SkyExpert propõe regulamentação para equidade e sustentabilidade na aviação europeia
A proposta agora apresentada aborda uma mudança essencial nas práticas tarifárias das companhias aéreas que operam voos de longo curso, particularmente aqueles que envolvem conexões através de hubs.

Publituris
Turismo sustentável no Alentejo tem “caminho difícil pela frente” assume José Santos
Alambique adquire o Convento do Seixo no Fundão
Stay Upon abre hotel em Alcochete após investimento de 6M€
China abre-se cada vez mais ao mundo com isenção de visto a cidadãos de cinco países europeus
ETC celebra 75º aniversário
TAAG com reforço nas rotas africanas
World2Meet compra Viajes Cibeles
Barceló Funchal Oldtown celebra o Natal e Ano Novo com elegância e encanto
Brasil com boas perspetivas para o início de 2024
Grande Rota 22 das Aldeias Históricas de Portugal passa a ser ibérica
A SkyExpert deu mais um passo em direção à transformação da indústria da aviação para enfrentar os desafios ecológicos futuros e garantir maior transparência financeira do negócio.
Pedro Castro, diretor da SkyExpert, tem sido uma das vozes mais ativas relativamente à necessidade de conjugar a agenda climática com as políticas públicas e a regulamentação no setor da aviação, o que se reflete, por exemplo, na sua posição sobre a não construção de um novo aeroporto em Lisboa.
Pedro Castro apresentou, recentemente, uma proposta de regulamentação europeia através da plataforma de participação cívica do Fórum Económico Mundial (WEF), conhecida como UpLink. A proposta aborda uma mudança essencial nas práticas tarifárias das companhias aéreas que operam voos de longo curso, particularmente aqueles que envolvem conexões através de hubs.
“A nossa proposta é muito simples e vai transformar totalmente os fluxos atuais dos voos de longo curso”, afirmou Pedro Castro. “Queremos uma regulamentação que se aplique em todo o espaço aéreo europeu, que obrigue as companhias aéreas a não oferecerem voos de ligação via o seu hub por preços mais baixos do que os voos diretos para esse mesmo hub da companhia. Esta é uma medida que não compara os preços entre diferentes companhias, mas sim ajusta as práticas tarifárias internas de cada companhia.”
O diretor da empresa de consultoria de aviação, aeroportos e turismo, ilustrou a sua proposta com um exemplo envolvendo a TAP, enfatizando que outras companhias, como a Iberia, Air France e Lufthansa, também adotam essas práticas.
“A TAP vende um bilhete São Francisco-Lisboa-Londres por 190 euros. No entanto, se um passageiro comprar nesse momento apenas o trecho São Francisco-Lisboa para essa mesma data, pagará quase 500 euros, mais do dobro”, exemplifica Pedro Castro.
“A proposta de regulamentação visa garantir que esse primeiro trecho para o hub não seja tarifado mais caro do que a sua continuação para outro destino. Neste caso, a TAP estaria obrigada a vender o trajeto São Francisco-Lisboa pelos mesmos 190 euros que propõe quando o destino final do passageiro é Londres”.
Esta regulamentação não visa impedir que as companhias continuem a oferecer preços competitivos de forma livre e autónoma. “O objetivo é assegurar que os passageiros que optam por voos diretos não sejam penalizados pelas suas escolhas ecologicamente responsáveis e tenham de subsidiar as tarifas baratas de outros que façam escala”, explicou Pedro Castro.
“Essa medida também incentivaria as companhias a equilibrarem suas tarifas e promoveria voos diretos mais atrativos, reduzindo a necessidade de voos de conexão em determinadas rotas, aplicando a lógica de senso comum: se eu acrescento mais um voo ao meu trajeto, o total do meu bilhete deverá ser mais caro e não mais barato.”
A proposta de regulamentação de Pedro Castro destaca a importância de promover uma indústria da aviação mais sustentável e transparente, enquanto se mantém sensível às necessidades dos passageiros e ao meio ambiente.
Com a nova regulamentação, “este tipo de discrepância deixaria de ser possível para qualquer companhia aérea que voe de/para os aeroportos europeus o que levaria a uma mudança de conceito à escala mundial”.
E conclui: “neste caso, a TAP poderia continuar a comercializar São Francisco-Londres (via Lisboa) a 190 euros, caso aplicasse esse mesmo preço se o destino for apenas e tão somente Lisboa”.