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Meeting Industry

CEO da Global DMC Partners alerta: “Excesso de turismo ameaça o MICE”

Catherine Chaulet, presidente e CEO da Global DMC Partners, parceira do agora Grupo Embrace alertou, em declarações ao Publituris, que “o excesso de turismo ameaça o segmento MICE” e que, “se os meeting planners começam a ouvir falar de problemas de excesso de turismo num destino, começam a afastar-se”. Acrescentou que Portugal, um dos destinos internacionais mais procurados pelos organizadores de eventos corporativos “tem de começar a olhar para esta ameaça”.

Carolina Morgado
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CEO da Global DMC Partners alerta: “Excesso de turismo ameaça o MICE”

Catherine Chaulet, presidente e CEO da Global DMC Partners, parceira do agora Grupo Embrace alertou, em declarações ao Publituris, que “o excesso de turismo ameaça o segmento MICE” e que, “se os meeting planners começam a ouvir falar de problemas de excesso de turismo num destino, começam a afastar-se”. Acrescentou que Portugal, um dos destinos internacionais mais procurados pelos organizadores de eventos corporativos “tem de começar a olhar para esta ameaça”.

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Em declarações ao Publituris, na sua recente passagem por Lisboa, Catherine Chaulet, presidente e CEO da Global DMC Partners, observou que a Indústria do MICE atravessa atualmente diferentes desafios: “Os orçamentos mantêm-se os mesmos, enquanto os preços dos hotéis, passagem aérea e os audiovisuais, estão cada vez mais altos”. Assim, para dar uma ideia, disse que “os preços aumentaram uma média de 30% a 40%, e os orçamentos mantiveram-se no geral, ou subiram apenas 10%, para o mesmo número de meetings e incentivos”.

A executiva reconhece que este segmento está em plena retoma no pós-Covid em todo o mundo, e “estamos a crescer e a nossa expansão já ultrapassa os resultados da pré-pandemia, porque as pessoas almejam reencontrar-se face to face. Neste aspeto, sublinhou, “mais uma vez os meeting planners devem gerir os programas complexos face à redução das verbas”. Refira-se que a maioria dos clientes da Global DMC Partners são provenientes dos Estados Unidos da América, Canadá e Europa, mas estão a crescer na Ásia, apesar de ainda haver alguns mercados nesta zona do globo, como a China, que só recentemente retomou este tipo de viagens.

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Sobre o futuro desta indústria, Catherine Chaulet defendeu que “o MICE vai continuar a crescer, mas penso que existem riscos, e o primeiro que vejo é a situação geopolítica no mundo com países que infelizmente perderam todas as oportunidades de turismo uma vez que passaram a ser perigosos. Ao mesmo tempo, todos as crises económicas e financeiras podem colocar em risco tudo o que é a indústria do MICE, e temos de ter atenção”.

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A responsável evidenciou também o excesso de turismo que “é um grande problema. Os destinos que não conseguirem gerir o fluxo deste tipo de turismo podem perder para o MICE, porque já há grupos que decidiram não se deslocar para certos destinos e cidades porque o “overtourism” destrói a qualidade da oferta”.

E Portugal, já sofre deste problema? A presidente e CEO da Global DMC Partners está confiante que o nosso país “está a fazer um excelente trabalho nesse sentido, quando comparado com outros países. Toda a campanha de marketing de Portugal é muito inteligente porque toma em consideração tudo o que é sustentabilidade, mas como todos os países, estão também em risco, e para continuar a captar eventos corporativos, Portugal precisa de olhar para a ameaça do excesso de turismo. Lisboa também”. Na opinião da responsável, “Portugal está a identificar o problema e a agir com antecedência”, realçando que outros países reagiram muito tarde, criando um conflito de interesses: os destinos querem mais turistas porque geram receitas e aceitam muitas companhias low cost, mas ao mesmo tempo não conseguem gerir todo esse fluxo, o que torna muito complicado. Assim, é necessário que os governos consigam ajudar a encontrar esse equilíbrio”, sublinhou.

Esta questão do “overtourism” é tão importante para a Global DMC Partners quanto os seus clientes são de empresas de topo “que exigem muita qualidade de infraestruturas, mas também autenticidade dos destinos”, destacou.

Para a executiva este rebranding do seu parceiro ex grupo TravelStore para Embrace, “vai consolidar” todas as diferentes empresas do grupo sob o mesmo nome. “Nós somos um dos parceiros, captamos clientes do mundo inteiro e enviamos para a agora Embrace. E como este grupo oferece diferentes serviços, é uma situação que me interessa muito porque certos clientes nossos necessitam de outros serviços, não somente de DMC, que as suas outras empresas podem oferecer”, indicou Catherine Chaulet.

“Nós representamos tudo o que são meeting planners nos Estados Unidos da América, Canadá e também na Europa, ou seja, temos conexão com todas essas grandes empresas do MICE que necessitam de especialistas em Portugal, e enviamo-los ao agora grupo Embrace”, esclareceu.

Catherine Chaulet reforçou que o mercado do MICE “está a crescer e temos cada vez mais pedidos uma vez que as equipas de meeting planners dos nossos clientes continuam a ser muito pequenas e necessitam de ajuda para poder organizar e realizar todos esses programas, e um grupo como a Embrace oferece muitas vantagens. Nesse aspeto, a nossa procura aumentou muito”.

Considerou que a Embrace “é um excelente parceiro, com uma equipa formidável e de grande qualidade. É um grupo que consegue trabalhar em função do que o cliente procura, ou seja, é muito flexível e isso é um elemento essencial, até porque a indústria do MICE evoluiu e os meeting planners são mais exigentes”.

“Índice Global de Destinos 2024”: Lisboa na 5ª posição

A Global DMC Partners, a maior rede global de Destination Management Companies (DMC) independentes e provedores de serviços de eventos especializados, revelou seu Global Destination Index de 2024, destacando os destinos de reuniões e incentivos mais populares no mundo, que coloca Lisboa na quinta posição.

No Top10 das expectativas internacionais dos clientes da Global DMC Partners, que destacam a autenticidade e práticas de sustentabilidade como fatores fundamentais e que marcam a diferença junto de viajantes conscientes, estão Paris, Barcelona, Amesterdão, Londres, Lisboa, Atenas, Madrid, Viena, Roma e Berlim. Em relação aos Estados Unidos da América, a lista abre com Chicago, seguindo-se Washington, Nova Iorque, Las Vegas, Nashville, Dallas, Miami, Orlando, Austin, e finalmente, San Diego.

Catherine Chaulet, presidente e CEO da Global DMC Partners, realça que “é interessante ver os novos destinos que entraram na lista deste ano, assim como a mudança na ordem de popularidade dos 10 primeiros, particularmente porque a nossa indústria é um ótimo indicador da força económica mundial e onde a maioria dos negócios está a ser feita”.

A executiva considera que “também vimos um interesse crescente em destinos secundários com um aumento nas oportunidades para 2024 ou 2025, em comparação aos anos anteriores”, tais como a Riviera Francesa, Málaga e Sevilha, destacando-se esta última como um dos principais destinos MICE de Espanha para 2024, “misturando charme tradicional com locais de ponta, ideal para eventos de qualquer tamanho, particularmente grandes congressos e conferências”.

Outros destinos secundários importantes constantes do índice incluem Japão, Havai, Costa Rica, Santa Lúcia, Região Emilia-Romagna na Itália (Bolonha, Parma e Modena), Ilhas gregas, incluindo Corfu, Egina e Milos, bem como cidades do centro-oeste dos EUA, como Minneapolis, Kansas City e Louisville.

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Aviação

Aeroporto de Belgrado visa novos mercados com novo plano de incentivos

A Sérvia está apostada em captar novas e mais companhias aéreas para o aeroporto de Belgrado. Para tal, introduzirá um novo plano de incentivos já a partir do primeiro dia de 2025.

O Aeroporto Nikola Tesla de Belgrado anunciou uma revisão abrangente do seu plano de incentivos, que entrará em vigor a 1 de janeiro de 2025. O plano atualizado introduz incentivos específicos destinados a atrair novas companhias aéreas, expandir a rede de rotas do aeroporto, promover operações durante as horas de vazio e identificar mercados de especial interesse, como, por exemplo, Irlanda, o Reino Unido e o Norte de África.

“O Aeroporto de Belgrado está empenhado em adaptar-se às tendências emergentes e em impulsionar a recuperação e o crescimento do setor da aviação através das suas iniciativas de desenvolvimento estratégico. Com o novo plano de incentivos (alterado), o aeroporto pretende criar um quadro para a recuperação acelerada do tráfego aéreo, reforçar a sua posição como plataforma regional e expandir as ligações a novos mercados através de rotas curtas, médias e intercontinentais”, afirmou o operador aeroportuário VINCI.

O plano oferece benefícios financeiros substanciais às companhias aéreas que introduzam novas rotas ou que não tenham sido exploradas nos últimos 12 meses. Estes incentivos têm por objetivo reduzir os custos operacionais iniciais e encorajar um crescimento sustentável.

No que se refere às rotas de curto e médio curso, os incentivos incluem a isenção total das taxas de aterragem no primeiro ano, enquanto as taxas de serviço dos passageiros serão reduzidas para sete euros por passageiro que parta no primeiro ano, diminuindo para dois euros no terceiro ano.

No segmento de longo curso, o plano inclui uma isenção total das taxas de aterragem no primeiro ano, seguida de um desconto de 70% no segundo ano. Além disso, as taxas de serviço dos passageiros serão reduzidas para nove euros no primeiro ano, diminuindo ao longo de três anos. São oferecidos bónus adicionais para as operações durante todo o ano e para as operações fora das horas de ponta.

Para melhorar a conetividade, o aeroporto incentivará o aumento das frequências ou das capacidades nas rotas existentes com menos de quatro voos semanais através de descontos aos passageiros, redução das taxas de aterragem e incentivos às operações fora das horas de ponta. As companhias aéreas que demonstrem um crescimento do volume de passageiros são também elegíveis para incentivos escalonáveis ao abrigo do plano. Isto inclui tanto os passageiros ponto-a-ponto como os passageiros em trânsito. O operador comprometeu-se igualmente a renunciar às taxas de estacionamento para as companhias aéreas que instalam os seus aviões no aeroporto. Esta medida incentiva as transportadoras a estabelecerem operações a longo prazo e a utilizarem Belgrado como plataforma de correspondência principal.

O aeroporto também oferecerá incentivos para o desenvolvimento de rotas consideradas de “interesse especial”. Estas incluem destinos na Irlanda, destinos não servidos no Reino Unido, Marrocos, Líbia e Argélia, bem como todos os destinos situados entre 2.500 quilómetros e 4.000 quilómetros de Belgrado.

Além disso, o aeroporto vai também incentivar o desenvolvimento do tráfego regional, que considera ser o destino num raio de 500 quilómetros da capital sérvia, mas que só estará disponível em rotas operadas por uma única companhia aérea, bem como em rotas com mais de sete voos semanais durante o inverno e menos de 21 frequências durante o verão.

Segundo a EX-YU Aviation News, o operador francês VINCI desempenhará um papel mais pró-ativo no desenvolvimento do tráfego aéreo no aeroporto nos próximos tempos.

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Odisseias reforça equipa com mais de 300 profissionais

Mais de 300 novos colaboradores reforçam as operações da Odisseias durante esta época de Natal em área como o apoio ao cliente, promoção em lojas e logística.

A Odisseias contratou mais de 300 novos colaboradores para reforçar as suas operações, durante a época de Natal, em áreas estratégicas da empresa como apoio ao cliente, promoção em lojas e logística. Este movimento da empresa que atua no mercado das experiências de lazer e presentes em Portugal, visa sustentar o crescimento da empresa e melhorar a experiência dos clientes em todas as etapas do processo, desde a escolha do presente ideal até à entrega.

“Esta expansão reflete o compromisso da Odisseias com a excelência no serviço. Num mercado cada vez mais competitivo, o investimento nas nossas equipas é essencial para garantir a qualidade que os nossos clientes esperam e merecem”, refere Francisco Costa, CEO da Odisseias.

Assim, no apoio ao cliente, a ampliação da equipa oferecerá respostas mais rápidas e personalizadas aos pedidos e dúvidas dos clientes. No que toca aos promotores em loja, este reforço nos pontos de venda e em novos pontos de venda servirá para ajudar os clientes na escolha da experiência ideal, garantindo um atendimento mais próximo e especializado.

Finalmente, na logística, a expansão da capacidade operacional assegurará entregas mais ágeis e eficazes, respondendo ao aumento da procura pelos produtos da marca.

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Confirmada fusão asiática

A fusão entre a Korean Air e a Asiana Airlines foi confirmada recentemente, depois da Comissão Europeia ter analisado as condições exigidas para o negócio.

A Korean Air cumpriu todas as condições estabelecidas pela autoridade da concorrência da União Europeia (UE) para a sua fusão com a Asiana Airlines. A Comissão Europeia (CE) anunciou que concluiu a sua análise após confirmar que a Korean Air cumpriu todas as condições exigidas para a fusão com a Asiana Airlines.

Em fevereiro de 2024, a CE concedeu uma aprovação condicional sujeita a dois requisitos fundamentais: garantir operações estáveis de uma transportadora de remédios em quatro rotas europeias sobrepostas (Barcelona, Frankfurt, Paris e Roma) e a alienação do negócio de carga da Asiana.

A Korean Air designou a T’way Air como transportadora de recurso para as rotas europeias, comprometendo-se a prestar apoio operacional, incluindo aeronaves, tripulação de voo e serviços de manutenção.

Uma transportadora de recurso numa concentração de companhias aéreas é uma empresa que recebe acesso não discriminatório ao conteúdo de uma companhia aérea resultante da concentração através de canais de distribuição indiretos. Isto permite aos consumidores comparar as ofertas das companhias aéreas objeto da concentração com as dos concorrentes, o que pode ajudar as transportadoras mais pequenas a atrair consumidores

Por enquanto, as duas marcas continuarão a operar separadamente, mas o plano passa pelo desaparecimento completo da marca Asiana.

As duas transportadoras também têm filiais low cost – Korean Air que tem a Jin Air e a Asiana que tem a Air Busan e a Air Seoul. O plano é que a Jin Air absorva tanto a Air Busan como a Air Seoul.

Segundo os analistas, a Jin Air resultante, agora de grandes dimensões, será provavelmente maior do que as duas outras grandes transportadoras coreanas low cost, a Jeju Air e a T’Way Air.

A fusão significará também que a companhia aérea combinada fará parte da SkyTeam Alliance e que a Asiana deixará a Star Alliance.

A Korean Air já apresentou a aprovação final da Comissão Europeia ao Departamento de Justiça dos EUA e planeia concluir a transação até ao final de 2024.

De referir que a Korean Air é uma das 20 maiores companhias aéreas do mundo, fundada há mais de 55 anos, transportando mais de 27 milhões de passageiros em 2019, antes da COVID. Com o seu hub global no Aeroporto Internacional de Incheon (ICN), a companhia aérea serve 114 cidades em 40 países nos cinco continentes com uma frota de 158 aeronaves e mais de 20.000 funcionários profissionais.

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Transavia lança promoção para visitar Mercados de Natal

A Transavia lançou uma promoção que oferece preços especiais para visitar os Mercados de Natal da Europa e que conta com valores desde 30 euros para voos de ida.

A Transavia lançou uma promoção que oferece preços especiais para visitar os Mercados de Natal da Europa e que conta com preços desde 30 euros para voos de ida, informou a companhia aérea low cost do grupo Air France-KLM.

Amesterdão, Paris ou Bordéus são alguns dos destinos que a Transavia propõe para esta temporada de inverno e que são conhecidos pelos Mercados de Natal, aos quais os passageiros portugueses podem chegar através de vários aeroportos nacionais.

No caso de Amesterdão, os preços começam nos 39 euros para voos desde Lisboa, enquanto desde Faro os valores têm início nos 44 euros e, desde o Funchal, há preços a partir de 64 euros.

Para Bordéus, a Transavia disponibiliza preços desde 34 euros na nova rota desde o Porto, enquanto Paris está acessível a partir de 30 euros para voos desde o Porto, enquanto desde Lisboa os valores começam nos 33 euros.

A Transavia disponibiliza ainda voos para a capital francesa à partida de Faro e do Funchal, com os valores a arrancarem nos 35 euros no caso da capital algarvia e nos 65 euros desde a capital madeirense.

As reservas estão disponíveis aqui e os valores apresentados já incluem todas as taxas, com exceção da bagagem de porão.

 

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Cathay Pacific passa a voar entre Munique e Hong Kong a partir de junho

A Cathay Pacific começa a voar entre Munique e Hong Kong a partir de junho de 2025, disponibilizando quatro voos por semana, às segundas, terças, quintas e sábados.

A Cathay Pacific vai abrir uma nova rota para a Europa, passando a ligar Munique, na Alemanha, a Hong Kong, no sul da China e onde se localiza a sede da transportadora aérea de luxo, que vai operar, a partir de junho de 2025, quatro voos por semana nesta rota.

De acordo com um comunicado do Aeroporto de Munique, os voos da Cathay Pacific entre a cidade alemã e Hong Kong vão decorrer às segundas, terças, quintas e sábados, sendo operados num avião Airbus A350-900.

A Cathay Pacific torna-se, assim, na quarta companhia aérea asiática a abrir voos para Munique nos últimos três anos, aumentando para oito o número de transportadoras aéreas originárias do continente asiático a operar neste aeroporto da Alemanha.

“O facto de a Cathay Pacific ter escolhido o Aeroporto de Munique mostra tanto a valorização do nosso aeroporto quanto o poder de atração do estado da Baviera. A reconexão com a metrópole económica de Hong Kong através da transportadora doméstica Cathay Pacific é um grande sucesso”, diz Jost Lammers, CEO do Aeroporto de Munique.

Já Lavinia Lau, diretora comercial e de clientes da Cathay Pacific, sublinha que Munique é o segundo aeroporto na Alemanha onde a companhia aérea opera e o 10.º na Europa, considerando que estes voos vão permitir a “ligação direta” entre Hong Kong e “um dos mais importantes centros económicos, turísticos e de transporte da Europa”.

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Maioria das companhias aéreas falha na transição energética com TAP entre as piores

A maior parte das companhias aéreas está a falhar na transição para combustíveis sustentáveis, segundo uma análise feita a 77 companhias aéreas em que a portuguesa TAP integra o grupo das piores.

O ‘ranking’ das companhias aéreas foi feito pela Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E, na sigla original), que junta organizações não-governamentais da área do ambiente e do transporte, tendo como objetivo promover um transporte mais sustentável.

Segundo a investigação, das 77 companhias aéreas de todo o mundo, a maior parte, 87%, está a falhar na transição, já que apenas 10 estão a adotar alternativas credíveis ao ‘jetfuel’ convencional.

As outras 67 ou estão a comprar combustíveis sustentáveis para a aviação, mas em quantidade insuficiente, ou a comprar o tipo errado de combustíveis, ou nem sequer estão a considerar usar combustíveis sustentáveis.

A TAP aparece na lista das mais mal classificadas, uma lista que entre a 41.ª posição e a última tem zero pontos em todas as opções analisadas para cada companhia.

A associação ambientalista Zero, que faz parte da T&E e que divulga a análise, afirma que da redução de emissões da TAP se conhece apenas um voo de teste com combustíveis sustentáveis em 2022, “não se conhecendo objetivos para a utilização de combustíveis sustentáveis para a aviação ou e-SAF (combustível sintético) até 2030 ou investimentos ou acordos relacionados com combustíveis sustentáveis para a aviação”.

A Zero acrescenta: “As companhias aéreas, incluindo a TAP, não estão apenas a fazer muito pouco no que respeita à adoção de combustíveis sustentáveis para a aviação; muitas delas não estão a fazer nada, levantando sérias dúvidas sobre os passos que é preciso dar para mitigar o seu impacto climático”.

Segundo o ‘ranking’, as três companhias aéreas mais bem classificadas são a Air France-KLM, a United Airlines e a Norwegian, pelo recurso (uso ou investimento) a combustíveis sustentáveis (SAF- Sustainable Aviation Fuel).

Na lista, as companhias aéreas receberam pontos por definirem metas para incorporação de e-SAF e de combustíveis sustentáveis para a aviação (seja compra efetiva seja compromissos assumidos).

No documento da T&E divulgado pela Zero em comunicado, alerta-se que nem todos os SAF são sustentáveis e que o e-SAF é o melhor. O bioSAF (a partir de resíduos florestais, óleos e gorduras) varia em sustentabilidade e é limitado na quantidade. Os combustíveis feitos a partir de culturas alimentares ou forrageiras não são sustentáveis.

A Zero alerta que a maioria das companhias aéreas do ‘ranking’ usa o tipo errado de SAF, com os biocombustíveis feitos a partir de culturas como milho e soja a representarem 30% dos acordos com fornecedores (o e-SAF 10%).

No documento denuncia-se ainda a falta de investimento dos produtores de ‘jetfuel’ fóssil em SAF (menos de 03% da produção anual de combustíveis para a aviação até 2030), e, “pior ainda” os planos que existem é para bioSAF (e não para e-SAF, que é um combustível sintético produzido a partir de eletricidade renovável, hidrogénio verde e dióxido de carbono captado diretamente do ar).

Diz a Zero que em Portugal a Galp, principal fornecedor, prevê iniciar a produção de SAF em 2026, essencialmente biocombustíveis, e acrescenta que as petrolíferas têm relutância em investir em SAF.

No mundo inteiro a adoção de combustíveis sustentáveis é muito baixa. Segundo o estudo, para as 77 companhias aéreas avaliadas os volumes projetados de combustíveis sustentáveis para a aviação levarão a uma redução de apenas 0,9% nas emissões em 2030.

A Zero defende no comunicado que as companhias aéreas têm de definir metas de uso de combustíveis sustentáveis, que as petrolíferas devem acelerar a transição e que os reguladores devem ser mais proativos, e devem assegurar que a União Europeia toma o investimento em e-SAF como uma prioridade.

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Autorização Eletrónica de viagem obrigatória a partir de janeiro em Israel

A partir de 1 de janeiro, todos os viajantes para Israel com passaporte português deverão ser aprovados pelo ETA-IL antes da partida.

tagsIsrael

A partir de 1 de janeiro de 2025, todos os viajantes para Israel com passaporte português deverão ser aprovados pelo ETA-IL antes da partida.

A ETA-IL (Autorização Eletrónica de Viagem para Israel) é um sistema de autorização pré-viagem que os cidadãos de países isentos de visto devem obter antes de viajar para Israel. Este sistema foi criado para melhorar a segurança e agilizar o processo de entrada no país.

Assim, os viajantes devem preencher um formulário de inscrição online pelo menos 72 horas antes do voo para Israel.

O formulário requer dados pessoais, dados do passaporte e informação sobre a viagem (como o motivo da visita), com o custo a rondar os 6,30 euros.

A autorização é válida por dois anos ou até à data de expiração do passaporte, permitindo múltiplas entradas neste período, com estadias até 90 dias por visita.

Relativamente ao tempo de processamento, recomenda-se a encomenda do ETA-IL pelo menos 72 horas antes da viagem para garantir tempo suficiente para a revisão.

Os candidatos receberão a confirmação por e-mail. O processo é simples e prático, de acordo com a experiência dos viajantes.

Para inscrever-se, é preciso um passaporte válido (mínimo 6 meses), e-mail, informações pessoais e dados da sua viagem, não havendo necessidade de imprimir a confirmação, uma vez que o processo é totalmente digital.

À chegada, é necessário digitalizar o passaporte num dos 50 postos de controlo automatizados.

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Uzbekistan Airways ligará Madrid a Tashkent com voo direto a partir de 2025

A companhia aérea ligará Madrid e Tashkent a partir de 7 de abril de 2025.

A Uzbekistan Airways anunciou a abertura de um voo de Tashkent para Madrid a partir da próxima primavera. A nova rota, que ligará as capitais dos dois países, terá início com uma frequência semanal, todas as segundas-feiras, a partir de 7 de abril de 2025, em voo direto.

O voo com destino a Madrid partirá às 18h35 e aterrará no destino às 4h40 do dia seguinte (hora local). As operações a partir de Tashkent partirão às 12h00 e aterrarão às 17h05 (hora local).

A rota será operada com um Boeing 787-9 Dreamliner com uma configuração de 30 lugares em classe executiva e 285 lugares em classe económica.

A Uzbekistan Airways acrescenta Madrid como um novo destino na Europa aos seus atuais destinos em Londres, Frankfurt, Munique e Milão.

A nova rota ligará Madrid a Tashkent em pouco mais de oito horas e terá ligações a destinos como Domodedovo (DME), Vnukovo (VKO), Grozny (GRV) e Almaty (ALA).

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Ryanair cresce 11% em novembro e fica mais perto dos 200 milhões de passageiros

Em novembro de 2024, a companhia aérea low cost de origem irlandesa transportou mais 11% de passageiros que em igual mês de 2023.

A Ryanair transportou, em novembro de 2024, 13 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 11% relativamente aos 11,7 milhões do mesmo mês do ano passado.

Já relativamente ao load factor, este manteve-se inalterado nos 92%, com a companhia aérea a operar 73.750 voos.

No acumulado do ano, até novembro de 2024, a Ryanair indica que transportou 196,1 milhões de passageiros, o equivalente a um crescimento de 8% face aos 180,8 milhões e igual período de 2023.

Também aqui o load factor não registou alterações, mantendo-se nos 94%.

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Brasil espera encerrar ano com recorde de 6,8 milhões de turistas estrangeiros

O Brasil espera terminar o ano com um número recorde de 6,8 milhões de turistas estrangeiros, de acordo com as previsões apresentadas pelo Ministro do Turismo, Celso Sabino.

Victor Jorge

O número excederia o recorde anterior, os 6,3 milhões de turistas estrangeiros que chegaram em 2019, antes da crise causada pela pandemia de covid-19, frisou Sabino numa conferência de imprensa virtual com correspondentes estrangeiros.

Somente até outubro, mais de 5,4 milhões de visitantes internacionais visitaram o país sul-americano, o que representa um aumento de 13,4% face ao mesmo período de 2023, de acordo com dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) recolhidos em parceria com o Ministério do Turismo e a Polícia Federal.

A maior parte dos visitantes estrangeiros que chegaram ao Brasil neste ano, até outubro, veio da Argentina, que se mantém como o principal emissor de turistas para o Brasil, com mais de 1,58 milhões de visitantes desde o início de 2024, de acordo com a Embratur.

Em segundo lugar, estão os visitantes dos Estados Unidos da América, mais de 572.338 até o momento, seguidos pelo Chile, com 518.345.

Além disso, países europeus como França, Portugal, Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha somam, juntos, 829.320 turistas que atravessaram o Atlântico para visitar o Brasil.

O Governo brasileiro espera que, em 2025, seja alcançado um resultado melhor, de cerca de sete milhões de turistas estrangeiros, segundo o ministro, que garantiu que as autoridades estão a trabalhar “com grande vigor, muita determinação” para melhorar esses números.

Um dos grandes desafios do turismo no país, de acordo com as autoridades locais, é distância dos mercados que concentram o maior número de viajantes, já que “a maioria dos turistas viaja a um raio de 500 quilómetros” da sua residência.

“O Brasil não recebe 30 ou 40 milhões de turistas estrangeiros por esses motivos”, disse Sabino.

Como o Brasil está longe dos grandes mercados internacionais, Sabino lembrou que o turismo brasileiro vive do seu próspero mercado doméstico.

Na temporada de 2025, 65 milhões de brasileiros devem-se movimentar no seu próprio país, de acordo com o ministro.

O chefe da pasta de turismo enfatizou também que, em 2025, o Brasil receberá grandes eventos, como a cimeira climática da ONU, a COP30, na cidade de Belém, e concertos internacionais.

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