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TAP não está a “assistir a nenhum abrandamento” para 2024, garante CEO
À margem do tradicional almoço de Natal para a comunicação social, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, falou sobre as previsões para 2024, sobre a privatização e sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa.
Inês de Matos
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Apesar das previsões que apontam para um abrandamento económico para 2024, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, assegurou esta terça-feira, 12 de dezembro, que a companhia aérea não está a “assistir a nenhum abrandamento” para o próximo ano, que espera que volte a ser positivo.
“Essas previsões já vêm desde há muito tempo mas nós temos as reservas que vemos no nosso sistema e não estamos a assistir a nenhum abrandamento”, garantiu o responsável, durante um almoço de Natal que a companhia aérea de bandeira nacional promoveu para a comunicação social.
Luís Rodrigues explicou que a TAP espera “fechar bem o ano” de 2023, uma vez que os resultados até setembro foram “animadores” e, numa altura em que faltam apenas duas semanas para o final do ano, “não há nenhuma razão para acreditar que, no último trimestre, não continuem a bom ritmo”.
Luís Rodrigues mostrou-se também otimista quanto a 2024, que considera que “pode ser um bom ano”, apesar de defender que é “prematuro” traçar expectativas, uma vez que existem “muitas variáveis em cima da mesa”.
“Mas estamos a trabalhar para um bom ano”, acrescentou, indicando que a TAP precisa de ser habituar a ter um “crescimento moderado”, na ordem dos 3% a 4% ao ano, ainda que as perspectivas para o próximo ano indiquem que o orçamento possa ser “um bocadinho mais agressivo que isso”.
O CEO da TAP considera que os bons resultados tornam a companhia aérea de bandeira nacional mais atrativa para a privatização, apesar de recusar revelar para qual dos interessados na transportadora vai a sua preferência.
“Tivemos bons resultados económico-financeiros em 2022, acredito que vamos tê-los em 2023 e em 2024. Três anos seguidos é um excelente percurso”, realçou.
Mais duvidas parece ter o responsável em relação à data da privatização, nomeadamente quanto à possibilidade de ela acontecer ainda em 2024, até porque, explicou, o país vai estar em campanha eleitoral durante os próximos seis meses e “muita coisa pode acontecer”.
“Não descarto nada, mas não depende de nós. É uma decisão do acionista, fácil não é porque vamos ter um governo, se tudo correr bem, em abril ou maio. Ficam a faltar poucos meses para o final do ano e temos um verão sempre muito intenso. Portanto, é possível mas não é fácil, mas não é uma decisão nossa”, afirmou.
Já em relação à localização do futuro aeroporto de Lisboa, Luís Rodrigues foi menos claro e disse apenas que “a TAP não se prenuncia sobre isso” e só pede que, a nível operacional, “as condições sejam iguais para todos”.
“A TAP só quer que o aeroporto tenhas as condições de operacionalidade e eficiência que qualquer aeroporto de uma cidade civilizada e moderna da Europa ocidental tem de ter”, explicou.