Investimento mundial no turismo está a recuperar
O investimento no cluster do turismo mundial começou a recuperar dos mínimos atingidos durante a pandemia, graças à retoma constante das chegadas de turistas internacionais, de acordo com um relatório recentemente divulgado, produzido conjuntamente pela OMT e pela fDi Intelligence. O mesmo tem vindo a acontecer em relação ao emprego no setor.
![Publituris](https://backoffice.publituris.pt/app/uploads/2023/10/P_redes_sociais-120x120.jpg)
Publituris
Ávoris reafirma intenção de “fortalecer e expandir operações em Portugal”
Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, é capa da Nova Edição da Publituris Hotelaria
EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo
Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’
Turismo de Portugal apoia formação em Angola
Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF
Lusófona participa no projeto FUTOURWORK para promover bem-estar e melhores condições de trabalho no Turismo e Hospitalidade
Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024
Porto recebe “Prides” europeus
Quase 60% dos viajantes dizem sentir-se sobrecarregados pelo excesso de opções
O estudo, baseado em dados da fDi Intelligence sobre novos projetos de investimento direto estrangeiro (IDE), bem como em projetos internacionais da OMT, destaca que os investimentos estão novamente a dar sinais de vida no setor do turismo, depois de terem quase desaparecido nos anos da pandemia. O documento forne fornece uma visão ampla do ciclo de investimento em curso no setor do turismo, detalhando os números de investimento por região, segmentos e empresas.
Tanto o número de projetos de IDE como as taxas de criação de emprego no cluster do turismo cresceram 23%, passando de 286 investimentos em 2021 para 352 em 2022. A criação de emprego no turismo também aumentou 23% durante o mesmo período, para uma estimativa de 36.400 em 2022.
O relatório avança ainda que a principal região de destino para projetos de IDE no turismo em 2022 foi a Europa Ocidental, com 143 investimentos anunciados num valor combinado estimado de 2,2 mil milhões de dólares, enquanto o número de projetos anunciados na região Ásia-Pacífico aumentou marginalmente 2,4%, para 42 projetos em 2022.
O sector da hotelaria e turismo foi responsável por quase dois terços de todos os projetos do cluster do turismo entre 2018 e 2022.
“Para garantir o crescimento e a competitividade do setor, devem ser feitos investimentos significativos na educação e no talento, através da melhoria das competências da força de trabalho profissional e da implementação de programas profissionais e técnicos”, defende Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo.
E argumenta que “só desta forma poderemos equipar os jovens – dos quais apenas 50% concluíram o ensino secundário – com o conhecimento e as capacidades de que necessitam para prosperar no setor”.
Zurab salienta ainda que estes investimentos “abrirão então o caminho para uma força de trabalho qualificada que possa proporcionar um crescimento excecional, impulsionar a inovação e, ao adotar tecnologias digitais, aumentar a competitividade e a resiliência do setor do turismo”.
À medida que o setor avança rumo à recuperação e ao crescimento, a OMT agora, mais do que nunca, “dá prioridade à inovação, à educação e aos investimentos estratégicos como pilares para a recuperação e a adaptação a estas dinâmicas de mercado em constante evolução”, aponta Natalia Bayona, diretora executiva da OMT.
A dirigente lembra que “liderando uma série de iniciativas, equipamos a força de trabalho profissional com novas competências através de programas de melhoria de competências e de mão-de-obra vocacional, criando oportunidades de emprego de qualidade e aumentando os salários médios em toda a cadeia de valor do turismo”.
Os dados indicam ainda que as regiões da América do Norte e da Ásia-Pacífico contribuíram, cada uma, com três empresas para a lista dos 10 principais investidores em investimento direto estrangeiro (IDE) no turismo entre 2018 e 2022. O resto do top 10 inclui empresas da Europa, com a Meliá, a Intercontinental Hotels Group, a Accor, a Selina.
Na opinião de Jacopo Dettoni, editor da fDi Intelligence, uma vez deixados para trás os efeitos da Covid-19, “não há tempo a perder para enfrentar o maior problema dos nossos tempos: as alterações climáticas e as exigências de sustentabilidade que derivam a partir dele”.