Bruxelas proíbe compra da eTraveli pela Booking por afetar concorrência da UE
A Comissão Europeia proibiu a compra plataforma de reserva de voos eTraveli pelo ‘site’ de alojamentos Booking, o 11.º negócio de aquisição vetado por Bruxelas, considerando que reforçaria a posição dominante neste mercado, afetando a concorrência comunitária.

Publituris
Projeto “Bussaco Eco Park “vence prémio de empreendedorismo da TCP
Privatização da TAP e alta velocidade continuam entre as prioridades do novo governo
Novas regras de navegação nas Grutas de Benagil vão ser examinadas dia 26 de maio
Soltrópico anuncia operação regular para o Egito até abril de 2026
Jetcost revela que 8 em cada 10 portugueses vão viajar este verão e gastar 1.140 euros por pessoa
SATA Air Açores reforça operação de verão com mais um avião Bombardier Dash Q400
FlixBus passa a ligar Braga e Guimarães ao Aeroporto do Porto
AL: GuestReady defende lei que proteja os residentes e garanta convivência entre turismo e comunidades locais
Vilamoura está mais sustentável
Melgaço renova certificação internacional enquanto destino sustentável
Em comunicado, o executivo comunitário dá conta que proibiu a operação ao abrigo do regulamento de concentrações da UE, argumentando que “a aquisição teria permitido à Booking reforçar a sua posição dominante no mercado das agências de viagens ‘online’ relativo à reserva de hotéis no Espaço Económico Europeu”.
Bruxelas sublinha que “a decisão de hoje [segunda-feira, 25 de setembro] surge na sequência de uma investigação aprofundada da Comissão sobre a operação, que teria combinado a Booking e a eTraveli, dois dos principais fornecedores” do mercado das agências de viagens ‘online’, respetivamente na reserva de alojamento e de voos.
Além disso, esta empresa norte-americana de plataforma de reservas “não propôs medidas de correção suficientes para dar resposta a estas preocupações”, acrescenta.
Sediada nos Estados Unidos da América, a empresa detém além da Booking.com (plataforma de reservas) as marcas Rentalcars, Priceline e Agoda, bem como entidades para aluguer de automóveis e voos através do negócio Kayak (incluindo as marcas Kayak, Momondo, Cheapflights, HotelsCombined, entre outras).
Ao funcionar principalmente como intermediária entre os clientes e os alojamentos privados e os hotéis, a Booking tem, hoje em dia, uma quota de mercado superior a 60% no mercado das agências de viagens ‘online’ do Espaço Económico Europeu, após o crescimento nos últimos anos.
Por seu lado, a sueca eTraveli está ativa no mesmo mercado através das suas marcas Gotogate, My Trip, Seat24 e SuperSaver, principalmente focada na reserva de voos.
“A Comissão considerou que a operação teria reforçado a posição dominante da Booking no mercado das agências de viagens organizadas de hotéis, conduzindo a custos mais elevados para os hotéis e, possivelmente, para os consumidores”, aponta a instituição.
Entre os ‘remédios’ propostos pela Booking estavam “mostrar aos clientes de voos um ecrã de escolha na página de check-out do voo, que é a página mostrada aos viajantes depois de comprarem os seus bilhetes de avião”.
Porém, de acordo com o executivo comunitário, “as medidas de correção propostas pela Booking não deram resposta adequada às preocupações da Comissão em matéria de concorrência, de modo a poder concluir-se que a concorrência seria preservada de forma duradoura”.
A operação foi notificada à Comissão em 10 de outubro de 2022 e, em novembro desse ano, foi aberta uma investigação aprofundada.