OMT lança agenda de ação para turismo acessível
Com 1,3 mil milhões de pessoas a nível mundial estimadas como tendo uma deficiência significativa, a Organização Mundial do Turismo (OMT) juntou-se novamente a parceiros-chave para tornar o turismo mais acessível a todos.
![Publituris](https://backoffice.publituris.pt/app/uploads/2023/10/P_redes_sociais-120x120.jpg)
Publituris
Ávoris reafirma intenção de “fortalecer e expandir operações em Portugal”
Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, é capa da Nova Edição da Publituris Hotelaria
EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo
Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’
Turismo de Portugal apoia formação em Angola
Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF
Lusófona participa no projeto FUTOURWORK para promover bem-estar e melhores condições de trabalho no Turismo e Hospitalidade
Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024
Porto recebe “Prides” europeus
Quase 60% dos viajantes dizem sentir-se sobrecarregados pelo excesso de opções
A Conferência da Organização Mundial do Turismo (OMT) sobre Turismo Acessível, realizada em São Marino de 16 a 17 de novembro, promovida pelo Ministério do Turismo da Itália e em parceria com o Centro Europeu de Recursos de Acessibilidade – AccessibleEU, resultou na Agenda de São Marino, um plano de ação para a inclusão de pessoas com deficiência em todas as áreas do setor do turismo.
No evento de dois dias, mais de 200 delegados discutiram avanços políticos, como a norma internacional ISO 21902, que atende tanto às comunidades anfitriãs como aos visitantes, e abrange toda a cadeia de valor do turismo.
A inovação no turismo acessível foi um dos temas centrais, com os oradores de uma mesa-redonda ministerial para discutir o papel dos governos na promoção da acessibilidade através de políticas, estratégias e normas, a apresentarem novas soluções no acesso aos transportes, lazer, MICE e serviços turísticos. Estas incluíram a ajuda do SEATRAC a utilizadores de cadeiras de rodas a tomar banho na Grécia, pontos de contacto Braille em toda a cidade e os primeiros guias turísticos certificados para cegos na Cidade do Cabo, e a zona portuária totalmente acessível em Rimini.
No entanto, a acessibilidade ainda não é vista como um fator de mudança por todos os destinos, apesar de um mercado de 1,3 mil milhões de pessoas com deficiência significativa, em 2023, e de 1 em cada 6 pessoas atingir a idade de 65 anos em 2050.
Só na Europa, os “Baby Boomers” já representam mais de um terço da população da UE e 70% dos cidadãos da UE com deficiência têm meios financeiros para viajar.
Especialistas na área discutiram a melhor forma de atender a este mercado crescente e oferecer experiências turísticas no espírito do “Design Universal”, para que possam ser desfrutadas por todas as pessoas, com ou sem deficiência. Os debates centraram-se também na importância da inclusão social e da acessibilidade para o turismo sustentável e nos enormes benefícios económicos que o setor pode colher ao implementar melhores medidas de acesso.
Agenda de Ação de São Marino 2030
A Agenda de Ação é vista como um fator de mudança para a inclusão das pessoas com deficiência e para a contribuição do turismo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com o compromisso dos participantes na conferência de alcançar resultados concretos.
Inclui medidas para promover a formação, desenvolver sistemas de medição e aumentar a sensibilização da indústria para as vantagens de um local de trabalho diversificado.
As partes interessadas alinharão as suas estratégias comerciais e de marketing e utilizarão soluções digitais para ajudar as experiências acessíveis a chegar a todos os clientes e a integrar a acessibilidade nos seus processos de desenvolvimento de produtos e de tomada de decisão.
Como parte do legado da conferência, um Compêndio de Melhores Práticas apresentado em São Marino será publicado pela OMT em 2024, em colaboração com AccessibleEU e ENAT.
Mais investigação sobre acessibilidade na cultura e no turismo baseado na natureza, soluções digitais e outras boas práticas também serão concluídas nos próximos anos.