O valor (crescente) das experiências no turismo
Numa recente conferência dedicada ao “Valor das Experiências no Turismo”, a conclusão foi simples: “as experiências são cada vez mais a resposta certa para a consolidação do turismo na nossa economia”.

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As experiências assumem, cada vez mais, “a resposta certa para a consolidação do turismo na nossa economia”. Essa foi a principal conclusão saída de uma recente conferência em que participara Gonçalo Cadilhe (escritor de Viagens), Tiago Quaresma (Valor do Tempo) e Catarina Alves Ribeiro (Brainding), moderada por Jaime Quesado.
A inovação com tradição representa, de facto, uma “nova oportunidade de relançamento da economia e de adaptação a uma nova filosofia de vida que a pandemia e a crise trouxeram”. Mas significa, também, a necessidade de ter “uma visão clara de qual deve ser o foco que deve ser colocado do ponto de vista estratégico em termos de investimento e fixação de capital e de pessoas. As experiências são cada vez mais importantes na agenda estratégica do turismo e deverão ser valorizadas no futuro”.
São muitas as dimensões que as experiências no turismo podem assumir, constituindo os oradores da conferência – Catarina Pereira, Gonçalo Cadilhe e Tiago Quaresma – a melhor referência da importância que este tema começa a ter. Desde o campo à praia, passando pela cidade, as experiências são cada vez mais um verdadeiro laboratório do que deve ser o percurso de especialização inteligente que o turismo também deve ter no futuro. A perceção por parte dos mercados da qualidade da oferta e das expectativas que pode criar são um dos grandes desafios que a fileira do turismo tem pela frente e que deve envolver, segundo Tiago Quaresma,” a aposta em produtos e serviços com capacidade estratégica junto dos mercados”.
De facto, nunca como agora as experiências foram tão importantes para elevar a cadeia de valor do nosso turismo e aumentar o nível de fidelização por parte de muitos mercados e nichos de clientes mais exigentes. As diferentes propostas de valor representam, segundo a opinião da Catarina Ribeiro, “a afirmação de um conceito de experiência que se consegue manter estável mesmo em tempo de crise e contribuir para a promoção de uma cultura de saber fazer bem, tão importante para referenciar uma marca nos cada vez mais competitivos e exigentes mercados internacionais”. Numa altura em que neste tempo de crise o turismo enfrenta grandes desafios de reposicionamento estratégico, os vários exemplos de experiências são de facto a melhor demonstração de que a aposta no valor deverá ser a grande narrativa para o futuro.
Também em muitas outras áreas esta aposta no contexto e conceito das experiências tem dado resultado. A área da cultura é uma delas. A oferta que o nosso país, nas principais cidades e um pouco por todo o território, tem dinamizado em termos culturais é, segundo Gonçalo Cadilhe, “já hoje um fator complementar de qualificação da oferta e de valorização da marca junto de mercados cada vez mais exigentes e competitivos. Integrar de forma inteligente a dimensão cultural na carteira de oferta de experiências na área do turismo será uma aposta cada vez mais desafiante para os operadores do sistema e que permitirá sustentar os níveis de valor criado e partilhado junto as comunidades e da sociedade”.
“É preciso perceber que a renovação do nosso turismo não se faz por decreto”, concluíram os oradores, frisando que “terá cada vez mais que assentar em experiências diferentes que combinem de forma inteligente inovação com tradição e possam ser o fator que fará a diferença na consolidação e fidelização dos mercados”.