TAP “voa” para resultados trimestrais recorde
A TAP registou os lucros mais altos desde que há registos trimestrais. No terceiro trimestre os resultados líquidos atingiram os 180,5 milhões de euros, fazendo com que no acumulado do ano os lucros totalizem 203,5 milhões de euros.

Victor Jorge
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180,5 milhões de euros de lucro no terceiro trimestre de 2023 e 203,5 milhões de euros de lucro no acumulado do ano (janeiro – setembro) de 2023. Estes foram os resultados que a TAP Air Portugal apresentou esta terça-feira, 24 de outubro.
Se no primeiro caso, as contas ditam um crescimento de 62,2% face aos 111,3 milhões de período homólogo de 2022, ou seja, mais 69,2 milhões de euros, já no acumulado dos primeiros nove meses de 2023 a subida foi superior a 200% em comparação com o prejuízo de 90,8 milhões de euros apresentado no acumulado dos três primeiros trimestres de 2022, o que equivale dizer que a companhia aérea nacional subiu em 294,3 milhões de euros os resultados líquidos.
Em comunicado, Luís Rodrigues, presidente executivo da TAP, refere que “os resultados do 3.º trimestre são encorajadores e validam o foco da organização em executar um bom verão para os nossos passageiros”.
Analisando os resultados, as receitas operacionais aumentaram em 12,5% em comparação com o 3.º trimestre de 2022, tendo aumentado em 139,5 milhões de euros para 1.258,5 milhões de euros, ultrapassando e representando 121% das receitas operacionais do 3.º trimestre de 2019. “Este aumento deveu-se maioritariamente ao aumento das yields juntamente com um aumento da capacidade”, salienta a companhia no comunicado.
Relativamente às receitas do segmento de passageiros, estas registaram um aumento de 179,4 milhões de euros (+17,9%) face ao 3.º trimestre de 2022 para 1.181,3 milhões de euros, gerando um PRASK (Passenger Revenue per Available Seat – Receitas de Passageiros divididas por Lugar-Quilómetro) de 8,13 euros – um aumento de 8,2% (+ 0,61 euros) quando comparado com o 3.º trimestre de 2022 e 33,3% (+2,03 euros) com o 3. Trimestre de 2019.
No 3. Trimestre de 2023, a TAP indica que o número de passageiros transportados aumentou em 5,2% comparando com o mesmo período de 2022, enquanto foram operados 5,7% mais voos do que o terceiro trimestre de 2022. Comparando com os níveis pré-crise (3T19), o número de passageiros atingiu 90% e os voos operados 86%.
Assim, o relatório mostra que no terceiro trimestre de 2023 a TAP transportou 4,543 milhões de passageiros, contra os 4,320 milhões do mesmo período de 2022.
Os custos operacionais recorrentes atingiram, por sua vez, os 982,2 milhões de euros, representando um aumento de 1,7% ou de 16 milhões de euros em comparação com o terceiro trimestre de 2022. “Esta variação resulta principalmente do aumento dos custos operacionais de tráfego (um aumento de 45,8 milhões de euros ou 20,8%), refletindo maiores níveis de atividade, e do aumento dos custos com o pessoal (um aumento de 64,5 milhões de euros ou 60,5%) devido à continuação da reposição da maioria dos cortes sobre as remunerações, contrabalançada maioritariamente pela redução do custo com combustível (uma diminuição de 86,4 milhões de euros ou 23,2%) devido a um preço mais baixo do jet fuel neste trimestre em comparação com o 3.º trimestre de 2022”, refere a companhia aérea no comunicado.
Quando comparado com o mesmo período de 2019, os custos operacionais recorrentes aumentaram 7,8%, principalmente devido ao aumento dos custos com combustíveis e custos operacionais de tráfego.
Nove meses históricos
Já no que diz respeito ao acumulado do exercício de 2023 (janeiro – setembro), os 203,5 milhões de resultado líquido alcançado, representa, segundo a TAP, “um feito histórico uma vez que é o primeiro resultado líquido positivo nos primeiros nove meses (desde que são publicados resultados trimestrais)”. Recorde-se que comparação com o ano anterior, os lucros aumentaram 294,3 milhões de euros face aos 90,8 milhões de euros negativos do mesmo período de 2022, e um aumento de 314,3 milhões de euros em relação a 2019, no qual a companhia aérea tinha registado um resultado igualmente negativo de 110,8 milhões de euros.
Nestes primeiros nove meses de 2023, a TAP transportou um total de 12,1 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 19,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 94% dos valores alcançados em 2019. Durante este período de 2023, o número total de voos operados também aumentou em 13,2%, atingindo 88% dos níveis pré-crise.
A capacidade superou os níveis pré-crise, atingindo 101%, representando um aumento de 16,5% face aos nove primeiros meses de 2022, aumentando o load factor em 2,4 p.p. em termos homólogos, atingindo 81,9% nos nove meses de 2023, melhorando também em 0,9 p.p. face aos primeiros nove meses de 2019.
Nos primeiros nove meses de 2023, as receitas operacionais totalizaram 3.164,7 milhões de euros, o que representou um aumento de 29,7% face aos primeiros nove meses de 2022 e um aumento de 27,1% face ao mesmo período de 2019.
Os custos operacionais recorrentes aumentaram 20,9%, atingindo 2.764 milhões de euros.
“Estamos a dar sólidos passos para melhorar a robustez das nossas operações e a qualidade do serviço que prestamos aos nossos passageiros, acelerando a recuperação dos dois últimos difíceis anos. O aumento significativo das receitas, suportado por margens operacionais resilientes e um forte trajeto de desalavancagem, provam a solidez financeira do Grupo num contexto desafiante. Neste caminho contamos com o empenho e dedicação de todos os nossos trabalhadores, de forma a estabelecermos, em conjunto, a TAP como uma referência no sector”, conclui Luís Rodrigues.
De referir ainda que, de uma perspetiva operacional, não houve alterações na rede durante o terceiro trimestre. Relativamente à frota operacional, esta era composta por 98 aeronaves, a 30 de setembro de 2023, sendo que 68% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da Família NEO (face a 66% a 30 de setembro de 2022 e 33% a 30 de setembro de 2019).