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“Na FITUR dizemos ‘nós somos o turismo’”

Pela 44.ª vez, a FITUR dá o pontapé de saída para mais um ano, no que diz respeito às feiras de turismo. Em entrevista, Maria Valcarce, diretora da FITUR, refere que o evento “é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial”.

Victor Jorge
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“Na FITUR dizemos ‘nós somos o turismo’”

Pela 44.ª vez, a FITUR dá o pontapé de saída para mais um ano, no que diz respeito às feiras de turismo. Em entrevista, Maria Valcarce, diretora da FITUR, refere que o evento “é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial”.

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A poucas semanas da abertura das portas da FITUR 2024, em Madrid, feira que se realizará de 24 a 28 de janeiro, Maria Valcarce, diretora da FITUR, aponta para uma edição “muito completa, com um elevado nível de crescimento em todos os parâmetros”. Quanto à performance turística de Espanha, a diretora da FITUR salienta que o país está em vias de atingir “o número recorde de 85 milhões em 2023”, mostrando-se “cautelosa” para 2024, apontando para “um crescimento mais moderado”.

A 44.ª edição da FITUR, que se realizará entre 24 e 28 de janeiro de 2024, conta com mais de 9000 empresas e mais de 150 000 participantes profissionais do setor turístico mundial provenientes de 145 países. Que perspetivas oferecem estes dados a pouco menos de dois meses do evento?
Em 2023, depois de 2021 e 2022 em que, num exercício de resiliência, fomos a única feira de turismo a manter a sua realização, tivemos uma grande feira na qual recuperámos as grandes magnitudes que sempre caracterizaram a FITUR em termos de representatividade e poder de convocatória. Para 2024, as nossas previsões, até à data, apontam, novamente, para uma edição muito completa, com um elevado nível de crescimento em todos os parâmetros.

Teremos uma FITUR maior e melhor do que em 2023?
As previsões fazem-nos prever uma 44.ª edição que nos permitirá consolidar a nossa liderança como um dos principais motores do turismo, como ator chave na identificação das tendências que irão marcar a indústria em 2024 e nos anos vindouros e como cenário incontornável para o intercâmbio de conhecimentos, a geração de negócios, a promoção da colaboração e a concretização de alianças setoriais. Tudo isto sob o firme compromisso de desenvolvimento sustentável que nos permitirá realizar uma edição recorde.

A FITUR é um espelho que reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial

Quais são as principais novidades da edição de 2024?
Será uma feira com muitas novidades. Entre elas, a presença do Equador como país parceiro, que irá surpreender com uma exposição ambiciosa para mostrar as suas maravilhas ao mundo. Teremos também novidades nas representações oficiais de países, destinos, empresas e conteúdos, estes últimos representados em conferências profissionais e, naturalmente, nas nossas secções especializadas.

A FiturTechy, com tecnologias disruptivas como a inteligência artificial ou a realidade virtual como protagonistas; a FiturCruises, segmento altamente empenhado na sustentabilidade ambiental, a proteção dos destinos e o impacto positivo nas suas comunidades; a Fitur LGTB+, que engloba mais de 10% dos turistas a nível mundial e 16% do gasto total em viagens; a Fitur Woman que, alinhada com os ODS contribui para a promoção da liderança feminina; a Fitur Know How & Export, espaço para que as empresas turísticas espanholas mostrem o seu potencial, produtos e serviços e que este ano tem como novidade o concurso “The AI for Tourism Awards 2024” pela mão da Segittur; a Fitur Sports, ponto de encontro entre o turismo e o desporto; a Fitur Screen, com cada vez mais adeptos a visitar os cenários dos nossos filmes e séries favoritas; a Fitur Talent, uma mongrafia que, pela mão de Educación 3.0 se centra nas pessoas, no talento, na formação e na capacitação profissional; e a Fitur Lingua, que aborda as oportunidades do turismo linguístico.

Não podemos esquecer a FITUR Live Connect, que aproxima a feira de todos aqueles que não puderam estar presentes e que permite o acesso a ferramentas de networking online, para além dos cinco dias da feira e do palco da IFEMA MADRID.

Em suma, a FITUR 2024, graças ao apoio do setor, contará com uma oferta ampla e diversificada que esperamos que leve esta edição ao seu apogeu.

A edição de 2024 da FITUR irá refletir, de alguma forma, o crescimento que o setor do turismo registou nos últimos dois anos? Como?
Claro que sim. A FITUR é um espelho que, por um lado, reflete o que a indústria do turismo significa para a economia mundial e, por outro, projeta o que os profissionais preveem que venha a ser.

De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), em 2022, foram registados mais de 900 milhões de turistas internacionais e, embora este número represente ainda 63% dos níveis pré-pandémicos, é o dobro do registado em 2021. A nível económico, e segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), atingiu os 7,7 mil milhões de dólares, o que representa uma contribuição de 7,6% para a economia mundial em 2022. Estes últimos dados oficiais do ano inteiro permitem-nos ser otimistas no que se refere às previsões de crescimento da 44.ª edição da FITUR, reflexo de um setor em plena transformação e ebulição.

Atualmente, a inovação e a sustentabilidade devem ser qualidades intrínsecas do turismo

A FITUR volta a apresentar vários segmentos turísticos. Qual a importância desta segmentação e qual o valor acrescentado que proporciona aos profissionais que se deslocam ao evento?
A especialização é um campo de ação com um potencial significativo para continuar a reforçar a FITUR e, conscientes do seu valor, ativamos todos os anos todas as alavancas à nossa disposição para avançar nesta área e adaptar os nossos conteúdos à realidade do setor. Tendo a sustentabilidade como fio condutor, a identificação de tendências emergentes reflete-se nas nossas áreas especializadas que referia antes, em todas as jornadas, nos seus stands e no networking dos seus profissionais, destacando novos nichos de mercado para redefinir modelos de negócio existentes e promover novos formatos.

São estes os segmentos/áreas com maior possibilidade de crescimento para o setor do turismo?
Sim, essa é a ideia. As áreas de especialização da FITUR respondem a tendências importantes no setor do turismo e, por conseguinte, oferecem uma perspetiva e uma oportunidade de crescimento para os agentes do setor. Por exemplo, a FITUR SCREEN abre a janela a este turismo cinematográfico em franca expansão, que é uma oportunidade para combater a sazonalidade e diversificar a oferta e que, por exemplo, tem ajudado a trazer muitos fãs de filmes e séries como “Glória” ou “Casa do Dragão” a diversas zonas de Portugal.

A primeira de muitas
O facto de a FITUR ser a primeira grande feira de turismo do ano representa uma vantagem e marca uma tendência para o resto do ano?
Sim. A FITUR coloca em primeiro plano todos os destinos e empresas que compõem o setor e, para além disso, graças ao apoio recebido pelo setor ao longo das suas 44 edições, é a feira líder do turismo.

Todos os anos, a FITUR marca a abertura do ano turístico internacional e é um momento estratégico para os destinos e as empresas desenharem as linhas de trabalho que darão o mote para todo o ano. A abertura do calendário anual do setor coloca todas as atenções em Madrid e no que se passa no interior do Centro de Exposições, tornando-se num ponto de passagem obrigatório para todos os que fazem parte do setor, uma vez que se trata de um espaço de negócios de primeiro nível onde são oferecidas as melhores ferramentas para os profissionais do turismo.

Qual é a importância real de estar presente numa feira como a FITUR?
A indústria do turismo mundial reúne-se na FITUR. Na FITUR dizemos “nós somos o turismo”, porque reunimos toda a cadeia de valor internacional, juntamos iniciativas e tendências, e proporcionamos um ponto de encontro para todos os que fazem do turismo esta grande indústria da felicidade que proporciona riqueza e emprego às pessoas.

A feira tem uma forte orientação empresarial, com três dias centrados no B2B e dois dias no fim de semana centrados no B2C. Estar presente oferece-lhe negócios, visibilidade, posicionamento, oportunidades de networking, a possibilidade de fechar acordos estratégicos interessantes, partilhar expertise e implementar as boas-práticas de colegas da indústria. Todos os anos, Madrid torna-se o centro do turismo mundial durante alguns dias de janeiro graças à FITUR.

Qualquer situação que limite a mobilidade e a conectividade ou a perceção de segurança do viajante afetam os destinos e a sua evolução

Depois de uma pandemia que afetou de forma significativa o setor das feiras, como se deve posicionar e que conteúdos deve trazer para o mercado?
Como referi no início, a FITUR foi a única feira do mundo que não deixou de se realizar durante a pandemia, constituindo um exemplo mundial de resiliência e de apoio à reativação da indústria do turismo. Graças a esta decisão de continuar a realizar o evento, a posição da FITUR está bem estabelecida e continuamos a trabalhar todos os dias para refletir todas as tendências que representam uma potencial oportunidade de negócio e de desenvolvimento sustentável para impulsionar a atividade turística global.

A sustentabilidade, a inovação e a especialização são a espinha dorsal dos conteúdos que colocamos no mercado e que complementam todas as tendências e as nossas áreas de especialização.

A tecnologia ao serviço do turismo
Na edição deste ano de 2024, a FITUR organiza também a primeira edição, em colaboração com a SEGITTUR, do concurso de soluções tecnológicas desenvolvidas com Inteligência Artificial para o turismo: “The AI for Tourism Awards 2024”, que decorre no âmbito da FITUR Know-How & Export. Qual é o motivo deste novo concurso?
Reconhecer a importância que a Inteligência Artificial está a ter na gestão de viagens e no setor do turismo, uma vez que este desenvolvimento está a revolucionar a experiência de viagem, desde o planeamento e a reserva até ao usufruto. Através destes prémios, pretendemos encontrar as melhores soluções nacionais e internacionais de IA que os destinos e as empresas tenham integrado para melhorar a experiência do turista antes, durante e depois, numa única categoria: “Melhor solução de IA para 2024”.

Será a tecnologia o domínio com maior margem de inovação no turismo?
A tecnologia anda de mãos dadas com a inovação e, nesse sentido, é claramente um dos ingredientes que pode proporcionar as maiores possibilidades de criação de novos formatos no setor, bem como de responsabilidade ambiental, social e de governação empresarial. Atualmente, a inovação e a sustentabilidade devem ser qualidades intrínsecas do turismo.

Nas conferências que se realizam durante os cinco dias, é importante apresentar novos conteúdos aos profissionais que visitam a FITUR?
A FITUR é o presente e o futuro da indústria do turismo e isso só é possível graças à apresentação de tendências e ao intercâmbio de boas práticas, conhecimentos e experiências. É precisamente esta componente “nova” que faz da FITUR uma força tão dinamizadora do turismo mundial.

Nas últimas edições, uma das críticas é que as conferências estão demasiado centradas em Espanha e não são globais. Como responde a estas críticas?
A FITUR conta com mais de 10 programas de conferências que decorrem em paralelo e, embora seja verdade que algumas podem ter um enfoque turístico nacional, a maioria analisa temas universais de interesse para qualquer profissional do turismo, conta com oradores internacionais e serve para trazer o conhecimento e a vanguarda para a feira. Em qualquer caso, trabalharemos para continuar a melhorar tendo em vista aprofundarmos esta abordagem global, que é o que corresponde à feira pelo seu alcance.

O facto de Espanha ser um destino mais recetor do que emissor penaliza de alguma forma a FITUR?
Penso que esta caraterística enriquece a FITUR que, para além de reunir o turismo emissor mundial, funciona como uma plataforma para a indústria turística nacional. Uma indústria muito poderosa que, ao reunir-se na FITUR, contribui para reforçar a atração dos profissionais do turismo emissor para a feira. Na FITUR é também muito importante ver a apresentação realizada por outras potências turísticas recetoras, como Portugal e muitas outras. Juntos construímos uma feira forte para mostrar ao mundo a riqueza de uma oferta diversificada.

Números recorde em Espanha
Que ano turístico terá Espanha em 2023 e quais são as expectativas para 2024?
O turismo em Espanha fechou um verão de sucesso em 2023 com a chegada de mais de 10,1 milhões de turistas internacionais em agosto, mais 13,9% do que em 2022 e, de acordo com diferentes fontes e embora devamos ser sempre cautelosos com as previsões, o país está em vias de atingir o número recorde de 85 milhões em 2023, apenas superado pelos Estados Unidos.

De acordo com o Relatório Setorial do Turismo 1S 2023 da CaixaBank Research, as perspetivas para 2024 são de um crescimento mais moderado, mas, como referi, ao falar de previsões devemos ser cautelosos.

Após uma pandemia e com dois conflitos em aberto, qual o impacto destas realidades no turismo e no setor das feiras turísticas?
As feiras são um reflexo da situação dos setores e, inevitavelmente, episódios como a pandemia e a forma como os diferentes destinos lidaram com ela, as guerras, catástrofes naturais e qualquer situação que limite a mobilidade e a conectividade ou a perceção de segurança do viajante afetam os destinos e a sua evolução, e têm o seu reflexo na feira. A FITUR estará sempre ao serviço do setor turístico e da sua revitalização, porque sabemos que é desta forma que impulsionamos a atividade económica e o emprego, tão necessários nas zonas mais afetadas.

Como é que a organização da FITUR promoveu a feira a nível internacional?
A FITUR faz um grande esforço na sua promoção internacional, uma vez que a representação global é fundamental para o sucesso da feira. Estabelecemos uma combinação de ações de comunicação, marketing e relações públicas para garantir que a proposta de valor diferencial da FITUR chega a todos os agentes da indústria turística em todos os países. Contamos com diferentes alianças que nos reforçam nesta tarefa e com um prestígio construído ao longo de 43 edições que nos permite continuar a dar passos no sentido do nosso objetivo de melhoria contínua no nosso serviço ao setor turístico.

Portugal e a FITUR
Qual a importância da participação portuguesa na FITUR?
É de enorme importância e Portugal é um dos destinos mais e melhor representados na FITUR. Espanha e Portugal são parceiros estratégicos, e os seus laços históricos, culturais, económicos e geográficos tornam a sua relação especial. A participação de Portugal na FITUR é, portanto, muito importante para a promoção ibérica, especialmente no contexto de uma estratégia comum de desenvolvimento transfronteiriço e do apoio da Comissão Europeia para melhorar a conectividade ferroviária entre os dois países no futuro.

A participação de Portugal na FITUR é muito importante para a promoção ibérica, especialmente no contexto de uma estratégia comum de desenvolvimento transfronteiriço

Não seria mais interessante ter apenas uma grande Feira Ibérica de Turismo?
Entendo que todas as feiras que se realizam com sucesso todos os anos o fazem porque têm um posicionamento diferenciado, conseguem cumprir uma missão relativamente aos seus clientes e são validadas pelos números de participação e assistência em cada edição.

A FITUR tem um alcance global e reúne destinos e empresas dos cinco continentes e os profissionais que compõem a cadeia de valor desta indústria no mundo, sendo atualmente a feira líder no panorama internacional em termos de número de empresas participantes e de profissionais presentes. Isto não significa que não haja espaço para outros eventos de feiras comerciais que proporcionem valor aos seus clientes e celebraremos sempre o sucesso de todas as feiras turísticas do mundo, pois estamos convencidos do papel impulsionador do turismo das feiras.

As visitas do público durante o fim de semana fazem parte da proposta de valor da FITUR e os nossos expositores apreciam este facto

A FITUR mantém o seu carácter profissional, mas também abre as suas portas ao público nos dois últimos dias. Qual a importância desta abertura ao público consumidor quando, das grandes feiras, apenas a FITUR e a BTL mantêm este modelo misto?
As visitas do público durante o fim de semana fazem parte da proposta de valor da FITUR e os nossos expositores apreciam este facto. Durante dois dias e através da FITUR, o público em geral pode visitar todos os cantos do mundo, desfrutar de uma grande festa do turismo na qual os destinos reforçam a sua marca e imagem, sonhar com a sua próxima viagem e tomar decisões de compra, o que é uma parte essencial da FITUR.

A pouco menos de dois meses do início da FITUR 2024, o que fará com que esta feira seja de excelência?
Uma FITUR na qual ocorra tudo aquilo que os clientes esperam e muito mais, que contribua para a dinamização global do negócio do turismo e que seja uma difusora das melhores iniciativas sustentáveis de todos os destinos e agentes empresariais que fazem parte da cadeia de valor do turismo. Isto irá significar e irá refletir o sucesso da indústria que servimos.

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January 19, 2023, Brazil. In this photo illustration, the TAAG Linhas Aéreas de Angola logo is displayed on a smartphone screen. It is the national airline of Angola, having its headquarters in Luanda

Aviação

TAAG retoma este ano voos entre Luanda e Praia, via São Tomé

O presidente da TAAG revelou que, entre julho e setembro, a companhia aérea de bandeira angolana vai receber novos aviões, o que permite retomar uma rota abandonada em 2016, na altura com a justificação de que as ligações não eram rentáveis.

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A TAAG – Linhas Aéreas de Angola vai retomar, ainda este ano, os voos entre Luanda, capital angolana, e a cidade da Praia, em Cabo Verde, numa operação que deverá contar com escala em São Tomé e Príncipe, avança a Lusa, que cita o presidente da companhia.

“Esse é um desafio que temos, não só para a TAAG e para a TACV, mas para os dois povos, no caso os nossos três povos, Angola, São Tomé e Cabo Verde”, afirmou António dos Santos Domingos, após a reunião com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, que decorre no Mindelo, ilha de São Vicente.

A Lusa recorda que a TAAG suspendeu, no final de 2016, os voos diretos entre Luanda e a Praia, com escala em São Tomé e Príncipe, alegando que a rota não era rentável.

No entanto, agora, a TAAG vai, segundo o seu presidente, receber novas aeronaves entre julho e setembro, pelo que a partir dessa altura poderá dizer “o dia concreto” em que será retomada a operação.

António dos Santos Domingos não quis, contudo, revelar mais detalhes sobre a operação, uma vez que ainda decorrem contactos e porque serão as questões económicas a ditar a frequência de voos.

“Nós estamos em negociações com a TACV para encontrarmos a melhor frequência”, explicou, revelando que a TAAG e a TACV vão renovar o contrato de ‘leasing’ que mantêm por mais um ano.

Recorde-se que a TACV faz ligações internacionais com Lisboa (Portugal), Paris (França) e Bérgamo (Itália), com dois aviões, um deles alugado desde março de 2022 à congénere angolana TAAG.

 

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Miradouro do Zebro é nova atração turística no concelho de Oleiros

A requalificação do Miradouro do Zebro, no concelho de Oleiros, que acaba de ser inaugurado, torna o espaço um atrativo turístico não apenas local, mas também regional e internacional, impulsionando assim a economia local através da visita de turistas.

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O Miradouro do Zebro, situado na Freguesia de Estreito-Vilar Barroco (concelho de Oleiros), foi requalificado com projeto desenhado pelo arquiteto Siza Vieira e é o único miradouro em Portugal com a sua assinatura.

Na inauguração estiveram presentes o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Isabel Damasceno.

Na ocasião, conforme avança nota publicada na página oficial da Câmara Municipal de Oleiros, o secretário de Estado do Turismo destacou a notável influência da “marca global” de Siza Vieira, apontando-a como uma referência, que tem os seus seguidores”, por ser um dos mais premiados arquitetos do mundo, galardoado pelo prestigiado Prémio Pritzker.

Pedro Machado salientou, ainda, que a obra em questão “surge num território improvável, no meio da natureza”, atraindo não apenas estudantes de arquitetura, mas também entusiastas de todo o mundo.

A presidente da CCDRC, Isabel Damasceno considerou que a infraestrutura “é uma mais valia para esta região, que tem características naturais ímpares e é agora um local de visita obrigatório”.

A atração de visitantes a Oleiros foi o objetivo que sustentou a ideia do anterior presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge, que convidou em 2021, o arquiteto a visitar o miradouro e a estudar a sua requalificação. Reforçou que se as pessoas “quiserem ver este que é o único miradouro desenhado por Siza Vieira, terão de vir a Oleiros”.

Já o atual presidente da autarquia de Oleiros, sublinhou que “temos um concelho com locais com vistas maravilhosas” e está a ser estudada “a criação de outros miradouros e um deles está para breve”.

O autarca demonstrou o orgulho que é Oleiros passar a figurar no circuito de obras mundiais de Siza Vieira, lado a lado com outras cidades. Miguel Marques salientou que “se sermos rurais é estarmos aqui, naquilo que é mais genuíno e autêntico, naquilo que é o bem-receber, então podem-me chamar rural que eu fico e ficamos todos muito satisfeitos”.

Refira-se que o miradouro é composto por uma plataforma de planta circular, de 15 metros de diâmetro, fixada na rocha, com vista panorâmica, instalada a 30 metros do solo e a 150 metros desde o fundo do vale.

 

 

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Faturação dos estabelecimentos hoteleiros em Portugal ultrapassou os 6MM€ em 2023

Os estabelecimentos hoteleiros em Portugal faturaram 6. 021 milhões de euros o ano passado, o que representou uma subida de 20,1% face a 2022, de acordo com dados da análise setorial da Informa D&B.

Segundo a Informa D&B, cuja análise abrange  hotéis, unidades de alojamento local, aparthotéis, apartamentos turísticos, estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação, aldeamentos turísticos, Quintas da Madeira e pousadas, o valor deste setor aumentoi em todas as zonas geográficas de Portugal, com destaque para as Regiões Autónomas dos Açores (+26,2%) e da Madeira (+23,2%), bem como para as zonas de Lisboa (+24,4%) e Norte (+24,2%).

A empresa especialista no conhecimento do tecido empresarial revela ainda que o número de hóspedes rondou os 30 milhões, o que representa um crescimento de 13% face a 2022, enquanto as dormidas totalizaram cerca de 77,2 milhões, mais 11%. As dormidas dos residentes em Portugal subiram 2,1%, para os 23,4 milhões, e a dos residentes no estrangeiro crescerem 14,9%, atingindo quase 54 milhões. Os britânicos mantiveram-se como os clientes estrangeiros em maior número, representando 12,8% das dormidas totais, à frente dos alemães (7,9%) e dos espanhóis (7,1%).

No que diz respeito à capacidade hoteleira disponível em Portugal, os dados são de 2022, que dão conta de um crescimento significativo quando comparado ao ano anterior. Assim, segundo o mesmo estudo, o total de camas disponíveis em dezembro de 2022 rondava as 458 mil, mais 13,1% que no ano anterior. Ainda em dezembro de 2022, o número de estabelecimentos em atividade aumentou 13,1% face a 2021, aproximando-se dos 7.100., com a atividade hoteleira bastante concentrada nas zonas do Algarve (quase 29% das camas disponíveis), Lisboa e Norte, com cerca de 21% e 18%, respetivamente, e na zona Centro, com 14%.

No ranking das tipologias, mais de metade do total de camas correspondia, em 2022, a hotéis, seguindo-se as unidades de alojamento local, com 18,1%, os aparthotéis, com 10,1%, os apartamentos turísticos (7,7%), os estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação (6,6%), os aldeamentos turísticos (4%) e as pousadas (0,9%).

 

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Carolina Morgado

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Portugueses realizaram 23,7 milhões de viagens em 2023

Em 2023, as viagens realizadas pelos residentes em Portugal cresceram 4,6% e atingiram um total de 23,7 milhões, no entanto ainda abaixo dos registos de 2019 (-3,2%). Se no país as viagens aumentaram 2,4%, ao estrangeiro subiram 21,5%, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, que classifica estes de máximos históricos.

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Dados do INE sobre a procura turística dos residentes referentes ao ano de 2023, publicados esta sexta-feira, revelam que o a alojamento particular gratuito, com 61,3% das preferências, aumentou a sua expressão, (+0,2 p.p. face a 2022), enquanto a duração média das viagens foi de 4,08 noites, contra 4,18 noites no ano anterior. Espanha (41,6%; +3,2 p.p.), França (10,1%, -0,7 p.p.) e Itália (6,9%, +0,2 p.p.) mantiveram-se como os principais países de destino nas deslocações dos residentes ao estrangeiro, tendo a União Europeia representado 79% do total de viagens ao estrangeiro. Na totalidade do ano de 2023 (resultados provisórios), realizaram-se 23,7 milhões de viagens, o que representa um aumento de 4,6% face a 2022 (-3,2% face a 2019).

Avança o INE que no total do ano passado, o motivo de 50,1% das viagens foi o “lazer, recreio ou férias” correspondendo a 11,9 milhões de viagens, +4,1% quando comparado com o 2022, mas -2,0% face à pré-pandemia. A “visita a familiares ou amigos” foi o segundo principal motivo para viajar (38,2%), tendo sido contabilizadas 9,0 milhões de viagens. Os motivos “profissionais ou de negócios” representaram 7,2% do total (1,7 milhões de viagens), tendo aumentado 4,9% face a 2022, mas com uma quebra de 15,5% face ao período pré-pandemia.

No período em análise, as viagens nacionais cresceram 2,4% (-4,3% face a 2019), representando 86,4% do total (-1,9 p.p.), as viagens ao estrangeiro aumentaram 21,5% (+4,1% comparando com 2019). A região Centro manteve a 1ª posição como principal destino das viagens realizadas em território nacional, concentrando 29,8% do total (-0,5 p.p. face a 2022), seguindo-se o Norte (23,7% do total), que ganhou representatividade face ao ano anterior (+2,4 p.p.).

No total do ano 2023, em 38,9% do total das viagens (+1,6 p.p. face a 2022), os residentes optaram por recorrer a serviços de marcação prévia, sendo que nas viagens ao estrangeiro esta foi a opção em 92,2% (-0,9 p.p.) das situações. O recurso à internet ocorreu em 25,7% (+0,5 p.p.) das viagens, 19,2% nas que tiveram como destino Portugal (-0,2 p.p.) e 66,9% nas viagens ao estrangeiro (-1,8 p.p.).

Só no 4º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,1 milhões de viagens, o que correspondeu a um crescimento de 2,9%. As viagens em território nacional corresponderam a 86,7% das deslocações (4,5 milhões), tendo aumentado 1,5%. As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 12,9%, totalizando 683,6 mil viagens, o que correspondeu a 13,3% do total.

O recurso à internet na organização de viagens continuou a ganhar expressão, no 4º trimestre de 2023, principalmente nas deslocações ao estrangeiro (35,3% das viagens foram efetuadas recorrendo à marcação prévia de serviços), enquanto a reserva antecipada de serviços esteve associada a 26,5% das deslocações em território nacional.

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Destinos

Allianz Partners regista crescimento em todos os segmentos de negócio

Em 2023, a Allianz Partners registou um desempenho recorde, com crescimento em todos os segmentos de negócio. A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023.

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A Allianz Partners acaba de apresentar os resultados financeiros de 2023, registando 9,3 mil milhões de euros em receitas totais e um lucro operacional de 301,2 milhões de euros. Este é o desempenho financeiro mais forte da história da Allianz Partners. Todas as linhas de negócio registaram um crescimento sustentado, impulsionado pelo aumento das viagens internacionais, crescimento de dois dígitos em mobilidade e assistência e crescimento recorde de 23,4% no negócio de saúde da Allianz Partners. Quase 73 milhões de casos de assistência foram tratados globalmente em 2023, o equivalente a 200 mil casos por dia.

A área dos seguros de viagem registou um aumento de 8,0%, com 3,297 mil milhões de euros de receitas em 2023. Esta evolução significativa foi impulsionada pelo crescimento na Ásia-Pacífico, América do Norte e Europa. A recuperação do setor das viagens na Austrália e na Nova Zelândia impulsionou o crescimento das viagens, na sequência do fim de todas as restrições à entrada e saída de viajantes. O desempenho das viagens na América do Norte manteve-se, contribuindo para um novo aumento dos canais offline e do negócio B2C. O crescimento europeu foi impulsionado principalmente pelo setor dos serviços financeiros no Reino Unido, juntamente com as companhias aéreas e as agências de viagens em França. Com o recente lançamento da aplicação móvel Allyz, a Allianz Partners continua a sua expansão e investimento em plataformas digitais para clientes.

 

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Aviação

Azul celebra mais de 191 mil passageiros no primeiro aniversário da rota para Paris

A Azul abriu a rota para Paris a 26 de abril de 2023 e, ao longo do primeiro ano de operação, realizou 308 voos e transportou mais de 191 mil passageiros para a capital francesa.

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A Azul Linhas Aéreas Brasileiras está a assinalar esta sexta-feira, 26 de abril, o primeiro aniversário da rota para Paris-Orly, França, período ao longo do qual a transportadora aérea realizou 308 voos para a capital francesa e transportou mais de 191 mil passageiros.

“Os resultados do nosso voo para Paris superaram todas as expectativas, mesmo sendo uma das cidades mais turísticas do mundo. Construímos as nossas operações com base na conectividade, aproximando regiões que antes estavam isoladas, e hoje estamos mais próximos da Europa. Desde o início deste mês, passamos a operar mais uma frequência semanal para garantir ainda mais opções para os nossos clientes”, congratula-se André Mercadante, diretor de Planeamento da Azul.

A Azul começou a operar a rota para Paris com seis voos por semana, número que passou, entretanto, para sete voos semanais, que partem do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo, pelas 17h50, chegando à capital francesa às 10h20. Em sentido inverso, a partida de Paris decorre às 12h50, chegando em Campinas às 19h50.

A Azul é atualmente a única companhia aérea brasileira que voa diretamente para Paris, cidade que vai receber, este ano, os Jogos Olímpicos, aos quais a Azul também associou, sendo patrocinadora oficial da seleção brasileira e assinalando o evento com menus especiais a bordo dos seus voos.

 

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Octant Hotels promove-se nos EUA

A Octant Hotels apresentou as suas oito unidades em dois eventos nos EUA que passaram por Chicago e Boston, entre 16 e 18 de abril, e nos quais foram também dados a conhecer os pilares da marca.

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A Octant Hotels promoveu, entre 16 e 18 de abril, um evento promocional nos EUA, que serviu para dar continuidade à estratégia de apresentação dos hotéis da marca no mercado internacional e que passou pelas cidades de Chicago e Boston.

Num comunicado enviado à imprensa, a Octant Hotels explica que “esta aproximação ao mercado estadunidense permitiu demonstrar a hospitalidade portuguesa e destacar as várias regiões e tradições de Portugal”.  

Além de dar a conhecer as unidades da marca, o evento serviu também para apresentar os dois pilares da Octant Hotels, concretamente o localismo e a liberdade, contando ainda com um momento gastronómico a cargo do chef Paulo Leite, chef executivo do Octant Ponta Delgada.   

O evento contou com a participação Luís Mexia Alves, CEO da Discovery Hotel Management (DHM); Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM; e Gonçalo Mexia Alves, Head of Sales da DHM.

“Cada hotel Octant é único e irrepetível e traz uma oferta inovadora, com experiências autênticas e singulares, pois não existem dois Octant iguais, pela sua localização, a sua história, as tradições e as suas gentes. Ter dado a  conhecer os nossos pilares de localismo e liberdade num mercado tão importante como o do Estados Unidos, permitiu uma aproximação às nossas raízes e à cultura portuguesa”, refere Filipe Bonina, diretor de Marketing da DHM.

Recorde-se que a Octant Hotels conta atualmente com oito unidades hoteleiras que oferecem 539 quartos em Portugal, localizando-se de norte a sul do país, incluindo a ilha de S. Miguel, nos Açores.   

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“A promoção na Europa não pode ser só Macau”

Depois de anunciar a cimeira da ECTAA em Macau, em 2025, Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da DST de Macau, admitiu que a promoção de Macau terá de passar por uma maior complementaridade de destinos e não limitar-se somente a Macau”.

Victor Jorge

A promoção de Macau na Europa é uma realidade e a parceira com a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) tem contribuído para esta evidência. Maria Helena de Senna Fernandes, diretora da Direção dos Serviços de Turismo (DST) de Macau, explicou isso mesma durante a abertura da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau, ao frisar que “a APAVT foi um grande parceiro durante muitos anos, mesmo antes da transferência [da soberania de Macau de Portugal para a República Popular da China em 20 de dezembro de 1999] até agora e ajudou-nos, para além de Portugal, a abrir a porta para a Europa”.

A vinda do congresso da APAVT e da cimeira da ECTAA para Macau, em 2025, é, por isso, vista por Senna Fernandes como “um passo importante e que temos vindo a realizar em parceria com a APAVT tanto nas iniciativas em Portugal [Roadshow e BTL] como em Espanha [FITUR]”.

Quanto às possíveis melhorias de conectividade entre Portugal e Macau, Senna de Fernandes admitiu que “esse é o nosso grande sonho”, revelando que “ainda não há muitos avanços a este nível, mas passo a passo, espero que as ligações melhorem”.

A caminho pode estar, no entanto, um voo da Air Macau com ligação a Istambul (Turquia) que a diretora da DST espera que possa acontecer “ainda este ano de 2024” e que é considerado como “mais um passo em frente”. “Estamos sempre de braços abertos, mas claro que as companhias aéreas têm os seus cálculos e nós percebemos esta situação”.

A melhoria, ou melhor, a facilidade de ligação de Hong Kong a Macau também foi assinalada como mais um passo para atrair os turistas a visitar Macau, além de Senna Fernandes considerar que “a forma como Macau está a promover-se na Europa também terá de ser integrada com outros destinos”.

“A promoção na Europa não pode ser só Macau, porque quem faz uma viagem de longo curso não está só à procura de um destino, também quererá visitar a China, Hong Kong, a Grande Bahia, por exemplo”, concluiu a diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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APAVT destaca “papel principal” da associação na promoção de Macau no mercado europeu

No dia da abertura da 12.ª edição da MITE, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, destacou o papel da associação no posicionamento de Macau no mercado europeu. A organização do congresso da APAVT e cimeira da ECTAA, ambas em 2025, são consideradas boas plataformas para a promoção junto dos diversos mercados da Europa.

Victor Jorge

A 12.ª edição da MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – serviu para o anúncio da cimeira da ECTAA, bem com de Macau como “Destino Preferido” para 2025.

Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), referiu, no discurso de abertura e deste anúncio que se trata de uma “grande oportunidade de juntar um importante mercado de origem – Europa – e os destinos turísticos de Macau, fazendo essa extensão lógica a toda a China”.

Na realidade, a APAVT, que realizará o 50.ª congresso precisamente em Macau, em 2025, teve “o papel principal”, segundo o presidente das APAVT, no que será a realização da cimeira da ECTAA em Macau, frisando Pedro Costa Ferreira que “tivemos a ideia, colocámo-la primeiramente a Macau, tentando perceber se havia interesse, e havendo todo o interesse, colocámo-la ECTAA que respondeu, desde logo, de forma positiva”.

“Sentimos que existe um estreito laço de confiança entre a APAVT e o Turismo de Macau que, como todos os laços de confiança que são fortes, demorou algum tempo a reformar-se, mas que parece estar hoje no ponto fortalecer-se”.

De resto, Pedro Costa Ferreira salientou que a relação próxima entre a APAVT e Macau passa, justamente, por “Portugal constituir uma porta de entrada para a China, mas também Portugal ser visto como porta de entrada para a Europa. Se olharmos para a China enquanto mercado emissor, é só o primeiro mercado emissor mundial. Portanto, todos terão interesse em implementar este tipo de relação”.

Quanto ao que poderia aumentar o número de turistas portugueses em Macau, o presidente da APAVT é lacónico: “comunicação, comunicação, comunicação e, depois, estruturação de oferta”.

“A comunicação é fundamental porque a verdade é que Macau, apesar de tudo, quando se fala do Oriente, não está no top of mind dos portugueses”, considera Pedro Costa Ferreira. “Depois é preciso conhecimento e não foi por acaso que apostámos [APAVT] no e-learning”, até porque, de acordo com o presidente da APAVT, “os agentes de viagens costumam vender o que conhecem e sentem-se confiantes a vender o que conhecem. Portanto, sem conhecer fica mais difícil” e, por isso, a vinda de agentes de viagens à MITE “ajuda a conhecer a oferta existente”.

Já no que toca à estruturação de produto, “Macau não deve ser visto como um destino per si para o mercado emissor europeu, nem mesmo para o português”, admite Pedro Costa Ferreira, salientando que “o português pode ter um tempo médio de estadia um pouco mais prolongado em Macau, mas o que faz sentido é juntar Macau com outras realidades, sejam elas de pura praia, quer realidades mais culturais e mais recentes do ponto de vista das tradições do turista europeu, que é a própria China”.

Para isso, é, no entanto, necessária conectividade, assinalando Pedro Costa Ferreira que “um voo direto [Portugal – Macau] ajudaria imenso”.

*O Publituris viajou para a MITE – Expo Internacional de Turismo (Indústria) de Macau – a convite da APAVT. 
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Comitiva portuguesa visita MITE a convite da APAVT

Segundo a APAVT, esta missão internacional a Macau visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

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A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) está a promover uma missão internacional a Macau, que conta com  o apoio do Turismo de Macau e que vai passar pela MITE-Macau International Travel Exhibition, que decorre entre 26 e 28 de abril.

Segundo um comunicado divulgado pela associação, esta missão internacional a Macau conta com uma comitiva de associados e líderes da distribuição europeia e visa “promover o intercâmbio entre as agências e operadores turísticos portugueses e as suas congéneres em Macau”, no âmbito do programa «Macau: Destino Preferido da APAVT 2024».

“Pela primeira vez, e por iniciativa da APAVT, a comitiva incluirá também representantes da nossa congénere espanhola, a CEAV, bem como da ECTAA-Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos, num esforço conjunto para promover o desenvolvimento das relações turísticas entre Macau e o mercado europeu. A comitiva é composta por um total de três dezenas de profissionais do setor, especialmente convidados por Macau”, detalha a APAVT.

Além da visita à feira de turismo de Macau, os participantes nesta missão internacional contam com um “intenso programa que inclui encontros B2B e outras iniciativas que visam reforçar as relações bilaterais e estabelecer novas parcerias estratégicas, com vista ao incremento do volume de turismo, nos dois sentidos”.

“É conhecida a proximidade entre a APAVT e Macau, proximidade construída através de trabalho conjunto contínuo, sempre com o objetivo de incrementar os fluxos turísticos entre Portugal , Macau e a China em geral. A atual comitiva é um passo em frente muito significativo neste trabalho conjunto, ao alargar o esforço de aproximação a duas comunidades internacionais que integramos e muito prezamos – a Aliança Ibérica, constituída pela APAVT e a espanhola CEAV, e a ECTAA”, afirma Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT.

*O Publituris foi um dos convidados pela APAVT para integrar esta missão empresarial a Macau, sobre a qual vai ser possível saber mais nas próximas edições do jornal Publituris.

 

 

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