MSC Cruzeiros garante que parcerias de Fly&Cruise com TAP e Emirates “são para manter”
Os programas de Fly&Cruise com a TAP e Emirates são, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, para manter no futuro, uma vez que constituem “uma grande vantagem competitiva” face à concorrência.

Inês de Matos
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A MSC Cruzeiros está “extremamente contente” com as parcerias com a TAP e com a Emirates nos programas de Fly&Cruise e pretende mantê-las nos próximos anos, avançou Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal, à margem do roadshow da companhia de cruzeiros, que passou por Lisboa esta terça-feira, 22 de outubro.
“Estamos extremamente contentes pela parceria que temos com a TAP e com a Emirates porque ninguém faz um cruzeiro sem fazer um voo ou então tem de fazer um cruzeiro à partida de casa”, começou por explicar Eduardo Cabrita, revelando que, no caso da Emirates, esta parceria acontece essencialmente durante o inverno, que é quando decorrem os cruzeiros à partida do Dubai ou de Abu Dhabi, enquanto com a TAP está mais direcionada para o verão, com destino a cidades europeias onde a MSC Cruzeiros coloca os seus navios.
Eduardo Cabrita explicou que, no caso da TAP, a parceria prevê allotments mas também FIT automáticos, o que permite “ir buscar inventário à TAP e poder gerar o cruzeiro, o pacote, os transferes e tudo”.
Veneza, Roma, Copenhaga, Barcelona, Hamburgo, Milão e Atenas, assim como o Funchal, são alguns dos destinos europeus para onde a MSC Cruzeiros conta com esta parceria com a TAP, aos quais se vai juntar ainda, em 2025, os EUA, com a companhia de cruzeiros a contar com allotments nos voos da TAP para Miami e Nova Iorque.
“Nesse aspecto tem sido muito, muito profícuo porque a TAP também percebeu que o setor dos cruzeiros e o negócio tem de ser visto de uma outra forma, não só como os tour operadores, mas como muito mais antecipação”, explicou.
No caso da Emirates, com a qual a companhia de cruzeiros já trabalha “há muitos, muitos anos”, nomeadamente desde que passou a colocar “navios nos Emirados Árabes Unidos”, o balanço é igualmente positivo.
Por isso, o diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal garante que estas parcerias “são para continuar, obviamente”, até porque, acrescentou o responsável, “esta é uma grande vantagem competitiva” face à concorrência, não só em Portugal como noutros mercados.
Satisfeitos com as parcerias mostraram-se também os responsáveis da TAP e Emirates que marcaram presença na passagem por Lisboa do roadshow da MSC Cruzeiros, com David Quito, country manager da Emirates em Portugal, a explicar que, para a companhia aérea, esta parceria “faz todo o sentido” e vai ao encontro da estratégia que o próprio Dubai, sede da Emirates, definiu para o futuro.
“O Dubai quer-se mostrar ao mundo como uma cidade global e os cruzeiros acabam por ser mais uma vertente desta cidade global”, explicou o responsável, realçando que, com esta parceria, os cruzeiros são “mais uma vertente” a que a Emirates consegue chegar.
David Quito destacou ainda a oferta que a Emirates disponibiliza à saída de Lisboa, que é garantida por um “avião com grande capacidade”, que totaliza cerca de 45 mil lugares por mês, o que permite a realização de allotments e de grupos para o Dubai.
Tal como a Emirates, também a TAP faz um balanço positivo desta parceria, com Melanie Silva, responsável de Global Sales Leisure da TAP, a explicar que as duas partes têm vindo a “desenvolver esta parceria, especialmente nos últimos dois anos”, de tal forma que esta cooperação está agora mais global.
“Estamos em constante dinâmica e a aumentar esta parceria com a MSC Cruzeiros, especialmente no último ano e meio ou dois anos, de uma forma mais global”, indicou a responsável, destacando a novidade de Miami, destino que passa a estar também incluído nesta parceria com a MSC Cruzeiros a partir de 2025.
Objetivo para 2025 é chegar ao “maior número” de portos com voos da TAP
As parcerias vão manter-se e, segundo Eduardo Cabrita, no caso da TAP vai até crescer já no próximo ano, com o responsável a revelar que o objetivo é “tentar abrir o maior número de portos ou de cidades que tenham voos” da companhia aérea de bandeira nacional.
“São imensos mesmo. Tudo o que possamos abrir, vamos abrir”, explicou Eduardo Cabrita, revelando que “a ideia é tentar ser o mais abrangente possível com as opções para agentes de viagens e consumidores finais”.
Segundo Eduardo Cabrita, em 2024, os pacotes de Fly&Cruise vendidos no âmbito desta parceria representaram 20% a 30% das vendas da companhia de cruzeiros e a expetativa é que esta percentagem venha a aumentar ainda mais futuro.
“A tendência, pelo que vimos nos últimos três anos, no pós-pandemia, é continuar a aumentar a percentagem a uma velocidade simpática. Porque, lá está, tem que haver esta compreensão, para o agente de viagens e para o consumidor, de que realmente fazer um cruzeiros incluído dentro de um pacote, torna-se mais vantajoso em todos os sentidos”, referiu o diretor-geral da MSC Cruzeiros Portugal.
O roadshow da MSC Cruzeiros arrancou a 10 de setembro, em Lisboa, e termina a 13 de novembro, em Ponta Delgada, incluindo diversas sessões por todo o país. A sessão que decorreu esta terça-feira, 22 de outubro, em Lisboa, contou com a participação de cerca de 300 pessoas, entre representantes da companhia aérea e dos parceiros Emirates e TAP, assim como agentes de viagens e jornalistas.