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Análise

“O apoio do setor bancário desempenha um papel crucial na sustentabilidade e na competitividade do setor do Turismo”

A chegada da pandemia viu o setor do Turismo (e não só) a necessitar de diversos apoios para fazer face à “calamidade” que se abateu sob o a economia. A banca teve um papel fundamental durante os quase três anos de COVID-19. O PUBLITURIS falou com José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, para saber como é que a banca continuará a apoiar o Turismo.

Victor Jorge
Análise

“O apoio do setor bancário desempenha um papel crucial na sustentabilidade e na competitividade do setor do Turismo”

A chegada da pandemia viu o setor do Turismo (e não só) a necessitar de diversos apoios para fazer face à “calamidade” que se abateu sob o a economia. A banca teve um papel fundamental durante os quase três anos de COVID-19. O PUBLITURIS falou com José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, para saber como é que a banca continuará a apoiar o Turismo.

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Quando em março de 2020 a COVID-19 se abateu sob Portugal – já tinha surgido noutros países -, os balanços das mais diversas empresas que operam no setor do Turismo foram fortemente impactados. Durante meses ouviu-se falar em diversas linhas de apoio e a necessidade de quem estava “no terreno” em ser apoiado.

Os números indicam que, desde o início de 2020, quando a COVID apareceu, foram destinados 2,8 mil milhões de euros ao setor do Turismo, dos quais 800 milhões de euros a fundo perdido, beneficiando perto de 43.000 empresas.

Finda, oficialmente, a pandemia, as “economias” das empresas ainda sofre e, por isso, o jornal PUBLITURIS foi tentar saber junto de José Gonçalves, diretor de Marketing de Empresas do novobanco, que tipo de apoios foram dados ao longo da pandemia e os que perduram depois do final desta.

A pandemia trouxe novas ou outras necessidades e exigências por parte do setor do Turismo em Portugal. Que necessidades e/ou exigências foram essas e como é que a o novobanco deu resposta?
A pandemia Covid-19 teve um impacto significativo no setor do Turismo a nível global, incluindo Portugal, com necessidade de ajustar os modelos de negócio dos operadores do setor, de forma a conseguir dar resposta às novas exigências decorrentes do contexto económico e sanitário. A pandemia trouxe, por isso, vários desafios ao setor do Turismo como, por exemplo, a necessidade de implementar medidas de segurança sanitária e novos protocolos de higiene nos hotéis, restaurantes, transportes e atrações turísticas.

Além disso, a flexibilidade de reservas e novas políticas de cancelamento, uma vez que os clientes passaram a dar maior importância à flexibilidade de reservas e cancelamentos sem penalização, a requalificação dos recursos humanos, com as flutuações na procura e o redesenho dos modelos de negócio a levar à necessidade de criar novas funções mais adequadas à nova realidade.

Estes desafios implicaram maior investimento por parte das empresas, dos quais se destacaram a alterações na procura, com o Turismo de natureza e o Turismo doméstico a conquistarem as preferências dos clientes.

Também a digitalização e novas tecnologias, de forma a reduzir o contacto físico (ex.: check-in online, pagamentos contactless, aumento das aplicações mobile para gestão de reservas e servicing, entre outros), fizeram com que as empresas precisassem de reinventar os processos e investir em novas ferramentas.

A sustentabilidade e responsabilidade social, com a pandemia a reforçar a importância da adoção de práticas sustentáveis pelos operadores turísticos, assim como o papel das empresas no apoio às comunidades locais em momentos de dificuldade, como foi o caso da pandemia Covid-19, foram outros investimentos necessários.

As empresas tiveram de se adaptar a estas novas exigências, com impacto no modelo de negócio, na previsibilidade das receitas e nos investimentos necessários para ir de encontro às necessidades da nova realidade.

No novobanco, estivemos e estamos comprometidos com as empresas do Turismo, disponibilizando um conjunto de soluções de financiamento para apoiar as necessidades de curto-prazo, reforçando a liquidez das empresas, num momento particularmente desafiante. No período da pandemia, respondemos de forma célere às necessidades dos clientes, através de soluções de Factoring e Confirming, e com o desembolso das Linhas de Apoio à Economia Covid-19, em parceria com o Banco Português de Fomento e Turismo de Portugal.

Em Portugal, no setor do Turismo, a procura pelas linhas de apoio disponibilizadas pelo setor bancário foi relativamente transversal entre os diversos subsetores

Ainda durante a pandemia, a capacidade de resposta às solicitações foi uma das grandes reivindicações por parte das empresas do setor do Turismo. Que desafios foram colocados na altura?
Durante a pandemia Covid-19, a incerteza, as restrições sanitárias e o abrandamento brusco da economia e da atividade das empresas, levaram a um conjunto de desafios complexos, comprometendo a capacidade de resposta e a agilidade e flexibilidade que os tempos exigiam. As constantes mudanças nas regulamentações do Governo, as restrições nas viagens e na circulação, as medidas sanitárias rigorosas e a corrida aos cancelamentos e remarcações de reservas, constituíram um desafio, não só para a atividade das empresas do Turismo, mas também para o normal funcionamento do setor bancário.

No caso do novobanco, mesmo num ambiente de incerteza e com inúmeras limitações, adaptámos o nosso modelo de serviço, com adoção do teletrabalho, e conseguimos garantir um prazo de resposta alinhado com a urgência do contexto. Disponibilizamos as Linhas de Apoio à Economia Covid-19, com um processo de contratação desmaterializado e simplificado, e executamos um número recorde de moratórias de crédito, um instrumento crucial para garantir a liquidez das Empresas e o funcionamento da atividade. Mesmo com um volume recorde de novas operações de crédito, em paralelo com um volume recorde de moratórias de crédito, fomos capazes de estar ao lado dos clientes, dizendo presente no apoio à economia portuguesa.

No setor do Turismo em Portugal, quem recorreu mais às linhas do novobanco: hotelaria, agências de viagem, operadores, restauração …?
Em Portugal, no setor do Turismo, a procura pelas linhas de apoio disponibilizadas pelo setor bancário foi relativamente transversal entre os diversos subsetores. Durante períodos de desafios económicos, como foi a crise causada pela pandemia, tanto a Hotelaria como as Agências de Viagem e a Restauração demonstraram interesse em aceder a soluções de financiamento para lidar com as consequências sobre a sua atividade e reforçar a tesouraria, num contexto de incerteza.

A Hotelaria, por exemplo, procurou financiamento para mitigar a diminuição da procura e as restrições de viagens e circulação. As Agências de Viagem e os Operadores Turísticos, por sua vez, enfrentaram cancelamentos e adiamentos de viagens, levando-os a recorrer a financiamento para garantir a liquidez necessária para manter a atividade. Além disso, os estabelecimentos de Restauração também enfrentaram fortes restrições e uma abrupta diminuição no número de clientes, o que levou muitas empresas a procurar apoio financeiro para manter as suas atividades. Em conjunto, estes subsetores representaram cerca de 15% do total de apoios no âmbito das Linhas Covid-19 no novobanco, com a Hotelaria e a Restauração a representarem mais de 90% do total de apoios concedidos a estes subsetores.

No entanto, é importante sublinhar que a natureza transversal da procura por soluções de financiamento não implica que todos os subsetores tenham enfrentado as mesmas dificuldades. As circunstâncias específicas de cada subsetor, bem como a dimensão, localização e modelo de negócio das empresas, influenciaram a decisão e a necessidade de recorrer a soluções de financiamento bancário.

A capitalização das empresas portuguesas e o acesso a linhas de financiamento foram e podem continuar a ser um desafio para muitas empresas no setor do Turismo

Depois da “tempestade”
Passado o pior, ou seja, com a saída oficial da pandemia, que necessidades e/ou exigências possuem os agentes do setor do Turismo atualmente?
A pandemia Covid-19 trouxe um conjunto de novas exigências e novos desafios ao setor do Turismo, sendo que algumas empresas conseguiram transformar esses desafios em novas oportunidades de negócio. As empresas que se conseguiram adaptar, estão agora melhor preparadas para enfrentar o futuro, com capacidade para atrair e servir os turistas com experiências únicas e personalizadas.

Em resumo, a pandemia veio acelerar a digitalização e a adoção de novos modelos de negócio, com as empresas do setor a enfrentar desafios como: a segurança sanitária veio para ficar e continua a ser uma prioridade, dando conforto aos turistas; a flexibilidade das reservas passou a ser altamente valorizada pelos clientes, trazendo imprevisibilidade para as empresas do setor; a sustentabilidade é uma tendência do presente e do futuro, com os clientes cada vez mais informados e interessados na pegada ecológica de cada empresa; a tecnologia e a digitalização são peças fundamentais para a melhoria da experiência dos clientes, com informações em tempo real; alterações na procura, com os clientes a procurarem mais experiências ligadas ao bem-estar e mais diversificadas, incluindo tours e itinerários exclusivos; e por fim, personalização e marketing one-to-one, com segmentação da comunicação, aumentando a eficácia das campanhas.

Que linhas de apoio disponibilizaram durante a pandemia e que linhas possuem atualmente para o setor do Turismo?
Durante a pandemia, o novobanco teve ao dispor das empresas do setor do Turismo um conjunto de soluções de financiamento, onde destacamos as linhas com garantia das Sociedades de Garantia Mútua: Linha de Apoio à Economia Covid-19 Médias e Grandes Empresas do Turismo, Linha de Apoio à Economia Covid-19 Empresas Exportadoras da Indústria e do Turismo (com possibilidade de conversão em apoio não reembolsável), Linha de Apoio à Economia Covid-19 Agências de Viagens e Operadores Turísticos.

Em paralelo, disponibilizámos soluções de Factoring e Confirming, para reforçar a liquidez das empresas, e implementámos as moratórias de crédito, com o objetivo de prorrogar o prazo das operações de financiamento contratadas, equilibrando os ciclos de caixa das empresas do setor do Turismo.

Atualmente, contamos com soluções competitivas para apoiar as empresas do setor do Turismo, com destaque para: Linha de Apoio ao Turismo 2021, no montante total de 300 milhões de euros, com garantia mútua até 80% e prazos alongados, de acordo com a finalidade (investimento ou fundo de maneio); Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, disponível para PME e Grandes Empresas, com prazos até 15 anos, financiamento sem juros na parcela do Turismo de Portugal e com possibilidade de conversão de uma parcela do financiamento em apoio não reembolsável (fundo perdido).

Em paralelo, disponibilizámos mais de 1.300 milhões de euros de linhas de financiamento com garantia FEI, com o objetivo de apoiar as empresas afetadas pela pandemia Covid-19, uma solução com garantia até 70%, com condições competitivas, disponível para Microempresas, PME e MidCaps.

Para além destas soluções, dispomos de uma oferta competitiva de Factoring e Confirming e Leasing Mobiliário, sendo que em breve teremos uma nova linha de financiamento com garantia mútua, em parceria com o BPF, para apoiar as necessidades de fundo de maneio e investimento dos operadores turísticos.

Por fim, mas não menos importante, lançámos em 2022 a Linha Sustentabilidade, no montante global de 250 milhões de euros, uma solução de financiamento que tem como objetivo apoiar as Empresas no processo de transição climática e energética – esta Linha está disponível para apoiar projetos de investimento sustentáveis e/ou para reforçar as necessidades de fundo de maneio das empresas que desenvolvem a atividade em setores sustentáveis).

A digitalização e a sustentabilidade são dois fatores crucias para o futuro das empresas do Turismo, com impacto na experiência dos clientes, na responsabilidade social e na eficiência das operações

A capitalização das empresas e as linhas de crédito foram, são e continuarão a ser o maior desafio?
A capitalização das empresas portuguesas e o acesso a linhas de financiamento foram e podem continuar a ser um desafio para muitas empresas no setor do Turismo, especialmente após a pandemia. No entanto, é importante referir que os desafios podem variar consoante a dimensão das Empresas, a região onde desenvolve a sua atividade e os fatores económicos, políticos e regulamentares. Aqui, destacamos três grandes desafios nesta temática: (i) Pressão sobre os ciclos de caixa – muitas empresas do setor do Turismo enfrentaram uma redução drástica, ou mesmo interrupção, das suas operações durante a pandemia Covid-19. Esta redução teve impacto negativo nos fluxos de caixa e afetou a capacidade das Empresas na gestão da tesouraria, nomeadamente, no pagamento a fornecedores; (ii)Acesso a fontes de financiamento – algumas empresas do setor recorreram a financiamento para reforçar a tesouraria e enfrentar a crise, levando a um aumento do endividamento. Decorrente desse aumento, o acesso a novas fontes de financiamento constituiu um desafio para algumas empresas, reforçado pela incerteza económica, em especial no Turismo, que foi particularmente afetado pela pandemia; e (iii) impacto na estrutura de receitas: mesmo após a saída da pandemia, a recuperação total do setor do Turismo poderá ser gradual, até retomar os níveis de faturação pré-pandemia (o ritmo de recuperação pode variar de acordo com a atividade da empresa e da região). Ao mesmo tempo, num cenário de inflação, os consumidores são mais cautelosos nos seus gastos, o que pode afetar a procura por serviços turísticos. Estes dois fatores acabam por influenciar diretamente a capacidade das empresas em gerar capital para fazer face aos investimentos necessários para acomodar as novas exigências

A sustentabilidade e a digitalização das empresas são dois dos fatores mais importantes para o futuro das empresas em geral, e no Turismo, em particular. Disponibilizam linhas concretas para estes desenvolvimentos?
Como já referido, a digitalização e a sustentabilidade são dois fatores crucias para o futuro das empresas do Turismo, com impacto na experiência dos clientes, na responsabilidade social e na eficiência das operações.

Para apoiar as empresas do setor nesta transição, temos um conjunto de soluções de financiamento disponíveis. A Linha Sustentabilidade, no montante global de 250 milhões de euros, uma solução de financiamento que tem como objetivo apoiar as empresas no processo de transição climática e energética. Esta Linha está disponível para apoiar projetos de investimento sustentáveis e/ou para reforçar as necessidades de fundo de maneio das empresas que desenvolvem a atividade em setores sustentáveis).

A Linha Descarbonização e Economia Circular, no montante global de 100 milhões de euros, tem como o objetivo tornar as empresas industriais e do setor do Turismo mais modernas e mais competitivas, apoiando o financiamento de projetos para redução do consumo energético, de medidas que permitam a mudança da fonte energética fóssil para renovável, ou acelerando o processo de transição para uma economia circular. Esta Linha tem bonificação de juros até 1,5%, garantia mútua até 80%, comissão de garantia até 1%, integralmente bonificada e prazo máximo que pode ir até 10 anos.

Já a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, disponível para PME e Grandes Empresas, com prazos até 15 anos, financiamento sem juros na parcela do Turismo de Portugal e com possibilidade de conversão de uma parcelo do financiamento em apoio não reembolsável (fundo perdido). Os projetos candidatados a esta Linha devem prever o desenvolvimento e implementação de medidas de gestão ambiental.

Em paralelo, temos ao dispor das empresas do Turismo, uma equipa especializada em fundos europeus, com soluções de financiamento e antecipação de incentivos ao longo da execução dos projetos. O Portugal 2030 tem uma forte componente dedicada à Sustentabilidade e à Digitalização, com 4,8 mil milhões de euros de incentivos associados ao Objetivo Estratégico “Europa +Verde” e com 4,7 mil milhões de euros de incentivos associados ao Objetivo Estratégico “Europa +Inteligente”.

O novobanco tem tudo preparado para liderar nesta frente. Atualmente, está aberto um Aviso ao SICE Inovação Produtiva, com apoio a fundo perdido que pode ir até 40%, no montante global de 400 milhões de euros, disponível para empresas da indústria e do Turismo. Estamos, como sempre, disponíveis para apoiar as candidaturas e a execução dos projetos dos nossos clientes.

Banca coordenada
Que coordenação possui o novobanco com as entidades que tutelam o setor do Turismo em Portugal e que relação mantiveram e mantém de apoio aos agentes do Turismo em Portugal?

O novobanco tem cultivado uma relação de estreita colaboração com o Turismo de Portugal, caracterizada por uma parceria sólida e duradoura. Esta colaboração tem sido pautada pelo compromisso mútuo em promover o desenvolvimento sustentável do setor do Turismo em Portugal.

Ao longo dos últimos anos, temos trabalhado em conjunto para lançar novas iniciativas e novos instrumentos de financiamento que impulsionem o crescimento das empresas do setor, a valorização do património cultural e natural, bem como a excelência na oferta de serviços e na experiência proporcionada aos turistas que visitam o nosso país. Estamos confiantes de que esta parceria continuará a crescer, contribuindo de forma significativa para o fortalecimento do peso do setor do Turismo e para a promoção da marca Portugal a nível internacional.

O apoio da banca é fundamental para a competitividade do setor do turismo e, consequentemente, dos agentes do turismo nacionais?
Sem dúvida. O apoio do setor bancário desempenha um papel crucial na sustentabilidade e na competitividade do setor do Turismo, contribuindo para o crescimento da atividade e para a adaptação dos operadores turísticos às novas exigências dos consumidores e da economia. O Turismo é intrinsecamente um setor que tem necessidade de investir de forma contínua, quer na melhoria das infraestruturas, como na modernização dos serviços e na promoção eficaz com os seus clientes.

A banca é, por isso, um parceiro fundamental para as empresas do Turismo, garantindo as fontes de financiamento necessárias para os projetos de desenvolvimento, renovação e inovação, que são essenciais para atrair e satisfazer as crescentes exigências dos visitantes. A parceria entre o Turismo e o setor bancário é uma aliança estratégica que eleva a competitividade do setor, com criação de emprego e de valor acrescentado para a economia portuguesa.

Estamos confiantes de que esta parceria continuará a crescer, contribuindo de forma significativa para o fortalecimento do peso do setor do Turismo e para a promoção da marca Portugal a nível internacional

De que forma deram e dão a conhecer as linhas de apoio ao setor do turismo em Portugal?
Nos últimos meses, temos apostado na proximidade e na parceria com o setor do Turismo, um dos setores estratégicos para o novobanco. Essa proximidade, tem-se materializado na intensificação da comunicação com as empresas e com os parceiros do setor. Destaco a divulgação em imprensa das linhas de financiamento disponíveis e nas newsletters para clientes; divulgação de soluções para o Turismo no site informacional do novobanco; divulgação nas redes sociais, como é o exemplo da nossa parceria de longa data com o PUBLITURIS, um jornal de referência no setor do Turismo; parceria com o Turismo de Portugal e com entidades do Governo, para disponibilização dos melhores e mais competitivos instrumentos em cada momento; divulgação em eventos com clientes, com participação em feiras setoriais ligadas ao Turismo.

Os apoios disponibilizados pelas instituições bancárias em Portugal estiveram e estão em linha com o que é feito na Europa?
Na generalidade, os apoios disponibilizados pelo setor bancário em Portugal estiveram e estão alinhados com o que é feito na Europa, com uma oferta assente em linhas de financiamento para apoiar o investimento das empresas do Turismo, nomeadamente, infraestruturas, digitalização e sustentabilidade, e soluções de apoio à liquidez das empresas, como são o Factoring e Confirming e as moratórias de crédito, essenciais no período de pandemia.

As soluções de apoio aos projetos com fundos europeus – antecipação de incentivos e financiamento de capitais alheios – são também exemplos de apoios que os bancos têm ao dispor das empresas, fundamentais para que os projeto de investimento tenham a liquidez necessária para serem executados nos prazos definidos, com metas ambiciosas, mas realistas, que aumentem a riqueza, os salários, a competitividade e a produtividade da economia portuguesa.

O que é que não pode faltar às empresas do setor do Turismo para recorrerem aos apoios disponibilizados pela banca em Portugal?
Para que as empresas do Turismo possam recorrer aos apoios disponibilizados pelo setor bancário em Portugal, é fundamental que apresentem uma performance económico-financeira robusta e equilibrada, uma atividade em crescimento e sustentável e projetos de investimento alinhados com a estratégia da empresa e da região, com metas ambiciosas, mas realistas, que não comprometam a execução dos projetos. Em resumo, não pode faltar informação financeira (balanços, demonstrações de resultados e balancetes) que comprove a performance económico-financeira da empresa e a capacidade de reembolsar o financiamento; plano de negócio do projeto de investimento para o qual está a solicitar o financiamento, com o detalhe dos objetivos estratégicos, das estimativas de receitas e despesas e da finalidade do apoio financeiro. Dependendo do financiamento, poderá ser necessário comprovar a elegibilidade da empresa para a linha de apoio específica; garantias ou colaterais que ajudem a mitigar o risco associado ao financiamento, facilitando a análise por parte do banco (poderão ser garantias reais, como ativos da empresa, ou garantias financeiras prestadas pelas Sociedades de Garantia Mútua ou por instrumentos de financiamento com garantias europeias, como o FEI e BEI). Os requisitos podem variar de acordo com a tipologia de empresa, com a instituição bancária, com o programa de apoio solicitado, entre outros fatores.

Sobre o autorVictor Jorge

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Poluição do ar relacionada com o aeroporto em níveis alarmantes nalgumas partes de Lisboa

A ZERO mediu a concentração de partículas ultrafinas em redor do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa. Se em zonas com ar considerado limpo, como no campo, um valor típico de concentração destas partículas é de até 3.000 partículas/cm3, as medições efetuadas pela ZERO registaram médias por minuto que chegaram a cerca de 136.000 partículas ultrafinas por cm3 na 2.ª Circular, em local próximo do aeroporto.

A ZERO mediu a concentração de partículas ultrafinas, um poluente invisível, mas extremamente danoso da saúde de quem o respira, em redor do aeroporto Humberto Delgado em Lisboa, e os resultados são “alarmantes”. Junto ao aeroporto, verificam-se concentrações deste poluente com picos muito elevados, e mesmo no Jardim do Campo Grande, junto a um parque infantil, as concentrações registadas são insalubres. Já em zonas afastadas da influência do aeroporto e dos aviões, as concentrações medidas destas partículas são muito menores.

Partículas ultrafinas no ar
As partículas ultrafinas apresentam um diâmetro mil vezes inferior ao de um cabelo humano e quando inaladas passam através dos pulmões para a corrente sanguínea, espalhando-se por todo o organismo. Na cidade de Lisboa, têm principalmente origem nas reações de combustão dos motores dos automóveis e dos aviões – estes, em particular, produzem elevadas concentrações destas partículas. “Em termos de saúde humana, os seus efeitos podem resultar em doenças graves, como respiratórias, cardiovasculares, do sistema nervoso central, cancro e diabetes. As crianças são especialmente vulneráveis, e mesmo os bebés, ainda no útero materno, podem ser afetados. Estes efeitos são cumulativos, crescendo à medida que aumenta o tempo de exposição, podendo levar à morte prematura”, considera a associação.

As partículas ultrafinas em Lisboa não são monitorizadas de forma sistemática, nem estão legisladas em Portugal, como acontece com as partículas de maior dimensão (PM2,5 e PM10), apesar de serem muito mais nocivas para a saúde humana. A ZERO lança ainda o filme ‘Respire por sua conta: o aeroporto em Lisboa como fonte de partículas ultrafinas no ar da cidade com consequências ultrapesadas na saúde dos cidadãos’, que ilustra de forma evidente o grave problema que as partículas ultrafinas representam para os cidadãos em Lisboa.

Medições da ZERO registam valores mais de 40x superiores ao recomendável
Para referência, um valor típico de concentração destas partículas em zonas com ar considerado limpo, como no campo, é de até 3.000 partículas/cm3. As medições foram efetuadas pela ZERO no âmbito de uma colaboração com a Federação Europeia de Transportes e Ambiente, e ocorreram em quatro locais em alturas em que se fazia sentir vento moderado de norte. Foram registadas médias por minuto que chegaram a cerca de 136.000 partículas ultrafinas por cm3 na 2.ª Circular, em local próximo do aeroporto, mas fora da influência direta do tráfego rodoviário (a montante da via em relação ao sentido do vento). No jardim do Campo Grande (Jardim Mário Soares), próximo do parque infantil, o valor baixa para cerca de 60.000 partículas/cm3, também muito elevado. Em Camarate, numa zona com tráfego automóvel sob menor influência da poluição com origem nos aviões, foram registados valores perto das 22.000 partículas/cm3. Já numa zona de fundo, longe das influências diretas quer do tráfego aeronáutico quer rodoviário, foram registados valores de cerca de 8.000 partículas/cm3.

A ZERO entende que “é motivo de preocupação as elevadas concentrações médias registadas, sobretudo nas zonas sob maior influência dos aviões – junto ao aeroporto na 2.ª Circular e no Jardim do Campo Grande”. Estas conclusões são válidas para vento de norte, o regime predominante na cidade – no caso de vento de sul ou de outro quadrante, as zonas afetadas serão outras.

Esta campanha de medições constitui uma fotografia da situação atual, reforçando as conclusões do estudo da Universidade Nova de Lisboa que, em 2019, mostrou inequivocamente que a concentração de partículas ultrafinas nalgumas zonas de Lisboa sobe conforme a sua exposição à influência do aeroporto e movimento de aviões. Dada a proximidade do aeroporto ao centro da cidade, os efeitos das partículas estendem-se por áreas significativas e prejudicam muitos cidadãos. As zonas mais afetadas são nas imediações do aeroporto, como Alvalade, Campo Grande e Cidade Universitária – onde se situam o Hospital de Santa Maria, universidades, escolas e jardins infantis –, e sob rota de aproximação e descolagem dos aviões, como as Avenidas Novas, Bairro do Rego, Amoreiras e Campolide.

Um problema negligenciado pelas autoridades, diz ZERO
A ZERO tem vindo a alertar para o grave problema ambiental que o aeroporto Humberto Delgado representa em Lisboa. Só em prejuízos decorrentes do ruído relacionados com a saúde, perda de produtividade e subvalorização do imobiliário, a ZERO contabilizou, desde 2015, data em que o aeroporto deveria ter encerrado, quase 9.000 milhões de euros – conforme o contador disponível no site da ZERO o demonstra, atualizado ao segundo. “As consequências das partículas ultrafinas na saúde dos cidadãos é só mais uma face do gigantesco atropelo por parte do aeroporto ao direito de todos a uma cidade sã e sustentável. Sucessivamente, o governo e as autoridades competentes mostram que têm a cabeça enfiada na areia como a avestruz em relação a este problema, sendo assim coniventes com ele”.

A ZERO entende que este estado de coisas “tem de mudar”, e recomenda um conjunto de três medidas para endereçar a quantidade elevada de partículas ultrafinas que os cidadãos respiram nalgumas zonas de Lisboa.

Assim, considera a ZERO que se deve implementar no curto prazo um sistema de monitorização de partículas ultrafinas na cidade, sobretudo nas zonas mais afetadas pela atividade do aeroporto. Os resultados devem ser transparentes, públicos, facilmente acessíveis e comunicados ativamente à população, e devem servir de base à adequação de medidas de mitigação do problema.

Também se deve avaliar e otimizar os procedimentos de aterragem e descolagem das aeronaves, por forma a reduzir as concentrações de partículas ultrafinas ao nível do solo.

Finalmente, uma vez que o aeroporto dentro da cidade é incompatível com níveis de saúde pública aceitáveis em Lisboa, deve-se desativá-lo nos próximos cinco, máximo sete anos, optando por uma localização o mais afastada possível de aglomerados populacionais e com prejuízo ambiental, social e económico mínimo.

Foto crédito: Depositphotos.com
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Hotéis de Macau recebem mais de 1,2 milhões de pessoas em outubro

Os hotéis de Macau receberam mais de 1,2 milhões de pessoas em outubro, mais 151,8% em termos anuais, anunciou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

O número é igualmente superior a setembro (1,1 milhões de pessoas), com a DSEC a salientar que a taxa de ocupação média em outubro foi de 82,8%, ou mais 41,1 pontos percentuais, em relação a igual período de 2022.

Entre janeiro e outubro deste ano, os hotéis de Macau receberam mais de 11 milhões de pessoas, com a ocupação média hoteleira a atingir os 80,9%, mais 159,9%, em comparação com o ano transato.

Os números refletem uma recuperação significativa em relação a 2022, e já bem perto daqueles verificados em 2019, antes da pandemia de covid-19, quando nos primeiros dez meses se registou uma ocupação média de 90,6% e os hotéis acolheram 11,7 milhões de pessoas.

Em dezembro, Macau anunciou o cancelamento da maioria das medidas de prevenção da pandemia da covid-19, depois de ter aplicado, à semelhança da China, a política ‘zero covid’.

No início de janeiro, a região chinesa abriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, pondo fim a uma proibição que vigorou durante quase três anos.

Foto crédito: Depositphotos.com
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Portugal soma 67 novos hotéis em 2023

De acordo com o “Real Estate Market Overview”, elaborado pela Savills Portugal, 2023 terá mais 67 novos hotéis num ano “sem precedentes”.

Portugal deverá fechar o ano de 2023 com mais 67 novos hotéis, revela o “Real Estate Market Overview”, elaborado pela Savills Portugal, num ano que considera ser “um ano sem precedentes.

Durante o terceiro trimestre de 2023, abriram portas 41 novos hotéis em Portugal e espera-se que ocorram ainda 26 novas aberturas de hotéis durante o último trimestre do ano, oferecendo cerca de 2.300 quartos em todo o país.

Lisboa foi, até à data a cidade responsável pelo maior número de aberturas de hotéis no país, totalizando 20 novas unidades hoteleiras, com a região do Alentejo a ocupar o segundo lugar. Seguem-se a região Norte e a cidade do Porto, com 17 novas aberturas ao longo de 2023, até ao terceiro trimestre do ano, com o Porto a transformar-se num destino de eleição.”

Até setembro de 2023, o país totalizou mais de 61,1 milhões de dormidas, com o mês de agosto a ser responsável por cerca de 17% deste total. Considerando o mesmo período de 2019, registaram-se 56,2 milhões de dormidas, o que significa que os resultados de 2023 representam até agora uma melhoria de cerca de 9%, com os cidadãos britânicos, alemães e espanhóis constituírem o top 3 das dormidas.

Relativamente ao número de hóspedes, ao longo de 2023 registaram-se 23,5 milhões de turistas, contrastando com 21,3 milhões no mesmo período de 2019 e 20,5 milhões em 2022. Os cidadãos britânicos, espanhóis e dos EUA figuram nos três primeiros lugares em termos de nacionalidades, com 1,9 milhões, 1,9 milhões, 1,6 milhões de visitantes, respetivamente.

Luís Clara, Capital Markets Associate Director da Savills, refere que “2023 está a ser um ano marcado pelo sucesso e números recorde, com uma previsão de recuperação total dos números de turismo que ultrapassam os dados do período pré-pandémico”.

O responsável da Savills frisa que “o sucesso dos resultados é a prova de uma aposta sustentável na criação de elevado valor acrescentado fundamental para o posicionamento de Portugal como um hub especializado no turismo”.

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Escassez de água no Algarve é a “pior de sempre”

A escassez de água no Algarve é a “pior de sempre” e a manter-se este cenário, no início de 2024 pode ser necessário impor limites ao consumo, admitiu o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

“Este ano, o Algarve está pior do que o ano passado, está na pior situação de sempre. Nunca estivemos assim. É um caminho novo que estamos a trilhar”, afirmou José Pimenta Machado no Encontro Nacional de Entidades Gestoras da Água (ENEG) que decorre até quinta-feira (30 de novembro) em Gondomar.

A situação é de “particular preocupação”, podendo levar “eventualmente” a APA a “tomar medidas difíceis”, em janeiro ou fevereiro, antecipou, revelando durante a sua intervenção que o conjunto de albufeiras na região do Algarve contabiliza neste momento menos 30 hectómetros cúbicos (hm3) do que em 2022.

À margem do evento, José Pimenta Machado esclareceu que a APA monitoriza diariamente o nível de água nas albufeiras, sendo com base nesta análise que são tomadas decisões.

“Tudo tem de ser avaliado em função das reservas de água. Nós estamos em pleno inverno e é no inverno que as albufeiras recuperam água. Vamos ter de fazer uma monitorização rigorosa e contínua daquilo que é evolução do nível das albufeiras e depois, eventualmente, em janeiro, fevereiro, temos de tomar medidas para que acima de tudo não falte água”, frisou.

O vice-presidente da APA aproveitou para apontar o controlo do consumo de água e o reforço da fiscalização das águas subterrâneas como possíveis medidas de mitigação da escassez de água.

O responsável disse, ainda, que a situação na Bacia do Rio Mira, no Alentejo, é semelhante à região do Algarve, contudo, naquele caso, o “consumo humano está mais do que salvaguardado”.

De acordo com o boletim semanal de albufeiras de 20 de novembro, o volume armazenado aumentou em três bacias hidrográficas do país e diminuiu em 12 face ao registado na semana anterior.

Segundo o mesmo documento, há cinco albufeiras com uma percentagem de armazenamento que não ultrapassa os 20%: Campilhas (6%), Monte da Rocha (8%), Vigia (16%), Arade (15%) e Bravura (8%), as duas últimas no Algarve.

José Pimenta Machado — que participou durante a tarde numa mesa-redonda sobre a adaptação às novas diretivas europeias em matéria de água -, mostrou-se, contudo, satisfeito com o trabalho desenvolvido pela ‘task force’ criada em junho para mitigar os efeitos da seca naquela região.

Nessa altura, o Governo decretou uma redução da quota de água para uso agrícola e para campos de golfe em 20% na barragem de Odeleite, em Castro Marim, no distrito de Faro.

No caso de os campos de golfe terem capacidade para reutilização de águas residuais, a limitação sobe para os 50%.

As medidas surgiram numa altura em que um terço do país se encontrava em seca severa e extrema, com Algarve e o Alentejo a suscitarem as maiores preocupações.

Isso mesmo foi confirmado pelo vice-presidente da APA, que referiu que em algumas estações das bacias do Cávado e do Lima, registaram-se valores de precipitação na ordem dos 1.000 litros: “isto é, choveu mais em 15 dias naquela zona do que chove em dois anos em toda a região do Algarve”, sublinhou, acrescentando que estes fenómenos trazem desafios acrescidos.

Aquele responsável lembrou ainda que na região do Algarve estão a ser feitos investimentos para encontrar fontes alternativas, como o projeto de construção de uma dessalinizadora no concelho de Albufeira, que está em consulta pública até 19 de dezembro.

Estão também previstos investimentos públicos na ordem dos 342 milhões de euros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e de fundos europeus, para aumentar resiliência na água.

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easyJet cumpre objetivos globais e atinge números recorde em Portugal em 2023

Globalmente, a easyJet cumpriu os objetivos referentes ao ano fiscal de 2023, com os lucros (depois de impostos) a crescerem para 324 milhões de libras (cerca de 375 milhões de euros). Já em Portugal, os resultados foram os melhores de sempre, perspetivando a companhia, para 2024, um aumento de 4% nos lugares e 6% nas reservas, adicionando mais duas rotas.

A easyJet obteve, no exercício fiscal de 2023, receitas de 8.171 milhões de libras (cerca de 9.417 milhões de euros), registando uma subida de mais de 2.400 milhões de libras (cerca de 2.765 milhões de euros) face aos resultados obtidos no ano fiscal anterior.

No que diz respeito aos lucros antes de impostos, a companhia aérea informa que obteve uma melhoria de 633 milhões de libras (cerca de 730 milhões de euros), passando de perdas de 178 milhões de libras (cerca de 205 milhões de euros), no exercício de 2022, para um resultado positivo de 455 milhões de libras (cerca de 525 milhões de euros) neste exercício de 2023.

Depois de impostos, os lucros da easyJet passaram de 147 milhões de libras negativos (cerca de 170 milhões de euros), em 2022, para um resultado positivo de 324 milhões de libras (cerca de 375 milhões de euros), em 2023.

No ano fiscal que termina agora, a easyJet transportou 82,8 milhões de passageiros, mais 19% face aos 69,7 milhões transportados no ano anterior, frisando que “este foi o primeiro ano sem restrições desde 2019”.

Para 2024, a easyJet prevê um crescimento na capacidade de cerca de 9%, sendo que na primeira parte do ano 2024 estima atingir 42 milhões de lugares (+11%), enquanto na segunda metade do exercício a previsão aponta para um crescimento de 8% face ao ano anterior e 59 milhões de lugares.

Ainda relativamente aos resultados do exercício do ano fiscal 2023, a easyJet registou um custo com combustível de 2.033 milhões de libras (cerca de 2.342 milhões de euros), quando no ano de 2022 esse custo foi de 1.279 milhões de libras (cerca de 1.474 milhões de euros).

easyJet soma e segue em Portugal e totaliza 100 rotas em 2024
Relativamente aos resultados obtidos em Portugal, a easyJet revela que “atingiu números recorde” este ano, com a disponibilidade de lugares a rondar os 10,8 milhões e as reservas os 9,8 milhões. “Estes são os melhores resultados de sempre”, referindo a companhia aérea que, para 2024, “perspetiva-se novos números recorde de oferta e procura, com um aumento de 4% de lugares e 6% de reservas.

Neste ano fiscal de 2023, a easyJet manteve uma posição de liderança na Madeira – Funchal e Porto Santo – e garantiu o 2.º lugar nos principais aeroportos do continente – Porto, Lisboa e Faro.

É também possível verificar que a quota de mercado atual da easyJet, em percentagem, é de 23% no Funchal, 38% no Porto Santo, 20% no Porto, 14% em Lisboa e 19% em Faro, indicando a companhia liderada por José Lopes, em Portugal, que se mantém “líder nos fluxos entre Portugal, Suíça, França e Reino Unido”, salientando que “isto mostra uma grande presença da companhia em Portugal, com margem para crescer ainda mais, no próximo ano”.

Além disso, em Portugal foi registado um aumento de 32% nas reservas de 2023 vs. o ano anterior e uma taxa de ocupação de mais de 90% nos voos que partem dos aeroportos portugueses, o que, segundo a easyJet, “reflete a capacidade da companhia aérea para gerir eficazmente a sua oferta e manter elevados níveis de envolvimento com os passageiros. Esta taxa de ocupação robusta é indicativa de uma forte presença no mercado, da fidelidade dos clientes e da aposta continua da easyJet na melhoria da experiência de passageiro”.

Para 2024, a easyJet vai adicionar às 98 rotas já existentes, dois novos destinos – Porto para Menorca, com início em 25 de junho de 2024, e Funchal para Bordéus, com início em 6 de abril de 2024, totalizando, assim, 100 rotas no próximo ano.

 

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APECATE alerta: empresas de Animação Turística correm o risco e não poder operar na floresta no próximo Verão

A APECATE vai promover, no próximo dia 11 de dezembro, pelas 15:00, no Grande Hotel do Luso, no âmbito do “APECATE Day”, um debate sobre a lei dos incêndios e quais as suas implicações no setor do turismo e animação turística.

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A APECATE irá realizar no próximo dia 11 de dezembro, um debate sobre o Decreto-Lei n.º 82/2021, de 13 de outubro, que veio criar o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) e estabelecer as suas regras de funcionamento, e que segundo a associação liderada por António Marques Vidal, é “muito prejudicial para a atividade das empresas de eventos e animação turística”, tendo as alterações feitas no Decreto-Lei n.º 49/2022, de 19 de julho e no Decreto-Lei L n.º 56/2023, de 14 de julho, colocado “mais uma série de entraves e limitações ao exercício das empresas de animação turística e dos eventos”.

“Com as alterações climáticas e a tipologia da nossa floresta, perante estas leis, as empresas de animação turística e eventos podem ser impedidas de operar mais de 30 a 50 dias por época alta (primavera e verão), o que se traduzirá na falência de muitas delas, nomeadamente as que operam nas zonas mais interiores”, afirma António Marques Vidal, presidente da direção da APECATE.

Este é um assunto sobre o qual a APECATE se tem manifestado e promovido o debate junto de várias entidades envolvidas. Segundo a associação, “não é colocada em causa a pertinência e a necessidade do tema abordado pelo decreto-lei, mas sim algumas questões de conteúdo e da forma que, na sua aplicação, vão inviabilizar o normal funcionamento das empresas e de toda a atividade económica”, não sendo percetível, para a APECATE, que essas medidas “contribuam efetivamente para o objetivo a que se propõem”.

Assim, para a APECATE, enquanto entidade que congrega e representa as empresas de congressos, animação turística e eventos em Portugal, é “fundamental continuar a discussão e criar estratégias para ultrapassar o contexto criado pelas leis anteriormente referidas”.

É precisamente nesse contexto que surge o “APECATE Day” no qual este tema estará em debate contando, a reunião, com a presença do presidente e da vice-presidente da Entidade de Turismo do Centro.

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Grupo SATA voa alto no 3.º trimestre e fica acima de 2019

No terceiro trimestre de 2023, a Azores Airlines transportou mais 62% de passageiros face a igual período de 2019. Já a SATA Air Açores ficou 37% acima dos meses de julho, agosto e setembro de 2019.

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As companhias aéreas do Grupo SATA – Azores Airlines e SATA Air Açores – registaram um aumento significativo no número de passageiros transportados durante o terceiro trimestre de 2023 – julho, agosto e setembro -, em comparação com o período homólogo do ano pré-pandémico de 2019, avançam os de Monitorização Mensal do Tráfego Aéreo nas Infraestruturas Aeroportuárias Nacionais, publicados pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

A Azores Airlines, companhia aérea que assegura as ligações entre a Região Autónoma dos Açores e o exterior, operando uma rede de rotas regulares regionais, nacionais e internacionais, registou, durante os meses mais fortes do verão (julho, agosto e setembro), um aumento de cerca de 62% no número de passageiros transportados, face a 2019, chegando a atingir perto de 70% em setembro, quando comparado com o período pré-pandémico. Estes dados conferem à Azores Airlines o terceiro lugar entre as companhias aéreas que operam em aeroportos nacionais.

No que diz respeito à SATA Air Açores, companhia aérea que realiza o transporte entre as nove ilhas do arquipélago da Região Autónoma dos Açores, apresentou, no terceiro trimestre de 2023, uma subida de cerca de 37% no número de passageiros transportados, comparativamente com o mesmo período de 2019, e de 8,9% quando comparado com período homólogo.

Qualquer uma das companhias do Grupo SATA teve um desempenho no terceiro trimestre, comparativamente com o período pré-pandemia, acima da média das companhias analisadas pela ANAC.

De acordo com os dados da ANAC, e considerando apenas o mês de setembro, a Azores Airlines é, ainda, a segunda companhia aérea a apresentar o maior número de passageiros transportados nos aeroportos portugueses, quando comparado com o mês homólogo de 2022, e a terceira a apresentar o maior número de passageiros transportados, comparando com setembro de 2019.

Recorde-se que as companhias aéreas do Grupo SATA atingirem a marca de um milhão de passageiros transportados em 2023, cerca de dois meses mais cedo do que o registado no ano anterior, com esta evolução a representar um crescimento de 34% no número de passageiros transportados, face ao período homólogo.

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Subsidiária da Turkish Airlines inicia voos em março de 2024

A AJET, subsidiária integral da Turkish Airlines, iniciará voos em 2024.

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A AJET, companhia aérea anteriormente conhecido como AndalouJet e subsidiária da Turkish Airlines, iniciará voos em março de 2024, com o objetivo de “atender um público mais amplo com sua abordagem económica”, refere a companhia turca.

Fundada em 2008 para atender às necessidades de transporte aéreo da Anatólia, a informação foi avançada num evento realizado no Hangar Técnico turco do Aeroporto Sabiha Gökçen de Istambul.

A AJET, em linha com a sua visão de sustentabilidade, “operará como uma transportadora aérea amiga do ambiente e entrará no mercado com uma perspetiva inovadora”, avança a Turkish Airlines em comunicado. “Ao simplificar os serviços oferecidos e utilizar uma configuração de classe económica, o objetivo da empresa é refletir a vantagem de custo nos preços das passagens, tornando os serviços de transporte aéreo acessíveis a um público mais amplo”, refere ainda o comunicado.

Sobre a criação da AJET, o presidente do Conselho e do Comité Executivo da Turkish Airlines, Ahmet Bolat, frisou que, “em linha com nossos objetivos para os próximos 10 anos, estamos orgulhosos de ter iniciado o processo de criação da AJet O esforço e a dedicação que colocamos durante muito tempo valeram a pena e apresentaremos a AJet aos céus com a programação de verão no final de março de 2024. Acreditamos plenamente que a AJet, com seu novo nome, se tornará uma empresa parte importante da indústria da aviação rentável em escala global.”

A empresa, estabelecida como uma companhia aérea económica e de padrões globais, continuará a fortalecer a sua posição competitiva no mercado, com as operações a ficarem baseadas nos aeroportos de Istambul Sabiha Gökçen e Ankara Esenboğa a partir do final de março de 2024.

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Indústria da aviação europeia saúda acordo CAAF/3 sobre SAF

O setor da aviação europeu está coletivamente empenhado para liderar o caminho na redução das emissões de CO2 da aviação até 2030 e 2050. Nesse sentido, as cinco principais associações europeias de aviação congratulam-se com o acordo alcançado pela ICAO.

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As cinco principais associações europeias de aviação que representam as companhias aéreas, os aeroportos, a indústria aeronáutica civil e os prestadores de serviços de navegação aérea da Europa, e que são parceiros próximos através da aliança DESTINATION 2050 – A4E, ACI EUROPE, ASD, CANSO Europe e ERA – saúdam o acordo alcançado pela ICAO Estados-Membros na Terceira Conferência sobre Combustíveis Alternativos para a Aviação (CAAF/3) no Dubai.

O acordo é um passo importante necessário para começar a implementar o Objetivo Aspiracional de Longo Prazo da ICAO de atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050 para a aviação internacional. Os combustíveis de aviação sustentáveis (SAF) são uma componente crucial do caminho da aviação para a neutralidade climática.

Os parceiros do DESTINATION 2050, em particular, aplaudem a inclusão de um objetivo de redução de 5% das emissões de CO2 até 2030 através da utilização de SAF a nível mundial, o que fornecerá um sinal claro para o sector energético desenvolver combustíveis alternativos e atrair o investimento necessário.

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Press Releases

Quinta da Marinha celebra Ano Novo com duas festas distintas, alojamento e muito fogo de artifício

Onyria Quinta da Marinha Hotel e Onyria Marinha Boutique Hotel disponibilizam pacote de passagem de ano com alojamento e festa de passagem de ano “Black &80’s”.

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O Onyria Quinta da Marinha Hotel e o Onyria Marinha Boutique Hotel acabam de lançar os seus programas de passagem de ano “Black & 80’s”, com pacotes que incluem, não só o jantar e festa, como alojamento em quarto duplo e brunch de dia 1 de janeiro, com late check out.

Este ano a passagem de ano vai ser a “Black & 80’s”, sendo que está dividida em dois: uma é a “Black”, com festa na Lake House e alojamento no Onyria Marinha Boutique Hotel, e a outra, é a “80’s” com festa e alojamento no Onyria Quinta da Marinha Hotel. A festa Black na Lake House vai ter a banda Rose Martini, banda tributo dos Pink Martini, que vão tocar música soul e jazz e no final também vai haver um DJ. A festa 80’s é no Onyria Quinta da Marinha Hotel, vai ter como tema os anos 80, e o DJ vai ser Paulino Coelho da Rádio Renascença. E ambos os programas incluem um welcome drink, jantar, champanhe e passas, ceia e fogo de artifício.

No Onyria Marinha Boutique Hotel, a despedida de 2023 começa na Lake House com um cocktail, seguido de um jantar. À meia-noite, e como manda a tradição, há passas, champanhe e muito fogo de artifício, ao som da banda de tributo aos Pink Martini, seguida de um DJ.

Já no Onyria Quinta da Marinha Hotel, os 80’s começam igualmente com um cocktail, seguido de jantar. Para a ceia, o famoso caldo verde, com a meia-noite a ser acompanhada por champanhe e passas.

Em ambos os hotéis, o programa de passagem de ano inclui alojamento em quarto duplo com vista, Festa de Reveillon com o cocktail de despedida do ano velho, jantar com bebidas incluídas, espumante, passas e fogo-de-artifício à meia-noite, ceia, bar aberto com DJ Paulino Coelho ou banda Rose Martini, além de brunch de dia 1 de janeiro com late check-out. Os preços começam nos 391€/pessoa.

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