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“A FLY Angola tem o país como cliente”

Nascida em 2018, a FLY Angola veio preencher um vazio deixado por 11 companhias que operavam até esse ano e que desapareceram. Agora, Belarnicio Muangala, CEO da FLY Angola, admite que “estamos a ter a oportunidade que outros operadores não tiveram no passado”.

Victor Jorge
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“A FLY Angola tem o país como cliente”

Nascida em 2018, a FLY Angola veio preencher um vazio deixado por 11 companhias que operavam até esse ano e que desapareceram. Agora, Belarnicio Muangala, CEO da FLY Angola, admite que “estamos a ter a oportunidade que outros operadores não tiveram no passado”.

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Análise

Quem analisar o mercado angola, rapidamente perceberá que desenvolver um negócio no país não é tarefa fácil. Para uma companhia aérea, a tarefa ainda é mais difícil e a prova está nos números: se em 2015 existiam 13 companhias aéreas a operar em Angola, em 2018, sobraram duas, as estatais TAAG e Sonair.

Cinco anos depois da fundação, os voos da FLY Angola levam a companhia a querer mais do que o território angola e a olhar para, primeiro, a região circundante e, depois, toda a África.

A FLY Angola é uma empresa angolana de transporte aéreo que iniciou atividade em setembro de 2018 com o slogan ”Conectando Angola”. O que levou à criação desta companhia aérea?
Somos, primeiramente, entusiastas da aviação. Por isso, há uma componente de paixão, mas, sobretudo, identificámos uma oportunidade. Desde 2015 que estávamos a perspetivar negócios e encontrámos uma lacuna muito grande no transporte aéreo regular em Angola.

É preciso notar que de 2015 a 2018 Angola possuía 13 operadores, entre os quais a TAAG e a Sonair, as duas únicas companhias que sobreviveram.

Então para nós era curioso tentar entender o que aconteceu aos operadores privados e nessa pesquisa chegámos à conclusão de que havia uma oportunidade muito grande para o transporte aéreo regular, sobretudo em algumas regiões secundárias, como o leste e o sul do país.

Mas tirando as duas companhias detidas pelo Estado angolano, as restantes 11 companhias operavam somente no mercado doméstico ou também para fora de Angola?
Somente no mercado doméstico. Todas as companhias eram não regulares ou vocacionados em fretes e em algum serviço aéreo regular.

Como é que se desenvolveu este processo? Como é que identificaram as lacunas? E olhando para trás, sabendo que 11 empresas privadas tinham caído, foi preciso ter coragem para lançar uma nova companhia aérea?
Sem dúvida. Sabemos que dentro de todas as crises existem novas oportunidades. Face a esta crise, sobretudo, à redução dos preços do petróleo, que geralmente impactam de forma massiva o setor da aviação, a nossa primeira análise foi de que a frota que estes operadores detinham no passado não estava adequada à dimensão do mercado doméstico. Isto no que diz respeito à eficiência, eram meios já obsoletos e perante a crise dos combustíveis, teriam um impacto muito negativo. E também chegamos à conclusão que a técnica utilizada, maioritariamente russa, naturalmente, não era competitiva face ao investimento que o Estado começou a fazer neste setor. Repare, a TAAG adquiriu novas aeronaves, a Sonair também recebeu aviões mais modernos, então, num cenário de crise, era normal que estas companhias, com o apoio do Estado, seriam as que iriam sobreviver em detrimento dos privados.

É também verdade que os operadores não estatais estavam privados de algumas oportunidades que existem hoje em Angola.

Hoje, ao abrigo do quadro legal angolano, a FLY Angola hoje é elegível para os acordos de transporte aéreo regular e internacional de que Angola faz parte.

De 2015 a 2018, Angola possuía 13 operadores, entre os quais a TAAG e a Sonair, as duas únicas companhias que sobreviveram

Como é que esta nova companhia aérea privada foi recebida, tanto pelas entidades políticas, públicas, económicas, pelo mercado em si, pelos clientes?
Diria que de formas diversas. Por um lado, os clientes receberam a FLY Angola com muito agrado, quase que como um alívio, porque havia muita carência. E dou um exemplo: quando começámos a operar para o Dundo e Saurimo, no leste do país, fomos durante muito tempo a única companhia a operar, e nenhum plano de negócio prevê uma ocupação de 84%, o que demonstra que realmente havia carência.

Portanto, havia procura, mas faltava, de facto, oferta. E foi essa lacuna que a AFLY Angola foi preencher?
Exato. Da parte das entidades políticas, acredito que existisse algum ceticismo. Estamos a falar de muitas companhias que tinham encerrado a operação. Por isso, havia ceticismo de ser mais uma companhia que vinha e iria morrer dentro de dias.

Por outro lado, havia um entusiasmo e, sobretudo, uma curiosidade para tentar perceber o que é que este novo operador iria trazer. Daí a nossa estratégia ter passado por entrar no mercado com uma imagem muito forte com o nome do país “Angola”, com um brand awareness muito elevado e isso também suscitou alguma curiosidade.

Mas por parte das entidades oficiais, por parte do poder político, de certa forma, o surgimento de uma companhia aérea privada também os libertou, de certa forma, de fornecer mais serviços, de ter mais aeronaves, de ter mais pessoal, já que seria do privado o ónus de assegurar esses serviços?
Hoje temos essa perceção do passado. Não, na altura, não. O Estado olhava e perguntava: quem são, o que vieram trazer ao mercado e como é que vão operar.

A FLY Angola é 100% angolana?
A FLY Angola é 100% angolana.

Na vossa declaração de missão referem que “a FLY Angola pretende oferecer serviços inovadores de transporte aéreo com as tarifas mais competitivas do mercado, retribuindo aos clientes toda a confiança depositada”. Comecemos pelos serviços inovadores: quais são?
Neste momento, a FLY Angola é a única companhia que consegue viajar da região sul ou norte para o leste e vice-versa. Temos voos interprovinciais, voos de Catumbela para o Lubango e vice-versa, temos voos de Saurimo para o Dundo e temos voo inclusive de Soyo para Cabinda, a começar agora em julho.

Falando desta forma, parecem distâncias curtas, mas não são. Estamos a falar de distâncias superiores a 500 quilómetros que faremos em menos de 30 minutos. Queremos e estamos a trazer um serviço muito completo. Por exemplo, temos conexões do Dundo, de Saurimo para Lubango e Catumbela sem necessidade de sair da aeronave em Luanda, com uma rotação de uma hora onde reabastecimento e temos desembarque embarque de passageiros.

Temos conexões com um período mais alargado, em que exige sair, ou seja, desembarcar, fazer a troca do terminal entre as chegadas e as partidas e logo em seguida ir para o destino. Esse produto é único em comparação com o que a concorrência oferece que exige, por exemplo, uma pernoite ou duas em Luanda, que é uma cidade, como sabemos, com muitos obstáculos em termos logísticos, em termos de alojamento.

Há aqui uma efetiva redução no custo da viagem, além da própria experiência.

E quando referem tarifas mais competitivas com outra missão, como é que isso é conseguido sabendo das dificuldades que o país atravessa e normalmente os preços competitivos estão sempre indexados ao preço do petróleo e do combustível?
Neste exato momento vivemos um paradoxo por termos uma desvalorização cambial brutal. Mas ao mesmo tempo, os preços dos combustíveis são fixados numa base mensal. Então, tecnicamente, temos um combustível hoje a mais ou menos 63 cêntimos de dólar. Há três meses tínhamos o combustível a custar 89 cêntimos de dólar. Então, na verdade, há uma redução. Claro que não é só o combustível. Temos outros custos que são indexados ao dólar e estes, naturalmente, sofrem acréscimos devido ao câmbio e devido ao facto de as nossas receitas serem em kwanzas

Então, como é que conseguimos competitivos em termos de preço? Tudo se resume à escala. Ou seja, com o número de voos. Passámos de 20 voos semanais para 80.

O Estado olhava [para a FLY Angola] e perguntava: quem são, o que vieram trazer ao mercado e como é que vão operar?

Mas de 20 para 80 em quanto tempo?
Estamos a falar em dois meses. Este novo conceito que trouxemos em voos interprovinciais começou no dia 22 de maio e está numa fase gradual de crescimento. Nós, a partir do dia 15 de julho temos já a escala de verão que vai até 28 de outubro. Vamos ter mais de 80 voos semanais. Então essa escala, naturalmente, vai permitir a redução dos preços dos bilhetes.

Acabam 11. Nasce 1
Mas voltando ao início, havia 13 companhias aéreas em Angola, duas estatais e 11 privadas. A FLY Angola surge antes da pandemia, atravessa uma pandemia e continua cá. Portanto, a minha pergunta é, o que é que fizeram de diferente para sobreviver?
Muitas coisas. Uma das coisas que fizemos logo no começo da pandemia, foi focar no transporte humanitário. Estamos a falar de uma fase em que os países começaram a fechar as fronteiras e havia uma procura muito grande para alojamento de pessoas.

Chegámos a fazer fretes internacionais para embaixadas, propriedades que estavam retidas. Então o nosso core business naquele momento mudou. Não havia transporte aéreo regular. Tivemos de olhar para fontes alternativas. Olhámos também para o transporte de carga e correio. O passo que considero mais importante, na verdade, foi quando esta procura de voos não regulares cessou e demos um passo na direção da certificação técnica da companhia.

Isso foi quando?
Foi em 2020. Entregámos o processo de certificação oficialmente em abril e terminamos o processo em dezembro. Então, de abril a dezembro 2020 focamo-nos em reestruturar a companhia para tornar-se num operador aéreo. Antes deste período, éramos uma companhia aérea virtual. Trabalhávamos de baixo de outro operador aéreo, mas tínhamos a gestão comercial e de marca. Mas em 2020 passámos a ser um operador aéreo full carrier, com todos os serviços técnicos.

Todas as companhias aéreas passaram por muitas dificuldades durante a pandemia. Não havia voos, não havia passageiros, não se sabia quando é que os voos voltariam, quando é que voltariam os passageiros, de que forma os passageiros voltariam? Como é que foi, de facto, passar por esta pandemia para uma companhia que ainda não tinha dois anos?
Foi bastante difícil. Naturalmente, isso exigiu uma recapitalização da empresa. Primeiro tivemos de pagar e negociar salários, bases mínimas possíveis. Não havia atividade. Tivemos de manter a equipa de certificação técnica ativa para que o processo pudesse avançar.

Essa certificação é fundamental?
Sim, é fundamental. Aproveitámos a pandemia, a fase mais difícil da economia, para certificar. Daí também sabíamos que já não seria economicamente viável continuar a ser um operador aéreo virtual. Ou seja, de 2018 até 2020, coletamos muita informação, muita data e chegámos à conclusão que era viável a FLY Angola assumir o controlo operacional.

De repente veio a pandemia e os nossos planos tiveram de ser alterados. Como? Fizemos, naturalmente, um transfer, renegociar contratos, pagar o mínimo possível, manter a estrutura de custos ao mínimo possível, conseguir pagar a manutenção das aeronaves. Infelizmente, os espaços aéreos africanos estavam mais fechados que os europeus, tivemos de levar uma das aeronaves para fazer manutenção na Holanda. Então, naturalmente, isso fez os custos aumentar.

No fundo, a empresa teve de se reinventar. Ao chegar próximo da certificação, por volta de agosto, também começámos a perceber que, na verdade, em Angola, em especial com base em vários estudos da IATA, o mercado doméstico nunca deixou de ter procura.

Na verdade, os Estados foram excessivamente cautelosos em fechar as fronteiras, até interprovinciais, tendo estancado a procura. A procura sempre existiu.

Quais são ou foram os principais obstáculos para se lançar uma companhia aérea em Angola?
Angola não é um país particularmente fácil para fazer negócio e, isso, na maioria dos setores. Diria que a burocracia, a parte legal, a papelada ainda é excessivamente demorada. O processo de certificação de aeronaves, o processo de certificação do pessoal técnico.

Não temos uma fonte inesgotável de recursos. O quadro legal em Angola ainda não está adequado ao setor da aviação, e falo de questões ligadas aos impostos, aduaneiras, da certificação, do pessoal técnico estrangeiro. Há uma dificuldade imensa para obter vistos de trabalho. Então esse handicap acaba por atrapalhar e retardar o arranque de qualquer negócio e, sobretudo, desincentiva naturalmente o investimento.

E a certificação foi feita por uma empresa angolana ou uma empresa externa?
A certificação foi feita internamente em Angola, pela Autoridade Nacional da Aviação Civil.

Estamos a ter a oportunidade que outros operadores não tiveram no passado

Voar sem apoios
É público que o Governo de Angola já injetou muito dinheiro na TAAG. Como é que uma companhia aérea privada como a FLY Angola, que concorre diretamente com a TAAG, consegue, de facto, competir com esse colosso que tem dinheiros públicos? Gostaria que, por exemplo, as autoridades ou as entidades oficiais olhassem também para as companhias aéreas privadas que prestam um serviço público em Angola?
Naturalmente que sim. Primeiro, não temos recursos inesgotáveis, como já referi.

Olhamos para a TAAG como complementaridade. Isto porque temos horários alternativos, temos um conceito diferente, não temos o conceito de hub em Luanda como tem a TAAG.

Então acredito que não somos propriamente uma concorrência, mas sim um complemento. E aqui gostaríamos, naturalmente, que o Estado olhasse para nós de forma diferente. O que podemos e estamos a desenvolver é a utilização de outros aeroportos e isso, naturalmente, leva a um futuro onde vamos basear aeronaves fora de Luanda. Isso vai permitir o desenvolvimento de outras regiões, traz desenvolvimento económico.

Nesse sentido, seria naturalmente bem-vindo que o Estado facilitasse o acesso às empresas, a concessão de créditos, ao financiamento das empresas deste setor.

Estamos a falar de um país onde os juros, por exemplo, a taxa básica está nos 19%.

Isto para a aviação, em nenhuma parte do mundo é viável.

A aviação é um setor específico, é um catalisador de desenvolvimento e, naturalmente, mereceria este apoio para que permitisse até ao setor do turismo e outros projetos serem lançados.

Voar dentro de Angola …
Quais são os destinos, as rotas e a frota da FLY Angola?
Neste momento, a FLY Angola conta com duas aeronaves Embraer 145 e um turbo hélice DHC 8-300. Todas são aeronaves de 50 lugares. Estamos a operar para o Lubango, o Dundo, Catumbela, Soyo e agora em julho para Cabinda. Isto a partir de Luanda. Mas também temos as rotas provinciais, temos Cabinda-Soyo, Dundo-Saurimo e Catumbela-Lubango.

E é possível uma companhia aérea privada, sobreviver somente com o mercado doméstico?
Não. Esta foi a segunda parte da nossa análise e o porquê de as companhias no passado terem este desfecho. Chega alguma altura que, naturalmente, o mercado doméstico está saturado, tem um gap e acredito que estamos muito perto disso e é necessário a expansão regional.

Por isso é que disse que, felizmente, estamos a ter a oportunidade que outros operadores não tiveram no passado. Porque, ao passar a operadora regular temos a possibilidade e somos elegíveis aos acordos bilaterais. Então a FLY Angola está a preparar-se para poder iniciar voos regionais, até por uma questão de sobrevivência.

Quando fala regionais, qual é a abrangência?
Estamos a falar dos países limítrofes, África do Sul, sobretudo, que é um grande mercado internacional. Estamos também a falar de São Tomé.

O mercado português complementa bastante a nossa operação

E quem são os clientes, os passageiros da FLY Angola?
Diria que hoje a FLY Angola tem o país como cliente, porque felizmente temos uma oferta muito diversa. Temos empresas de vários setores, minério ou ligadas à segurança, à construção civil. Felizmente conseguimos inserir-nos nas várias comunidades no país.

Existe alguma possibilidade de a FLY Angola fazer parcerias com companhias aéreas estrangeiras?
Não só existe essa possibilidade, como é o objetivo principal nesta fase. A FLY Angola está no momento de adesão à IATA. Neste momento, já temos um modelo designado, já temos um prefixo, já estamos a trabalhar para a entrada no GDS. Então todos esses passos técnicos estão a ser dados e estão numa fase muito avançada. Acreditamos que o nosso conceito, a nossa oferta e produto, será também de valor acrescentado para essas companhias.

Somos essencialmente um operador doméstico a transitar para o regional com base na nossa frota e na nossa experiência.

De 2019 a 2021 conseguimos conectar bastantes passageiros para a rota Luanda-Lisboa, que é a principal rota internacional de Angola. Isto, porque os nossos horários interprovinciais são vantajosos para se chegar a Luanda e depois partir para Lisboa.

Essas parcerias são procuradas por vocês ou vocês também são procurados por essas companhias para fazer essas parcerias?
Neste momento, diria que são os dois lados que estão à procura, porque temos passageiros que também têm a necessidade de fazer as conexões internacionais e interprovinciais.

Nem todos os clientes ou passageiros que voam para Angola têm como destino final Luanda.

Um dos clientes da FLY Angola é o Ministério da Hotelaria e Turismo de Angola. Uma maior aposta no turismo beneficiaria companhias como a FLY Angola?
Certamente. Sentimos falta do passageiro, do turista e achamos que o país ainda apresenta algumas dificuldades em termos, sobretudo, da facilitação dos vistos. E isso tem sido a grande reclamação a nível internacional do acesso a Angola. Então, naturalmente, quando esses passageiros, esses clientes, esses turistas, puderem chegar a Luanda, a FLY Angola estará disponível para “espalhá-los” por todo o país e por todas as províncias e regiões.

… e para fora de Angola
Mas regressando à vontade de ser tornar uma companhia regional, quais são os países que a FLY Angola equaciona a curto e a médio prazo?
A curto prazo, neste momento, estamos em processo, com a Autoridade Nacional da Aviação Civil, para a FLY Angola ser designada para acordos bilaterais com São Tomé, República da Namíbia, República do Congo e África do Sul. Este passo já está dado. Logo que recebamos as autorizações por parte das autoridades, a nossa frota permite voar para esses destinos.

E aqui temos uma segunda componente. A FLY Angola não pretende voar para esses destinos somente a partir de Luanda. Há uma componente nova que estamos a trazer. Pretendemos voar, por exemplo, para Namíbia e África do Sul, a partir do Lubango e de Benguela.

O país está a certificar os aeroportos da Mukanka, no Lubango, e o Aeroporto Internacional da Catumbela. Então isto para nós seria a estratégia para o Sul.

A nível de Luanda, pretendemos operar para Brazzaville, na República do Congo, e para São Tomé, onde temos muita procura. Já temos trabalhado com alguns parceiros em São Tomé, então diria que o que falta são simplesmente as autorizações por parte das autoridades.

A FLY Angola constituiu um operador na República Centro Africana que é a Flight Centre Afric, em março, e a nossa estratégia para a expansão na região de África é constituir operadores aéreos e interligá-los a uma rede. Para esse propósito, operamos os voos da FLY Angola para Brazzaville, para no futuro conectar ao voo da Flight Centre Africc, que, naturalmente, vai ter como destino também Brazzaville. Isto para possibilitar que, no futuro, os passageiros de Angola possam ir para os Camarões, para a República Centro-Africana, para o Chad e outros destinos a partir dessas conexões.

E voos intercontinentais ainda não entram na equação?
Ainda não. Mas a vida e o mundo são dinâmicos.

E o reforço da frota, qual o timing?
O reforço da frota, está em carteira. Tivemos um atraso significativo na certificação das aeronaves, por isso, estamos atrasados na execução desse plano.

O objetivo é reforçar a frota e fazer a transição para aeronaves de até 100 lugares para reduzir o custo dos bilhetes.

Mas nos mercados onde já operamos e no que toca a expansão regional, falava na África do Sul, Namíbia, mas há outros destinos como Maputo, Tanzânia, Zanzibar, que são destinos sazonais que sabemos que há procura.

O desafio das pessoas
Uma companhia aérea quando é lançada, um dos fatores que tem de ter em conta são os recursos humanos. Foi fácil encontrar pessoas para trabalhar na FLY Angola? Estamos a falar de uma companhia aérea, de pessoas qualificadas.
Não, não foi fácil. Aliás, como disse, tivemos de recorrer ao mercado internacional e certificar esse pessoal para receber as validações para trabalhar em Angola. Não foi particularmente fácil. Questões tanto imigratórias como questões do regulador da aviação civil. Entendemos que em Angola exista alguma mão de obra qualificada para uma certa dimensão. Infelizmente, com a situação económica do país, tivemos um êxodo de grande parte desta mão de obra, mas ainda existe alguma mão de obra, sobretudo nos operadores, inclusive estatais. Temos hoje a TAAG e a Sonair como fontes de vários anos de mão de obra especializada para Angola.

Mas a maior parte do pessoal que trabalha na FLY Angola é angolano ou estrangeiro?
É angolano. Temos apenas 5% dos funcionários expatriados.

Dois temas acelerados pela pandemia foram a tecnologia/digitalização e as questões da sustentabilidade. Como é que a FLY Angola se posiciona nestes campos tão importantes?
Na verdade, antes mesmo da pandemia, a FLY Angola posicionou-se no caminho da inovação ao ser a primeira companhia aérea privada a ter um call center, a digitalizar processos de bilhetes. Temos bilhetes eletrónicos com os hiperlinks. Colocámos o mercado, os aeroportos provinciais a aceitarem bilhetes no telefone e WhatsApp, porque era comum exigir-se sempre um papel.

Então estamos a olhar para essa questão em termos tecnológicos e de procedimentos para a sustentabilidade. A parte técnica trabalha arduamente nisto. Temos procedimentos de táxi in e táxi out com um único motor. Temos naturalmente, estudos de eficiência de combustível para transportar o mínimo possível, embora termos restrições em alguns aeroportos que, por falta de combustível, exigem que naturalmente esses voos levem mais combustível do que seria necessário e acabam consumir mais por questão do peso.

E Portugal?
Relativamente ao mercado português, o que esperam e como pretendem trabalhar o mercado?
O mercado português complementa bastante a nossa operação. Diria que já trabalhamos indiretamente o mercado português, porque temos cerca de seis agências de viagens acreditadas no nosso sistema e que têm sede em Lisboa e Porto.

Isso leva-nos a crer que vendem bastantes bilhetes a portugueses que fazem conexão em Luanda para outros destinos. Essa parceria tem funcionado bem e como disse, em 2019, fizemos bastantes conexões de passageiros de e para Portugal.

A ligação Angola-Portugal move milhões de passageiros por ano. Assim como sabemos que nem todos os passageiros que aterram em Lisboa vão para o Marquês de Pombal – uns seguem para Coimbra, onde temos uma grande comunidade de estudantes angolanos, por exemplo; outros para o Algarve e outras partes do país – o mesmo acontece em Angola.

Queremos ser a companhia preferida de quem aterra em Luanda e tem de continuar viagem para outras províncias.

Queremos ser a companhia preferida de quem aterra em Luanda e tem de continuar viagem para outras províncias

Em termos números, quantos passageiros portugueses transporta a Fly Angola e quantos passageiros transporta a FLY Angola na globalidade?
Até 2022 operámos somente com uma única aeronave.

Agora têm três?
Exato. Este aumento da frota aconteceu justamente no último quarto do ano passado e agora entram em operação. Tivemos um atraso muito grande na certificação das aeronaves.

Em termos de passageiros transportados, por ano, temos uma média de 40.000 com somente uma aeronave. Para este ano, primeiro ano com três aeronaves, contamos atingir os 140.000 passageiros.

É um salto grande. Mas tem quantificado o número de portugueses que utilizam a FLY Angola?
Não, não temos quantificado. Infelizmente, por não estar no GDS ainda não temos esses dados, mas iremos tê-los tão logo entremos no GDS.

Dado nem todos os passageiros se declararem em trânsito, há dificuldade e ter esses números, mas avançaria que pelo 8 a 10% dos nossos passageiros em trânsito terão como destino Portugal.

Novo hub africano
Até ao final deste ano vai ser inaugurado o novo Aeroporto Internacional de Luanda, em novembro. Com a inauguração desse novo aeroporto, que impulso é que, de facto, pode dar à operação da FLY Angola?
Sendo um operador essencialmente doméstico e regional, é importante que os terminais, a conectividade entre o doméstico e o terminal internacional, sejam da melhor experiência possível.

Neste momento, no atual Aeroporto 4 de Fevereiro não há uma ligação física entre os terminais e há uma dificuldade muito grande para os passageiros em trânsito. Passageiros e bagagens, muitas vezes, têm de sair fisicamente do terminal e ir por terra pegar vários meios de transporte e chegar ao terminal internacional.

Alterar esta realidade será para nós um grande avanço e tornará também a nossa operação mais apetecível às companhias aéreas internacionais.

Um aeroporto novo, uma nova configuração, vai permitir que os nossos voos possam conectar de forma mais fácil e em tempo mais curto.

Nesta operação também olhamos para a questão da disponibilidade de espaços para a manutenção no novo aeroporto, já que o atual aeroporto é muito limitado em termos de espaço.

O Aeroporto 4 de Fevereiro desaparecerá depois ou terá utilidade para outro tipo de voos?
Ainda não temos informação sobre o que será feito ao aeroporto atual. Parte das informações que recebemos, infelizmente, ainda são somente por parte da comunicação social.

Há alguma hipótese de, por exemplo, o aeroporto servir voos domésticos e o novo voos internacionais?
Essa informação ainda não surgiu. Mas será difícil, já que muitos passageiros estão em trânsito e torna-se complicado desembarcar no novo aeroporto para depois apanhar um voo no atual 4 de Fevereiro. Além disso, os infraestruturas para ligar os dois aeroportos não existem e são de difícil construção.

A FLY Angola vai fazer no próximo mês de setembro, cinco anos. Como é que vê a companhia com o dobro dos anos, com 10 anos?
Estaremos perante uma FLY Angola estável, uma FLY Angola representada a nível da região, uma FLY Angola a fazer jus ao seu slogan “Ligar Destinos”. Queremos realmente servir o país, servir a região, trazer conectividade a destinos que, nesta fase, não estão servidos.

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Ávoris reafirma intenção de “fortalecer e expandir operações em Portugal”

Numa reunião com Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), e Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal (TdP), os responsáveis da Ávoris Corporación Empresarial, parte do Grupo Barceló, manifestaram a “firme aposta” em Portugal.

Publituris

Vicente Fenollar, presidente-executivo do grupo Ávoris, e António Loureiro, diretor-geral da Iberojet em Portugal, reuniram-se, recentemente, com Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, e Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, aproveitando a oportunidade para manifestarem a “firme aposta” em Portugal.

Em comunicado, a Ávoris Corporación Empresarial, parte do Grupo Barceló, refere que durante a reunião, foram discutidos “vários temas fundamentais para fortalecer a colaboração entre a Ávoris e as autoridades turísticas portuguesas”. Um dos principais temas abordados foi a ampliação da presença hoteleira do Grupo Barceló em Portugal, para ir mais além da sua atual operação no arquipélago da Madeira, com Vicente Fenollar a receber um “pedido explícito” para que o grupo aumente o seu investimento no setor hoteleiro português.

Outro ponto em destaque foi a intenção da Ávoris em expandir as operações da Iberojet nos aeroportos de Lisboa e Porto, consolidando assim a sua posição no mercado português, bem como promover a atividade dos operadores turísticos do grupo que operam em território português, como a Nortravel, a Travelplan, a Jolidey ou a Catai. Para tal, o presidente-executivo do grupo Ávoris colocou à disposição das autoridades de turismo portuguesas “toda a estrutura” da Ávoris em Espanha, com o objetivo de “dinamizar as vendas do mercado espanhol para Portugal”, oferecendo a “capacidade dos operadores turísticos e a extensa rede de agências de viagens do grupo para alcançar este objetivo”.

No final da reunião, Vicente Fenollar assinalou que “Portugal é um mercado estratégico para o nosso grupo. A procura de serviços turísticos de alta qualidade continua a crescer e estamos comprometidos em satisfazer essas necessidades com a nossa oferta de viagens”.

A concluir, o presidente-executivo do grupo Ávoris referiu que a reunião “reafirma a nossa intenção de fortalecer e expandir as nossas operações em Portugal, aproveitando as oportunidades que oferece o nosso mercado vizinho. Ampliar as nossas operações da Iberojet em Lisboa e no Porto é uma importante parte da nossa estratégia no país”, reafirmando querer oferecer “mais opções e melhorar as ligações entre Portugal e outros destinos chave”.

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Os 70 anos da Relais & Châteaux merecem destaque de capa na nova edição da Publituris Hotelaria com entrevista a Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha. Mas há mais: “Indicadores” CLEVER, Turismo de Luxo, dossier Wellness and Spa e um especial dedicado aos têxteis, além de uma “inspeção” e sugestões gastronómicas.

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Na edição de julho/agosto da Publituris Hotelaria, o destaque vai para os 70 anos da Relais & Châteaux. Com um percurso que começou em França e que se estende já por 65 países, a rede agrega 580 propriedades, entre hotéis e restaurantes. Com perspectivas de adicionar mais membros em território português, Gonçalo Narciso dos Santos, delegado da Relais & Châteaux para Portugal e Espanha, fala-nos da evolução desta rede e do seu futuro, quer em Portugal, quer além-fronteiras, onde pretende fortalecer a sua presença em países como o Japão e a Índia.

Já nos “Indicadores”, a análise de Luís Brites, CEO da CLEVER Hospitality Analytics, dá conta das perspectivas turísticas para Portugal nos próximos meses, um destino que motivou cerca de seis milhões de pesquisas de voos por parte de turistas internacionais.

No segmento “Management”, María Dolores Martos Pérez, coordenadora do programa de mestrado em Marketing e Gestão de Turismo de Luxo na Les Roches, guia-nos sobre as especificidades do luxo e as estratégias que os hotéis devem adotar para melhor servir os hóspedes deste segmento. Com o perfil do cliente de luxo a transitar para um consumo mais consciente, a profissional aponta para o surgimento de um consumidor com mais tendência a gastar dinheiro em viagens, bem-estar e experiências, ao invés de bens de luxo tradicionais.

No dossier deste mês a edição explora a oferta atual do segmento de Wellness and Spa, com os profissionais do setor a apontar para a necessidade de uma maior regulamentação para credibilizar a área em Portugal e afirmar o segmento a nível nacional e internacional.

Segue-se um especial dedicado a têxteis, no qual ganha destaque a próxima edição da Texcare Internacional, um evento dedicado ao setor das lavandarias e limpeza de têxteis, e a mais recente oferta da Aldeco, Classytex, Dauti, Hotelar, Lameirinho, La Redoute, Lasa, Sampedro e Torres Novas 1845.

Na “Inspeção” deste mês abrimos as portas do Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa, a primeira unidade do grupo norte-americano em Portugal. Localizado no coração do Algarve, e após 17 anos de atividade, “há muito para fazer e descansar nesta unidade”.

A fechar, fica a sugestão de jantar no restaurante gastronómico da Fortaleza do Guincho, onde os sabores da comida de conforto portuguesa se juntam ao requinte do fine dining com vista para o Oceano Atlântico.

Por fim, brindamos com as escolhas de Josuel Calheiros, escanção no Bistro 100 Maneiras.

As opiniões desta edição são assinadas por Alexandra Ventura (NOVA SBE Westmont Institute of Tourism & Hospitality); Luís Pedro Carmo Costa (Neoturis); José Varela Gomes (ISAG); Maria João Pavão Serra (pet-friendly travel expert) e Alexandre Marto Pereira (United Hotels of Portugal).

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EGYPTAIR regressa a Lisboa e abre dois voos semanais para o Cairo

A EGYPTAIR voltou esta terça-feira, 23 de julho, a voar entre Lisboa e o Cairo, capital do Egito, numa rota com duas ligações por semana, que vai impulsionar o turismo de lazer e negócios.

Inês de Matos

A EGYPTAIR voltou esta terça-feira, 23 de julho, a operar uma rota entre Lisboa e o Cairo, que conta com dois voos por semana num avião Airbus A321neo e que faz parte do plano de expansão da companhia aérea de bandeira do Egito.

“A nova operação para Lisboa faz parte do plano de expansão adotado pela EGYPTAIR. A companhia aérea adicionou recentemente mais destinos à sua extensa rede, servindo mais de 70 destinos em todo o mundo, como Zurique e Praga na Europa, Fujairah no Médio Oriente e Abidjan, Djibouti e Mogadíscio em África, oferecendo várias ligações aos passageiros de Lisboa para explorar o mundo com a EGYPTAIR”, afirma Amr Adawy, VP comercial da EGYPTAIR.

Já Francisco Pita, diretor Comercial da ANA|VINCI Airports, mostra-se satisfeito com o regresso da rota entre Lisboa e o Cairo, ligação que, segundo o responsável, “irá promover laços mais fortes” entre ambas as cidades, “encorajando tanto o turismo como as viagens de negócios”.

“Estou particularmente grato às nossas equipas, uma vez que esta nova rota é o resultado do seu trabalho em conjunto com a companhia aérea e outros parceiros”, acrescenta Francisco Pita.

Recorde-se que, a partir do Cairo, a EGYPTAIR oferece ligações para vários destinos no Egito, como Luxor, Assuão, Sharm El-Sheikh e Hurghada, assim como para outros países de África, Médio Oriente e Extremo Oriente.

Tal como a TAP, também a EGYPTAIR é membro da Star Alliance, pelo que esta nova rota vai “aumentar significativamente a conetividade com mercados para além de Lisboa e do Cairo”, com os passageiros a usufruírem de transferências sem sem problemas e de uma extensa rede de destinos, o que torna as viagens mais cómodas e eficientes.

 

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Qatar Airways apresenta nova ‘Qsuite Next Gen’

A ‘Qsuite Next Gen’ é a última versão da premiada Qsuite da Qatar Airways e foi apresentada durante o Farnborough International Airshow 2024, que termina sexta-feira, 26 de julho, no Reino Unido.

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A Qatar Airways apresentou, durante o Farnborough International Airshow 2024, no Reino Unido, a nova ‘Qsuite Next Gen’, a última versão da premiada Qsuite da companhia aérea do Qatar.

A nova ‘Qsuite Next Gen’ foi apresentada por Badr Mohammed Al-Meer, CEO do Grupo Qatar Airways, numa sessão que contou com  a ajuda da Sama, a primeira tripulação virtual de cabina com IA do mundo.

“Durante a revelação, o Engº Al-Meer destacou as novas e melhoradas características da Qsuite Next Gen, incluindo as Quad Suites totalmente personalizáveis; as Companion Suites nos corredores das janelas; os ecrãs de entretenimento a bordo (IFE) manobráveis e com tecnologia OLED de 4K; juntamente com um maior espaço e privacidade em cada suíte”, refere a Qatar Airways, em comunicado.

Segundo Badr Mohammed Al-Meer, a Qatar Airways está entusiasmada com o lançamento da nova Qsuite, que vem “elevar a fasquia” a bordo dos aviões da companhia aérea.

“Esperamos receber os meios de comunicação social e os parceiros no nosso stand durante toda a semana para experimentarem o futuro das viagens em classe executiva com a Melhor Classe Executiva do Mundo a bordo da Melhor Companhia Aérea do Mundo”, acrescentou o responsável, durante a apresentação no Farnborough International Airshow 2024.

A ‘Qsuite Next Gen’ conta com ecrãs móveis 4K OLED Panasonic Astrova IFE, que representam uma estreia em qualquer companhia aérea do mundo e que podem “ser reposicionados para o lado para criar o maior espaço social e de produtividade a bordo para até quatro passageiros na Quad Suite e até dois passageiros na Companion Suite”.

A nova Qsuite permite também refeições em conjunto, assim como uma maior privacidade, devido às divisórias mais altas e que são controladas digitalmente, enquanto as cadeiras são reclináveis lie-flat e as camas de casal têm maiores dimensões, existindo igualmente o serviço de arrumação de cama com a funcionalidade dedicada “Make My Bed”.

“A nova Companion Suite tem características semelhantes às da Quad Suite, agora com uma notável remodelação que permite oferecer o mesmo espaço partilhado nos corredores das janelas”, refere ainda a Qatar Airways.

A Qsuite Next Gen oferece ainda uma vasta gama de opções de personalização, desde a iluminação ambiente aos controlos de privacidade, através das suas Unidades de Controlo de Passageiros com ecrã tátil atualizado, e vai passar a estar presente nos aviões Boeing B777-9 da Qatar Airways a partir de 2025.

Além da nova Qsuite, a Qatar Airways apresentou também o novo Boeing B787-9 Dreamliner de última geração e o Gulfstream G700 da Qatar Executive durante o Farnborough International Airshow 2024, que termina esta sexta-feira, 26 de julho.

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Turismo de Portugal apoia formação em Angola

O Turismo de Portugal e o Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo do Ministério do Turismo de Angola, acabam de formalizar, em Luanda, um protocolo que cria um modelo de gestão conjunta e partilhada da rede de escolas de hotelaria e turismo daquele país africano.

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Em resultado deste protocolo, segundo revela o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, nas redes sociais, “daremos início, em setembro, à gestão conjunta e partilhada da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabinda e, em 2025, da Escola de Hotelaria e Turismo de Luanda.

Trata-se, segundo Carlos Abade, de um importante primeiro passo no processo de internacionalização das Escolas do Turismo de Portugal, uma das 60 medidas do programa Acelerar a Economia, e que reforça o papel desta rede de escolas como um poderoso instrumento de cooperação internacional e de ligação entre os povos.

Ainda nas redes sociais, o presidente do Turismo de Portugal deixa um agradecimento especial à equipa liderada por Afonso Vita, diretor do Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo do Ministério de Angola, e a toda a equipa da formação do Turismo de Portugal, liderada por Catarina Paiva, “pelo excelente trabalho desenvolvido e que permitiu a concretização hoje de tão importante passo”.

Entretanto, sobre este assunto, um comunicado emitido pelo Turismo de Portugal indica que, investir nas qualificações, valorizar as profissões, atrair e reter talento, capacitar empresas e dotar os profissionais de competências para uma intervenção responsável, sustentável e competitiva são objetivos essenciais abrangidos pelo protocolo.

A colaboração entre o Turismo de Portugal e o Gabinete de Apoio ao Turista, Formação e Empreendedorismo inclui o apoio na implementação de um modelo de gestão de uma Escola de Hotelaria e Turismo, configurando-se como Escolas de Hotelaria e Turismo Co-branded com o Turismo de Portugal.

Reforça-se assim a estratégia de internacionalização da rede de escolas do Turismo de Portugal que passa, em grande medida, pela expansão para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da transferência de conhecimentos detidos pelo Turismo de Portugal e reconhecidos pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Este acordo destaca o importante papel que as pessoas e os profissionais de turismo têm para a atividade turística, investindo nas suas qualificações, na valorização das profissões, na atração e fidelização de talento, elevando a qualidade e a excelência da formação no setor.

Através desta parceria, serão inaugurados em Angola dois hotéis-escola, em 2024 na Província de Cabinda e, em 2025, em Luanda, tendo em vista melhorar a qualidade dos serviços turísticos no país. Os próximos passos incluem reuniões com a equipa da Direção-Geral de Capacitação e Cooperação (DGCC), do Turismo de Portugal, para definir os pontos de colaboração na nova Escola de Hotelaria e Turismo de Cabinda, incluindo protocolos e modelos de gestão conjunta.

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Airbus investe na LanzaJet para aumentar produção de SAF

Segundo a Airbus, este investimento na LanzaJet vai apoiar o desenvolvimento de Alcohol-to-Jet (ATJ), considerado fundamental para produzir SAF em larga escala e alcançar a meta de zero emissões de CO2, até 2050, na indústria da aviação.

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A Airbus anunciou um investimento na LanzaJet, empresa produtora de tecnologia de combustíveis sustentáveis, com o objetivo de contribuir para aumentar a produção de SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

Segundo um comunicado da Airbus, este investimento na LanzaJet vai apoiar o desenvolvimento de Alcohol-to-Jet (ATJ), considerado fundamental para produzir SAF em larga escala e alcançar a meta de zero emissões de CO2 até 2050 na indústria da aviação.

“Os combustíveis de aviação sustentáveis ​​são uma das alavancas mais importantes disponíveis para descarbonizar a aviação, mas a sua produção ainda é limitada. A nossa parceria com a LanzaJet demonstra o compromisso da Airbus em trabalhar com os principais fornecedores de tecnologia de energia para explorar os caminhos de produção inovadores e dimensionar o SAF”, explica Julie Kitcher, diretora de Sustentabilidade da Airbus.

A Airbus explica que a tecnologia da LanzaJet utiliza “etanol de baixo carbono para criar SAF que reduz as emissões de gases com efeito de estufa em mais de 70% em comparação com os combustíveis fósseis numa base de ciclo de vida e pode diminuir ainda mais as emissões com um conjunto de tecnologias de redução de carbono”.

“O SAF produzido através da tecnologia ATJ da LanzaJet é um combustível drop-in aprovado, compatível com motores de aeronaves existentes e infraestrutura associada”, acrescenta o fabricante aeronáutico europeu.

A LanzaJet está atualmente a dar início à produção em larga escala de etanol para SAF nos EUA, numa unidade industrial que vai produzir SAF e diesel renovável a partir de etanol sustentável e de baixo carbono, que vai servir também como um modelo para escalar a produção de SAF.

A LanzaJet conta com projetos para aumentar a produção de SAF que envolvem 25 países e cinco continentes, e que contam com parceiros de toda a cadeia de valor da aviação.

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Lusófona participa no projeto FUTOURWORK para promover bem-estar e melhores condições de trabalho no Turismo e Hospitalidade

A Universidade Lusófona, representada pelas investigadoras Tânia Gaspar do Hei-LAB: digital Human Environment Interaction Lab, e Mafalda Patuleia do Intrepid Lab|CETRAD, participa no projeto FUTOURWORK – Improving Tourism and Hospitality Worker Well-Being Through Social Dialogue, no âmbito do Programa Horizon CL2, constituído por um consórcio de diversos países europeus.

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O projeto FUTOURWORK – Improving Tourism and Hospitality Worker Well-Being Through Social Dialogue, no âmbito do Programa Horizon CL2, vocacionado para um futuro sustentável na Europa, tem como objetivo estudar e promover um maior bem-estar e melhores condições de trabalho para os trabalhadores do Turismo e Hospitalidade (T&H). O projeto é constituído por um consórcio de diversos países europeus e a Universidade Lusófona está representada pelas investigadoras Tânia Gaspar do Hei-LAB: digital Human Environment Interaction Lab e Mafalda Patuleia do Intrepid Lab|CETRAD.

O T&H representa, atualmente, mais de 10% da economia europeia e 11,7% do emprego. Muitos dos 13 milhões destes trabalhadores na União Europeia pertencem a grupos mais vulneráveis: mulheres (54%), migrantes (16%) e jovens (30%), de acordo com dados da OIT referentes a 2022. O volume de negócios e as ofertas de emprego são elevados, com 1,2 milhões ofertas de emprego (11%) na UE. Estes trabalhadores realizam formas de trabalho não padronizadas, incluindo trabalho em plataformas digitais, que podem ser um fator de risco ao nível da concretização de um trabalho digno, da falta de proteção social, do aumento da precariedade e vulnerabilidade e do aumento da pobreza no trabalho.

O projeto terá um impacto transformador para os trabalhadores do Turismo e Hotelaria, promovendo um diálogo social mais inclusivo, equitativo e eficaz, através da análise das diversas realidades do trabalho no setor, tanto a nível da UE como a nível nacional. Permitirá avaliar a influência das organizações de empregadores e trabalhadores no setor, identificar a transformação digital, a inovação e o seu impacto nos trabalhadores de T&H, bem como o seu impacto em grupos particularmente vulneráveis. Incorpora a co-criação e métodos colaborativos para promover o diálogo entre múltiplos stakeholders e irá divulgar resultados que impulsionem políticas e práticas neste domínio.

O FUTOURWORK irá desenvolver um índice de bem-estar que poderá ser usado pelo setor do T&H para avaliar os seus trabalhadores. Sustentará também a criação de um observatório para integrar a informação produzida, que tem como objetivo a implementação de uma plataforma de diálogo para trabalhadores, empregadores e decisores políticos.

Para além dos parceiros sociais com atividade no sector do Turismo e da Hotelaria, o projeto integra a participação de entidades públicas como a ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho (enquanto ponto focal da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho), visando uma abrangência expressiva do domínio de intervenção.

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Indústria global das viagens de negócios chega perto dos 1,4 biliões de euros, em 2024

De acordo com o mais recente GBTA Business Travel Index Report a indústria global das viagens de negócios deverá ficar perto dos 1,4 biliões de euros, estimando-se que, em 2028, possa ultrapassar os 1,8 biliões de euros.

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Em 2024, a indústria das viagens de negócios deverá atingir os 1,48 biliões de dólares (1,360 biliões de euros), um aumento em relação a 2019, ano que constituiu um recorde com 1,43 biliões de dólares (1,313 biliões de euros). O último GBTA Business Travel Index Report, da Global Business Travel Association (GBTA), assinala ainda que, até 2028, prevê-se que esta indústria ultrapasse os 2 biliões de dólares (ligeiramente acima dos 1,8 biliões de euros).

“A relativa estabilidade da economia global continuou a impulsionar o crescimento, o que, juntamente com a persistente procura reprimida, deu garantias aos CEO e CFO para que os seus colaboradores regressassem à estrada para reuniões de negócios”, lê-se no relatório da GBTA.

Muitos dos principais mercados de viagens de negócios em todo o mundo voltaram aos níveis anteriores à pandemia ou estão próximos deles, reforçando a dinâmica da recuperação e aumentando as despesas. No entanto, as perspectivas de crescimento económico e das viagens de negócios apresentam um equilíbrio entre potenciais fatores positivos e riscos negativos.

“Estamos a assistir à esperada recuperação do sector, refletindo a resiliência e adaptabilidade das empresas e o valor das viagens de negócios em todo o mundo”, referiu Suzanne Neufang, CEO da GBTA, na 16.ª edição do evento anual da GBTA. “Com as despesas projetadas que deverão continuar a aumentar até 2028, o futuro das viagens de negócios parece promissor. No entanto, devemos permanecer vigilantes e adaptados a potenciais ventos contrários neste período de estabilização, uma vez que fatores como a mudança das condições económicas, avanços tecnológicos e desenvolvimentos de sustentabilidade também irão moldar o sector no futuro.”

Prevê-se que as despesas globais com viagens de negócios aumentem 11,1% em 2024, após anos significativos em 2022 e 2023 de crescimento anual de 30% a 47%, estimando-se que o crescimento continue a moderar-se gradualmente, resultando numa taxa de crescimento anual composta de 6,95% de 2025 a 2028.

Em 2023, o setor das viagens de negócios havia recuperado aproximadamente 675 mil milhões de dólares (cerca de 620 mil milhões de euros) dos 770 mil milhões de dólares (perto de 643 mil milhões de euros) perdidos em 2020, de acordo com a análise GBTA BTI, atingindo 93% do pico pré-pandêmico de 1,43 biliões de dólares. no final de 2023.

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Porto recebe “Prides” europeus

De 13 a 15 de setembro o Porto Pride terá um programa diversificado que inclui conferências, atividades culturais e momentos de celebração, promovendo o encontro entre pessoas, instituições, empresas e ativistas.

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A cidade do Porto volta a receber o Porto Pride, de 13 a 15 de setembro, num programa diversificado que inclui conferências, atividades culturais e momentos de celebração, promovendo o encontro entre pessoas, instituições, empresas e ativistas, encontrando-se a organização a desafiar as pessoas e agentes culturais da cidade a proporem e organizarem iniciativas durante os três dias do evento.

No primeiro dia, sexta-feira, 13 de setembro, o evento inicia com uma Conferência de Direitos Humanos – o Porto Pride Summit, a realizar-se durante a tarde na Porto Business School, com a presença de representantes governamentais, da EPOA – European Pride Organisers Association e de empresas parceiras do evento, com o intuito de promover locais de trabalho mais inclusivos para as pessoas LGBTI+.

De acordo com Diogo Vieira da Silva, coordenador geral do Porto Pride, “sempre que anunciamos as datas do evento, a quantidade de mensagens de pessoas internacionais que recebemos a questionar qual o melhor hotel ou a melhor forma de chegar ao Porto é avassaladora, principalmente dos nossos vizinhos de Espanha”.

O coordenador do Porto Pride, membro da European Pride Organisers Association (EPOA), a Unicorn Whisper – Associação Porto Pride, assinala que “o impacto socioeconómico do Porto Pride já não pode ser mais ignorado”.

Na edição de 2023, o Porto Pride contou com parceiros como IKEA, Durex, Lionesa, STCP, Revista LÍDER, Turismo do Porto e Norte, Rosário Duarte Associados, entre outros. Para a edição de 2024, já estão confirmados os seguintes: Porto Business School, Missão Continente, Blip.pt, Neva Films, The Queer Spot, entre muitos outros.

Embora a agenda completa ainda não esteja definida, as inscrições encontram-se abertas em https://forms.gle/mk9Q4XuTqkGULEfd8 e o novo website também já foi lançado, disponível em www.portopride.com.

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Quase 60% dos viajantes dizem sentir-se sobrecarregados pelo excesso de opções

Um relatório da Travelport revela que 58% dos viajantes sentem-se sobrecarregados pelo excesso de opções, enquanto 56% dizem que as ofertas das companhias aéreas são mais difíceis de entender agora do que eram há 10 anos.

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A Travelport acaba de divulgar o seu relatório sobre o estado do retalho moderno em 2024. Integrando pesquisas internacionais independentes, comparações entre setores e perceções do consumidor, a manchete do estudo revela que pesquisar e reservar viagens diretamente com os agentes de viagens tornou-se mais demorado e complicado do que nunca.

“Apesar de os agentes de viagens privilegiarem as conexões diretas com o consumidor, o grande volume de opções é imenso para os viajantes, diminuindo a sua confiança no momento de fazer a reserva”, disse Jen Catto, diretora de marketing da Travelport, destacando que “a nossa pesquisa descobriu que, em vez de ficarem animados depois de reservar uma viagem, a maioria dos viajantes fica ansiosa, sem saber se conseguiu obter a melhor oferta. Para o setor de viagens, isso indica que as agências de viagens têm uma necessidade e uma oportunidade cada vez maiores. Sua expertise em comparação de compras ajuda os viajantes a reservar com confiança a melhor opção, de acordo com suas preferências pessoais.”

A Travelport estima que as opções de viagens aéreas passaram de cerca de 500 na classe econômica/executiva em 2010 para mais de 10.000 opções em 2024 (económica, económica plus, flexi-family, executiva, primeira classe etc.). Esse aumento é de 1.900%. Assim, 56% dos viajantes afirmam que as ofertas das companhias aéreas são mais difíceis de entender atualmente do que eram há 10 anos, enquanto 61% também acham que há mais penalidades atualmente ao alterar um voo do que havia há 10 anos, e 66% dizem que há muitas taxas ocultas.

A maioria dos viajantes (71%) às vezes fica ansiosa para saber se conseguiu a melhor oferta depois de reservar a sua viagem, e 42% acham que as ofertas das companhias aéreas ficaram “menos adequadas” ao longo do tempo em relação às suas preferências pessoais.

A maioria dos viajantes (80%) concorda que a comparação de tarifas entre diferentes companhias aéreas é muito demorada, sendo que mais de dois terços (69%) acham que as informações costumam ser restritas em alguns sites de reservas de voos.

Quando se trata de comprar todos os itens da viagem, 60% dos viajantes disseram que passam de uma a quatro horas, em média, planeando, enquanto mais de um terço (36%) passa mais de cinco horas a pesquisar e a comparar opções antes de fazer a reserva.

A maioria dos entrevistados (88%) concorda que seria mais conveniente visualizar todas as opções de voos e tarifas num único sítio, o que provavelmente é o motivo pelo qual mais da metade (54%) disse que normalmente usa um site de comparação para pesquisar informações antes de comprar a sua passagem.

A maioria dos viajantes da geração millennials (70%) e da geração X (64%) costuma recorrer a agências de viagens on-line (OTAs) para fazer reservas, citando como principais motivos as opções e a transparência de preços.

O documento indica ainda que os viajantes estão a recorrer à inteligência artificial (IA) para ter a ajuda de mais do que apenas um chatbot, e as agências dependerão cada vez mais dos seus parceiros de tecnologia para implementar IA e ML (aprendizado de máquina) de formas criativas, como foi o caso da camada de curadoria de conteúdo da Travelport.

Ao reservar voos, os entrevistados disseram que a franquia de bagagem (63%), as políticas de cancelamento e alteração (50%) e a escolha do assento (50%) são os fatores mais importantes na comparação.

“Os agentes de viagens estão continuamente a refinar e expandir as suas ofertas para atender às necessidades e preferências exclusivas dos seus clientes”, acrescentou Catto. “A priorização de parcerias com agências proporcionará um serviço verdadeiramente personalizado aos seus viajantes, e isso tornará a experiência de compra perfeita para todos”, ressalvou.

A amostra da pesquisa consistiu em 1.659 consumidores da Alemanha, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos que fizeram pelo menos um ou mais voos a negócios ou a lazer nos últimos 12 meses.

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