mas falou em os parceiros. Portanto ouviram o setor e quando o ouviram, o que é que o setor vos disse?
O setor identificou três áreas – sustentabilidade, digital e incerteza – como importantes. São grandes áreas temáticas que, hoje em dia, nos preocupam a todos, em todas as áreas. Numa área com a importância económica do turismo, ainda mais.

O setor do turismo funciona muito bem, é extremamente competitivo. Portugal não atinge este nível de competitividade internacional se não fôssemos bons e se não tivéssemos bons decisores. O que significa que os nossos decisores, ou seja, quem pensa o turismo em Portugal, têm tido esta capacidade de perceber, de entender, de estudar e de se preparar. E o que estamos a fazer é dar esta contribuição para preparar ainda mais e melhor quem trabalha no setor do turismo.

A pós-graduação foi pensada dessa maneira, muito com base na experiência, da formação que tínhamos feito neste último ano e conseguimos identificar professores de todas as unidades orgânicas para esta unidade curricular. Portanto, aqui a multidisciplinaridade é extremamente importante e também temos pessoas do setor, profissionais que vêm com casos de estudo para quem entra nesta pós-graduação também ouvir quem está verdadeiramente no terreno e quem está a trabalhar o turismo nas mais variadas vertentes.

Tentamos fazer este cruzamento do que se está a fazer na universidade, quais são as previsões de futuro em determinadas áreas e para onde é que o setor aponta, e ligar depois com pessoas que estão no terreno.

A pós-graduação está estruturada em dois semestres e depois tem um projeto, em função dos interesses específicos, uns podem estar mais ligados ao património, outros podem estar mais ligados ao marketing outros à sustentabilidade.

Mas trata-se de uma pós-graduação para quem já está a exercer uma profissão no setor e procura um upskill ou ainda não está no mercado do trabalho?
Diria que temos a ambição de servir os dois públicos. Para quem já está no setor do turismo, isto é uma preparação para o futuro e para aquilo que achamos que é o presente.

É um futuro quase imediato?
Exato, é um futuro imediato. Para quem acabou e pretende entrar nesta área é muito interessante perceber quais são os desafios. É entrar a perceber, ou seja, quais são os desafios para os próximos anos neste setor, em muitas áreas distintas. Temos a noção que estamos a fazer uma formação com um espetro alargado, mas depois temos formações específicas nas nossas unidades orgânicas. Se alguém se quiser especializar mais no Direito, no Marketing Digital, Gestão pode encontrar essas especializações nas nossas unidades orgânicas.

Não vai sair daqui um gestor em turismo, não é essa a nossa intenção, já que a formação é de largo espetro, permitindo a quem já está no setor fazer um refresh, fazer uma atualização, perceber quais são as tendências e quais são as implicações dos fenómenos que estamos a viver atualmente.

Por exemplo, a parte do digital é algo que está a revolucionar o setor. Mas há mais, por exemplo, como é que a revolução dos materiais de construção pode levar a que eu torne o meu empreendimento mais sustentável, ou adquirir uma capacidade de pensar uma logística que pode fazer com que se tenha uma pegada de CO2 mais baixa.

Portanto, é de facto transformar o turismo, é pegar em todo esse conhecimento, os desafios que nos são colocados no presente e que vão, de certeza, ser agravados no futuro. O turismo está a crescer praticamente em todo o lado e não diria que esta formação passa por, não digo encontrar as soluções porque isso significaria que deixaríamos de ter esse problema, mas por encontrar as melhores práticas para minimizar os efeitos.

E, acima de tudo, um dos grandes objetivos é, uma vez que o mundo é cada vez mais complexo e interdependente, percebermos que, quando atuamos num problema, temos de pensar como é que as coisas estão interligadas.

É explicar a cadeia?
Correto. Ao montar um empreendimento turístico num local, há toda uma cadeia de eventos que não estão propriamente só relacionados com o setor do turismo, mas que têm implicações na sociedade.

Há, de facto, alguns desequilíbrios que têm de voltar a ser equilibrados o mais rapidamente possível na questão multidisciplinar. No fundo, a pós-graduação espelha um pouco aquilo que serão as melhores práticas para o problema do turismo e a maneira como o turismo tem de evoluir tendo em conta esta interdependência entre várias áreas e, principalmente, para gestores médios que têm de tomar decisões é importante eles estarem conscientes da implicação que tudo tem ou poderá ter.

Um bom gestor tem de estar consciente de todos os desafios, mesmo que não esteja propriamente consciente da solução, mas sabe que terá de recorrer a um especialista de determinada área para resolver o problema ou pelo menos minimizá-lo.

Portugal não atinge este nível de competitividade internacional se não fôssemos bons e se não tivéssemos bons decisores


Falou na digitalização do setor do turismo. Esta vai, por exemplo, deixar o turismo mais desumano. Ou seja, as decisões vão passar a ser mais digitais e menos humanas?
Por trás da máquina está sempre o humano. Neste momento o que temos é uma capacidade de tratar dados. Agora falamos muito em Inteligência Artificial, mas a palavra inteligência induz-nos em erro, já que o que temos é a capacidade de tratar muitos dados e obter muita informação. A decisão não é da máquina, não devemos deixar a decisão para a máquina.

Ao ter mais informação, também posso aproveitar para tomar a decisão mais informada, abre-nos mais oportunidades. Eventualmente, poderei ter novos produtos, ter capacidade de gerir as coisas de outra maneira.

Por exemplo, porque havemos de ter tantas pessoas a tentar ir ao mesmo tempo para um museu ou para uma atração turística se posso ter em tempo real informação e gerir esses fluxos da forma mais correta e eficiente? Isto pode ser aplicado a tudo. Podemos criar experiências que estão muito mais vocacionadas para aquilo que é o gosto pessoal de cada pessoa. Como disse, há todo um leque de oportunidades também para criar novos produtos.

Até porque este leque de oportunidades de criar novos produtos também pode ser vista como uma questão geracional?
Também. A segmentação no turismo sempre existiu e vai continuar a existir e as ferramentas digitais vão permitir ainda mais nichos, explorar mais nichos, porque permitem-nos quase criar o produto que é um turismo quase para uma pessoa. Ou seja, a personalização da experiência máxima e a digitalização traz-nos essas oportunidades, O facto de poder ir ao chatGPT e pedir para me fazer um itinerário retirou completamente as agências de viagens e isso é uma das preocupações.

Mas isso significa que as agências de viagens ficam sem negócio?
Não, não vão ficar sem negócio. As agências de viagens vão é utilizar a Inteligência Artificial para criar novas experiências.

Ainda relativamente aos parceiros – Turismo Portugal, Pestana Hotel Group, Details Hospitality, Sports and Leisure, AHP e APAVT – que importância tem a envolvência destes para esta formação? Não falta aqui uma TAP ou uma rent-a-car?
Os que mencionou são os parceiros oficiais, desde o primeiro momento. O que não quer dizer que depois, nas várias unidades curriculares, não venham, e virão com certeza, mais parceiros. É evidente que vamos ter pessoas também de outros setores. Mas os parceiros oficiais pensaram a estrutura da pós-graduação connosco e quais seriam os temas mais importantes, funcionando um pouco como consultores.

Contudo, depois, ligados às unidades curriculares específicas, cada coordenador tem a liberdade para construir a sua unidade curricular.

Os grandes problemas, os grandes desafios que temos no setor do turismo são os desafios que a sociedade enfrenta atualmente como um todo e a resposta vai vir da ciência e da tecnologia


Turismo multidisciplinar
O professor é cientista químico e subdiretor para a inovação e investigação da nova FCT. Esta formação científica que possui demonstra um pouco a necessidade de o turismo ser cada vez mais multidisciplinar.
Vou dar uma resposta à cientista que é: a ciência é que tem a solução para tudo. É da ciência e da tecnologia que têm vindo as grandes soluções para os grandes desafios da humanidade. Portanto, os grandes problemas, os grandes desafios que temos no setor do turismo são os desafios que a sociedade enfrenta atualmente como um todo e a resposta vai vir da ciência e da tecnologia.

Há alguns desafios e transformações que se vão notando. A importância da tecnologia, a questão das comunidades locais, do turismo agregar mais valor. Apontou as alterações climáticas, da inovação, da análise de dados, ou seja, de não só tê-los, mas de utilizá-los. Esta pós-graduação pode olhar para o futuro a quantos anos?
Essa é uma pergunta difícil de resposta, porque o que nos prova o momento histórico em que vivemos é que tudo pode mudar de uma maneira quase imprevisível em muito pouco tempo.

Temos guerras que pensávamos que já não podiam existir, tivemos uma pandemia. A nossa intenção seria pensar a cinco ou 10 anos, mas acho que não somos capazes de o fazer no mundo em que vivemos hoje. Agora, o que conseguimos fazer é preparar pessoas para lidarem com essa incerteza, de estarem mais bem capacitadas para lidarem com a imprevisibilidade, ter mecanismos para lidar com os dados, para perceber como é que se analisam, para perceber tendências e para saber como reagir a tudo isso.

No fundo, aquilo que queremos é capacitar as pessoas, de alguma maneira, para estarem preparadas para a resiliência e para a imprevisibilidade.

Estes últimos anos o que nos ensinaram é, de facto, que temos de estar preparados para a incerteza?
Exatamente. E o fator humano continua a ser extremamente importante, desde que se saiba utilizar todas as ferramentas.

Estamos numa universidade. Que papel podem e fundamentalmente devem desempenhar as instituições de ensino na formação e na especialização dos profissionais do setor do turismo?
As universidades são centros de criação de conhecimento e investigação. Numa faculdade de ciências e tecnologia, como esta, muitas vezes até criamos coisas novas.

Por isso, o que temos de fazer? É colocar todo esse conhecimento e aplicá-lo a um ou vários setores. A obrigação da universidade é realmente criar conhecimento, mas depois utilizá-lo para deixar o mundo melhor. Assim, parece uma afirmação quase esotérica, mas o assunto é sério.

O que acontece muitas vezes, senão na maioria das vezes, é que o conhecimento é criado na universidade e fica na universidade. Existe, está lá, mas não é utilizado.

Mas não é utilizado porquê? Porque não se vai à procura, porque não se dá a conhecer, porque não é procurado?
Este não é um problema exclusivo da academia portuguesa, é um problema da academia em geral. Esta relação da academia com a sociedade sempre foi uma relação difícil. Mas basta recuar um pouco, não muito, para perceber que o conhecimento científico, quando a sociedade precisou da academia, ela esteve presente e a investigação científica apareceu com uma ou várias soluções. É uma relação que tem os seus altos e baixos.

Dou-lhe um exemplo, no Departamento de Engenharia do Ambiente, temos pessoas que trabalham muito em sustentabilidade, que editaram um livro sobre a sustentabilidade em empreendimentos turísticos. Por isso, quando se coloca este conhecimento em prol de uma determinada causa, vêm-se coisas muito úteis.

O papel da universidade é criar conhecimento e tem o papel de fazer uma translação deste conhecimento para os problemas reais.

 

O fator humano continua a ser extremamente importante, desde que se saiba utilizar todas as ferramentas

 

E poderão surgir daqui outras pós-graduações ou outras formações mais específicas ligadas ao turismo, ligadas à hospitalidade, à mobilidade, mas mais específicas?
Elas já existem, de alguma maneira no universo da Nova e de uma forma muito diversificada, desde a gastronomia, tratamento de dados, marketing, gestão, direito, etc..

Se tivéssemos uma bola de cristal e pudéssemos olhar para daqui a cinco ou 10 anos, quais os skills que apontaria necessários ter no universo do turismo?
Tudo o que tem a ver com a sustentabilidade nos próximos anos vai ser fundamental. E a sustentabilidade aqui tem tantas implicações, porque vai ter implicações a nível da gestão, do normal dia-a-dia, implicações legais, porque a legislação vai mudar. Ou seja, a sustentabilidade tem implicações e ramifica-se.

O importante, depois, é ter a noção correta de como aplicar a sustentabilidade. O que digo é que os profissionais na indústria do turismo terão em tudo o que é sustentabilidade um enorme desafio e vão ter de olhar a sério este tema.

Mas falando em sustentabilidade, as soluções têm de ser, de alguma forma, impostas por lei, e não tanto por transformação da mentalidade das pessoas, do tal fator humano?
Penso que terá de acontecer pelas duas vias. Mas claro que a maneira mais rápida é sempre se for imposta por lei. Diria até, na emergência em que vivemos no planeta, provavelmente terá mesmo de ser esse o caminho.

Se queremos que isto tudo seja sustentável, a sustentabilidade só se atinge plenamente se mudarmos as mentalidades, mas terá de ser natural. Só assim se conseguirá ter sucesso.

As novas gerações, por exemplo, veem esta questão da sustentabilidade de uma forma completamente diferente e para os mais jovens a sustentabilidade é algo já natural seja nas viagens, na gastronomia, no alojamento. É uma geração que está mais alerta para esta questão, está mais informada e atua de forma mais rápida.

Mas, no fundo, tem de ser fácil ser-se sustentável. Ou facilitamos ou não teremos sucesso.

E do lado dos turistas?
Os turistas são a outra parte da equação. Inclusivamente temos uma unidade curricular a pensar nisso. Como é que o setor do turismo e os agentes e operadores turísticos poderão, eles próprios, ser intervenientes na mudança na mentalidade do turista.

Nesse aspeto, vamos mais ao campo da psicologia, mas é reconhecido que há realmente um papel que o turista irá desempenhar.

Se olharmos para os nossos parceiros, o Turismo Portugal tem a responsabilidade de informar o turista, o grupo Pestana, o maior grupo hoteleiro em Portugal, também tem de informar o seu hóspede, que é turista. Temos uma AHP, uma associação que não é um grupo hoteleiro, mas que o represente e, portanto, também tem a sua responsabilidade, tal como uma APAVT que, junto das agências, também tem de informar os operadores para dar essa informação ao turista.

É evidente que não vamos mudar a mentalidade de uma pessoa no período em que está a fazer turismo.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
China, Alemanha, Japão e EUA são os países com mais estâncias de ski no mundo
Destinos
Aeroporto Francisco Sá Carneiro já utiliza biocombustíveis
Aviação
“Território Nacional” é o tema para o novo passaporte
Turismo
Norte de Portugal e Galiza dão “pontapé de saída” no Cluster Tur com promoção internacional como prioridade
Destinos
DMC do Clube Viajar agora é ´Local by Clube Viajar´
Distribuição
Movimento de passageiros mantém tendência de crescimento, mas desacelera em outubro
Transportes
easyJet junta Milão Linate-Lisboa e Bordéus-Faro às novidades para o verão de 2025
Transportes
Algarve e Andaluzia estreitam relações empresariais e turísticas
Destinos
FlyAngola lança primeira rota aérea internacional de Benguela
Transportes
Ribatejo convida a “todos os tipos de descanso” em nova campanha promocional
Destinos
PUB
Destinos

China, Alemanha, Japão e EUA são os países com mais estâncias de ski no mundo

Portugal conta apenas com a estância da Serra da Estrela, figurando na 65.ª posição entre os 67 países do mundo que disponibilizam estâncias de ski, segundo um novo mapa elaborado pela HelloSafe.

A China, a Alemanha, o Japão e os EUA são, segundo a HelloSafe, os países que possuem o maior número de estância de ski e que lideram o mapa exclusivo que a plataforma de comparação de produtos financeiros lançou para assinalar os locais onde é possível esquiar em todo o mundo.

Este mapa, divulgado esta quinta-feira, 12 de dezembro, foi realizado com base nos dados compilados pelo consultor Laurent Vanat no seu relatório “2022 International Report on Snow & Mountain Tourism”, e assinala um total de 67 países no mundo que disponibilizam estância de ski e entre os quais também se encontra Portugal, que conta apenas com a estância da Serra da Estrela.

“Uma geografia que reserva muitas surpresas, com resorts em países mais associados às praias e ao calor do que aos desportos de inverno”, realça a HelloSafe, sublinhando que existem estâncias de ski nos cinco continentes.

A China (778), a Alemanha (498), o Japão (497) e os Estados Unidos (470) são, segundo esta análise da HelloSafe, os países do mundo que contam com maior número de estância de ski, num mapa onde se inclui ainda a Rússia, com 354 estâncias, a Itália, com 349 e a França, com 317 estância de ski em funcionamento.

A HelloSafe realça também que, apesar de ser mais inesperado, também países como a Turquia (60 estâncias), a Grécia (22 estâncias) e até o Irão (22 estâncias) estão presentes neste mapa, “revelando a existência de nichos de desportos de inverno em regiões com climas variados”.

“A África do Sul e o Lesoto, com um punhado de estâncias, testemunham a adaptação do esqui ao hemisfério sul, tal como a Nova Zelândia, que combina montanhas espectaculares com uma estação inversa. Países como o Líbano e Marrocos, no coração do Médio Oriente e do Norte de África, mostram que o esqui pode prosperar mesmo em regiões consideradas quentes ou áridas”, refere ainda a HelloSafe.

Portugal surge igualmente neste mapa mas com apenas uma estância de ski em funcionamento, a Serra da Estrelas, o que coloca o país no 65.º lugar da lista dos 67 países com estâncias de ski, com a análise da HelloSafe a notar que, apesar de ser apenas uma e ter 29 teleféricos, “a Serra da Estrela em Portugal atrai, no entanto, 50.000 esquiadores todos os anos”.

“O país está longe de ser um grande destino de desportos de inverno. No entanto, muitos portugueses (entre 30.000 e 150.000, na ausência de números precisos) vão esquiar para o estrangeiro todos os anos, principalmente em países vizinhos como Espanha, mas também em França, Andorra e Suíça, onde as estâncias oferecem uma infraestrutura muito mais desenvolvida e variada. Portugal não tem as condições alpinas dos seus vizinhos europeus, mas a estância da Serra da Estrela, embora de dimensão modesta, oferece uma opção local para os amantes da neve”, refere Alexandre Desoutter, editor-chefe da HelloSafe Portugal.

Apesar do elevado número de portugueses adeptos do ski, o responsável considera que esta atividade continua a ser “marginal no país, com a maioria dos entusiastas a optar por destinos mais nevados e melhor equipados no estrangeiro”.

A análise da HelloSafe apurou ainda que França, EUA e Áustria são os países com maior número de teleféricos, contando, cada um, com mais de 2.900 destes aparelhos, uma vez que se tratam de países que “demonstram uma forte tradição de desportos de inverno e um investimento maciço no turismo de montanha”.

“Os países alpinos dominam, confirmando a importância desta região como centro mundial dos desportos de inverno”, refere a HelloSafe, no comunicado que acompanha o mapa.

O mapa elaborado pela HelloSafe está disponível para consulta aqui.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Aviação

Aeroporto Francisco Sá Carneiro já utiliza biocombustíveis

PRIO, Portway e Beyonde Fuels preveem uma poupança de mil toneladas de dióxido de carbono nos próximos dois anos nas operações de handling (assistência em escala) do aeroporto do Porto.

A energética portuguesa PRIO, a Portway, empresa de handling da ANA Aeroportos de Portugal | VINCI Airports, e a Beyond Fuels reforçam o compromisso com a sustentabilidade, marcando um passo decisivo na descarbonização das operações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.

Um ano após a assinatura do protocolo para o uso de biocombustíveis em equipamentos de assistência em escala, a Portway inicia agora o abastecimento em larga escala de Zero Diesel B100 da PRIO, um combustível 100% renovável que permite uma redução de até 84% das emissões de dióxido de carbono (CO₂). A fase que agora se inicia tem uma duração prevista de dois anos, período durante o qual serão consumidos mais de 400.000 litros de Zero Diesel, o que se irá refletir numa redução de cerca de 1.000 toneladas de CO2 no espaço de dois anos.

Comprovada a viabilidade e o impacto positivo do uso de biocombustíveis no setor da aviação, este projeto, que começou em 2023 como piloto, expande-se agora com o início do fornecimento no aeroporto do Porto, concretamente no abastecimento das viaturas pesadas de transporte de passageiros e dos GPUs (Ground Power Unit) neste aeroporto.

Rui Alves, diretor do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (ANA |VINCI Airports), saúda a iniciativa da Portway em “investir numa solução de biocombustíveis para os seus equipamentos de assistência em escala, que permitirá reduzir de forma substancial as suas emissões de CO2, em completo alinhamento com os objetivos do Grupo VINCI, no sentido de atingir as netzero emissões, nos seus âmbitos 1 e 2, trabalhando e incentivando os seus parceiros para redução das suas emissões”.

A CEO da Portway, Chloé Lapeyre, salienta que “este momento reflete o compromisso da Portway e da VINCI Airports na transformação sustentável do setor do handling, promovendo soluções inovadoras que reduzem o impacto ambiental e contribuem para um futuro mais verde”.

Já Carlos Baptista, diretor Comercial da PRIO Green Fuels, destaca que este projeto “reafirma o papel de liderança que a PRIO quer desempenhar na descarbonização da mobilidade. A introdução do Zero Diesel B100 na operação da Portway demonstra como alternativas mais sustentáveis podem ser aplicadas de forma eficiente e sustentável, contribuindo para a redução do impacto ambiental do setor aeroportuário”.

A gestão e implementação desta iniciativa fica a cargo da Beyond Fuels, empresa especializada em projetos de economia circular e descarbonização de frotas.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Turismo

“Território Nacional” é o tema para o novo passaporte

O Governo vai lançar um concurso aberto aos cidadãos para a concretização da imagem do novo Passaporte Eletrónico Português (PEP) subordinado ao tem “Território Nacional”.

O Governo anunciou, recentemente, o lançamento de um concurso aberto aos cidadãos para a criação da imagem do novo Passaporte Eletrónico Português (PEP), com o tema “Território Nacional”. O objetivo é dar destaque ao melhor do território português, celebrando os seus pontos geográficos de referência e promovendo “um símbolo que reflete a nossa identidade”.

O concurso envolverá a conceção do design do passaporte, da página biográfica e das páginas de visto centrais, e o vencedor receberá um prémio de 5.000 euros.

Tal como já tinha sido anunciado, o novo PEP terá uma validade de 10 anos, em vez dos atuais cinco, e deverá começar a ser entregue aos cidadãos no primeiro semestre de 2026.

“O Governo escolheu o tema visual ‘Território Nacional’ como o mote do novo Passaporte Eletrónico Português para os próximos dez anos. O objetivo é dar maior destaque ao melhor do território nacional, lembrando aos portugueses os pontos geográficos de referência do nosso país”, refere o comunicado da Presidência do Conselho de Ministros.

Além da alteração na validade do PEP, também serão reforçados os “elementos de segurança que constam no atual passaporte”, indicando-se a utilização de tintas oticamente variáveis, tintas invisíveis, entre outros.

“O novo documento irá cumprir integralmente as recomendações da ICAO (Organização Internacional de Aviação Civil) quanto à conceção e produção de um documento de segurança eletrónico de viagem, designadamente ao nível dos materiais, da impressão de segurança, da utilização de técnicas de proteção anticópia e da segurança digital, acabamento e personalização”, assegura o Governo.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Norte de Portugal e Galiza dão “pontapé de saída” no Cluster Tur com promoção internacional como prioridade

O Congresso Internacional «Camino que nos une», dedicado aos Caminhos de Santiago, que decorreu em Barcelos esta quarta-feira, 11 de dezembro, marcou o arranque das iniciativas do Cluster Tur, que vai promover o Porto e Norte e a Galiza como um destino único nos mercados internacionais.

Inês de Matos

O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, anunciou esta quarta-feira, 11 de dezembro, o “pontapé de saída” do Cluster Tur, o “primeiro cluster de turismo de uma euroregião”, que junta o TPNP e o Turismo de Galicia, e que está focado na promoção internacional em mercados como os EUA, Canadá ou Brasil.

De acordo com o responsável, que interveio no Congresso Internacional «Camino que nos une», dedicado aos Caminhos de Santiago, que decorreu em Barcelos, este projeto tem já previstas várias iniciativas, com destaque para a promoção internacional em “mercados como os EUA, Canadá ou Brasil”.

“São megamercados de grande dimensão e nós temos uma vantagem, temos produtos comuns. Temos, por exemplo, o Alvarinho que nos une, temos o enoturismo, temos os Caminhos de Santiago, e temos o grande potencial de ter escala e vender dois países, duas regiões e um destino. E é isso que estamos a fazer”, revelou o responsável.

Luís Pedro Martins já tinha considerado que, para o Porto e Norte, trabalhar com a Galiza é “algo muito natural”, uma vez que são duas regiões vizinhas e com muita coisa em comum, pelo que este projeto é visto também ele como “perfeitamente natural”.

“É muito normal irmos para o Canadá ou para o Brasil para fazer promoção conjunta, valorizando os dois territórios, dando-lhes escala e fazendo aquilo que tanto nós como a Galiza querem, que o turismo permita maior coesão territorial e social, que deixe mais à economia e com isso melhore a qualidade de vida de quem aqui habita”, acrescentou.

Luís Pedro Martins explicou que este congresso representou o “pontapé de saída” deste projeto, que foi inicialmente apresentado em Vigo, Espanha, no passado mês de agosto, e cujas iniciativas estão agora a arrancar.

Presente neste Congresso Internacional esteve também Iván Meléndez Medela, diretor de Competitividade de Turismo de Galicia, que explicou que, para esta região espanhola, este projeto é “mais do que uma oportunidade, é uma necessidade”, uma vez que se trata de “dois países e duas regiões, mas um único destino”.

“Temos especial interesse neste projeto porque significa que temos a possibilidade de estabelecer novas sinergias, novas estratégias conjuntas que permitam dinamizar este território que nos une”, defendeu, explicando que a Galiza já tinha tido uma experiência regional semelhante, que correu bem e que também envolveu os Caminhos de Santiago.

“Este projeto dá-nos a oportunidade de criarmos uma figura que parta dessa experiência prévia e una as duas partes para que sejam um motor de dinamização”, explicou, considerando que este projeto é também uma oportunidade para aprender com Portugal, que tem registado um forte crescimento turístico nos últimos anos.

Além do Canadá, EUA ou Brasil, Iván Meléndez Medela acrescenta à lista de mercados-alvo para a promoção no âmbito do Cluster Tur países como Itália ou França, assim como os mercados asiáticos, uma vez que, revelou, há cada vez mais cidadãos desses países a percorrer os Caminhos de Santiago.

O Cluster Tur é um dos projetos previstos no Programa de Cooperação Transfronteiriço Interreg Espanha-Portugal (POCTEP), que prevê a cooperação e a união de sinergias entre os dois países.

 

 

 

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

Mais artigos
PUB
Distribuição

DMC do Clube Viajar agora é ´Local by Clube Viajar´

‘Local by Clube Viajar’ é a nova identidade do departamento DMC do Clube Viajar. Apesar de passar por um rebranding, os seus responsáveis asseguram o mesmo compromisso com a excelência.

Publituris

Inspirada pela autenticidade e riqueza cultural de Portugal, a Local representa “a nossa dedicação em proporcionar experiências imersivas e verdadeiramente únicas”, indica a DMC em nota de imprensa, que avança que “mais do que uma simples mudança de nome, a nova marca reflete a nossa filosofia de proximidade e conhecimento profundo. O novo website www.localdmc.pt já está 100% operacional.

“Esta nova identidade nasce do desejo de reforçar a nossa ligação com os nossos clientes, oferecendo-lhes o melhor de Portugal de uma forma autêntica e inovadora,” reforça Mariana Morais, diretora Comercial da Local, para destacar que “acreditamos que cada evento ou viagem deve ser mais do que uma experiência, deve ser uma imersão nos sabores, histórias e tradições que tornam Portugal tão especial.”

Parte do grupo Clube Viajar, com mais de 30 anos de experiência, e igualmente membro da Lufthansa City Centre desde 2020, a “Local” garante continuar a oferecer os mesmos elevados padrões de qualidade, serviço personalizado e autenticidade que sempre definiu a empresa.

Apesar de uma nova identidade visual, permanece a mesma equipa dedicada e a mesma paixão por superar expectativas, criando experiências memoráveis e personalizadas para eventos de luxo, programas tailormade de incentivos e reuniões corporativas, sublinha-se na nota de imprensa.

“Já há algum tempo existia o desejo de fazer um freshen’up à marca, incluindo a sua componente visual, de forma a refletir melhor a nossa evolução, alinhar a nossa identidade com aquilo que somos e o nosso compromisso com a excelência”, realça ainda Mariana Morais.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Transportes

Movimento de passageiros mantém tendência de crescimento, mas desacelera em outubro

Em outubro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram-se 6,5 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 2,9% relativamente ao mesmo mês de 2023, mas com um ritmo de crescimento mais brando face ao registado no mês anterior de setembro.

Victor Jorge

Em outubro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram-se 6,5 milhões de passageiros correspondendo a uma subida de 2,9% face a outubro de 2023, depois de terem registado uma evolução de 3,6%, para 6,944 milhões, no mês de setembro, revelam os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Dos 6,5 milhões de passageiros movimentados na totalidade dos aeroportos nacionais, Lisboa registou 3,2 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 3,5% face a outubro de 2023, enquanto Porto e Faro movimentaram 1,5 milhões (+2,7%) e 1 milhão (-0,3%), respetivamente.

Em outubro de 2024, 82,7% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,7 milhões de passageiros (+2,4%), na maioria provenientes do continente europeu (70,1% do total), correspondendo a um aumento de 1,2% face a outubro de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 8,5% do total de passageiros desembarcados (+6,3%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 83,3% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,8 milhões de passageiros (+3,4%), tendo 69,5% do total como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 1,4% face a outubro de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (9,6% do total; +11,4%).

“O movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”, indica o INE.

Entre janeiro e outubro de 2024 verificaram-se máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais. Em outubro de 2024, registou-se o desembarque médio diário de 103,7 mil passageiros, valor superior em 2,5% ao registado em outubro de 2023 (101,2 mil).

Já no acumulado do ano – janeiro a outubro – o número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,2% (+20,6% em 2023) para quase 61 milhões.

Também aqui, Lisboa lidera com perto de 30 milhões de passageiros, uma variação de +4,3% face aos mesmos 10 meses de 2023. O Porto movimento mais de 13,7 milhões de passageiros (+4,6%) e Faro ultrapassou os 9 milhões (+1,8%).

A análise indica, assim, que o aeroporto de Lisboa movimentou 49% do total de passageiros, concentrando o aeroporto do Porto 22,5% e o aeroporto de Faro perto de 15%.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais entre janeiro e outubro de 2024, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados (+1,6%), para 4,290 milhões, e embarcados (+1,3%), para 4,276 milhões face ao mesmo período de 2023. No sentido contrário, França registou decréscimos no número de passageiros desembarcados (-3,6%), para 3,674 milhões, e embarcados (-3,8%), para 3,647 milhões, e ocupou a 2.ª posição. Espanha (+3% nos desembarcados e embarcados), Alemanha (+5,8% nos desembarcados e +5,9% nos embarcados) e Itália (+3,8% nos desembarcados e +4,9% nos embarcados) ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente, como principais países de origem e de destino.

Já quanto às aeronaves que aterraram nos aeroportos nacionais, esse número ascende, em outubro de 2024, a 22 mil aviões, correspondendo a uma descida de 1,1% face a igual mês de 2023. No total, aterraram nos aeroportos nacionais, nos 10 meses de 2024, mais de 211 mil aeronaves, ou seja, mais 1.891 aeronaves.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
PUB
Transportes

easyJet junta Milão Linate-Lisboa e Bordéus-Faro às novidades para o verão de 2025

A partir do próximo verão, a easyJet vai disponibilizar duas novas rotas ligando Milão Linate a Lisboa e Bordéus a Faro.

Publituris

A easyJet acaba de lançar duas novas rotas para o verão de 2025, com ligações entre Milão Linate e Lisboa (LIN-LIS) e entre Bordéus e Faro (BOD-FAO).

Com o estabelecimento de uma nova base da easyJet em Milão Linate, a partir de 30 de março passará a existir mais uma ligação entre o aeroporto de Lisboa e um aeroporto italiano. O aeroporto de Linate é o mais próximo da cidade de Milão, estando localizado a apenas oito quilómetros da cidade, o que significa uma melhoria significativa da oferta para os passageiros que viajam em negócios e a complementaridade da oferta atual a partir do Aeroporto de Milão-Malpensa (MXP).

Os voos entre estes dois aeroportos vão realizar-se todos os dias da semana, à exceção de sábado, passando a easyJet a ter, no próximo verão, quatro voos diários entre Lisboa e Milão.

Já a ligação entre Bordéus e Faro está prevista para os meses de julho e agosto, com início a 29 de junho, e um voo semanal ao domingo.

Para o verão de 2025, a easyJet já anunciou várias novas rotas que ligam os aeroportos portugueses a vários destinos. Após a entrada da easyJet em Cabo Verde, com o início em outubro dos voos entre Lisboa e Porto para a ilha do Sal, foi já confirmada a continuidade das operações durante esta primavera/verão de 2025, a partir de ambas as cidades portuguesas, estando os voos já disponíveis para reserva.

Além disso, estão também disponíveis mais lugares para este verão para voos a partir dos aeroportos portugueses. No caso concreto do aeroporto do Porto, além da nova rota para a ilha do Sal, local que terá pela primeira vez voos da easyJet durante o verão, estão disponíveis ligações adicionais para destinos como Porto Santo, Funchal, Zurique, Nantes, Paris Orly e Sicília Palermo.

A partir de 1 de abril, a easyJet vai possibilitar a união, sem escalas, entre o Algarve e a Suíça, através dos aeroportos de Faro e Zurique, com frequências de voos duas vezes por semana, às segundas e sextas-feiras. E a partir de dia 2 de junho, a easyJet oferecerá novas ligações diretas entre o Reino Unido e a Madeira, conectando Luton ao Funchal duas vezes por semana, às segundas e sextas-feiras.

José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal, destaca que, “nos últimos meses, já apresentámos um total de nove novas rotas para Portugal em 2025, o que demonstra o nosso crescimento contínuo e a confiança no mercado”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Algarve e Andaluzia estreitam relações empresariais e turísticas

O XIII Encontro Luso-Andaluz, evento considerado estratégico, que visa estreitar as relações e fomentar novas oportunidades entre os setores empresarial e turístico do Algarve e da Andaluzia, acaba de ter lugar em Albufeira.

Publituris

O encontro reuniu cerca de uma centena de empresários, gestores e dirigentes, que participaram nas várias atividades do programa. A agenda incluiu apresentações temáticas, uma sessão de networking e uma exposição de produtos regionais, promovendo o diálogo e a troca de experiências entre os dois lados da fronteira.

Organizado pela Prodetur – Promoción del Desarrollo Económico y del Turismo da Diputación de Sevilla, em parceria com a Confederação de Empresários de Sevilha, o Município de Albufeira e a APAL – Agência de Promoção de Albufeira, o evento reafirmou o compromisso de fortalecer a cooperação entre estas regiões vizinhas.

A sessão de networking destacou-se pela participação de mais de 30 empresas, que aproveitaram a oportunidade para estabelecer contactos e planear futuras parcerias comerciais.

Para a APAL, o Encontro Luso-Andaluz, realizado em Albufeira, pelo segundo ano consecutivo, representa um fórum de grande relevância, que assume uma importância crescente para o fortalecimento das relações bilaterais num mercado de proximidade com grande potencial de crescimento.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Transportes

FlyAngola lança primeira rota aérea internacional de Benguela

A FlyAngola dá início à operação internacional com ligação direta entre Benguela e Windhoek, com os voos a terem continuação para a capital angolana.

Publituris

A FlyAngola anunciou, recentemente, o lançamento da primeira rota aérea internacional a partir de Benguela (aeroporto da Catumbela) para Windhoek, na Namíbia, a partir do dia 21 de dezembro de 2024.

Esta nova ligação será operada três vezes por semana (segundas, quartas e sextas-feiras), com voos diretos e sem escalas, proporcionando uma viagem de apenas duas horas entre as duas cidades.

“Estes novos voos vão revolucionar a mobilidade de toda a região – seja para viagens de negócio, de saúde, de lazer ou de visita a familiares – e vão certamente trazer turistas da capital namibiana para as praias da província de Benguela”, afirma Belarnício Muangala, CEO da FlyAngola, em comunicado.

Além da ligação direta a Windhoek, os voos terão também continuação para Luanda, introduzindo uma nova opção de transporte aéreo entre a capital angolana e a Namíbia, ampliando as alternativas para passageiros e dinamizando o mercado entre as duas capitais.

A companhia aérea refere que os voos foram “estrategicamente planeados” para oferecer horários alternados e convenientes, permitindo que passageiros de outras províncias possam chegar facilmente ao Aeroporto de Catumbela para embarque.

Com o lançamento desta nova rota em plena época natalícia, a FlyAngola antecipa uma forte procura para os voos de Natal e Fim de Ano, tanto para passageiros que desejam visitar familiares como para turistas à procura de destinos de lazer.

Além da nova ligação internacional, a FlyAngola também reforçará as ligações domésticas, oferecendo voos de Benguela para Cabinda, com uma escala rápida em Luanda.

O CEO da FlyAngola adianta que a intenção, a médio prazo, é “operar a rota Benguela-Cabinda de forma direta e sem escalas, mas, por ora, o objetivo é avaliar o interesse e a adesão do mercado a este percurso”.

De referir que todos os voos de Benguela para Windhoek, Luanda e Cabinda serão operados com o Embraer 145, aeronave a jato de 50 lugares.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

Ribatejo convida a “todos os tipos de descanso” em nova campanha promocional

A Entidade Regional de Turismo convida a descobrir a região do Ribatejo com uma nova campanha promocional.

Publituris

A Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo convida a descobrir a região ribatejana neste Outono/Inverno com o lançamento de uma nova campanha promocional.

“Para todos os tipos de descanso” é o mote que promove as características do Ribatejo, como o destino perfeito para uma escapadinha de fim-de-semana ou para umas férias, em família ou com amigos.

“Para quem gosta de descansar de casta em casta”, “Para quem gosta de descansar à rédea solta” e “Para quem gosta de descansar com terra à vista” são os temas inspiradores desta nova campanha, desenvolvida pela McCann.

A Reserva Natural do Paul do Boquilobo, o EVOA – espaço de visitação e observação de aves –, os passeios no Rio Tejo organizados pelos operadores especializados são algumas das inúmeras atrações turísticas deste ‘novo’ destino de Portugal.

José Santos, presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, salienta que o Ribatejo “tem muito para oferecer durante esta época, em que as suas tradições e as paisagens ganham novas cores e os sabores locais proporcionam uma experiência acolhedora e única. Este é, sem dúvida, um destino a explorar, que beneficia de uma privilegiada localização geográfica, com uma centralidade ímpar e a menos de uma hora de Lisboa”.

Já Miguel Pinto Gonçalves, diretor de Contas da McCann, refere que a campanha pretende destacar “as características do Ribatejo como um destino rico em diferentes experiências e que se adapta ao ritmo de cada visitante. A campanha pretende também fortalecer a identidade da região, destacando a sua ligação às tradições e ao património natural, oferecendo a quem a visita uma viagem autêntica”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.