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“O turismo terá de ser sempre indicado como um motivo de desenvolvimento”

Com o lançamento de uma nova campanha, o Turismo de Portugal pretende olhar para o futuro. Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, falou com o Publituris para explicar este arranque de 2024 e como Portugal quer, precisamente, estar na linha da frente do turismo. O interior tem um papel importante neste posicionamento, acrescentando Lídia Monteiro, em vésperas da FITUR, que “é importante promover um equilíbrio entre visitantes e residentes”.

Victor Jorge
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“O turismo terá de ser sempre indicado como um motivo de desenvolvimento”

Com o lançamento de uma nova campanha, o Turismo de Portugal pretende olhar para o futuro. Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, falou com o Publituris para explicar este arranque de 2024 e como Portugal quer, precisamente, estar na linha da frente do turismo. O interior tem um papel importante neste posicionamento, acrescentando Lídia Monteiro, em vésperas da FITUR, que “é importante promover um equilíbrio entre visitantes e residentes”.

Victor Jorge
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O mote da conversa com Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, foi dado com o lançamento da nova campanha “It’s not tourism. It’s futourism”. Apresentadas que foram 12 resoluções e uma (ainda) desconhecida desmultiplicação da campanha, o objetivo é fazer crescer o turismo em Portugal, não tanto em volume, mas em valor. Com os resultados alcançados em 2023, a meta dos 27 mil milhões de euros em receitas e 27 milhões de turistas está ao alcance já no próximo ano. Agora é concretizar a estratégia e a FITUR é o primeiro placo.

O Turismo de Portugal arrancou 2024 com uma nova campanha de promoção do destino de Portugal “It’s not tourism. It’s futourism”. Que importância tem arrancar um novo ano com uma nova campanha?
Iniciarmos um novo ano com uma nova campanha tem, desde logo, uma importância simbólica, é um novo desafio. Mas também tem uma importância do ponto de vista do impacto nos mercados internacionais. Sabemos que o início do ano é marcado por um pico de procura de viagens nos nossos principais mercados externos e é esse o momento em que as pessoas estão muito disponíveis para descobrirem qual vai ser o seu próximo destino de férias.

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Portanto, de alguma forma, antecipar a procura, a decisão?
Exatamente. É estar presente no momento em que as pessoas estão a inspirar-se sobre qual será o seu próximo destino de férias. E foi isso que tentámos e tentamos fazer. Estarmos justamente no arranque do ao com uma mensagem que queremos que seja universal.

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Uma mensagem que coloque as pessoas no centro de um turismo do futuro e que possa ser uma mensagem em que todas as pessoas, de todos os continentes, de todas as latitudes se sintam motivadas, mobilizadas e se sintam parte dessa construção. Esse é o objetivo.

Na apresentação da presente campanha referiu que Portugal, de facto, ganhou e tem uma reputação e uma notoriedade a nível internacional. Mas também foi dito que teremos de ter uma ambição maior. Que ambição maior é essa e como é que esta campanha poderá ou irá traduzi-la?
É uma ambição que se traduz numa maior responsabilidade. Se por um lado somos um destino com uma grande notoriedade, um destino com boa reputação internacional, isso dá-nos uma responsabilidade acrescida para também sermos motivadores, sermos de alguma forma impulsionadores para que o turismo, no seu conjunto, seja um turismo mais consciente, que o turista possa ser mais responsável quando visita os diferentes territórios. Essa é a nossa ambição e compromisso.

Foi esse pensamento que esteve por trás da criação desta campanha. Aliás, como referi na apresentação da campanha, o que pedimos à nossa agência [DENTSU] foi uma campanha que, por um lado, marcasse o início do ano e aproveitasse este desejo que as pessoas têm no arranque de um novo ano, de formular resoluções. Queremos que sejam resoluções concretizáveis e que, simultaneamente, tivesse esta mensagem no seu centro: um turismo de futuro. Um turismo que preserve os territórios, que tem um impacto positivo nas pessoas e nos territórios.

Liderar com o interior
Ouvimos muitas vezes que Portugal quer o liderar o turismo do futuro. A questão é que, com a pandemia, mudou o turismo e o turista. Como é que esta campanha poderá lançar, de facto, essa nova visão relativamente a um turismo do futuro? O que é, na realidade, esse turismo do futuro?
Esse turismo do futuro tem de passar, necessariamente, por ser um turismo mais responsável, mais consciente, mais respeitador das comunidades locais. Um turismo que, no limite, na sua génese ou na sua atuação, tem de promover um equilíbrio entre visitantes e residentes, um equilíbrio entre a atividade turística e a cultura, o ambiente, o território, o património. Um turismo que promove e valoriza a autenticidade. No caso de Portugal, há um outro equilíbrio que para nós é muito importante. É um equilíbrio entre os territórios do litoral e os territórios do interior, que é um dos nossos desígnios e que implementámos durante 2023 e que tem de ficar também para o futuro.

O turismo nunca quererá ser um fator predador dos territórios

Mas havia ou há um desequilíbrio entre quem nos visita e quem cá está?
O que queremos é que não exista. Julgo que não existia e não existe. Queremos que o nosso turismo se viva pela autenticidade de cada território e pela sua diversidade.

Porque temos esta particularidade de termos um país pequeno, mas com uma diversidade enorme. E isso é muito inspirações diferentes de turistas com perfis totalmente diferentes.

É este “deslocamento” do turista do litoral para o interior que o Turismo de Portugal ambiciona também com esta campanha, já que 80% dos turistas ficam no litoral.
Aliás, os números indicam 90%. O interior permite-nos trabalhar dois eixos. Desde logo, um equilíbrio do ponto de vista territorial e, portanto, levar as pessoas a descobrir um novo país. As experiências no litoral são, necessariamente, diferentes das experiências do interior.

Continuamos, naturalmente, a ter a nossa matriz oceânica, em que o litoral tem uma importância muito grande. As nossas ondas, o nosso surf, as nossas praias continuarão a ser bandeiras do destino turístico Portugal.

E Portugal não deve, nem pode ignorar esta realidade, já que isso tem sido o motivo de uma boa reputação e de experiências extraordinárias relacionadas com Portugal e com a nossa história. O interior tem outras experiências turísticas e que acrescentam valor ao litoral. Até porque, tal como no litoral, onde temos vários litorais, também no interior temos vários interiores. E essa é a riqueza de Portugal que faz do nosso país um destino extraordinário. E não sou eu que o digo, não é o Turismo de Portugal que o diz, é quem nos visita e quem leva um pouco de Portugal consigo no regresso que o diz. Por isso, além do litoral, com toda a carga do nosso oceano, do nosso mar, das nossas praias, da nossa costa, das nossas ondas, temos, depois, um interior muito diverso, com uma geografia também ela muito diversa, que proporciona experiências muito interessantes com os rios, as planícies, as montanhas, o património, as tradições, as pessoas.

As pessoas, de norte a sul, do interior ao litoral, nas ilhas, são, sem dúvida, o nosso principal ativo. E em todos os estudos e em todas as referências que fazem de Portugal a primeira indicação que dão é que Portugal tem, de facto, este ativo que são as pessoas, a forma como sabemos receber e, também, a forma como cuidamos das pessoas que nos visitam.

Melhorar em 2024
Os números indicam que 2023 foi o ano de todos os recorde em termos de receitas turísticas. Portugal está mais pressionado por estes bons resultados?

Os bons resultados são sempre razão para nos motivar a trabalhar mais e melhor. E penso que isso se vai refletir no trabalho de todo o ecossistema do turismo em Portugal.

Mas lembro-me de apontar a sustentabilidade, não só ambiental, mas também económica, financeira, social. É desse ponto de vista que pergunto se não poderá existir uma maior pressão, se o querer atingir números melhores não pode pôr essa sustentabilidade social em causa?

É verdade, mas também temos estado a ver que o crescimento tem sido um bom crescimento e o ano 2023 mostra justamente isso. É certo que o crescimento se deu em número de turistas que nos visitaram, mas, acima de tudo, onde crescemos significativamente, acima de 30%, foi em valor, nas receitas. Isso é crescer bem. Significa crescer com valor acrescentado, que traz riqueza, que traz riqueza para as empresas do ponto de vista da sua sustentabilidade. Foram as empresas que durante um período sofreram um enorme impacto com a pandemia, que viram as suas contas fortemente afetadas. Nesse sentido, é bom que as empresas possam estar agora a reforçar a sua capacidade financeira. E isso é bom para as empresas, mas também para todos os territórios. O turismo terá, necessariamente, de ser sempre um motivo de desenvolvimento e isso é uma responsabilidade acrescida para o turismo, porque esse desenvolvimento deverá ser sustentado e sustentável. O turismo nunca quererá ser um fator predador dos territórios. Isso não é a matriz do nosso turismo em Portugal.

O turismo é, provavelmente, dos poucos setores em Portugal que tem tido, ao longo dos anos, consistência nas mensagens

Sente por parte das comunidades locais que o turismo é bem-vindo?
Sim. Sentimos muito que o turismo é entendido como um fator de desenvolvimento do território e a diferentes níveis, seja do ponto de vista da criação de emprego, de estimular pequenos negócios, mas também de preservar as tradições e as formas de vida dos diferentes territórios.

É isso que nos diferencia e isso sente-se muito no interior. Temos uma relação com os territórios do interior, porque trabalhamos diretamente com as Entidades Regionais de Turismo, com as Agências de Promoção Externa, com as câmaras, com as comunidades intermunicipais, com as empresas instaladas. E esse é um sentimento que recebemos também nas candidaturas que nos são apresentadas nas diferentes linhas de financiamento.

A consistência nas mensagens do Turismo de Portugal, tanto para fora como para dentro, são fundamentais para criar a imagem de um país que recebe bem, que tem património, que tem pessoas? Não é desligar uma campanha e iniciar outra sem qualquer continuidade.
O turismo é, provavelmente, dos poucos setores em Portugal que tem tido, ao longo dos anos, consistência nas mensagens que emite sobre os seus próprios valores e com um propósito também ele alinhado com a nossa estratégia até 2027. Portanto, o turismo tem sido muito consistente.

Acabámos de receber a informação que, em 2023, Portugal foi o quarto país mais pesquisado no mundo no Google no que diz respeito ao “Travel”. Isso é incrível. Já estávamos a esse nível quando se tratava das buscas pelo surf, aparecendo sempre no Top 3 dos destinos turísticos de surf no mundo.

Agora já não é só no surf, é o país, é o destino de Portugal. Acho que isso ainda nos dá mais responsabilidade.

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Indicou a Estratégia Turismo 2027, cujo objetivo é chegar aos 27 milhões de turistas e 27 mil milhões de euros em receitas, precisamente, até 2027. Se colocarmos em 2004 uma taxa de crescimento de 10%, esse objetivo, pelo menos, em termos de receitas, é atingido.
Tudo leva a crer que em 2023 chegaremos aos 25 mil milhões de euros de receitas. Por isso, sim, poderemos atingir esse objetivo já em 2024.

Isso significa que a estratégia terá de ser revista?
Não, diria que a estratégia não tem de ser revista nas suas fundações programáticas, nos pilares. O que significa é que os pilares programáticos da estratégia têm estado corretos e temos todos, no conjunto, não só o Turismo de Portugal, não só nas entidades públicas a nível nacional, como a nível regional, mas também as empresas estão todas alinhadas com a estratégia do turismo e isso tem um valor enorme, porque este é um ecossistema também ele que sabe juntar esforços entre entidades públicas e entidades privadas. E isto também é um fator de sucesso do nosso turismo.

Portanto, julgo que os resultados dos pilares programáticos da Estratégia Turismo 2027 estão à vista. Fazem sentido e ainda não é o momento de serem revistos.

Aliás, em 2021 já falávamos que o centro da estratégia era a sustentabilidade, a sustentabilidade económica, ambiental e social. Há objetivos definidos para cada um desses pilares e ao termos atingido esses resultados no que diz respeito aos indicadores mais cedo do que o que estava previsto, julgo que em nada altera o posicionamento e a nossa estratégia.

Os resultados dos pilares programáticos da Estratégia Turismo 2027 estão à vista. Fazem sentido e ainda não é o momento de serem revistos

Fluxos internos e externos
Ao longo dos últimos tempos, muito se tem falado do autêntico, do genuíno e de como transmitir esses pilares para fora. Porque é que Portugal não conseguiu fazer isso antes? Faltava o envolvimento das próprias comunidades locais?
Existem momentos próprios para analisarmos aspetos diferentes da nossa oferta e nossa campanha anterior estimulava as pessoas para não evitarem Portugal [“Can´t skip Portugal”], cujo centro eram as ambições pessoais de quem viaja. O que fizemos foi dizer que Portugal podia responder a essas ambições, a essas aspirações individuais.

Hoje o que sentimos é que cada vez mais as pessoas procuram destinos que souberam respeitar a sua história e souberam respeitar as suas formas de viver. Julgo que Portugal não perdeu essa sua forma de viver peculiar e esse é um ativo também importante para podermos dar visibilidade, mas ao mesmo tempo proteger, ter um impacto positivo nessa nossa forma de viver. A autenticidade é, sem dúvida, um dos eixos importantes para promovermos junto de quem nos visita vindo de fora, mas também junto dos portugueses.

É importante e fundamental olhar para dentro e fazer com que os portugueses olhem para o seu país como um destino a descobrir.

Mas não teme que este crescimento do turismo, e tem-se falado muito desse equilíbrio entre turista e comunidade local, não seja encarado pelos próprios portugueses como haver turismo a mais?
Julgo que, neste momento, essa questão ainda não se coloca. Pode haver pontualmente algum ponto no país em que a pressão possa existir. O que eu quero dizer é que é importante não fecharmos os olhos e estarmos abertos para quando e se for necessário, corrigirmos, atuarmos.

Não devemos ser fechados nesse sentido. De facto, se nalgum momento sentirmos que é necessário agir para corrigir alguns fluxos turísticos que, pontualmente, nalgum território ou nalguma parte do território possam estar a sobrecarregar, tentaremos agir em conformidade.

Sabemos que essa realidade é má para o turismo, é má para as populações, é má para os territórios, mas é também é má para a própria experiência turística.

Por isso mesmo, é importante o desenvolvimento do turismo no interior do país, já que ajuda a criar fluxos distintos e levar turistas para outros territórios, retirando eventual pressão e sobrecarga noutros.

A autenticidade é, sem dúvida, um dos eixos importantes para promovermos junto de quem nos visita vindo de fora, mas também junto dos portugueses

Mas quando se fala em fluxos turísticos, esses dependem muito da conectividade. Como é que olha para este estrangulamento que temos em receber turistas, nomeadamente, no aeroporto de Lisboa?
Julgo que ainda não temos um estrangulamento propriamente dito. Sabemos que o turista internacional se desloca para Portugal, e fruto da nossa condição periférica, essencialmente de avião.

Mas não temos a nossa capacidade aeroportuária esgotada. O aeroporto do Algarve continua a ter capacidade, tal com o aeroporto do Porto, da Madeira, dos Açores. Lisboa tem algumas limitações, como sabemos, mas o que é certo é que nos últimos anos temos feito um trabalho consistente de mostrar as particularidades do destino turístico e a atratividade que também possa ter para as diferentes companhias aéreas desenvolverem operações para outros pontos do nosso país.

É a vantagem de ser um país pequeno (em tamanho)?
Exatamente. Aliás, com o novo perfil de turistas que vem de outros continentes, como é, por exemplo, o caso do turista americano, trata-se de um turista que viaja de norte a sul do país sem qualquer problema. Não se sente restringido. Entra por Lisboa ou Porto e depois viaja pelo país. De resto, em breve, também o turista norte-americano vai poder entrar pelo Algarve.

Mas referiu que a campanha, e antes de irmos aos mercados externos, também é dirigida ao mercado interno. Como é que os portugueses poderão identificar-se com esta nova mensagem?
Sentimos que os portugueses são cada vez mais um viajante dentro do seu próprio país. Sentimos isso durante o período da pandemia e continuamos a senti-lo. Conheceram o seu próprio país e ficaram surpreendidos com aquilo que têm na sua própria terra.

E por isso mesmo, o turismo nacional tem aumentado. Hoje, os portugueses olham para Portugal como o seu primeiro destino turístico, aquele que gostam de conhecer em profundidade.

Claro que é um turista diferente do turista internacional, as motivações são diferentes. Desde logo, porque enquanto portugueses, têm possibilidade de experimentar o nosso país ao longo de todo o ano, com pequenas viagens, pequenos fins de semana e isso permite ter experiências turísticas muito diferentes.

Também é possível ver alguns dos nossos territórios a desenvolverem iniciativas com uma raiz tradicional muito forte, mas com uma camada de inovação e de contemporaneidade que os portugueses gostam de assistir.

Por isso, esta campanha, em primeiro lugar, é para os portugueses serem, eles próprios, o primeiro agente de divulgação, mas também de proteção do seu destino.

Relativamente aos mercados externos, a campanha tem como alvos principais os Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha. Portanto, os mercados tradicionais.
Como vê, já se refere ao mercado dos EUA como tradicional.

É importante que as empresas equacionem um equilíbrio entre aquilo que temos para dar e o preço a praticar

Mas o que é que um norte-americano, um alemão, espanhol, francês vê de diferente em Portugal através desta campanha?
Olhando para os EUA, os norte-americanos são cada vez mais um turista muito preocupado e respeitador. É um turista que quer conhecer em profundidade os locais que visita, que fica realmente surpreendido e maravilhado quando visita um país como Portugal, que tem séculos de história e que nos dá um fator competitivo muito grande.

Os americanos, quando vêm à Europa e se deparam com pedras seculares, ficam muito impressionados com as camadas de contemporaneidade que colocamos na nossa oferta.

O enoturismo é um bom exemplo de um produto, que é um produto tradicional, algo que vem da nossa própria cultura, mas onde introduzimos uma oferta turística contemporânea, com uma expressão muito requintada.

Mas nos mercados externos, por exemplo, não há referência aos mercados asiáticos. Ainda são mercados muito fechados?
Nós temos uma aposta no Oriente. A forma de trabalhar os mercados é que é diferente. Uma coisa é trabalhar com mercados onde, de alguma forma, já temos penetração. Outra coisa é trabalhar mercados que estamos justamente a abrir.

Portanto, quando trabalhamos mercados, como é o caso do asiático, trabalhamos muito a operação turística, o trade, para podermos chegar ao consumidor. São mercados que ainda precisam do operador para viajar e, portanto, temos outras estratégias de promoção para chegar a esses mercados, sem prejuízo de termos ações seletivas e pontuais e fazemo-las junto do consumidor. Aliás, foi o mesmo modelo que adotámos para os EUA onde começámos a fazer um trabalho muito consistente junto da operação turística e, em simultâneo, ações seletivas para permitir chegar ao consumidor.

O mercado reagiu muito bem, começou a crescer, o consumidor começou a olhar para o destino e então aí foi o momento de as campanhas ao consumidor terem mais presença e serem mais alargadas.

São mercados que não têm resultados imediatos, é seguir a tal linha de continuidade?
Exato. Mas os mercados asiáticos estavam a ser trabalhados de forma muito consistente antes da pandemia. Contudo, com a pandemia, foram os mercados que mais fecharam e demoraram a abrir. Por isso, há que retomar o trabalho e é isso que estamos a fazer.

Temos, por exemplo, um mercado muito particular, que é o caso da Coreia do Sul, que já tem um crescimento orgânico para Portugal de assinalar. Mas não são mercados que estão esquecidos.

E da parte do Turismo de Portugal, não tendo, naturalmente, qualquer influência, existe algum receio pela subida de preços?
Como diz, e bem, o Turismo de Portugal não tem qualquer influência nessa matéria. Diria, contudo, que é importante que as empresas equacionem um equilíbrio entre aquilo que temos para dar e o preço a praticar.

Acredito que as nossas empresas o têm feito e continuarão a fazer em 2024. Tem de haver um equilíbrio para que a expectativa, a promessa não venha a ser defraudada.

Estamos no início do ano, com uma nova campanha do Turismo em Portugal. Que outras ações tem o Turismo de Portugal preparado para este ano?
Sabendo que esta campanha tem 12 resoluções, será desmultiplicada ao longo de todo o ano de 2024. É isso? Exatamente. Lançámos um conceito, 12 resoluções que vão ter de se transformar agora em concretizações. Portanto, não são apenas desejos, têm de concretizar-se e vão concretizar-se. Não temos ainda o plano fechado.

Todas as nossas campanhas têm uma componente de orientação estratégica e de prospeção de mercado. Temos, naturalmente, algumas coisas pensadas, mas que ainda não posso revelar. São ações que estão pensadas, que têm expressões ou ativações diferentes em diferentes timings, dependendo dos mercados. Mas também são ações que não dependem só dos mercados, mas das oportunidades que nos aparecem nos mercados. Sempre trabalhámos muito a pensar, até por uma questão de eficiência e eficácia, em aproveitar aquilo que os mercados nos têm para dar, para podermos alavancar em cima disso a comunicação do destino Portugal. Como se costuma dizer, quem tem pouco dinheiro tem de geri-lo da melhor maneira. Temos uma gestão muito criteriosa dos nossos recursos financeiros e uma das formas que temos, julgo inteligente, é, justamente, sempre que aparece uma oportunidade, olhar para a forma como trazer essa oportunidade para que Portugal possa ter mais impacto.

E o que preocupa mais o Turismo de Portugal?
Essa é uma pergunta forte. Em 2024 preocupa-nos a todos, do ponto de vista global, os conflitos que existem no mundo e no impacto negativo que possam ter no turismo. Acreditamos que, sempre que há um impacto negativo no turismo, há impacto negativo em todos os destinos turísticos e, portanto, isso é, sem dúvida, um aspeto que nos preocupa. E temos de estar atentos, tentar perceber, de alguma forma, como é que as nossas empresas e nós, enquanto destino, podemos ser menos afetados.

Além disso, as questões relacionadas com as alterações climáticas serão, sem dúvida, uma preocupação global e nas quais temos de ser atuantes positivos.

E que surpresa gostaria de ter para 2024, partindo, naturalmente, da premissa que o turismo em Portugal irá crescer?
Não sei responder a isso, mas eu gosto sempre de ser surpreendida.

Espero ser surpreendida pelos mercados internacionais e pelas pessoas e espero ser surpreendida por alguns projetos em Portugal.

Gostaria muito de ver uma maior ligação entre turismo e literatura. Penso que o turismo literário poderá bem ser uma boa surpresa para Portugal, tal como o enoturismo.

Gostaria de ser surpreendida com mais mulheres no turismo, já que é de turismo que estamos a falar, mas também noutros centros de decisão. Tenho a certeza que beneficiaríamos todos com essa realidade mais feminina.

 

As 12 resoluções para o turista do futuro:

**1. Não é não estar envolvido. É estar comprometido.
2. Não é virtual. É real.
3. Não é nosso. É seu.
4. Não é padronizado. É único.
5. Não é global. É local.
6. Não é uma onda. É um oceano.
7. Não é cinzento. É verde.
8. Não é impetuoso. É humilde.
9. Não é moda. É tendência.
10. Não é desatento. É consciente.
11. Não é apressado. É imersivo.
12. Não é artificial. É humano.**

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A Andersen Consulting prevê que os gastos com viagens nacionais representem 67,7% do total este ano, em comparação com 32,3% para viagens internacionais, que mesmo assim, estão a ganhar espaço à medida que novas gerações aderem ao movimento.

No entanto, a análise da Andersen Consulting detecta um ligeiro declínio no número de viagens, chegando a 164,6 milhões em 2025, uma queda de 1,3% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas um total de 166,8 milhões de viagens, atribuindo a queda à perda de poder de compra devido à inflação persistente, apesar de ter diminuído, e à incerteza geopolítica. Mesmo assim, a consultora prevê um aumento nas viagens internacionais.

 

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Nesta edição, merece ainda destaque a reportagem fotográfica sobre a 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, que decorreu entre 25 e 27 de março, e que passou pelo Porto, Coimbra e Lisboa, reunindo 45 expositores, que puderam mostrar a sua oferta a mais de 450 agentes de viagens.

Em Transportes, saiba quais são os planos da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, que se está a reinventar para estar ao nível dos gigantes da aviação africana, de acordo com Nélson Oliveira, CEO da transportadora aérea angolana.

Ainda na secção Transportes, publicamos também uma entrevista com Rui Monteiro, manager da Camping Car Park em Portugal. Esta rede de gestão de áreas de serviço para autocaravanas já está presente em território nacional desde 2013 e tem planos ambiciosos para chegar às 100 áreas de serviço nos próximos anos.

Esta edição, conta ainda com um Dossier dedicado aos cruzeiros, que traz as novidades das companhias e operadores de cruzeiros que atuam em Portugal para este verão, mas também para o inverno e para o verão do próximo ano. Neste trabalho, conheça também os navios que vão chegar ao mercado em breve, assim como o EXPLORA II, o segundo navio da Explora Journeys, a companhia de luxo do grupo que detém a MSC Cruzeiros, que esteve em Lisboa no final de março.

Já as opiniões desta edição, que conta também com o Pulse Report, são assinadas por Fransciso Jaime Quesado (economista e gestor), Rui Terroso (CEO e fundador da Living Tours) e Pedro Castro (docente e diretor da SkyExpert Consulting).

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Atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais afetaram perto de 2M de passageiros no 1.º trimestre, diz AirHelp

A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior. 

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A AirHelp estima que, no primeiro trimestre do ano, os atrasos e outras perturbações nos aeroportos nacionais tenham afetado perto de dois milhões de passageiros, o que representa um aumento de 13% em comparação com o ano anterior.

De acordo com um novo relatório da empresa especialista na defesa dos passageiros aéreos, “durante os primeiros três meses do ano, mais de seis milhões de passageiros apanharam um voo a partir de um aeroporto português”, tendo a grande maioria das ligações aéreas, cerca de 70%, sido efetuadas à hora prevista.

No entanto, cerca de dois milhões de pessoas sofreram alguma perturbação no seu voo e, “embora na maioria dos casos se tratasse de atrasos menores e não dessem origem a uma compensação financeira, perto de 114 mil pessoas encontram-se elegíveis para receber uma indemnização por um atraso superior a três horas, pelo cancelamento do seu voo ou pela perda de uma ligação causada pelo atraso de um voo anterior”.

A AirHelp diz que, comparando com o mesmo período do ano passado, “verifica-se uma redução do número de voos e de passageiros”, uma vez que, nos três primeiros meses de 2025, registaram-se cerca de 47 mil voos contra 48 mil em 2024, o que significa menos 2% de voos e menos 4% de passageiros.

Apesar deste declínio, a taxa de perturbações de voos aumentou cerca de 13% em comparação com o ano anterior”, acrescenta a AirHelp, que diz também que “os passageiros com direito a indemnização aumentaram consideravelmente (48%)”, passando de de 75 mil em 2024 para quase 113 mil em 2025, o que se deveu “a um aumento dos voos com atrasos superiores a três horas”.

Aeroporto de Lisboa regista maioria dos atrasos

O relatório da AirHelp mostra também que a TAP foi a companhia aérea a operar em Portugal que registou a maioria dos atrasos, uma vez que, dos mais de dois milhões de passageiros transportados pela companhia aérea nacional até março, 38% registou alguma agitação com mais de 41 mil destes passageiros a estarem elegíveis para uma compensação financeira.

De seguida, surge a Ryanair, que transportou mais de um milhão de passageiros no primeiro trimestre, dos quais, refere a AirHelp, “apenas 26% dos passageiros sofreu alguma perturbação no seu voo”, pelo que pouco mais de sete mil têm direito a compensação financeira.

No que diz respeito a aeroportos, o destaque volta a recair em Lisboa, que se manteve como o aeroporto que registou “mais perturbações nos seus voos”, com 40% dos voos a registar algum atraso ou a ser cancelado, o que resulta em 39,5% dos passageiros aéreos a verem alguma perturbação nos seus voos.

Já o Aeroporto de Faro teve 84,5% dos voos sem qualquer perturbação, enquanto o Aeroporto do Porto registou 80% dos voos sem perturbações, pelo que 80,2% dos passageiros desta infraestrutura registaram “um voo tranquilo”.

 

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Frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, indica estudo

Segundo um relatório da empresa de consultoria e gestão Oliver Wyman, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, o que constitui um desafio para o setor da aviação comercial em todo o mundo.

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A frota de aviões comerciais na Europa Ocidental vai crescer 27% até 2035, passando de um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década, apurou o relatório ‘Global Fleet And MRO Market Forecast 2025-2035’, da Oliver Wyman, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira, 10 de abril.

“A aviação comercial na Europa Ocidental encontra-se numa fase de crescimento sustentado, com uma previsão de aumento de 27% na sua frota até 2035, o que representa um crescimento de 5.475 aeronaves em 2025 para 6.956 unidades na próxima década”, avança a empresa de consultoria e gestão, em comunicado.

Segundo este estudo, que analisa as tendências do setor e oferece uma perspectiva a 10 anos sobre a evolução da frota de transporte aéreo comercial e as suas implicações no mercado de manutenção, reparação e revisão (MRO), na próxima década, o total de aeronaves comerciais vai passar de 29.000 em 2025 para 38.300 em 2035, com um crescimento anual de 2,8%.

O relatório realça, no entanto, que as limitações na produção de novas aeronaves e os problemas na cadeia de fornecimento estão a resultar num “atraso recorde nas entregas, dificultando a capacidade do setor de satisfazer a crescente procura”.

“Esta situação agrava-se pela escassez de mão-de-obra, que obriga a prolongar os tempos de manutenção e reparação, especialmente em regiões como a Europa Ocidental e a América do Norte”, acrescenta a informação divulgada.

Segundo Carlos García Martín, sócio de Transporte e Serviços e especialista em Aviação da Oliver Wyman, “o envelhecimento da frota, a escassez de mão-de-obra qualificada e as limitações na cadeia de fornecimento, aliados a uma forte procura de transporte aéreo, estão a gerar grandes desafios no setor aeronáutico”, motivo pelo qual, para sustentar o seu crescimento a longo prazo, “a indústria terá de implementar estratégias inovadoras que promovam uma maior eficiência operacional”.

De facto, a procura de transporte aéreo continua a crescer a um ritmo sem precedentes, mas a produção de novas aeronaves não acompanha o mesmo ritmo, uma vez que, atualmente, a carteira de encomendas ultrapassa as 17.000 unidades, o valor mais alto registado, pelo que, com o ritmo atual de fabrico, “esses pedidos levarão 14 anos a ser entregues, o dobro do tempo que as companhias aéreas tinham de esperar antes de 2019”.

“Desde 2018, quando a indústria alcançou um recorde de mais de 1.800 aeronaves fabricadas, a produção caiu significativamente. Em 2024, foram entregues menos de 1.300 unidades novas, o que representa uma redução de 30% face a seis anos antes, apesar de o número de passageiros ter atingido os 4.800 milhões em 2024, com previsão de ultrapassar os 5.000 milhões em 2025. Além disso, os passageiros por quilómetro transportado (RPK) aumentaram quase 4% em comparação com os níveis máximos de 2019”, refere o relatório.

A falta de renovação da frota também tem estagnado as melhorias na eficiência de combustível, que em 2024 não registaram avanços, ao contrário dos aumentos anuais de 1,5% a 2% observados nos anos anteriores.

“Estima-se que, a nível mundial, a produção anual de aviões será inferior às entregas até 2030, o que deverá gerar um défice de 2.000 aeronaves. Além disso, a idade média das aeronaves em serviço aumentou de 12,5 anos em 2023 para 13,4 anos em 2024, e projeta-se que atinja os 24 anos em 2035. Estes atrasos não afetarão apenas a rentabilidade das companhias aéreas, mas também aumentarão os custos de manutenção, reparação e operações”, considera a Oliver Wyman.

Contudo, o envelhecimento da frota, os problemas de durabilidade em aviões e o surgimento de motores de nova geração, assim como a crescente procura de manutenção estão a beneficiar o setor de manutenção, reparação e revisão (MRO), que deverá atingir 119.700 milhões de dólares este ano, impulsionado pela necessidade de manter operativas aeronaves mais antigas.

“Até 2035, espera-se que o setor MRO cresça a uma taxa composta de 2,7%, alcançando os 156.800 milhões de dólares, um aumento de 31% em relação a 2025”, acrescenta o relatório da Oliver Wyman.

Na Europa Ocidental, estima o relatório, o mercado MRO crescerá significativamente, passando de 25.000 milhões de dólares em 2025 para 30.000 milhões em 2035, impulsionado principalmente pela procura de manutenção de motores, que aumentará de 12.600 milhões em 2025 para 14.000 milhões em 2035.

Apesar destes desafios, a aviação comercial continua a ser um pilar-chave da economia global, pelo que a “expansão da frota, o crescimento do mercado MRO e a adaptação das companhias aéreas aos novos desafios operacionais serão fundamentais para garantir a competitividade do setor nos próximos anos”.

“Neste contexto, enquanto os mercados emergentes continuam a sua expansão, as regiões mais maduras terão de se concentrar na modernização das suas frotas e na otimização da eficiência operacional para enfrentar as exigências de um mercado em transformação”, conclui a informação divulgada.

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Zâmbia acolheu 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas

O 2º Encontro de Turismo das Nações Unidas para África e Américas, que terminou esta quinta-feira, na Zâmbia, delineou planos concretos para alcançar objetivos comuns, com foco na inovação, cooperação técnica, conectividade , investimentos em turismo e confiança do turista através da segurança.

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De acordo com dados da ONU Turismo, ambas as regiões recuperaram dos impactos da pandemia: em 2024, a África recebeu 74 milhões de chegadas internacionais, mais 7% face a 2019 e mais 12% em comparação com o 2023, enquanto as Américas acolheram 213 milhões, o que equivale a 97% das chegadas pré-pandemia. O encontro da Zâmbia deixou claros os fortes vínculos entre as duas regiões, tanto em termos de visitantes entre as regiões e dentro delas, como em termos de mercados de origem e destinatários de investimentos.

O Secretário-Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, afirmou que este encontro “é prova do compromisso duradouro da África e das Américas com a cooperação além das fronteiras e dos oceanos”, para avançar que “o nosso propósito é promover o crescimento inclusivo e garantir que o turismo continue a ser um motor de prosperidade partilhada. Acima de tudo, ao focar em formação e desenvolvimento de competências, estamos a dar às pessoas, especialmente aos jovens, os meios para ter sucesso no mundo competitivo de hoje.”

Aumentar e direcionar o investimento para o turismo é um dos pilares fundamentais da Declaração de Punta Cana. Na Zâmbia, a ONU Turismo partilhou as suas conquistas nessa área prioritária. Até o momento, foram publicadas 18 edições das “Diretrizes para Negócios no Turismo ” para investimentos para destinos na África e nas Américas, enquanto outras 10 estão em desenvolvimento.

As diretrizes destacam o enorme potencial de investimento em turismo dentro e entre as regiões. Entre 2019 e 2024, a África investiu cerca de 3,9 milhões de dólares em 36 projetos nas Américas, enquanto a América Latina e as Caraíbas investiram o mesmo valor em 34 projetos na África. Com o objetivo de elevar esses níveis, a ONU Turismo anunciou planos para organizar uma Conferência Bienal de Investimento em Turismo África-Américas. A conferência reunirá governos, instituições financeiras, atores do setor privado e parceiros de desenvolvimento com o objetivo de impulsionar os fluxos de investimento intercontinentais e direcionar o investimento através de prioridades partilhadas.

Com mais de 50% da força de trabalho do turismo com menos de 25 anos, o setor oferece vastas oportunidades para os jovens, especialmente na África – o continente mais jovem do mundo – e nas Américas. Para colocar em prática os objetivos educacionais da Declaração de Punta Cana, a ONU Turismo está a promover ações de formação em ambas as regiões, pretendendo alcançar cerca de 2.000 beneficiários em África e nas Américas através dos seus novos cursos via WhatsApp para desenvolvimento profissional.

Em sintonia com a educação, a Declaração de Punta Cana coloca a inovação no centro da cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento do turismo. Em Livingstone, a ONU Turismo anunciou o lançamento de uma primeira Competição de Startups para as regiões. O desafio “Pontes de Inovação” procurará empresas prontas para enfrentar desafios nas áreas de sustentabilidade, inclusão e transformação digital, com foco nas comunidades locais.

O investimento também será o principal objetivo do primeiro Escritório Temático de Turismo da ONU em Marrocos. O escritório pretende ser um centro de inovação, com programas de aceleração para startups regionais, pesquisa e desenvolvimento, e para celebrar novos talentos através de Aventuras Tecnológicas no Turismo.

No que diz respeito à conetividade e segurança turística, refira-se que a 2ª Conferência Ministerial sobre Turismo e Transporte Aéreo em África, que terá lugar realizada em Angola em julho, terá como foco IA e inovação para conectividade, e na Zâmbia, o encontro destacou o progresso da ONU Turismo na elevação dos padrões de segurança para turistas, aumentando assim a confiança em viagens para ambas as regiões.

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TAP distinguida pela experiência dos passageiros na Europa

A distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

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A TAP recebeu esta quarta-feira, 9 de abril, o prémio das revistas PAX International e PAX Tech de Best Overall Passenger Experience na Europa, distinção que reconhece a qualidade da experiência oferecida pela companhia aérea nacional aos seus passageiros e que foi entregue na edição de 2025 dos PAX Readership Awards, que se realizou em Hamburgo.

“Anualmente, a PAX convida os seus leitores e o setor da aviação a participar nos PAX Readership Awards, que pretendem distinguir as realizações das companhias aéreas em áreas como o serviço de catering, a inovação na área do entretenimento a bordo, a conectividade, a oferta em termos de lugares e tem em conta a experiência do passageiro no setor”, explica a TAP, em comunicado.

Segundo Jane Hobson, diretora das revistas PAX, estes prémios “são mais do que um simples reconhecimento; são um reflexo da forma como a indústria continua a evoluir e a exceder as expectativas dos passageiros”.

Já Robynne Trueman, editor da área de Business das revistas, acrescenta que “o que torna estes prémios tão especiais é o facto de serem orientados pelas pessoas que experimentam estas inovações em primeira mão”, ou seja, os leitores das revistas PAX International e PAX Tech.

Recorde-se que, em 2024, a TAP Air Portugal recebeu o prémio da PAX International na categoria de Best Cabin Interior Passenger Experience e, na categoria Outstanding Food Service by a Carrier, nas edições de 2019, 2020, 2022 e 2023.

As revistas PAX, do grupo Paramount Publishing Inc., dedicam-se ao setor da aviação e são publicadas cinco vezes por ano.

 

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Mais de 60 países e regiões presentes na 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau abre 25 de Abril com a presença de empresários de mais de 60 países e regiões para exploração conjunta de oportunidades de negócios, avança a Direção dos Serviços de Turismo do território (DST).

A 13.ª Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau terá lugar de 25 a 27 de abril, nos Pavilhões A, B, C e D da Cotai Expo, do The Venetian Macao. Sob o slogan “Explore a MITE, Experimente o Mundo”, o evento apresenta seis novos destaques, e reunirá a participação de um maior número de operadores turísticos e sectores relacionados nacionais e estrangeiros, de acordo com nota publicada na página oficial do Governo da Região Administrativa Especial de Macau.

Até agora, o certame já atraiu a participação de aproximadamente 600 expositores provenientes de mais de 60 países e regiões, e de cerca de 500 compradores profissionais provenientes da Grande China e do exterior, tendo o número de stands internacionais aumentado em perto de 50%. Esta edição evidencia uma vez mais que a Expo de Turismo tem vindo a desempenhar, de forma eficaz, o seu papel de plataforma de oportunidades de negócios de turismo internacional, a destacar o seu efeito enquanto evento de marca, a promover o intercâmbio e a cooperação de turismo regional e internacional, e a contribuir para a construção de Macau como uma plataforma de alto nível de abertura ao exterior.

Com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo da República Popular da China (RPC), do Gabinete de Ligação do Governo Popular Central na RAEM e do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da RPC na RAEM, a 13.ª Expo de Turismo (Macao International Travel (Industry) Expo – MITE) conta a organização da Direção dos Serviços de Turismo (DST), e a coordenação da Associação das Agências de Viagens de Macau.

Em conferência de imprensa, que contou com a presença da diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, dos subdiretores da DST, Cheng Wai Tong e Ricky Hoi, e do presidente da Associação das Agências de Viagens de Macau, Alex Lao, foram divulgados os pormenores do evento.

Na sua intervenção, a diretora da DST, Maria Helena de Senna Fernandes, referiu que a Expo de Turismo continua a elevar a qualidade e a inovação, a aumentar a eficácia, a atrair mais operadores turísticos nacionais e estrangeiros, e a impulsionar as oportunidades de cooperação intersectorial “turismo +”. Indicando que, até à data, existem mais de 300 stands internacionais, o que representa um aumento significativo de 50% em relação ao ano passado, e que compradores nacionais e estrangeiros também participam ativamente na expo, assinalou que tal demonstra o papel eficaz da Expo de Turismo como plataforma de oportunidades de negócios para o turismo internacional, beneficiando a expansão empresarial, promovendo o intercâmbio e a cooperação turística regional e internacional, e contribuindo para a construção de Macau como uma plataforma de abertura ao exterior de alto nível.

A DST volta a organizar este ano a participação de compradores convidados em visitas de familiarização em Macau e na Ilha de Hengqin. Durante as visitas, serão organizados passeios a diferentes bairros comunitários de Macau para experienciar os elementos de “turismo +”, incluindo dispositivos para tirar fotografias de grande escala de propriedade intelectual a nível internacional instalados na Zona Norte. Por outro lado, mais de uma centena de representantes de associações de agências de viagem locais e estrangeiras foram convidados a participar na Bolsa de Contactos para Operadores Turísticos, para contactos com operadores turísticos de Macau e exploração de oportunidades de negócio, e participação ainda em visitas de familiarização.

A 13.ª Expo de Turismo, que ocupa uma área de 30 mil metros quadrados, trará novas informações e produtos turísticos de Macau e do resto do mundo, incluindo ofertas especiais durante o período do evento, lançadas por vários expositores, e mais de 70 apresentações temáticas de turismo e fóruns, entre outros.

 

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Enoturismo

Unidades turísticas do Pacheca Group renovam certificação Biosphere para 2025

A Quinta da Pacheca, o Hotel Folgosa Douro, o Olive Nature Hotel & Spa e o Caminhos Cruzados, acabam de ser reconhecidos pelo compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, com a renovação dos certificados Biosphere para 2025.

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O compromisso do Pacheca Group com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, no âmbito da Agenda 2030, foi reconhecido com a renovação dos certificados ‘Biosphere’ das quatro unidades turísticas do grupo empresarial para 2025: Quinta da Pacheca, Hotel Folgosa Douro, Olive Nature Hotel & Spa e Caminhos Cruzados.

As unidades no Douro (Quinta da Pacheca e Hotel Folgosa Douro) e de Trás-os-Montes (Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos) obtiveram a primeira certificação em 2024, enquanto o produtor do Dão (Caminhos Cruzados) é certificado pela entidade internacional desde 2023.

A certificação da ‘Biosphere’, sistema desenvolvido pelo Instituto de Turismo Responsável (RTI), é concedida a destinos e empresas que garantam um equilíbrio adequado, a longo prazo, entre os aspetos económicos, socioculturais e ambientais.

A Quinta da Pacheca é elogiada pela “oferta gastronómica, preparada seguindo protocolos de segurança sanitária”, a criação de “emprego de qualidade, promovendo a contratação e a formação de profissionais locais” e o incentivo ao “uso responsável da água”, enquanto o Hotel Folgosa Douro promove “sistemas de gestão mais responsáveis e participativos”, fornece “informações sobre os recursos naturais do território” e incentiva o “planeamento, projeto e construção de infraestruturas sustentáveis”.

Por sua vez, a ‘Biosphere’ destaca a “notável contribuição” do Olive Nature Hotel & Spa da Quinta Valle de Passos, em Trás-os-Montes, nos parâmetros de “água limpa e saneamento”, “energia acessível e não poluente” e “inovação e infraestrutura industrial”. A unidade hoteleira de Valpaços é ainda reconhecida por fornecer “informações sobre os recursos naturais do território” e por promover “a conservação do património cultural e natural local” e a “adoção de estilos de vida e hábitos mais saudáveis”.

A Caminhos Cruzados, por fim, vê a certificação renovada por participar, entre outros, no “desenvolvimento de projetos educacionais de outras entidades”, dar a conhecer “os compromissos, boas práticas e esforços sustentáveis” e tomar medidas “para evitar o desperdício de alimentos”.

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