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Créditos: Wine & Books Hotels Porto e PBH

Alojamento

Proveitos da atividade turística abrandam em junho

Apesar de continuaram a crescer, os proveitos da atividade turística registaram um abrandamento em junho face ao mês anterior que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), se nota nos proveitos totais e de aposento. Ainda assim, as dormidas voltaram a aumentar, principalmente entre os não residentes.

Inês de Matos

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Alojamento

Proveitos da atividade turística abrandam em junho

Apesar de continuaram a crescer, os proveitos da atividade turística registaram um abrandamento em junho face ao mês anterior que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), se nota nos proveitos totais e de aposento. Ainda assim, as dormidas voltaram a aumentar, principalmente entre os não residentes.

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Em junho, as unidades de alojamento turístico nacionais registaram 3,0 milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas, traduzindo crescimentos de 6,7% e 4,8%, respetivamente, que geraram 698,0 milhões de euros de proveitos totais e 541,0 milhões de euros de proveitos de aposento, valores que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), indicam que o crescimento dos proveitos está a abrandar.

“O crescimento dos proveitos totais abrandou em junho (+12,7%, após +15,3% em maio), atingindo 698,0 milhões de euros. O mesmo sucedeu com os proveitos de aposento, que também aumentaram 12,7%, (+15,5% maio), ascendendo a 541,0 milhões de euros”, lê-se no comunicado que acompanha os números do INE e que foi divulgado esta quarta-feira, 14 de agosto.

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Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se nos 85,0 euros, refletindo um aumento de 9,4%, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu os 132,0 euros, crescendo 8,0%, com o INE a notar que “o ADR atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa (170,9 euros), no Algarve (139,8 euros) e na RA Açores (128,4 euros)”.

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Por regiões, a Grande Lisboa “continuou a ser a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (29,3% dos proveitos totais e 30,9% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (29,2% e 28,3%, respetivamente) e do Norte (15,2% e 15,6%, pela mesma ordem)”.

Segundo o INE, “todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Alentejo (+22,0% nos proveitos totais e +16,2% nos de aposento), na RA Açores (+19,4% e +21,1%, respetivamente) e na Península de Setúbal (+18,1% e +18,6%, pela mesma ordem)”.

Já o valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (133,5 euros), seguindo-se o Algarve, com 96,7 euros, ainda que os maiores crescimentos tenham ocorrido na RA Açores(+17,2%) e na Península de Setúbal (+16,0%), enquanto
os menos expressivos se verificaram no Norte (+3,8%) e Oeste e Vale do Tejo (+6,2%).

“Em junho, este indicador cresceu 10,3% na hotelaria (+13,0% em maio). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se crescimentos de, respetivamente, 7,9% e 9,9% (+10,0% e +15,5%, em maio, pela mesma ordem)”, refere o INE.

No ADR, a Grande Lisboa voltou a destacar-se com o valor mais elevado de 170,9 euros, seguida do Algarve (139,8 euros) e da RA Açores (128,4 euros), com o INE a revela que  “este indicador registou crescimento em todas as regiões, com os maiores aumentos a ocorrerem na RA Açores (+13,4%) e na RA Madeira (+13,3%)”.

“Em junho, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,9% na hotelaria (+9,1% em maio), +8,8% no alojamento local (+7,9% em maio) e +10,4% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,1% em maio)”, refere também o INE.

O município de Lisboa concentrou ainda 18,0% do total de dormidas (8,7% do total de dormidas de residentes e 21,7% de não residentes), registando um acréscimo de 4,6% (+7,4% nos residentes e +4,1% nos não residentes).

O INE acrescenta que, entre os municípios com maior número de dormidas em junho, “Portimão (3,9% do total de dormidas) destacou-se com o maior crescimento (+13,4%), para o qual contribuíram as evoluções positivas das dormidas de residentes (+8,0%) e, sobretudo, as de não residentes (+15,4%)”.

Em junho, o crescimento dos proveitos abrandou nos três segmentos de alojamento, uma vez que, na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 86,6% e 84,8% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 12,1%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 15,6% nos proveitos totais e 16,1% nos proveitos de aposento (quotas de 9,5% e 11,2%, respetivamente).

Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% nos proveitos totais e de 4,0% nos relativos a aposento), os aumentos foram de 18,8% e 16,6%, respetivamente.

Maioria das dormidas de junho concentraram-se em 10 munícipios

Os dados do INE mostram ainda que 61,0% das dormidas registadas em junho concentraram-se “nos 10 municípios com maior número de dormidas”, com destaque para Lisboa, que concentrou  18,0% do total de dormidas, atingindo 1,4 milhões (+4,6%, após +5,3% em maio).

Em Lisboa, as dormidas de residentes aumentaram 7,4% e as de não residentes cresceram 4,1%, com o INE a destacar que este município “concentrou 21,7% do total de dormidas de não residentes em junho”.

Já Albufeira foi o segundo município em que se registaram mais dormidas (912,7 mil dormidas, peso de 11,7%), aumentando 2,1%, neste caso, com as dormidas de residentes a crescerem 2,6%, “superando o ritmo de crescimento dos não residentes (+2,0%)”.

No Porto, as dormidas totalizaram 576,1 mil (7,4% do total), tendo-se observado um crescimento de 6,3% (+8,7% em maio), “com o contributo das dormidas de não residentes (+7,9%), dado que as de residentes decresceram 2,3%”, indica também o INE.

No Funchal (548,4 mil dormidas, peso de 7,0%), houve um crescimento de 3,4% (+5,0% em maio), para o qual contribuíram, diz o INE, “as dormidas de não residentes (+6,9%), tendo em conta que as dormidas de residentes diminuíram 16,5%.

“Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em junho, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes”, explica ainda o INE, na informação divulgada esta quarta-feira.

No crescimento das dormidas de não residentes, o INE destaca os municípios de Portimão, Ponta Delgada, Porto, Funchal e Loulé e diz também que Portimão, Lisboa, Cascais e Lagoa foram “os que se mais se distanciaram positivamente da média nacional em termos de crescimento das dormidas de residentes”.

Dormidas de não residentes justificam aumento de proveitos até junho

No conjunto dos seis primeiros meses de 2024, as unidades de alojamento turístico nacionais contabilizam já 35,5 milhões de dormidas, num aumento de 4,5% face ao primeiro semestre de 2023, o que, segundo o INE, deu “origem a aumentos de 12,3% nos proveitos totais e de 12,1% nos de aposento”, para 2,8 mil milhões de euros e 2,1 mil milhões de euros, respetivamente.

“Este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 5,8%, enquanto as de residentes registaram um crescimento mais modesto (+1,4%)”, explica o INE.

Já o RevPAR atingiu os 58,6 euros no primeiro semestre de 2024, num aumento de 7,4% face a período homólogo de 2023, enquanto o ADR chegou aos 108,9 euros, depois de um aumento de 7,6%.

Segundo o INE, a “Grande Lisboa registou os valores mais elevados de RevPAR e ADR neste período (98,5 euros e 143,4 euros), seguindo-se a RA Madeira (74,4 euros), em termos de RevPAR, e o Alentejo (104,5 euros) e o Norte (101,1 euros), em termos de ADR”, enquanto os maiores aumentos do RevPAR foram atingidos na Península de Setúbal (12,6%), na RA Açores (+12,0%) e no Oeste e Vale do Tejo (+11,1%), tendo os crescimentos mais modestos sido registados no Norte (+4,6%) e no Centro (+5,0%).

O INE indica ainda que a RA Madeira registou os maiores crescimentos de ADR (+10,9%), seguindo-se a Península de Setúbal (+9,8%), a Grande Lisboa (+9,0%) e ainda a RA Açores (+8,9%).

Por destinos nacionais, o INE diz que, nos seis primeiros meses do ano, “o conjunto dos 10 municípios com maior número de dormidas no 1º semestre de 2024 concentrou, neste período, 61,4% do total de 35,5 milhões de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico”, incluindo 71,8% das dormidas de não residentes e 35,0% das dormidas de residentes.

O munícipio de Lisboa voltou a destacar-se no primeiro semestre do ano, concentrando 21,2% do total de dormidas, seguindo-se Albufeira (9,1%) e o Funchal (8,5%), com a capital portuguesa a ser mesmo o principal destino das dormidas dos residentes (10,6%), seguindo-se os municípios de Albufeira (5,2%) e do Porto (4,5%).

“Desde o início do ano, concentraram-se em Lisboa ¼ das dormidas de não residentes (25,3%), seguindo-se os municípios de Albufeira (10,7%) e do Funchal (10,4%)”, refere também o INE.

Segundo os dados divulgados, o Reino Unido “concentrou ¼ das dormidas no município de Albufeira (24,9%), município que foi também o que recebeu o maior número de dormidas de residentes na Irlanda (35,9%) e nos Países Baixos (16,8%), enquanto o
Funchal foi o principal destino das dormidas de residentes na Alemanha (18,3%)”.

Já o município de Lisboa foi o principal destino das dormidas dos brasileiro (46,7%), norte-americanos (44,9%), italianos (43,5%), canadianos (32,8%), francêses (26,4%) e espanhóis (22,6%).

“Destaque ainda para o peso que os municípios de Lisboa e do Porto, em conjunto, representaram no total de dormidas dos mercados brasileiro (60,8%), norte americano (59,7%) e italiano (57,3%)”, acrescenta o INE, sublinhando que “Lisboa e Porto concentraram mais de metade das dormidas dos mercados brasileiro, norte americano e italiano no primeiro semestre”.

Por outro lado, o munícipio de Lagos foi, entre os principais, “aquele em que se registou maior dependência dos mercados externos(89,7%), seguindo-se o Funchal (87,4%) e Lisboa (85,7%), enquanto no extremo oposto encontra-se Ponta Delgada com a menor depedência (59,6%).

“De realçar ainda que os restantes municípios apresentaram, no seu conjunto, uma dependência dos mercados externos (52,3%) inferior a qualquer um destes 10 municípios e inferior à média nacional (71,7%)”, diz o INE.

O Reino Unido foi, como esperado, o principal mercado emissor no primeiro semestre, representando 18,4% do total de dormidas de não residentes neste período, sendo mesmo o principal mercado externo em Loulé (55,7% do total de dormidas de não residentes), Albufeira (42,8%), Portimão (38,3%), Funchal (30,3%), Lagoa (30,1%) e Cascais (13,7%).

Já o mercado alemão (11,7% do total de dormidas de não residentes) foi o principal em Lagos (24,7%) e ainda no conjunto dos municípios que não figuram nos 10 principais (15,2%), enquanto os EUA (9,2% do total de dormidas de não residentes) ficaram na primeira posição em Ponta Delgada (18,2%), em Lisboa (16,3%) e no Porto (14,3%).

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Travelplan dá oficialmente as boas-vindas à Jolidey

A Travelplan integrou na sua estrutura, oficialmente, esta terça-feira, 10 de dezembro, a equipa da Jolidey e a programação dos destinos das Caraíbas. Assim, o grupo Ávoris Corporación Empresarial passa a disponibilizar todos os destinos, até então das duas marcas num único operador turístico.

Em informação enviada às agências de viagens, a Ávoris enumera as vantagens para estes e os seus clientes, realçando que “a inclusão dos destinos das Caraíbas na Travelplan faz com que seja um dos operadores turísticos mais completos e competitivos do mercado”, para indicar que “ao trabalhar com uma só marca, simplificamos os processos tais como a formação de pessoal, acesso ao e-magazine, às ofertas, aos orçamentos, poupando tempo e recursos”.

Por outro lado, o grupo de viagens destaca que “manter as mesmas equipas permite aproveitar a experiência e conhecimento dos colaboradores da Jolidey, garantindo que o serviço seja mantido com a mesma qualidade, mas agora reforçado com a estrutura da Travelplan”, assegurando que, assim, “ ainda que seja um adeus à marca Jolidey, damos as boas-vindas a uma nova etapa em que a Travelplan se consolida como marca líder, otimizando a sua estrutura e impulsionando a digitalização e a sustentabilidade”.

O grupo informa ainda aos agentes de viagens que poderão aceder ao site com o mesmo usuário e password dos restantes sites dos operadores turísticos da Ávoris, que todas as reservas criadas com a marca Jolidey anteriores a 10 de dezembro estarão disponíveis no site da Travelplan, bem como, todas as documentações, independentemente da data de reserva, já aparecerão com imagem Travelplan.

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IATA estima aumento de 4,4% nas receitas da aviação e lucro liquido de 36,6MM$ em 2025

As previsões da IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo para 2025 apontam para o crescimento das receitas e dos passageiros, o que, aliado à descida do preço do combustível, deverá ditar o aumento do lucro da indústria da aviação no próximo ano.

As receitas totais da aviação devem crescer 4,4% em 2025, estima a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, que prevê que, pela primeira vez, as receitas da indústria ultrapassem um bilião de dólares.

Segundo um comunicado da associação divulgado esta terça-feira, 10 de dezembro, as “receitas totais da indústria deverão ser de 1,007 biliões de dólares”, o que representa um aumento de 4,4% face às receitas de 2024.

As receitas por passageiro devem ascender aos 705 mil milhões de dólares (70% da receita total), às quais se juntam 145 mil milhões de dólares (14,4% das receitas totais) provenientes de serviços auxiliares em 2025.

A IATA estima ainda que a tarifa aérea média em 2025, ronde os 380 dólares, menos 1,8% que em 2024, o que, em termos reais (ajustados pela inflação), “representa uma queda de 44% em relação a 2014, indicando que um valor significativo está sendo repassado aos consumidores no esforço contínuo da indústria para melhorar a eficiência”.

A crescer deverão estar também as despesas do setor, com a IATA a estimar que estas venham a crescer 4,0%, chegando aos 940 mil milhões de dólares, num aumento que não estará, contudo, relacionado com o preço do combustível.

“Custos mais elevados foram observados em todos os níveis em 2024, além do combustível, pressionando as margens. As principais questões de custos incluíram a intensa pressão salarial e as despesas pontuais relacionadas com as várias greves de funcionários de companhias aéreas em 2024”, explica a IATA, que fala também em custos mais elevados na manutenção.

Relativamente ao combustível, a previsão da IATA é que, no próximo ano, o preço atinja “uma média de 87 dólares/barril (abaixo dos 99 dólares/barril em 2024)”, pelo que o seu impacto nas contas das companhias aéreas deverá descer.

“Como resultado, espera-se que o gasto cumulativo de combustível das companhias aéreas seja de 248 mil milhões de dólares, um declínio de 4,8%, apesar de um aumento de 6% na quantidade de combustível que se espera consumir (107 mil milhões de galões). Espera-se que o combustível represente 26,4% dos custos operacionais em 2025, abaixo dos 28,9% em 2024”, indica a IATA, que prevê também aumentos dos custos relativos às taxas de carbono e para a aquisição de SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

As previsões da IATA estimam ainda que o lucro liquido da indústria da aviação suba para 36,6 mil milhões de dólares em 2025, com uma margem de lucro líquido de 3,6%, o que, segundo a associação, representa “uma ligeira melhoria em relação ao lucro líquido esperado de 31,5 mil milhões de dólares em 2024 (margem de lucro líquido de 3,3%)”.

“Espera-se que o lucro líquido médio por passageiro seja de 7,0 dólares (abaixo do máximo de 7,9 dólares em 2023, mas uma melhoria em relação aos 6,4 dólares em 2024)”, lê-se na informação divulgada pela associação.

Já o lucro operacional em 2025 “deverá ser de 67,5 mil milhões de dólares para uma margem operacional líquida de 6,7% (melhoria em relação aos 6,4% esperados em 2024)”.

“Esperamos que as companhias aéreas obtenham um lucro global de 36,6 mil milhões de dólares em 2025. Este lucro será conquistado com dificuldade, pois as companhias aéreas tiram partido dos preços mais baixos do petróleo, ao mesmo tempo que mantêm os fatores de ocupação acima de 83%, controlam rigorosamente os custos, investem na descarbonização e gerem o regressar a níveis de crescimento mais normais após a recuperação extraordinária da pandemia. Todos estes esforços ajudarão a mitigar vários entraves à rentabilidade que estão fora do controlo das companhias aéreas”, afirma Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

A IATA prevê ainda que também o emprego no setor da aviação venha a aumentar no próximo ano, chegando aos 3,3 milhões de postos de trabalho nas companhias aéreas em 2025, com  a associação a explicar que “as companhias aéreas são o núcleo de uma cadeia de valor da aviação global que emprega 86,5 milhões de pessoas e gera 4,1 biliões de dólares de impacto económico, representando 3,9% do PIB global (2023)”.

“Espera-se que o desempenho financeiro geral melhore em 2025, devido aos preços mais baixos do combustível de aviação e aos ganhos de eficiência”, justifica a IATA, que alerta, no entanto, para as dificuldades que os problemas na cadeia de abastecimento podem causar.

Mais de 5MM de passageiros e 40 milhões de voos

Tal como os indicadores económicos, também o número de passageiros deverá subir ao longo do próximo ano, esperando-se que chegue aos 5,2 mil milhões em 2025, um aumento de 6,7% em comparação com 2024, naquela que será a “primeira vez que o número de passageiros ultrapassa a marca dos cinco mil milhões”.

“Olhando para 2025, pela primeira vez, o número de viajantes ultrapassará os cinco mil milhões e o número de voos atingirá os 40 milhões. Este crescimento significa que a conectividade da aviação criará e apoiará empregos em toda a economia global”, refere Willie Walsh.

As previsões da IATA estimam que a procura por viagens aéreas aumente 8,0% em 2025, acima do aumento esperado de 7,1%, enquanto o número de voos deverá chegar aos 40 milhões, crescimento de 4,6% em relação a 2024, com o load factor a aumentar para 83,4%, depois de uma subida de 0,4 pontos percentuais em relação a 2024.

Perspectivas otimistas apesar das ameaças

A IATA divulgou também os resultados de uma sondagem de opinião pública realizada recentemente e que mostra uma “perspectiva optimista para a procura de passageiros” ao longo dos próximos 12 meses, uma vez que 41% dos viajantes inquiridos afirmaram que esperam viajar mais no próximo, enquanto 53% esperam viajar com a mesma frequência e apenas 5% esperam viajar menos.

Os resultados deste estudo mostram também que “47% dos viajantes inquiridos” esperam gastar mais em viagens no próximo ano, sendo que 46% esperam que as despesas com viagens permaneçam idênticas às de 2024 e 8% esperam gastar menos.

Apesar das perspectivas positivas, a IATA identifica vários riscos derivados essencialmente das “fortes incertezas geopolíticas e económicas” que se verificam em várias regiões do mundo.

As perspectivas de agravamento dos conflitos na Europa e Médio Oriente ameaçam as previsões positivas, ainda que a IATA realce que, caso se venha a alcançar a paz, principalmente no caso da guerra que a Rússia desencadeou contra a Ucrânia, se sentirá “provavelmente um impacto positivo”.

Tal como os conflitos armados, também a nova Administração Trump nos EUA vai trazer “incertezas significativas”, com a IATA a temer um impacto negativo, incluindo nas viagens de negócios, caso se registem guerras de tarifas ou comerciais, sendo também de esperar que isso possa levar a novos aumentos da inflação.

 

 

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IATA lamenta bloqueio no repatriamento de receitas das companhias aéreas por alguns países

A IATA lamenta que alguns países impeçam o repatriamento de receitas das companhias aéreas, num valor que totaliza 1,7 mil milhões de euros à escala mundial.

Angola e Moçambique são alguns dos países indicados pela IATA (Associação Internacional dos Transportes Aéreos) que impendem o repatriamento de receitas das companhias aéreas. No caso de Moçambique, esse valor ascende a 127 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de euros) e está retido há 47 meses, enquanto no caso angolano o valor soma 80 milhões de dólares (pouco mais de 75 milhões de euros) e está retido há 36 anos.

No total, as receitas retidas pelos países, apuradas até outubro, somam 1,8 mil milhões de dólares (cerca de 1,7 mil milhões de euros), embora a entidade reconheça que o valor está a baixar.

O Paquistão continua a ser o país com maior valor retido, com 311 milhões de dólares, tendo, contudo, diminuído 100 milhões desde abril.

A IATA diz que 235 milhões de dólares (cerca de 222 milhões de euros) estão bloqueados na zona do franco CFA da África Central (Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana e Chade) e 73 milhões de dólares na zona do franco CFA da África Ocidental (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo).

Os fundos retidos totalizaram 193 milhões de dólares na Argélia e 75 milhões de dólares na Eritreia, referindo a IATA que nove países representam 83% dos fundos bloqueados do setor da aviação, no valor de 1,43 mil milhões de dólares (cerca de 1,350 mil milhões de euros)

Embora reconhecendo melhorias “significativas” no Paquistão, mas também no Bangladesh, na Argélia e na Etiópia, o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, lamentou um “inaceitável jogo do gato e do rato” por parte dos países em causa.

“Os governos devem eliminar todos os obstáculos para permitir que as companhias aéreas repatriem as suas receitas de bilhetes, em conformidade com os acordos e tratados internacionais”, acrescenta Walsh, em comunicado de imprensa.

Caso contrário, “não se pode esperar que as companhias aéreas continuem as suas atividades” nos países afetados por estes bloqueios. E advertiu: “estas economias sofrerão se deixarem de estar ligadas por via aérea” ao resto do mundo.

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Porto Business School reuniu especialistas para explorar potencial de crescimento do turismo de saúde e bem-estar

Promovido pelo Tourism Futures Center do Innovation X Hub da Porto Business School, o seminário “O Futuro do Turismo de Saúde e Bem-Estar” reuniu especialistas nacionais e internacionais para explorar o potencial de crescimento acelerado deste setor.

No evento, a Porto Business School (PBS) destacou o turismo de saúde e bem-estar como uma prioridade estratégica para Portugal. Rita Marques, diretora do Tourism Futures Center da Porto Business School, sublinhou o posicionamento único de Portugal no mercado global, afirmando que “o turismo de saúde é mais do que uma tendência, é uma oportunidade real de diferenciação para Portugal”, até porque, conforme disse, “temos tudo: excelência médica, infraestruturas de qualidade e um posicionamento competitivo no turismo mundial.”

O seminário iniciou-se com uma apresentação de David Vequist, fundador e diretor do Medical Tourism Research Center (EUA), que partilhou tendências globais do setor e reforçou o potencial de Portugal neste mercado. Em seguida, um painel de debate reuniu figuras como Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal; Óscar Gaspar, presidente da APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada; António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto e presidente da Associação Health and Leisure Portugal; Joaquim Cunha, diretor executivo do Health Cluster Portugal; além de Carlos Brito, docente da Porto Business School e moderador da sessão.

Os participantes enfatizaram a importância de colaboração entre os setores da saúde e do turismo para consolidar Portugal como destino de referência. Além disso, destacaram a necessidade de inovação e sustentabilidade, com soluções como a telemedicina, o desenvolvimento de centros de excelência regionais e a criação de pacotes integrados que combinem tratamentos médicos, terapias e experiências culturais.

O seminário lembrou dados recentes da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, Turismo de Portugal e APHP, que demonstram o crescimento deste segmento. Neste âmbito, foi sublinhado que, em 2023, mais de 102 mil estrangeiros foram atendidos pelo SNS, incluindo 43 mil sem seguros ou acordos internacionais. Nos hospitais privados, a procura internacional registou um aumento de 27% em diagnósticos e internamentos, e de 22,7% em consultas externas. Já no segmento do termalismo, 13,4 mil turistas estrangeiros recorreram a termas portuguesas, com 80% provenientes de mercados estratégicos como Espanha, França, EUA, Alemanha e Austrália.

Para que Portugal assuma um papel de liderança global no turismo de saúde e bem-estar, foi realçada a necessidade de um plano de ação abrangente. Sugeriram-se parcerias público-privadas para integrar os setores médico e turístico, a criação de centros de excelência em regiões estratégicas como Lisboa, Porto e Algarve, e campanhas dirigidas a mercados-chave, como Europa do Norte, Estados Unidos, Canadá e países do Golfo. Além disso, considerou-se essencial o investimento em tecnologia, como a telemedicina, e em infraestruturas sustentáveis para posicionar o país na vanguarda do setor.

O seminário reafirma o compromisso da Porto Business School em liderar o debate sobre os grandes desafios e oportunidades do turismo, alinhando-se com a Estratégia de Turismo 2035.

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Conselho dos CEO da Star Alliance tem novo presidente

Michael Rousseau, presidente e CEO da Air Canada, foi eleito novo presidente do Conselho dos Presidentes Executivos da rede de companhias aéreas Star Alliance, sucedendo ao CEO da United, Scott Kirby, que ocupava o cargo desde dezembro de 2020.

A Star Alliance – rede que congrega 25 companhias aéreas e da qual a TAP Air Portugal faz parte – tem um novo novo presidente do Conselho dos Presidentes Executivos. Michael Rousseau, presidente e CEO da Air Canada, sucede a Scott Kirby, CEO da United, que ocupava o cargo desde dezembro de 2020.

Na nova função, o presidente e CEO da Air Canada vai liderar as duas reuniões anuais do conselho e atuar como porta-voz daquele órgão, orientando a direção estratégica da aliança global.

Cada uma das 25 companhias aéreas que integram a Star Alliance é representada pelo seu presidente executivo naquele conselho, que serve como órgão de direção e define a direção estratégica global.

Estabelecida em 14 de maio de 1997, fazem parte da Star Alliance as seguintes companhias aéreas: Aegean Airlines, Air Canada, Air China, Air India, Air New Zealand, ANA – All Nippon Airways, Asiana Airlines, Austrian, Avianca, Brussels Airlines, Copa Airlines, Croatia Airlines, Egyptair, Ethiopian Airlines, EVA Air, LOT Polish Airlines, Lufthansa, Scandinavian Airlines, Shenzhen Airlines, Singapore Airlines, South African Airways, SWISS, TAP Air Portugal, Thai Airways, Turkish Airlines e United.

 

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FITUR Know-How&Export promove digitalização do turismo

A 13.ª edição da FITUR Know-How&Export centrar-se-á nos dados, na plataforma de destinos inteligentes e nas soluções tecnológicas para o turismo.

Os dados, a Intelligent Destination Platform (IDP) e a digitalização do turismo serão os principais pilares da 13.ª edição da FITUR Know-How&Export, organizada pela FITUR e pela SEGITTUR, em colaboração com a ICEX España Exportación e Inversiones, que terá lugar na Feira Internacional de Turismo, de 22 a 26 de janeiro, na IFEMA MADRID.

Pelo segundo ano consecutivo, será realizado o concurso “The AI for Tourism Awards 2025”, que premiará a melhor solução baseada em Inteligência Artificial (IA) aplicada ao setor. Empresas de todas as verticais do turismo vão concorrer a este prémio, que valoriza aspetos como a inovação tecnológica, a usabilidade, a melhoria da experiência do utilizador, a originalidade e o grau de escalabilidade de cada proposta.

O espaço reunirá 57 empresas tecnológicas distribuídas em 40 stands de exposição, que oferecerão soluções inovadoras para a modernização do setor do turismoo. As propostas vão desde a digitalização dos hotéis até à gestão inteligente dos destinos, posicionando a tecnologia como um fator-chave para o desenvolvimento do turismo.

O programa incluirá atividades e apresentações que refletem o papel estratégico da tecnologia e da sustentabilidade na evolução do setor turístico.

Um dos projetos mais destacados será o Intelligent Destination Platform (IDP) que, com o apoio dos Fundos Europeus Next Generation, permite aos destinos turísticos implementar soluções tecnológicas que melhoram a sua sustentabilidade, personalização e competitividade. Durante a feira, serão apresentados casos de destinos e empresas que já estão a adotar estas ferramentas para oferecer serviços mais eficientes e adaptados às necessidades dos viajantes de hoje.

O papel dos dados para o turismo também será um dos principais tópicos a serem discutidos durante a feira. Este aspeto será apresentado como uma força motriz para a colaboração no setor, tanto de entidades públicas como privadas, com o objetivo de utilizar os dados como uma ferramenta para melhorar a tomada de decisões e a gestão do turismo. Além disso, a sustentabilidade continuará a ser um tema central do programa, centrado nesta edição na transição do setor para um modelo de economia circular e na criação de novas experiências agrícolas.

O SEGITTURLAB contará também com uma área de workshops onde os profissionais do turismo poderão encontrar um vasto leque de oportunidades de formação. A digitalização dos hotéis, o impacto da sustentabilidade nas reservas, a utilização inovadora de visitas virtuais e a implementação de sinalética turística inteligente serão alguns dos temas abordados nesta área.

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Transportes

Airbus recebe mega encomenda de 100 aviões da Air India

A Air India acaba de fazer uma mega encomenda à Airbus. No total são 100 aviões, 10 A350 e 90 da família A320, isto depois de ter encomendado 470 aeronaves no ano passado, 250 da Airbus e 220 da Boeing.

Esta encomenda, anteriormente feita a coberto do anonimato, foi oficializada em 9 de dezembro de 2024 pelo grupo industrial indiano Tata (automóvel, informática, agroalimentar, siderurgia, etc.) que comprou a companhia aérea no final de 2021, avança a imprensa francesa.

E uma vez que já foram entregues seis A350-900 à Air India, o fabricante europeu de aviões ainda tem 344 aeronaves a serem fabricadas exclusivamente para a empresa indiana. Esses 44 aparelhos A350 e 300 aeronaves de corredor único encomendadas representam o equivalente entre cinco e seis meses de produção.

Para Natarajan Chandrasekaran, presidente da Air India, este investimento é essencial. “Com o crescimento do número de passageiros na Índia que excede o do resto do mundo, e uma população jovem ambiciosa e cada vez mais global, vemos um argumento claro para a Air India expandir a sua frota futura para além dos pedidos firmes feitos no ano passado”, destacou.

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Distribuição

Lusanova promove 10 destinos para 2025

O operador turístico Lusanova está a promover uma seleção de 10 destinos para 2025. Pensada para quem procura novas experiências, esta lista reúne desde culturas vibrantes e paisagens exóticas até cidades repletas de história. Japão, Índia, Itália, Albânia, Madeira, Marrocos, Canadá, Chile e Argentina, Egito e Islândia, são as sugestões.

No que diz respeito ao Japão, ao longo de nove dias, a Lusanova propõe explorar algumas das principais cidades nipónicas, como Osaka ou Nara, a mais antiga capital do Japão, berço da arte, técnica e literatura do país, ou Quioto, conhecida como a Cidade dos Samurais e capital do Japão Imperial até 1868, onde se pode explorar o Templo Kinkakuji ou o histórico Castelo de Nijo, antiga residência do Shogún Tokugawa. Avistar o emblemático Monte Fuji a partir do Vale Owakudani, ou experienciar os contrastes urbanos de Tóquio complementam esta viagem.

Quanto à Índia, a sugestão do operador turístico passa por conhecer as cidades de Deli, Jaipur, Amber e Agra, na qual encontramos um dos monumentos mais famosos do mundo – o Taj Mahal.

Do tirol italiano, à Costa Amalfitana ou às joias de Puglia, sem esquecer as cidades emblemáticas de Veneza, Roma, Milão, Florença, Bolonha, Itália tem sempre algo para nos encantar e o difícil é mesmo escolher.

Por sua vez, a programação para a Albânia inclui visitas à capital Tirana, a Berat a cidade das 1000 janelas, a Ksamil para admirar o “Olho Azul” ou à Riviera Albanesa. A sua proximidade a Montenegro ou à Macedónia do Norte permite combinar umas férias com estes destinos.

A Lusanova também não esquece a Madeira, a explorar a dois, com amigos ou em família, destino que reúne um conjunto de opções para atender a todos os gostos, com mais ou menos adrenalina, bem como Marrocos. Seja uma escapada de duas noites ou uma semana para explorar as maravilhas históricas, culturais e naturais de Marrocos, a Lusanova oferece uma seleção de programas cuidadosamente elaborados.

Canadá faz igualmente parte desta lista, com visitas a cidades cosmopolitas, como Montreal e Toronto, e paisagens naturais, como o fiorde de Saguenay e as Cataratas de Montmorency, combinadas com experiências autênticas como avistar baleias em Tadoussac, explorar as Mil Ilhas ou as magníficas Cataratas do Niágara.

Já a viagem para o Chile e Argentina é um convite para explorar os glaciares, saltos de água, lagos e lagoas da Patagónia, com destaque para Ushuaia e o Glaciar Perito Moreno. Conhecer o majestoso “Fim do Mundo” pode ser combinado com a energia histórica e cultural de Santiago do Chile e o charme de Buenos Aires.

Berço de uma das civilizações mais antigas do mundo, o Egito oferece uma imersão profunda pela história com monumentos emblemáticos e praias de águas cristalinas em Hurghada ou Sharm El Sheikh. A terra de Cleópatra está à distância de um voo direto desde Lisboa, que permite explorar as margens do rio Nilo e maravilhas históricas como Luxor, Assuão, Edfu a Kom Ombo.

Finalmente, desde o Parque Nacional de Thingvellir e as erupções do gêiser Strokkur no “Círculo Dourado”, até ao glaciar Snæfellsjökull, que inspirou Júlio Verne a escrever o seu famoso romance “Viagem ao Centro da Terra, a Islândia revela-se um destino a não perder em 2025, podendo combinar natureza bruta e a tranquilidade das águas termais da Sky Lagoon em Reiquiavique.

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Destinos

Turismo de Marrocos define as prioridades para os próximos anos

As autoridades marroquinas identificaram durante uma recente reunião de trabalho as prioridades para o futuro da atividade turística face aos numerosos eventos internacionais planeados no país entre 2025 e 2030.

Novas perspectivas surgem para o sector do turismo à luz dos grandes eventos que Marrocos se prepara para organizar. As orientações do novo rumo foram definidas durante uma reunião presidida por Fatim-Zahra Ammor, ministra do Turismo, Artesanato e Economia Social e Solidária, na presença de membros da Confederação Nacional do Turismo (CNT).

“Estamos num ponto de viragem decisivo. O turismo marroquino provou o seu potencial com resultados excecionais, mas os desafios que temos pela frente, nomeadamente a coorganização do Campeonato do Mundo em 2030, exigem uma mobilização total”, explicou a governante, citada pela imprensa local, destacando que “estamos mais motivados do que nunca para acelerar o desenvolvimento deste setor chave”.

Neste sentido, a ministra apelou ao desenvolvimento de um plano de ação concreto centrado em três prioridades. O primeiro passo é fortalecer as infraestruturas turísticas, em linha com o desenvolvimento aéreo, seja em termos de aumento de capacidade ou de modernização dos estabelecimentos existentes.

A segunda prioridade diz respeito à melhoria da qualidade do serviço para satisfazer as ambições do setor. Deverá também ser dada ênfase ao reforço da formação de jovens talentos. Além disso, a ministra sublinhou a importância da promoção territorial para desenvolver novos destinos turísticos, para além daqueles já maduros.

Esta abordagem visa diversificar a oferta turística e compensar a forte sazonalidade de determinadas regiões, permitindo assim uma distribuição mais equilibrada dos fluxos turísticos ao longo do ano e por todo o território nacional.

Hamid Bentahar, presidente da Confederação Nacional do Turismo, também citado pela imprensa marroquina, centrou-se em duas prioridades, nomeadamente a aceleração urgente do projeto de formação e a modernização dos estabelecimentos hoteleiros em todas as regiões do país.

De referir que esta reunião foi uma oportunidade para destacar o desempenho do sector que é ilustrado por números recordes. Marrocos registou 15,9 milhões de chegadas de turistas durante os primeiros onze meses de 2024, representando um crescimento de 20%, ou seja, mais 2,6 milhões de visitantes em relação ao mesmo período de 2023. Só no mês de novembro, o destino acolheu cerca de 1,3 milhões de turistas, apresentando um crescimento considerado excecional de 31%, números que segundo Fatim-Zahra Ammor, representam um grande passo em frente no nosso objetivo de posicionar Marrocos entre os 15 maiores destinos turísticos mundiais.

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2024: Portugal vai encerrar ano com mais de 27MM€ de receitas, 30 milhões de turistas internacionais e 80 milhões de dormidas

Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, avançou as estimativas durante a inauguração da reconversão da antiga estação ferroviária da Lousã em Alojamento Local, no âmbito do Fundo Revive Natureza.

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O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, estima que Portugal encerre o ano de 2024 com mais de 27 mil milhões de euros em receitas turísticas, 30 milhões de turistas internacionais e 80 milhões de dormidas, avança a Lusa.

Os números foram revelados durante a inauguração da reconversão da antiga estação ferroviária da Lousã em Alojamento Local, no âmbito do Fundo Revive Natureza, na qual Pedro Machado marcou presença e onde aproveitou para realçar que também o Centro de Portugal tem registado crescimentos significativos, acima da média nacional, esperando que, em 2024, venha também a bater o recorde histórico das quase oito milhões de dormidas contabilizadas no ano passado.

Os números são positivos e, por isso, o governante estabelece como prioridades a qualificação da experiência turística, a melhoria das condições dos turistas que se pretende atrair e, simultaneamente, a diversificação da oferta de produtos, ao mesmo tempo que se torna o turismo numa atividade com cobertura nacional.

“Este exemplo [da antiga estação ferroviária da Lousã] é bem o paradigma que é possível conciliar a utilização destes patrimónios com uma atividade económica [turismo], seja na ótica de melhores condições para receber os turistas nacionais seja, em particular, cada vez mais, de aumentarmos exponencialmente a atratividade de mercados internacionais”, sustentou.

Pedro Machado defendeu ainda que a luta contra a sazonalidade e pela descentralização da oferta precisa “deste tipo de infraestrutura”, como se pode agora encontrar nesta antiga estação ferroviária da Lousã que, desde 25 de abril, funciona como “unidade turística, com alojamento, cafetaria e venda de artesanato e produtos endógenos”.

A unidade dispõe de oito quartos cuja decoração é alusiva ao transporte ferroviário que serviu durante mais de um século o ramal da Lousã, que foi desativado há mais de 12 anos na sequência do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) e que deverá entrar em funcionamento no final do primeiro semestre de 2025.

Recorde-se que, no âmbito do programa Revive Natureza, que colocou a concurso 32 imóveis para reconversão, nove já estão requalificadas e em exploração e os restantes estão em recuperação ou início de requalificação.

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