Brasil projeta dobro de estrangeiros e 9 mil milhões de dólares em receitas com turismo até 2027
Estas são as metas do turismo do Brasil para o próximo quadriénio, de acordo o Plano Plurianual (PPA), detalhadas pelo presidente da Embratur, Marcelo Freixo: Dobrar o número de turistas estrangeiros e chegar aos nove mil milhões de dólares em receitas turísticas até 2027.
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende mais do que duplicar a entrada de turistas estrangeiros no Brasil e atingir um volume anual de 8,1 milhões de visitantes em 2027.
A marca recorde até hoje foi verificada em 2018, quando 6,6 milhões de turistas internacionais visitaram o Brasil, mas esse fluxo começou a encolher antes mesmo da pandemia e intensificou-se com as restrições sanitárias. No ano passado, foram apenas 3,6 milhões de estrangeiros.
As metas para o próximo quadriénio estão no Plano Plurianual (PPA) enviado pelo governo ao Congresso Nacional e foram detalhadas pelo presidente da Embratur, Marcelo Freixo, em entrevista à CNN.
De acordo com Freixo, vários fatores ajudam a explicar essa perspectiva de crescimento no turismo recetivo brasileiro. Em primeiro lugar mencionou a “recuperação da imagem” do país, com menos polémicas na política externa, e o custo ainda favorável para os visitantes (com o real ainda bastante abaixo face ao dólar).
O presidente da Embratur acrescenta outros dois movimentos importantes para a atração de mais turistas: conectividade da rede aérea e um trabalho mais focado da agência em feiras promocionais no exterior.
Foram definidos 25 mercados estratégicos, divididos em três categorias, onde a Embratur irá reforçar a sua estratégia de promoção: Mercados consolidados (onde o esforço será para explorar destinos regionais e desenvolver ofertas específicas); Mercados em crescimento ou consolidação; Mercados exploratórios (com boas possibilidades de crescimento no longo prazo).
Na primeira categoria estão países como Portugal e Argentina. Na segunda estão outros europeus, Estados Unidos, México e Peru. Na terceira encontram-se Japão, China, Canadá e Austrália.
No caso das ligações aéreas para o destino, a previsão de Freixo é de 65 mil voos internacionais este ano de e para o Brasil, com um acréscimo de 40% face ao ano passado, o que se traduz em cerca de três milhões de assentos adicionais, como os de Portugal já anunciados tanto pela TAP como por outras companhias aéreas brasileiras que asseguram as ligações entre o nosso país e o Brasil.
No entanto, os números de 2023 já são bastante animadores. De janeiro a agosto, entraram no país cerca de quatro milhões de turistas estrangeiros — marca que já supera a registada em todo o ano passado e também verificava imediatamente antes da pandemia. Foram 4,4 mil milhões em receitas com o turismo internacional (38% a mais do que nos oito primeiros meses de 2022).
“A Embratur atua no sentido de fortalecer a imagem de um novo Brasil para o mundo, o Brasil com S, com compromisso climático, valorização da diversidade da nossa cultura e do nosso povo”, disse o responsável, acrescento, na mesma entrevista que “o nosso foco é diversificar os produtos turísticos brasileiros, falar de sol e praia, mas também de cultura, natureza, aventura, gastronomia”.