Pedro Machado garante para breve criação do Estatuto do Agente de Viagens
O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, presente esta terça-feira, em Lisboa, no evento promovido pela APAVT para assinalar o Dia do Agente de Viagens, garantiu para breve a criação do Estatuto do Agente de Viagens, bem como a apresentação de um conjunto de medidas para o turismo. Já o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, incidiu a sua intervenção nas diferentes dimensões e nos impactos que a distribuição turística tem no turismo e na economia nacional.
Carolina Morgado
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Pedro Machado, que se dirigiu ao trade turístico e em particular aos agentes de viagens, esta terça-feira, no Hotel Mundial, em Lisboa, no evento que assinalou pela primeira vez em Portugal o Dia do Agente de Viagens, prometeu que “temos na orientação da pasta que aqui represento, em articulação com o ministro da Economia, de sermos capazes de não complicar, agilizar e sermos facilitadores da vossa atividade”, tendo sempre em cima da mesa dois drivers essenciais para os empresários: o tempo da avaliação e o tempo da decisão”.
Assim, anunciou o secretário de Estado do Turismo: “Muito em breve irão conhecer aquilo que são um pacote de medidas para o turismo, à semelhança do que aconteceu à habitação, decisão do novo aeroporto e com a juventude”.
Apesar de estar no cargo há menos de dois meses, Pedro Machado disse que “tenho a certeza absoluta que os agentes de viagens e o Estatuto dos Agentes de Viagens, somado com o Dia do Agente de Viagens, vai acontecer, mais breve do que muitos de vocês estariam à espera”.
O secretário de Estado do Turismo acentuou que “representamos hoje para alguns 16% do nosso produto, para outros eventualmente mais, se somarmos os efeitos induzidos e percecionados do que representa a indústria do turismo em Portugal, e somos um dos melhores destinos do mundo, estamos em 12º segundo lugar, quando eramos 13º, portanto, os indicadores apontam para um crescimento substantivo”, apontando que “há de facto um conjunto de características que fazem deste, um país extraordinário”.
O governante está convicto que 2024 será “um ano em que todos os indicadores apontam para um ano recorde e extraordinário”, mas só será extraordinário “se crescermos em valor da operação”, realçou, para referir que “o Turismo de Portugal vai alargar os mercados, para além dos onde já estamos, não no sentido de alguns reforçar as nossas pontes aéreas, caso dos EUA, para novas cidades, mas também alargamento do México, da Argentina e da Austrália, como vamos iniciar os voos diretos com Seul (Coreia do Sul) já em Setembro”, exemplificou, “o que significa que estamos do vosso lado”.
Presidente da APAVT destaca 3 dimensões do agente de viagens: económica, ligação ao cliente e amor às diferenças
Na sua intervenção durante o evento, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira assinalou o Dia da tribo do Agente de Viagens em três dimensões diferentes: económica, ligação ao cliente e amor às diferenças.
No que diz respeito à dimensão económica desta tribo, “atualizámos os números do setor e para efeitos diretos, indiretos e induzidos, o impacto da distribuição turística na economia são 5,8 mil milhões de euros, que corresponde a 2,4% do PIB e em termos de valor acrescentado bruto vale 16 Auto Europas”, apontou Pedro Costa Ferreira, para lembrar que “é um setor formado por micro e pequenas empresas que juntas têm uma dimensão fantástica por causa também da transversalidade do turismo, da nossa posição na cadeia de valor e pelo efeito multiplicador do setor”.
Segundo o presidente da APAVT, o setor da distribuição turística “tem também impacto no emprego para efeitos diretos, indiretos e induzidos, já que somos responsáveis pela criação de 126 mil postos de trabalho, e temos um impacto no rendimento das famílias de 3,9 mil milhões, ou seja, 3,5% do total nacional”, para realçar que “é uma dimensão económica muito maior do que possamos pensar quando olhamos apenas para a nossa rua onde temos a nossa agência. Somos pequenos, mas somos uma teia fantástica muito importante e que tanto tem dado pelo turismo português e pela economia nacional”.
Pedro Costa Ferreira avançou ainda que os agentes de viagens têm dado muito aos seus clientes. “Temos uma ligação única ao cliente”, recordando que, na pandemia “salvámos os nossos clientes e, aqueles que não eram nossos clientes, fomos nós que os repatriámos a todos e depois fomos nós os agentes de viagens que começámos a ligar os destinos turísticos aos passageiros na retoma da economia e fomos os primeiros a abrir os aeroportos e certamente, responsáveis por tanta recuperação económica”.
Quanto à terceira dimensão, o presidente da APAVT, aquela que considerou a mais importante de todas e pela qual é tão feliz por ser agente de viagens desde que iniciou a sua carreira, “é que o agente de viagens está no lado certo do mundo”, porque “trabalhamos sobre o amor às diferenças, contribuindo para um mundo mais tolerante, que inclui todos e que todos une. É esta tribo que trabalha todos os dias para um mundo melhor que hoje festejamos”, concluiu o dirigente associativo.