Utilização de IA pelos agentes de viagens e apps personalizadas é uma certeza no futuro
Que a Inteligência Artificial (IA) está aí, ninguém duvida. Que fará parte do futuro, é outra certeza. Por isso, Charuta Fadnis, vice-presidente sénior da Phocuswright, chamou a atenção para os que “subestimam a relevância da aplicação e aplicabilidade desta tecnologia”.
Victor Jorge
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A indústria do turismo teve uma excelente recuperação da pandemia, mas está a passar por uma “mudança fundamental”. Na ITB Berlim, Charuta Fadnis, vice-presidente sénior da Phocuswright, falou sobre a importância crescente da IA generativa, ao mesmo tempo que olhou para além desta tendência para o futuro.
De acordo com Fadnis, a IA generativa afetou tanto os fornecedores como os clientes. Cerca de 80% das pessoas de todas as idades estavam cientes da existência e da importância desta tecnologia. No entanto, “existem diferenças significativas entre países e grupos etários no que respeita à utilização pessoal”, afirmou. “Nos EUA, cerca de 50% dos inquiridos sentiam-se à vontade com os modelos de linguagem de grande dimensão (Large Language Models, LLM sigla em inglês), contra 35% na Alemanha e 30% em França”.
“As empresas que incluem a IA na apresentação online dos seus serviços têm conseguido aumentar significativamente o seu volume de negócios”, mencionado Charuta Fadnis o Tripadvisor que, nos primeiros três meses após a introdução de um serviço interativo, conseguiu, em média, triplicar o volume de negócios por cliente em comparação com os clientes normais do Tripadvisor.
Charuta Fadnis também lançou um olhar para o futuro, prevendo que os agentes virtuais assumirão as reservas dos viajantes. “Não podemos ignorar a IA, pois o seu efeito será transformador. Talvez algumas pessoas sobrestimem o seu impacto a curto prazo, mas provavelmente há muitas que subestimam o seu efeito a longo prazo”, frisou Fadnis.
“A IA tem o potencial de não só facilitar a vida dos viajantes, mas também de, nalguns casos, a tornar mais difícil – se, por exemplo, for utilizada para gerar um grande volume de críticas falsas e tentar os consumidores a fazer reservas de que mais tarde se arrependerão. Uma forma de evitar esta situação passa por combinar a IA generativa com a tecnologia blockchain, garantindo uma identificação fiável dos utilizadores e tornando a utilização indevida muito mais difícil”, advertiu a vice-presidente sénior da Phocuswright.
Na ITB Berlin, Charuta Fadnis também apresentou os resultados do último inquérito sobre turismo e sustentabilidade, salientando que “os clientes precisam de fazer um esforço maior neste domínio”, já que apesar de 50% dos inquiridos terem afirmado que as normas ambientais e os critérios de proteção do clima determinavam as suas escolhas de transporte e alojamento, apenas 10% o fizeram na prática.
“Muitos viajantes esperam que os operadores turísticos, os governos e os destinos assumam a responsabilidade por uma experiência de viagem sustentável”, concluindo Charuta Fadnis, que “é importante que os consumidores também participem. Isto pode ser conseguido definindo e comunicando claramente as normas – e dando recomendações ‘palpáveis’ e realistas aos viajantes”.